Você está na página 1de 17

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM (Imaginário)

ALIMENTAÇÃO / HIDRATAÇÃO

Alimentação  Obtenção de um conjunto de produtos naturais ou transformados

Alimentos  Substâncias fornecidas por via digestiva  Digestão e absorção com finalidade
nutritiva

Nutrição  Conjunto de processo através dos quais um ser vivo ingere, digere, absorve,
transporta e utiliza os nutrientes

Nutrientes  Substâncias constituintes dos alimentos  Múltiplas funções vitais

Funções dos Nutrientes

 Plástica  Proteínas
 Energética  Glícidos, Lípidos
 Reguladora  Vitaminas, Sais minerais, Água

Metabolismo Celular

Anabolismo

 Reações químicas  Substâncias alimentares são incorporadas pelas células vivas


 Metabolismo assimilativo e construtivo
 Sem destruição do trato GI

Catabolismo

 Reações químicas  Alguns nutrientes são degradados em moléculas mais simples, ao


mesmo tempo que ocorre transferência de energia
 Metabolismo destrutivo
 Infeções/Doenças necessitam de mais energia para reverter processo  Maior
consumo energia  Maior nº reações catabólicas  Necessário ajuste na alimentação
(Tabela terapêutica do doente no plano cuidados enfermagem)

1
Processo Digestivos (Macromoléculas  Micromoléculas)

Ptialina ou Amilase Salivar  Boca  Atua nos hidratos de carbono

Sucos Gástricos  Estômago  Pepsina + Ácido clorídrico + Fator intrínseco

 Aspiração suco gástrico para verificar se sonda se encontra no estômago  Suco


gástrico reintroduzido novamente no estômago  Rico em substâncias que degradam
alimentos

Sucos Pancreáticos  Pâncreas  Lipase + Amilase + Protéase ou Tripsina

Sucos Entéricos  Lactase + Sacarase + Maltase + Protéase + Lipase

Intestino Grosso  Absorção água  Interfere nas fezes (duras ou moles)

Produtos Finais  Aminoácidos, monossacarídeos, ácidos gordos, álcool, água, sais minerais,
vitaminas  Absorção direta para meio interno

Fatores que influenciam Alimentação

 Apetite
 Religião  Muçulmanos não comem carne de porco
 Estado emocional  Stress (vontade de comer mais ou menos alimentos, doces)
 Condição física  Dependência e vive sozinho  Não come
 Fatores geográficos  Isolamento e sem acesso a bens alimentos
 Nível económico
 Cultura
 Circunstâncias sociais  Recessão económica, pandemia  Dificuldade económica,
medo, fragilidade saúde  Dificuldade em adquirir alimentos
 Idade
 Preferências individuais
 Gravidez, lactação
 Os Media  Publicidade fast food
 Uso álcool e drogas
 Doenças e traumatismos  Necessidades alimentares aumentam, devido ao maior
consumo de energia
 Atividade física  Sedentarismo, atleta  Alimentação diferente

Avaliação Nutricional

História/Padrão Nutricional  Dados Subjetivos

 Nº refeições  Consumo bebidas alcoólicas


 Qualidade e quantidade  Consumo medicamentos
 Horário e local  Anorexia, disfagia, náuseas,
 Preferências alimentares vómitos
 Perda ou aumento peso

2
Sinais Clínicos de Nutrição  Observação  Dados objetivos

 Observação física
 Medidas antropométricas
 Peso / Altura
 Dados laboratoriais
 Exame físico  Pele, cabelo, cabeça, extremidades, estado mental, boca, faringe,
abdómen
o Sinais diminuição estado nutricional (Desnutrição)  Pele seca, cabelo
quebradiço, unhas fracas e quebradiças, depressão, ansiedade, aftas, úlceras,
amigdalite, edemas, abdómen distendido

Bioquímica, Hematologia

 Exames complementares diagnóstico (ECD)


 Pedido  Médico
 Análise  Enfermeiro

 Índice de Creatinina
o Homem  23 mg / xxx Kg / Dia
o Mulher  18 mg / xxx Kg / Dia

Peso e Altura

 Efeitos da alimentação no serviço de saúde  Monitorização


 Avaliar e registar  Admissão hospitalar ou Consulta de controlo  Mesma hora,
condições, cuidador e balança bem aferida
 Valores obtidos  Peso Atual (PA) % PI =
 Valores tabelados  Peso Ideal (PI) PA
 Comparar Peso com  Estrutura física, sexo e grupo etário ∗100
PI

 Índice de Massa Corporal (IMC) IMC =


peso( Kg)
2
altura (m)
Medidas Antropométricas

Prega Tricipital Perímetro Muscular Braquial

 Mulheres têm mais gordura  Homens têm músculo mais


Indicaçõe  Região média do acrómio (parte desenvolvido
s trás do ombro) até cotovelo  Terço  Região média do acrómio até
médio na parte posterior cotovelo  Medir à volta do braço

Mulheres 16,5 mm 23,2 cm


Homens 12,5 mm 25,3 cm

Medição no braço não dominante  Menos desenvolvido  Valor mais ajustado


Diagnósticos de Enfermagem

3
 Alteração da alimentação por défice
 Alteração da alimentação por excesso
 Défice no autocuidado (alimentação)  Teórica do Autocuidado (Dorothea Orem)
 Risco de aspiração pulmonar
 Alteração da alimentação  Disfunção anatómica e funcional

Cuidados de Enfermagem

 Manter nutrição adequada


 Restabelecer estado nutricional

Princípios relacionadas com Satisfação da Alimentação

 Consumo adequado de nutrientes essenciais e alimentos energéticos  Alimentação


saudável
 Estado nutricional de indivíduo  Determinado pela quantidade/qualidade de
nutrientes específicos e alimentos energéticos consumido e absorvidos
 Necessidades nutritivas alteradas pela doença
 Alimentos têm importância psicológica para as pessoas
 Hábitos alimentares são adquiridos
 Hábitos alimentares associados a crenças culturais, religiosas e morais

Ações de Enfermagem

 Ensino básico sobre alimentação (Educação para Saúde)


 Alimentação da pessoa doente

Métodos de Alimentação

Roda dos Alimentos  Guia para escolha alimentar diária

Alimentação oral e culinária

 Geral  Hipossalina
 Mole  Hipocalórica
 Líquida  Hipoproteica
 Especial  Hipercalórica
 Hiperproteica

Enfermeiro pode alterar dieta se achar necessário

 IR  Específica

 Hipertensão  Hipossalina Geral

 Ausência dentição  Mole


Malnutrição

4
 Estado de alteração funcional
 Perda de integridade estrutural do organismo, nem sempre aparente
 Desequilíbrio entre aporte de energia e nutrientes essenciais aos tecidos e às
necessidades biológicas desses tecidos

Vias de Alimentação/Nutrição

 Via Oral  Mais desejável

 Via Entérica

 Via Parentérica

NUTRIÇÃO ENTERAL (NE)

5
 Técnica de nutrição artificial
 Alimentos colocados diretamente no estômago, duodeno ou jejuno, através de uma
sonda
 Nutrientes  Trato GI  Tem que estar funcional

Nariz  Orofaringe  Esófago  Estômago  Duodeno  Jejuno

Indicações

 Incapacidade de comer através da boca


 Incapacidade de mastigar ou deglutir
 Ausência ou insuficiente reflexo de deglutição
 Doença e cirurgia GI
 Hipermetabolismo  Queimaduras, politraumatismo, sépsis, neoplasia
 Doenças neurológicas  AVC, coma
 Após determinados tipos de cirurgia  Cabeça, pescoço, esófago

Local de Colocação das Sondas

Apoio Nutricional a Curto Prazo  < 4 semanas

 Sonda Nasogástrica (NG)


o Nariz  Estômago
o Fixada no nariz
o Alimentação contínua ou industrializada

 Sonda Orogástrica  Boca até Estômago

 Sonda Nasoduodenal  Nariz até Duodeno

 Sonda Nasojejunal  Nariz até Jejuno

Apoio Nutricional a Longo Prazo  > 4 semanas

 Faringeostomia Cervical

 Esofagostomia Cervical

 Ostomia / Gastrostomia (PEG)


o Diretamente no estômago
o Cirurgia OU Procedimento endoscópio percutâneo

 Jejunostomia (PEJ)
o Diretamente no jejuno
o Cirurgia OU Procedimento endoscópio percutâneo
o Infusão contínua  Controlada por bomba

Características da Sonda (SN)

6
Pequeno calibre

 Calibre  Unidade (F)  French  Diâmetro externo


 1 F = 0,33 mm
 Adultos  8 a 12 F  Atenção à viscosidade e modo de administração

Comprimento

 Nasogástrica  70 a 95 cm
 Nasojejunais  105 a 120 cm

Material não reativo

 Poliuretano  Mais resistente, paredes mais finas


 Silicone  Mais flexíveis

Soluções Administradas

Tipos de Soluções

 Fórmulas preparadas comercialmente


 Dietas culinárias

Características das Soluções

 Nutricionalmente adequadas
 Toleradas pelo paciente
 Apropriadas à região do trato GI

Forma de Administração

Contínua
Sistemas e Bomba
 Perfusão contínua  Sonda de Intermitente
de Infusão Enteral
pequeno calibre
 Perfusão
 Flui pelo efeito de gravidade,
 “Bolo”  Auxílio de uma seringa +
controlada por uma bomba CalibreInfusão
da Sonda
por nº18 mais grossa que nº16
gravidade

Entérica Bomba lado esquerdo Conteúdo


alimentar
Parentérica Bomba lado direito NaCl 0,9%

Complicações da Alimentação Enteral

 Diarreia

7
o Administração muito rápida
o Conteúdos muito quentes ou inadequados (fora de horas, só se estiver no
frigorífico)

 Vómitos
o Intolerância do conteúdo
o Administração de ar

 Esvaziamento gástrico inadequado  Ver se doente tem restos alimentares da


refeição anterior

 Esteatorreia  Fezes com gorduras

 Absorção inadequada e/ou Ausência absorção

 Aspiração de conteúdo gástrico


o Indicação de Infeções pulmonares
o Doentes inconscientes sem refluxo gastroesofágico  Sonda no duodeno
o Verificar sempre se sonda está posicionada na região gástrica  Aspiração
conteúdo gástrico + Teste pH OU Introdução de ar + Ouvir entrada de ar no
estômago com estetoscópio

 Hiperglicemia Estômago  pH ácido

 Desequilíbrios eletrolíticos  Irrigação contínua Duodeno e Jejuno  pH básico

Secreções Pulmonares  pH básico


 Contaminação bacteriana da solução alimentar

 Colocação inadequada da sonda

 Migração do tubo ou SN

 Obstrução, contorção ou formação de nós na sonda  Lavar sempre sonda

Objetivos da NE

 Restabelecer ou manter estado nutricional

Pré-Administração

8
 Despistar alergias a qualquer alimento da solução

 Identificar intolerância prévia a qualquer alimento

 Verificar data limite das fórmulas preparadas comercialmente

 Confirmar hora de preparação das dietas culinárias

 Examinar abdómen
o Erutação (arrotar) não possível  Distensão abdominal  Necessário esvaziar
abdómen

 Confirmar presença de ruídos intestinais / hidroaéreos


o Auscultação  Circulação do ar  Funcionalidade trato GI
o Só se não houver outra indicação de que está funcional

 Explicar procedimento ao doente

 Proporcionar intimidade ao doente  Pode não querer tornar público o seu método
de alimentação

 Ajudar doente a posicionar-se em Fowler (cama) ou Sentado (cadeira)  90º

 Confirmar se sonda está bem posicionada  Sempre antes de qualquer administração


e todos os dias

 Verificar presença de estase gástrica


o Aspirar conteúdo gástrico  Se percebermos que seringa, depois de cheia,
ainda poderia aspirar mais conteúdo OU Verificar normas do serviço  Estase
gástrica

 Confirmar temperatura da solução  Parte interna do braço

 Administrar solução lentamente Estase Gástrica  Vários


o “Bolos”  Lentamente Autores
o Bomba  Calcular nº gotas/min
> 50 mL > 100 mL

Administração de Bolsa Nutritiva ou Frascos

 Colocar bolsa ou frasco num suporto  30 cm acima do ponto de inserção da sonda


 Retirar todo o ar do sistema
 Conectar o sistema à SN
 Limpar sonda após cada administração da solução
 Inserir 60 mL de água através da SN
 Clampar SN

Pós-Administração

9
 Assegurar conforto e segurança do doente

 Pedir ao doente para permanecer em posição de Fowler, Sentado ou Lateral Direito


Elevado  30 min  Esvaziamento gástrico

 Lavar todo o material  Sabão e água  Utilizar novamente

 Substituir material  24/24h OU Segundo normas da instituição

 Balanço hídrico  Ingestão = Eliminação  Atenção a casos de Diarreia

 Pesar doente diariamente

 Avaliar sinais de desidratação e desnutrição

 Registos
o Quantidade e tipo de solução administrada
o Tempo que demorou administração
o Reações do paciente
o Volume água administrada
o Avaliar cuidadosamente possíveis complicações

Gastrostomia e Jejunostomia

Pré-Administração

 Colocar doente confortavelmente


 Verificar se existe Estase Gástrica  Aspirar mais que 50 mL

Pós-Administração

 Lavar sonda com água


 Pedir paciente que permaneça Sentado ou Decúbito Lateral Direito  30 min
 Avaliar estado da pele periostomal
 Observar se existem complicações comuns à NE
 Ensinar doente a administrar alimentação  Se for apropriado

NUTRIÇÃO PARENTÉRICA (NP)

10
 Administração de nutrientes necessários à manutenção e restauração do equilíbrio
metabólica e nutricional dos doentes  Via EV
 Trato GI não funcional  Ingestão, digestão, absorção dos alimentos ou assimilação
dos substratos alimentares total ou parcialmente comprometidas

Indicações

 Anorexia nervosa, Bulimia


 Queimados  Adjuvante com  Insuficiência Respiratória
alimentação oral  Insuficiência Hepática
 Doença cerebrovascular, Coma  Insuficiência Renal
 Fibrose cística  Sépsis  Hipercatabolismo
 Doença inflamatória do intestino  Trauma
 Doença de Crohn  Dificuldade deglutir ou mastigar
 Pré-operatório  Pausa alimentar  Transição da dieta zero para outra
 Pós-operatório  Suporte  Obstrução da cavidade oral,
nutricional de resseções digestivas faríngea, esofágica ou cárdia
intensas (necessário repouso
funcional)

Classificação da NP

Finalidade

 NP Total  Totalidade das  NP Substitutiva  Associada à


necessidades calórico-proteicas nutrição enteral ou oral
são satisfeitas por via venosa

Tipos de Nutrientes

 NP Completa  Todos os  NP Específica  Alguns nutrientes


nutrientes fornecidos por via IV administrados por via IV

Regime Calórico

 Normonutrição  Fornecimento  Hipernutrição  Fornecimento


calórico e azotado ≤ 40 calórico e azotado > 50
calorias/Kg/dia calorias/Kg/dia

Período de Duração

 Curta  < 1 semana  Periférico


 Média  1 e 5 semanas  Central
 Longa  > 5 semanas  Central

11
Via de Administração

 NP Periférica  Sistema venoso superficial


o Solutos baixa osmolaridade  800 mosm / L
o Até 2 semanas
o Rede venosa dos membros superiores em estado razoável

 NP Central  Sistema venoso profundo  Subclávia ou jugular


o Preparação e punção pelo médico
o Solutos hipertórnias
o ≥ 2 semanas

Material

Bomba Infusora ou Perfusora

 SEMPRE
 Controlo da qntd alimentos administrada
 Complicações metabólicas e risco infeção  Hiperglicemia/Hipoglicemia associada ao
débito diário de infusão

Objetivos

 Evitar infeção  Técnica Assética Cirúrgica


 Manter sistema NPT permeável  Perfusão contínua
 Evitar complicações
 Promover bem estar do doente

Cuidados de Enfermagem

 Substituir sistema de infusão  24/24 h


 Remover penso de cateter  48/48 h OU SOS OU Norma do serviço
 Avaliar sinais vitais  Devido à alteração hídrica
 Teste de glicosúria  6/6 h  Prevenir hipoglicemia e hiperglicemia
 Teste de cetonúria  Desnutrição implica hálito cetónico
 Teste glicemia capilar  Prevenir hipoglicemia e hiperglicemia
 Não administrar terapêutica ou constituintes de sangue pelo mesmo acesso
 Perfusão efetuada através de bombas infusoras  Tolerância do doente ao fluxo
 Vigiar permeabilidade do cateter de infusão
 Registar entradas e saídas  Balanço hídrico
 Avaliar estado hidroelétrico Cateter Central ≠ Cateter Periférico
Cateter Central Várias vias de administração
Eleger 1 só via para alimentação parentérica
Cateter Periférico 1 Via de administração

Bomba Infusora Mesma para alimentação,


soro, terapêutica, …

12
Complicações

Hiperglicemia

 Elevada [glicose] na solução de NPT


 Velocidade infusão muito alta
 Desidratação, náuseas, cefaleias, astenia (fraqueza)

Hipoglicemia

 Défice glicose + Excesso insulina


 Velocidade de infusão muito lenta
 NPT abruptamente interrompida
 Cefaleias occipitais, pele fria e húmida, vertigens, taquicardia, parestesia das
extremidades

Sobrecarga Hídrica

 Aumento do líquido extracelular


 Avaliar sinais vitais
 Grave  Edema pulmonar, IC congestiva  Tratamento urgente
 Dispneia, taquicardia, pulso fraco, hipertensão/hipotensão, confusão, diminuição
débito urinário, edema
Vigiar débito urinário em suspeita de edema
Mecânicas pulmonar

 Trombose venosa Débito urinário horário normal  30 mL/h


 Migração / Compressão do cateter Débito urinário diário normal  500 a 1000 mL / dia

Infeciosas

 Contaminação do ponto de penetração cutânea do cateter na colocação ou período de


manutenção  Desinfetar pele à volta do local de administração
 Contaminação das soluções das linhas nutritivas  Preparar bolsa nutritiva através de
técnica assética cirúrgica
 Não respeitar assepsia  Técnica assética cirúrgica  O que está em contacto com o
doente está desinfetado/esterilizado (cateter), apesar das luvas utilizadas serem não
cirúrgicas (não esterilizadas)

13
ENTUBAÇÃO NASOGÁSTRICA (ENG)

 Introdução de sonda através de uma narina até ao estômago


 Requer prescrição médica

Sucesso de execução depende da colaboração do doente

 Colaboração do doente
 Explicação do procedimento
 Efetiva relação de ajuda, comunicação

Finalidades

 Descompressão gástrica  Abdómen distendido


 Drenagem gástrica  Má absorção e digestão
 Lavagem gástrica  Intoxicações
 Instituir nutrição enteral
 Administrar terapêutica
 Colher amostras de suco gástrico
 Avaliar e tratar algumas hemorragias digestivas altas
 Prevenir bronco-aspiração

Contraindicações

 Após substâncias cáusticas, derivados de petróleo  Provocam queimaduras


esofágicas
 Tosse convulsa  Crianças

Complicações

Presença da Sonda

 Lesão cutânea das narinas


 Sinusite  Utilização prolongada
 Esofagite
 Fístula esófago-traqueal
 Úlcera gástrica e/ou Lesão da mucosa gástrica  Imobilização das sondas
 Infeção pulmonar e/ou bucal  Narina semi-obstruída implica respiração pela boca,
logo ar é pouco filtrado

Relacionadas com Drenagem

 Desequilíbrio hidroeletrolítico
 Desidratação

14
Colheita suco gástrico Jejum Sonda de
calibre muito pequeno, seringa e frascos
Lavagem gástrica Organofosforados depois
Material Necessário da refeição Sonda grande calibre (nº 18)
 Tabuleiro grande

 Sonda de acordo com finalidade Clamp Nutrição entérica


 Pinça ou Clamp de sonda/saco coletor Saco coletor Drenagem gástrica

 Luvas de proteção  Profissional de saúde

 Lubrificante hidrossolúvel  Gordura não se dissolve e pode provocar uma embolia


pulmonar  Oclusão de vaso

 Seringa de ponta cónica de 50 ou 100cc

 Lenços de papel  Narinas limpas, sem secreções  Incentivar doente a fazê-lo


(profissional de saúde realiza limpeza se não for possível)
 Compressas

 Copo com água  Doente consciente e com reflexo de deglutição (introduzir sonda
após pedir ao doente para engolir em seco)
 Palhinha  Doente que não consegue beber pelo copo

 Estetoscópio  Verificar se sonda está posicionada no estômago

 Resguardo  Cima do tórax do doente

 Adesivo  Fixar sonda na narina, se não houver fixador próprio

 Papel indicador de pH  “Combur teste”  Avaliar pH do líquido aspirado

 Recipiente de sujos / Cuvete  Doente vomita se parte distal da sonda tocar na úvula

 Espátula  Visualizar se parte distal da sonda está na orofaringe ou não enrolada

Técnica

Preparação prévia de todo o material

 Evita demora
 Poupa energia
 Disponibiliza enfermeiro para relação terapêutica

Preparação do doente

 Informar doente da necessidade da ENG, todo o procedimento e importância da sua


colaboração  Consentimento do doente informado
 Salvaguardar privacidade do doente
 Retirar próteses dentárias

15
 Colocar doente em posição de Fowler alta
 Se inconsciente, colocar em decúbito lateral  Drenagem de conteúdo e evitar
engasgamento, uma vez que não tem refluxo de deglutição

 Verificar limpeza + Examinar fossas nasais


o Alterações congénitas
o Desvios do septo  Entubar narina com maior fluxo ar  Adejo nasal de cada
narina, alternadamente
o Obstruções que possam dificultar/impedir introdução da sonda ou causar
laceração da mucosa

 Explicar ao doente  Vantagens de uma respiração pela boca, respiração ofegante e


deglutição para passagem da sonda

Fase de Execução

 Sem exigência de Técnica Assética Cirúrgica  MAS  Cuidados de higiene


imprescindíveis (técnica assética médica)
 Lavar as mãos
 Luvas de proteção

 Medir e marcar tamanho da sonda a introduzir


o Ápice nariz  Lóbulo orelha  Apêndice xifoide (fim do esterno)
o Lábio  Lóbulo orelha  Apêndice xifoide
o Sonda com parte distal no duodeno/jejuno é 10cm mais comprida que no
estômago  Usar raio-x para verificar localização da sonda

 Lubrificar ponta distal da sonda  7 cm  Gel hidrossolúvel


 Sonda no frigorífico/gelo  Ficar mais dura
 Sonda em água quente  Ficar mais maleável
 Hiperextensão da cabeça  Abrir vias aéreas
 Introdução da sonda na narina  Movimentos suaves e firmes
 Passar resistência  Verticalizar até atingir orofaringe
 Orofaringe  Flexão da cabeça  Fechar traqueia
 Pedir ao doente para realizar movimentos de deglutição, se for possível  Beber água
e engolir  2-3 vezes  Introdução do resto da sonda
 Observar doente  Despistar sinais de cianosa, ansiedade e dificuldade na fala

 Verificar se sonda está posicionada no estômago


o Aspiração conteúdo gástrico + Teste pH  Conteúdo gástrico é ácido
o Injeção de 20cc ar  Movimento único e rápido, colocando o diafragma do
estetoscópio na região epigástrica  Ouvir entrada ar no estômago
o Raio-X  Prescrição médica

 Fixação da sonda
o Manter sonda fechada  Clamp ou seringa conectada ao saco coletor
o Fixar sonda com adesivo  Evita pressão na asa do nariz

16
Cuidados de Vigilância

 Observar diariamente estado da mucosa nasal e narina do doente  Evitar úlceras


 Mudar adesivo que fixa sonda  Diariamente OU SOS (secreções, sujo)
 Cuidados de higiene oral

 Manter sonda permeável  Evitar obstrução da sonda


o Lubrificação  Soro fisiológico
o Irrigação  Seringa da ponta cónica  Soro fisiológico ou água destilada

Irrigação da Sonda

 Verificar se sonda está no estômago


 Desligar sonda do sistema de drenagem ou de alimentação
 Introduzir suavemente  30 cc soro fisiológico  Seringa de ponta cónica
 Aspirar imediatamente de forma suave  Retirar líquido introduzido
 Conectar sonda ao sistema

Remoção da Sonda / Extubar

 Explicar procedimento ao doente


 Tranquilizar doente
 Oferecer lenços de papel/compressas ao doente  Parte distal da sonda com secreção
 Colocar resguardo/toalha no peito do doente  Não sujar cama/doente
 Luvas de proteção (profissional de saúde)
 Colocar doente em posição de Fowler, Semi-Fowler, Sentado
 Retirar adesivo
 Desconectar sonda do sistema + Fechar sonda
 Pedir ao doente para respirar fundo + Suspender respiração no momento da remoção
da sonda + Expiração  Pode ser necessário mais que 1x
 Acondicionar devidamente todo o material utilizado  Sonda NG pertence ao Grupo
III (risco biológico, autoclave)
 Medir conteúdo drenado  Se for necessário
 Limpar narinas e boca do doente
 Verificar existência de irritação da pele e mucosa na narina
 Registos

Registos

 Dia e hora do procedimento


 Tipo de sonda
 Objetivos da colocação
 Tolerância ou dificuldades visíveis pelo executante ou referidas pelo doente
 Volume e características do conteúdo gástrico

17

Você também pode gostar