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Apresentação - Disciplina: 6 5ANUA-NT1

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
AVANÇADA

Caruaru, 2019.2
Disciplina: Avaliação Nutricional Avançada

AULA: AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NAS DIFERENTES PATOLOGIAS

PLANO DE AULA
Aula/Data Conteúdo
13/11/2019 11. Avaliação nutricional nas doenças cardiovasculares : variáveis bioquímicas e sinais clínicos
relacionados a patologias que conferem risco cardiovascular. Lipidograma: índice HOMA IR;
glicemia; TOTG; e HbA1c.

12. Avaliação nutricional do paciente renal crônico: variáveis antropométricas, bioquímicas e


sinais clínicos relacionados a patologias renais (microalbuminúria, clearance de creatinina,
ácido úrico, cálcio e fósforo).

13. Avaliação nutricional do paciente hepatopata: variáveis antropométricas, bioquímicas e


sinais clínicos relacionados a patologias hepáticas (lipidograma, transaminases hepáticas e
classificação de Child-Pugh).
Disciplina: Avaliação Nutricional Avançada

AULA: AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NAS DIFERENTES PATOLOGIAS

PLANO DE AULA
Aula/Data Conteúdo Objetivo
13/11/2019 14. Avaliação nutricional do paciente 11. Planejar e monitorar mudanças na composição corporal
cirúrgico e crítico: procedimentos de pacientes associadas ao emagrecimento, à obesidade, a
operacionais de avaliação nutricional enfermidades e cirurgias.
de pacientes hospitalizados; 2. Realizar diagnóstico e proceder a orientações nutricionais
sistematização do atendimento ao para pacientes em condições especiais e pós-cirúrgicos.
paciente criticamente enfermo; e 3. Proceder a uma intervenção nutricional adequada,
triagem nutricional. aplicando técnicas para realizar avaliação do estado
nutricional e determinar a composição corporal de um
indivíduo.
Avaliação Nutricional nas Doenças Cardiovasculares

Cardiopatias: São um grupo de doenças que acometem o coração

Levam a alterações do estado nutricional:


Avaliação Nutricional nas Doenças Cardiovasculares
Antropometria

1. Peso Corporal atual/ habitual


2. Cálculo de % de perda de peso (Muito comum nos indivíduos cardiopatas)
3. Altura
4. Índice de massa corporal
5. Dobras cutâneas (Não consistente em casos de obesidade e edemas)
- Espessura do músculo adutor do polegar
6. Circunferências (Cintura – Correlação entre distribuição de gordura intra-abdominal e doenças
crônicas)
- Relação cintura-quadril (Predispõe ao risco de infarto)
Índice de conicidade – Avaliação do risco metabólico

• O índice de conicidade (IC) passou a ser utilizado como um novo índice para a
avaliação de riscos metabólicos.
• O IC é baseado na ideia de que as pessoas que acumulam tecido adiposo na
região abdominal têm a forma parecida com um duplo cone, ou seja, dois
cones que apresentam a mesma base.
Avaliação Nutricional nas Doenças Cardiovasculares
Parâmetros Bioquímicos

- Albumina/ transferrina: Valores em baixa devido a proteinúria, maior volume plasmático e


anermia ferropriva

- Índice creatinina/ altura: Indicador de reserva protéica em índividuos com IC

- Relação nitrogênio uréico sérico/ creatinina sérica: Indicar exato de ingestão protéica (Não
deve ser usado em IC grave)

- Balanço nitrogenado: Avaliar a melhora do estado nutricional e monitorização da terapia


nutricional (BN = N ingerido – N excretado)
Avaliação Nutricional nas Doenças Cardiovasculares
Avaliação do Risco Cardiovascular
Lipidograma

Diretriz de prevenção de doenças cardiovasculares - 2019


Avaliação Nutricional nas Doenças Cardiovasculares
Avaliação do Risco Cardiovascular
Avaliação da Glicemia
Avaliação Nutricional nas Doenças Cardiovasculares
Avaliação do Risco Cardiovascular
Avaliação da Glicemia
Índice HOMA beta
• HOMA-beta é o método mais utilizado para estimar a secreção de
insulina, através da estimativa da função da beta-célula a partir dos
valores de insulina e da glicemia em jejum, que refletem o balanço
entre a produção hepática de glicose e a secreção de insulina.
• Segundo o método, essa relação é mantida por um mecanismo de
retroalimentação (feedback) entre o fígado e as células beta.
OBESIDADE

Avaliação Anamnese
Antropométrica Bioquímica
Clínica/ física alimnetar
Obesidade
Métodos bioquímicos:
• Proteínas plasmáticas- albumina, pré-albumina e transferrina;
• Marcadores pró-inflamatórios – PCR, IL1, IL6, IL10 e TNF-alfa;
• Perfil lipídico – colesterol total, HDL-c, LDL-c, VLDL-c, triglicerídeos;
• Metabolismo de carboidratos - glicemia de jejum, hemoglobina glicada, teste de
tolerância à glicose e HOMA-IR;
• Balanço nitrogenado: utilizado para avaliar a adequação da TN e o grau de retenção
urinária;
• Hormônios – tireoidianos (T3 e T4) e tireoestimulante (TSH);
• Enzimas hepáticas – TGO e TGP;
• Micronutrientes – concentrações plasmáticas de ferro, ferritina, magnésio, zinco,
cálcio, fósforo, vitamina B12 e folato para fornecerem dados complementares sobre a
adequação nutricional.
Cirurgia bariátrica
Dado socioeconômicos
Ex: Idade, sexo, renda, número de pessoas na família, condições de moradia, religião, escolaridade, atividade ocupacional

Dados clínicos/ Estilo de Vida


Ex: História familiar de doença, comorbidades, uso de medicamentos, alergia, intolerâncias, mastigação, sintomas
gastrointestinais e urinários, presença de transtornos alimentares, prática de atividade física, horas de sono

Parâmetros Dietéticos
Ex:R24h, Registro alimentar, QFA para avaliação do consumo alimentar. Aquisição, modo de preparo e quem prepara os
alimentos, local de realização das refeições, uso de suplementos alimentares, realização de acompanhamento nutricional

Parâmetros Antropométricos
Ex: Peso habitual. Peso atual, história de perda de peso, altura, IMC, circunferências (braço, cintura, quadril), exame físico

Parâmetros Bioquímicos
Hemograma, eletrólitos, glicose, ferro, vitamina B12, D, tiamina, cálcio iônico e sérico, PTH, ácido fólico, função hepática,
colesterol total e frações, triglicerídeos, proteínas totais e frações

(COPINNI, 2011).
Proteínas, contagem de linfócitos, ácido úrico, cálcio, fósforo, índice creatina/altura e transaminases.
Child-Pugh
• Este sistema de pontuação foi desenvolvido
inicialmente para estratificar pacientes em grupos de risco
antes de serem submetidos a cirurgia de descompressão
portal. Atualmente é utilizado para avaliar o prognóstico
da cirrose e orienta o critério padrão para inscrição no
cadastro de transplante hepático (classe B de Child-Pulgh
). A classificação de Child-Pugh é um fator preditivo
razoavelmente confiável de sobrevida de várias doenças
hepáticas e antecipa a probabilidade de complicações
importantes da cirrose, como sangramento por varizes e
peritonite bacteriana espontânea.
Child-Pugh
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO PACIENTE RENAL
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO PACIENTE RENAL
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NAS NEFROPATIAS
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO PACIENTE RENAL
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO PACIENTE RENAL
REFERÊNCIAS

DUARTE, Antonio Cláudio Goulart. Avaliação nutricional : aspectos clínicos e laboratoriais . São Paulo:
Atheneu, 2007.

SILVA, Sandra Maria Chemin Seabra da; MURA, Joana D`Arc Pereira. Tratado de alimentação, nutrição e
dietoterapia. São Paulo: Roca, 2011.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM AMBIENTE HOSPITALAR

Realizar o mais breve possível


(Ideal nas primeiras hora de
internamento)
Cuidado Nutricional

Alta
Objetivo desta avaliação:

Rastrear: Risco Nutricional

Diagnosticar: Desnutrição X Obesidade

Avaliar: Déficits Nutricionais


Como avaliar estes pacientes a nível hospitalar?

Anamnese Antropometria/
Clínica/ Exame Composição
físico corporal

Exames Anamenese
Bioquímicos Alimentar
Avaliação Nutricional no Paciente Cirúrgico
Paciente cirúrgico

Trauma

Abordagem
Cirúrgica
OMS 2008:
234 milhões/ ano (1:25)
Efeitos Efeitos
Comportamentais Humorais
Importância do Estado Nutricional no Paciente Cirúrgico

✓ O estado nutricional influi diretamente na evolução


perioperatória do paciente cirúrgico;

✓ 1936 (Stadley) – Afirmou a importância da perda de


peso como indicador de risco cirúrgico

✓ Atualmente → O parâmetro de perda de peso


continua sendo um excelente avaliador para o risco de
complicações perioperatórias associadas a desnutrição.
Importância do Estado Nutricional no Paciente Cirúrgico

DESNUTRIÇÃO CIRURGIA
✓Diminuição de ingestão ✓Stress metabólico
✓Perdas de nutrientes ✓Jejum para exames
✓Dietas modificadas ✓Jejum PO

✓Alteração do metabolismo dos tecidos


✓Perda acelerada da função
✓Perda massa corporal
✓Recuperação e cicatrização mais lentas
✓Competência imunológica diminuída

✓Maior morbi-mortalidade
✓ 30 a 50% dos pacientes internados nos hospitais ✓Maior tempo de internação
Brasileiros já se encontram desnutridos no pré-operatório → ✓Maior consumo de medicamentos
Necessidade de uma avaliação nutricional detalhada ! ✓Maior custo hospitalar
Passo a passo da avaliação nutricional do paciente cirúrgico

1º Passo – Realizar a triagem de risco nutricional

A triagem deve ter a sensibilidade de detectar alterações funcionais e orgânicas que


ocorrem precocemente à instalação da desnutrição, esta seria identificada antes do
aparecimento de alterações na composição corporal associadas à carências de nutrientes.

“COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS AO ESTADO NUTRICIONAL /


RISCO NUTRICIONAL”
Passo a passo da avaliação nutricional do paciente cirúrgico

1º Passo – Realizar a triagem de risco nutricional

Objetivo: Detectar a probabilidade de melhora ou piora da condição nutricional do paciente influenciada


por fatores nutricionais e pela condição patológica
Triagem de risco nutricional
✓ Realizada precocemente nas primeiras 24h
✓ Realizada por nutricionista ou qualquer outro profissional treinado
✓ Detecta pacientes em risco nutricional
✓ Evita perda de tempo, pois a ação é rápida
✓ Seleciona entre os pacientes os de risco nutricional e os que precisam de avaliação minuciosa
✓ Diagnostica os pacientes mais graves e com maior risco de complicações
✓Permite que se trace uma conduta nutricional mais rápida
✓ Revela quem pode se beneficiar de terapia nutricional
✓ Orienta que se inicie, nos pacientes com ou sem risco nutricional, um suporte nutricional pré-operatório
preventivo a fim de evitar complicações no pós-opertaório
Adaptado ESPEN, 2002
NRS 2002
NRS 2002

Realizar av. nut. completa


Passo a passo da avaliação nutricional do paciente cirúrgico

2º Passo – Realizar a avaliação do estado nutricional

✓ Conjunto de métodos utilizados para se aferir a condição nutricional;

✓ Realizar logo após a triagem nutricional por nutricionista capacitado;

✓ Reavaliar o paciente semanalmente até a alta;


Passos da avaliação nutricional
do paciente cirúrgico
3° passo

5° passo 4° passo
- Colesterol

2° passo
Avaliação Subjetiva Global

Classificação Nutricional Internuti


ASG A Manter dieta V.O. conforme
as necessidades do paciente
ASG B TN precoce por V.O. ou
enteral imunomoduladora
(5-7 dias) no pré-operatório
ASG C TN precoce enteral
imunomoduladora (7-14
dias
) no pré-operatório,
continuando no pós-
operatório. TNP se não for
possível utilizar o TGI

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