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Nutrição no

paciente
internado
Eger C. Campos
Ewerton Barreto

5º ano - Internato de Clínica Médica


Roteiro

01 Importância do estado nutricional

02 Como avaliar o estado nutricional do paciente

03 Cálculos e necessidades energéticas

04 Vias alimentares, particularidades e indicações


Importância do estado nutricional
no paciente internado

INFECÇÃO CATABOLISMO
TRAUMA
DISFUNÇÕES ORGÂNICAS
CIRURGIA
NEOPLASIAS
INGESTA DIMINUÍDA
Principal consequência da desnutrição: alterações imunológicas
Nosso papel

AVALIAR O ESTADO NECESSIDADE VIA DE


NUTRICIONAL DO CALÓRICA ALIMENTAÇÃO
DOENTE ADEQUADA MAIS ADEQUADA
Como avaliar o estado
nutricional do paciente?

HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

AVALIAÇÃO LABORATORIAL
História Clínica

Saciedade precoce
Ingesta alimentar reduzida (<75%)
Regurgitação
Vômitos pós-alimentares
Exame físico
Sinais de perda ponderal

Ascite
Edema de MMII

Hipoalbuminemia
AVALIAÇÃO
ANTROPOMÉTRICA

PESO E ALTURA
IMC (peso x altura²)
Avaliação Subjetiva Global

ALTERAÇÕES DE PESO

ALTERAÇÕES NA INGESTA ALIMENTAR

SINTOMAS GASTROINTESTINAIS >2 SEMANAS

ALTERAÇÕES NA CAPACIDADE FUNCIONAL

ALTERAÇÕES NO EXAME FÍSICO


AVALIAÇÃO
LABORATORIAL
Proteínas plasmáticas
Albumina
Pré-albumina
Transferrina

#Estados patológicos aumentam a perda proteica


Como determinar as necessidades
energéticas do paciente ?
Calorimetria indireta
→ Padrão ouro para avaliação do gasto energético

Equação de Harris-Benedict
→ sexo, peso, altura e idade
→ Homens: 66,5 + (13,8 x peso) + (5 x altura) - (6,76 x idade)
→ Mulheres: 65,5 + (9,6 x peso) + (1,85 x altura) - (4,68 x idade)
Como determinar as necessidades
energéticas do paciente ?
Equação de Harris-Benedict
→ sexo, peso, altura e idade
→ Homens: 66,5 + (13,8 x peso) + (5 x altura) - (6,76 x idade)
GEB : 66,5 + (13,8 x 85 kg) + (5 x 191 cm) - (6,76 x 26 anos)

GEB = 2019 KCAL


Como determinar as necessidades
energéticas do paciente ?
Regra prática
→ Total de kcal: 25 a 35 kcal/kg/dia
→ Total de proteínas: 1,5 g/kg/dia
→ Água: 35 - 40 ml/kg/dia
→ Na: 2 a 4 g/dia
→ K: 2 a 4 g/dia
→ Carboidratos: 60 a 70% do GEB
→ Lipídeos: 30 a 40% do GEB
Qual é a melhor via alimentar e
suas particularidades ?
A VIA ALIMENTAR PREFERNCIAL É A VIA ENTERAL
→ Via oral
→ Cateter nasogástrico
→ Cateter nasojejunal ou nasoduodenal (pós-pilórico)
→ Gastrostomia
→ Jejunostomia
Por que a via enteral é a
preferencial ?
• Absorção direta de nutrientes, como glutamina e alanina
• Aumento do fluxo sanguíneo entérico
• Preservação da barreira mucosa gastrointestinal
• Produção de imunoglobulinas e fatores de crescimento
endógenos pelas celulas da mucosa
• Previne a colonização bacteriana colônica
• Produção de butirato, que é o principal combustível colônico
• Redução do risco de íleo pós-operatório
Quando indicar nutrição pós
pilórica ?
Quando indicar via alimentar
cirúrgica ?
Formulações enterais

• Oligomérica
→ Proteínas Hidrolisadas

• Polimérica
→ Proteínas intactas
Quando pensar em outras vias de
nutrição ?
Nutrição parenteral

• Consiste na entrega de carboidratos, lipídeos e proteínas em


suas formas elementares, em infusão contínua intravenosa

• Nutrição parenteral total


→ acesso venoso central

• Nutrição parenteral parcial


→ acesso venoso periférico
Cuidados na nutrição parenteral
Possíveis complicações

• Relacionadas ao acesso venoso

• Relacionadas à nutrição
Referências

Townsend, C. M., R. D. Beauchamp, B. M. Evers and K. L. Mattox (2017). Sabiston Textbook of Surgery: The
Biological Basis of Modern Surgical Practice, Elsevier Saunders

WhiteJV,GuenterP,JensenG,MaloneA,SchofieldM;AcademyMalnutritionWorkGroup;A.S.P.E.N.MalnutritionTas
kForce;A.S.P.E.N. Board of Directors. Consensus statement: Academy of Nutrition and Dietetics and
American Society for Parenteral and Enteral Nutrition: characteristics recommended for the identification
and documentation of adult malnutrition (undernutrition). JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2012 May;36(3):275-
83. doi: 10.1177/0148607112440285. PMID: 22535923

Detsky AS, McLaughlin JR, Baker JP, Johnston N, Whittaker S, Mendelson RA, Jeejeebhoy KN. What is
subjective global assessment of nutritional status? JPEN J Parenter Enteral Nutr. 1987 Jan-Feb;11(1):8-13.
doi: 10.1177/014860718701100108. PMID: 3820522.

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