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Distúrbios Alimentares

Anorexia e Bulimia
ANOREXIA

Anorexia é uma palavra grega “an” que


significa sem e
“orexis” que significa desejo, ou seja ,
sem desejo.
ANOREXIA
Caracteriza-se por um medo intenso de
engordar e uma forte
necessidade de autocontrole em relação à
comida. Inicia-se sempre
por uma dieta, numa tentativa de perder
alguns quilos, mas
rapidamente o que era controlável passa a
controlar a própria pessoa.
Anorexia Nervosa
 Anorexia:
– Desordem
caracterizada por uma
imagem distorcida do
próprio corpo e um
medo mórbido de
engordar, o que leva à
recusa de manter um
peso minimamente
normal.

Anorexia  “Falta de
apetite”
Sub-tipos de Anorexia
 Tipo restritivo  Tipo ingestão
– Dieta compulsiva / purgativo
– – Crises bulímicas
Jejum
regulares ou purgativas
– Exercício físico durante o episódio
actual.
– Usam métodos
purgativos como
vómito, laxantes,
diuréticos, enemas,
hormonas da tiróide e
pílulas para emagrecer.
Prevalência
 Sexo feminino – 90%
 Localização geográfica
– Europa e EUA – maior incidência de casos; aumentou 10 vezes o nº de
casos nos últimos anos.
– Ásia, países árabes e África – raramente aparece
 Classe sócio – económica mais atingida:
– Média alta
– Alta
 Desportos mais atingidos:
– Desportos estéticos com maior incidência no ballet (4%), na ginástica e
na patinagem artística.
– Desportos por categorias de pesos
– Desportos de resistência
Quando surgem os primeiros
sinais?
 Inicio da adolescência
 O inicio dos sintomas dá-se de forma bimodal: 13-
14 anos, 16-17 anos. Os dois picos de maior
incidência dão-se aos 14 e 16 anos.
 Inicio dos caracteres sexuais 2º determina o inicio
desta patologia
 Índice de mortalidade:
– 4% em anoréctico tratados
– 30% em situações catastróficas
Factores predisponentes:
􀂾 Diminuição da auto-estima
􀂾 Preocupação excessiva com o peso
􀂾 Insatisfação com a imagem corporal
􀂾 Bom comportamento e bom desempenho escolar
􀂾 Timidez
􀂾 Isolamento
􀂾 Dificuldades em estabelecer relações afectivas
􀂾 Perfeccionismo
􀂾 Família super-protectora
􀂾 Ênfase da cultura da magreza
Causas
 São desconhecidas
 Factores que contribuem para a desordem:
– Aspectos: genéticos
sociais
familiares
ambientais
 Componente

Biológica Psicológica
Sinais e Sintomas
– Esfera alimentar:
» Recusa em ingerir alimentos ricos em
hidratos de carbono e gorduras
» Apresentam apetite “caprichoso” de poucos
alimentos ou até mesmo de um único
alimento
» Medo intenso e inexplicável de engordar
» Perdem o senso critico em relação ao seu
esquema corpóreo
» Tem dificuldade em comer em locais
públicos
Sinais e Sintomas
– Outras áreas do comportamento além da alimentar:
» Grande cuidado com organização
» Senso de responsabilidade apurado
» Interesse especial pelo valor nutritivo da cada alimento
» Por vezes são exímias cozinheiras
» Passam grande parte do tempo a melhorar as condições
nutricionais dos seus familiares
» Preocupação excessiva com o corpo pode ser confundido com
vaidade
» Passam horas ao espelho
» Submetem-se a exercícios físicos excessivos
» Diminuem as horas de sono
» Isolamento social e dificuldade para namoros e vida sexual
Sinais e Sintomas
 Sinais
– Emagrecimento rápido sem causa
aparente
– Cabelos finos e quebradiços
– Pilosidade pela pele (lanugo)
– Interrupção do ciclo menstrual nas
raparigas - amenorreia
– vómito
– Perda de erecção nos rapazes
Critérios de diagnóstico
 Recusa em manter um peso corporal minimamente
normal para uma idade e altura (p.e., perda de peso
maior que o necessário para manter um peso de 85% do
esperado, ou incapacidade em ganhar o peso esperado
para o crescimento, ficando aquém de 85% do previsto
– IMC  17.5 Kg / m2 .
 Medo intenso de ganhar peso ou ficar gorda, mesmo
quando muito magra.
 Perturbação na apreciação do peso e forma corporal,
indevida influência de peso e forma corporal na auto–
avaliação ou degeneração da gravidade do grande
emagrecimento actual.
 Nas raparigas após menarca, amenorreia, ou
seja, ausência de pelo menos 3 ciclos
menstruais consecutivos.
 Nos homens após perda de erecção.
Complicações
 Complicações relacionadas com a perda de peso
– Caquexia / desnutrição
» Perda de tecido adiposo
» Perda da massa muscular
» Fraqueza, fadiga

– Cardiovasculares
» Perda de músculo cardíaco
  P.A. e  frequência cardíaca
» Bradicardia
» Arritmias

– Gastro – intestinais
» Esvaziamento gástrico retardado
  motilidade intestinal
» Dor abdominal
» Obstipação
– Reprodutivas
»Infertilidade
»Criança com peso
à nascença
– Renal
»Desidratação
»Alteração das
enzimas hepáticas
– Dermatológicas
» Pele e cabelos secos
» Queda de cabelo
» Lanugo
» Edema
– Hematológicas
» Anemia
– Neurológicas
» Depressão
» Atrofias irreversíveis do
cérebro
  ventricular
 Complicações relacionadas com a purgação
– Dentárias
» Erosão de esmalte dentário
– Gastro-intestinais
» Inflamação e  das glândulas salivares
e pancreáticas
 da amilase
» Erosão esofágica e gástrica
– Neurológicas
» Fadiga, fraqueza
» convulsões
Tratamento da AN
Psicólogo Psiquiatra

Médico Nutricionista

TRATAMENTO

3 níveis de tratamento:
A – Psicoterapia
B – Reabilitação Nutricional
C – Tratamento Farmacológico
Tratamento da Anorexia
 Objectivos:
1. Restauração de peso normal/razoável
- menstruação e ovulação normais (mulheres)
- função sexual e níveis hormonais normais (homem)
- desenvolvimento físico e sexual normal nas crianças
e adolescentes
2. Motivação do paciente para recuperar hábitos e
comportamentos alimentares saudáveis e participar no
tratamento
3. Corrigir pensamentos, sentimentos e atitudes disfuncionais
relacionadas com a desordem
4. Corrigir sequelas biológicas e psicológicas da desnutrição
5. Tratamento de condições psiquiátricas associadas
6. Garantir suporte e aconselhamento familiar
7. Prevenir recaídas
 Níveis de tratamento:
Hospitalização (4-10 semanas)
Hospitalização parcial
Programas residenciais
Paciente externo

 Escolha do nível de tratamento:

Parâmetros físicos + parâmetros comportamentais


e psiquiátricos
A - Psicoterapia
 Objectivos – ajudar os pacientes:
1. A entender e cooperar com a sua reabilitação
nutricional e física
2. A entender e alterar as suas atitudes e
comportamentos relacionados com a
desordem
3. A melhorar as suas relações sociais e
interpessoais
4. Tratar conflitos psicológicos e doenças
psiquiátricas associadas com a desordem
alimentar
A - Psicoterapia
 Intervenções
1. Terapia Individual – educação da anoréctica
sobre as suas próprias necessidades;
normalizar a sua relação com os alimentos
2. Terapia familiar – para indivíduos que ainda
vivem num núcleo familiar; visa tornar a
pessoa mais autónoma
3. Terapia de grupo – melhorar as relações
pessoais da anoréctica
B – Reabilitação Nutricional
 Objectivos:
a) Restaurar o peso normal/razoável
b) Normalizar o padrão da dieta
c) Recuperar a percepção de fome e
saciedade
d) Corrigir as alterações biológicas causadas
pela desnutrição
 Individualização do plano alimentar
A história dietética do paciente deve:
Especificar o início do quadro, a velocidade da perda de peso
e a sua magnitude
Especificar a hora e a composição das diversas refeições,
principais e ligeiras (1.289 kcal+/-150 kcal, com baixa proporção de
calorias originadas de gorduras)
Indicar o local onde são tomadas as refeições e as pessoas
com quem são partilhadas
Uso de laxativos, diuréticos ou anorexígenos
Conter uma lista dos gostos e aversões
Estabelecer a natureza, frequência e duração das actividades
físicas
História menstrual

Aporte energético recomendações de


actual energia
 Estabelecimento do peso a atingir:
Doentes externos – 450g/sem
Doentes internos – 0,9 a 1,35 kg/sem

 Valor calórico da dieta:


Dieta hipocalórica (800–1000 kcal/dia)
aumento gradual
200-300 kcal
cada 3-4 dias
Dieta hipercalórica (3000-3500 kcal/dia)

Síndrome de realimentação:
- Retenção de fluidos (edema)
- Arritmias cardíacas
- Diminuição de electrólitos (P, K, Mg, Na, …)
- Intolerância à glucose
- Disfunção GI
 Elaboração da dieta
O nutricionista deve:
1) Avaliar a história dietética e identificar excessos e
deficiências específicos
2) Educar o paciente e família para as necessidades
nutricionais dos adolescentes, desfazendo mitos
3) Desenvolver um plano alimentar e equilibrado para
atingir um dado peso ou mantê-lo
4) Aplicar um sistema que permite variabilidade e
flexibilidade na selecção dos alimentos
5) Identificar comportamentos/hábitos alimentares errados
que persistam
6) Garantir que haja “feedback”
Plano alimentar:

Refeições planejadas e em horas marcadas


Fornecer nutrientes em quantidade e
proporção adequada
Ter em conta os riscos de edema
Alimentos de digestão fácil
Consumo diário de leite e derivados
Consumo de legumes, saladas e frutas frescas
O azeite é a melhor gordura
Variar as fontes proteicas para maior equilíbrio dos aa:
carne, peixe, ovos
Cereais, leguminosas secas e batatas também são
importantes
Dar alimentos que agradem ao paciente
Ingestão gradual de alimentos “proibidos” (gorduras, pão,
fritos, açúcar, …)
 Suplementos alimentares:

■ Outras opções nutricionais:


Substituição temporária de comida sólida por
suplementos líquidos
Sonda nasogástrica ou nutrição parentérica
 Esvaziamento gástrico retardado

Diminuição da sensação de saciedade:


 pequenas refeições frequentes ricas em HC
 Consumo de quantidade moderada de gordura
 Consumo dos alimentos frios
 Limitar frutos e legumes
 Limitar cafeína
 Uso de suplementos nutricionais líquidos
 Incentivo do paciente:
Elaboração conjunta da dieta
Apresentação de uma alimentação normal para que
tome consciência do desvio entre o que come e
aquilo que é uma alimentação normal
Valorização do bem-estar que se sente depois da
refeição
Uso de estímulos positivos/negativos
 Exercício físico:
Adequado à ingestão alimentar e à energia
dispendida pelo paciente
Ter em conta a densidade óssea e a função
cardíaca
Fitness ≠ perder peso
Momento de descontracção e relaxamento
 Aspectos psicológicos a desenvolver
simultaneamente:
Ausência de sentimento de culpa quando aumenta
a diversidade e a frequência do esquema de
alimentação
Estratégia de luta contra o “medo de ficar gorda”
Melhoria da insatisfação corporal
Os momentos de refeição devem ser períodos de
relaxamento
 Exemplo:
Pequeno almoço 1/5 leite magro
(9h) Kellogs K
Snack 1 iogurte magro
(11h) 1 fruta
½ sopa
almoço Peixe, ovo ou tofu; batata, massa ou arroz;
legumes; sem pão
1 fruta
Lanche 1 néctar sem açúcar
(16h) 1 bolacha integral
Queijo fresco
jantar (igual ao almoço)

snack 1 iogurte magro


1 bolacha integral
 Exemplo:
Leite meio gordo + cereais
Pequeno almoço ou
1 iogurte natural meio gordo + 1 pão com 1 queijo
fresco

Snack 1 iogurte natural


1 fruta
½ sopa; peixe ou ovo; batata, massa ou arroz;
almoço legumes; 1 fio de azeite
1 fruta
1 néctar light

lanche 1 iogurte natural


1 pão com queijo fresco magro
jantar (igual almoço)

snack 1 iogurte natural


1 pacote bolachas integral
C – Tratamento Farmacológico
 Objectivos
– Uso após restauração do peso, para ajudar á sua
manutenção e normalizar comportamentos
alimentares
– Tratamento de sintomas psiquiátricos
associados à anorexia nervosa
 Cloropromazina
 Antidepressivos
 Ciproheptidina (orexígeno)
 Fármacos neurolépticos
 Inibidores da recaptação da serotonina
 Ansiolíticos
Prognóstico
 40% recuperam
– Peso estável e razoável
– Dieta e hábitos alimentares razoáveis
– Ausência de vómitos
– Menstruação regular
– Comportamento normal do adolescente
 20% peso deficiente
 20% magros
 5-10% obesos
 5-20% morrem
 Recaídas frequentes
Causas da morte
 Metabólicas
 Cardiovasculares
 Imunológicas
 Infecciosas
 Gastrenterologias
 Suicídio
Permanecem consequências psicológicas e
comportamentos obsessivos ao longo da vida:
– Manias obssesivo-compulsivas
– Relação anormal com a comida
– …
Factores que afectam o prognóstico
 Positivos:
– Diagnóstico e intervenção precoce
– Menor perda de peso
– Anorécticos bulímicos
– Idade inferior á adulta
– Sistemas orgânicos pouco comprometidos
– Boa relação pais / filhos
 Negativos:
– Depressão associada
– Presença de purgação
– Maior tempo de duração do quadro
Bulimia Nervosa

A palavra Bulimia tem origem grega


cujo significado é “ fome de boi”,
ou seja, grande fome devoradora.
Bulimia Nervosa

A doença caracteriza-se por episódios de


excessos alimentares, seguidos de
vómitos provocados.
Prevalência
 Sexo feminino - 90%
 Classe sócio – económica mais atingida:
– Média – alta
– Alta
 Idade mais atingida: 18 – 40 anos
 Modalidades com maior incidência:
– moda, dança e atletismo.
 A incidência é grande em cursos secundários e
universitários.
 Entre as pacientes existe forte presença de problemas
afectivos, transtornos ansiosos, abuso e dependência de
drogas.
Causas e factores determinantes
 Factores psicológicos
 Factores físicos
 Factores académicos Reduzem a auto-estima
e o auto-controlo
 Factores sociais
 Factores genéticos

– Pressões sociais sobrevalorizam muito a magreza


– Uso de comida e controlo de peso

Crises de desenvolvimento e angústia e emocional


Características
 Momentos de voracidade alimentar com frequência
de pelo menos 2 vezes por semana em 3 meses
consecutivos
 Exageradas restrições alimentares
 Provocam o vómito
 Usam laxantes, processos químicos de
emagrecimento
 Exercício físico exagerado
 Comportamentos paradoxais
 Sinais de auto-mutilação e flagelação
 Medo constante em não controlar os ataques de fome
 Hesitação face a comportamentos psicoterapêuticos
Sinais e Sintomas
 Físicos
– Grandes oscilações de peso
– Perda de potássio e desidratação
– Rosto inchado – indução sistemática do vómito
– Garganta irritada e glândulas aumentadas
– Irritações graves do esófago – acidez gástrica
– Fadiga
– Dificuldade em dormir
– Irregularidade menstrual
– Fraqueza muscular
– Rebentamento dos vasos
– Problemas dentários
 Psicológicos:
– Emotividade e depressão
– Alterações de humor
– Obsessão por dietas
– Dificuldade de controlo
– Auto-criticismo severo
– Auto-estima determinada pelo peso
– Medo de não conseguir parar de comer voluntariamente
– Sentimento de auto-censura após o episódio bulimico
– Necessidade de aprovação dos outros
 Comportamentais
– Obsessão por comida
– Indisposição depois das refeições
– Comer às escondidaS
– Abuso de laxantes, diuréticos e anorexígenos
– Uso de clisteres
– Provocação do vómito
– Isolamento social
– Exercício físico em excesso
– Jejuns prolongados e frequentes
– Fuga a restaurantes e refeições planeadas
Critérios de diagnóstico
 Episódios de ingestão compulsiva de uma
quantidade de alimentos muito superior à maioria
das pessoas:
– A nível acelerado e caótico
– Sem qualquer selecção de alimentos
– Com o desaparecimento das sensações de prazer ou da
obtenção da saciedade
– Sentimento de total falta de controlo na ingestão dos
alimentos
 Comportamentos compensatórios decorrentes para
perder peso e prevenir o seu ganho:
– Vómito auto-induzido
– Abuso de laxantes e outros medicamentos
– Jejum e exercício físico prolongados
 Episódios de ingestão compulsiva, seguidos
de manobras compensatórias de eliminação,
no mínimo 2 vezes semanais durante 3
meses consecutivos.

 Preocupação persistente com a forma e peso


corporais.
Complicações
 Fadiga e perda de energia
 Menstruação irregular ou inexistente
 Desidratação
 Obstipação
 Diarreia
 Lesão das extremidades nervosas que alimentam as
fibras musculares do intestino
 Falta de ar
 Batimentos cardíacos irregulares
 Depressão
 Inchaço e dores de estômago
 Enfraquecimento da estrutura óssea
 Perda do esmalte dentário
 Irritação crónica da garganta
 Problemas de fígado e rins
 Aumento da glândula parótida
 Desequilíbrio hidro-eletrolítico
 Mãos e pés inchados
 Hipotensão
 Úlceras
 Dilatação e ruptura gástrica
 Escoriações nas mãos e nas articulações
 Anemia
 Paragem cardíaca e morte
Tratamento
O tratamento deve ser conduzido por uma equipa composta de:
- Psiquiatra
- Psicólogo
- Nutricionista
- Endocrinologista
- Assistente social

O primeiro objectivo do tratamento é acabar com o ciclo de


ingestão compulsiva, seguida de manobras purgativas ou de
jejum prolongado.
Estabelecimento de um padrão alimentar
regular e disciplinado
Tipos de tratamento
 Objectivos clarificados e etapas bem definidas sobre a terapia
a adoptar pelo doente.

Um tratamento adequado da bulimia nervosa deverá incluir:


* Tratamento psicológico
* Tratamento farmacológico/Medicação
* Aconselhamento nutricional
* Internamento em casos muito graves
Tratamento psicológico

Objectivo: - analisar e modificar os pensamentos, crenças e


sentimentos que desencadeiam e perpetuam o ciclo bulímico.

O tratamento psicológico passa pelas seguintes terapias:

* Terapia cognitivo-comportamental
* Terapia familiar
* Terapia de grupo
Terapia cognitivo-
comportamental
Tratamento psicoterapêutico mais eficaz para a doença.
Objectivo: - extinção de hábitos ou atitudes incorrectas e a sua
substituição por novos padrões apropriados e não provocadores
de ansiedade.

3 fases sobrepostas:
* 1ª fase: - educar o paciente sobre a doença e os
processos que a mantêm.
- auxiliá-lo a regularizar a sua alimentação.
* 2ª e 3ª fases: - ajuda na manutenção da mudança
do hábito alimentar.
Terapia familiar

Fundamental para aqueles que mantêm uma forte


dependência emocional das famílias.

Objectivo: - modificação do padrão de comportamento


alimentar, conseguida pela aliança terapêutica estabelecida com
a família.
Terapia de grupo
Partilha de experiências individuais: o doente apercebe-se
que não está sozinho e que a recuperação é possível.
Discutidas e planeadas actividades, regras do tratamento e
suas modificações com a evolução do tratamento.

Psicoterapia interpessoal variante psicodinâmica desta


terapia, sendo a primeira com efeitos equivalentes aos da
terapia cognitivo-comportamental.
Tratamento farmacológico

Antidepressivos  o seu uso deriva da associação frequente


desta doença com a doença depressiva.
Funciona como complemento dos métodos de reabilitação
nutricional e de psicoterapia.
Não é o tratamento principal, nem o mais eficaz!
Aconselhamento nutricional
Essencial para que o doente saiba exactamente aquilo que
deverá comer consoante o distúrbio alimentar de que padece.
Objectivos: - reconhecimento do verdadeiro valor dos nutrientes
e da sua importância na alimentação Comportamento
alimentar saudável

- correcção dos erros alimentares e introdução ou


restabelecimento de padrões alimentares adequados.
- ajuda na planificação do guia de refeições, baseada
no conhecimento da história dietética do bulimico.
Padrão de refeições regular e disciplinado
Internamento
 Só ocorre quando existem complicações clínicas, risco de
suicídio, ou quando houver fracasso do tratamento no
ambulatório.
Bulimia vs Anorexia
 Bulimia  Anorexia
– Idade atingida: 18-40 anos – Idade atingida: 13-14 anos; 16-17
anos
– Não há perda significativa de – Perda significativa de peso
peso
– Satisfação com um peso – Preferência pela magreza extrema
abaixo da média – Amenorreia
– Nem sempre ocorre
amenorreia
– Faz gala do seu estado
– Guarda segredo
– Passa facilmente despercebida
– Facilmente diagnosticada
– Internamento raro
– Períodos de voracidade – Internamento mais frequente
alimentar – Dietas loucas
ANOREXIA VS BULIMIA
 Recusa voluntária dos  Grande ingestão de
alimentos com muitas alimentos seguidos de
calorias vómitos
 Perda de peso notável  Armazenar alimentos
 Uso de laxantes e e vómitos em
diuréticos diferentes partes da
 Vertigens e dor de casa
cabeça  Consumo abusivo de
 Disfunções biológicas água, café, leite e
bebidas light
ANOREXIA VS BULIMIA
 Desequilíbrios das  Pânico de engordar
hormonas sexuais  Sensação constante de
 Amenorreia culpa e facilidade em
 Muita fome culpar os outros
 Verifica-se um abuso  Sensação de
de drogas e de álcool. inutilidade e vazio
 Isolamento social  Cara inchada e
 Maior irritabilidade hipertrofia das
glândulas
 Osteoporose
ANOREXIA VS BULIMIA
 Alterações Dentais  Desidratação
 Pele seca e escamada  Fraquezas e câimbras
 Enfarte e morte (casos
mais graves)

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