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Anorexia e Bulimia
ANOREXIA
Anorexia “Falta de
apetite”
Sub-tipos de Anorexia
Tipo restritivo Tipo ingestão
– Dieta compulsiva / purgativo
– – Crises bulímicas
Jejum
regulares ou purgativas
– Exercício físico durante o episódio
actual.
– Usam métodos
purgativos como
vómito, laxantes,
diuréticos, enemas,
hormonas da tiróide e
pílulas para emagrecer.
Prevalência
Sexo feminino – 90%
Localização geográfica
– Europa e EUA – maior incidência de casos; aumentou 10 vezes o nº de
casos nos últimos anos.
– Ásia, países árabes e África – raramente aparece
Classe sócio – económica mais atingida:
– Média alta
– Alta
Desportos mais atingidos:
– Desportos estéticos com maior incidência no ballet (4%), na ginástica e
na patinagem artística.
– Desportos por categorias de pesos
– Desportos de resistência
Quando surgem os primeiros
sinais?
Inicio da adolescência
O inicio dos sintomas dá-se de forma bimodal: 13-
14 anos, 16-17 anos. Os dois picos de maior
incidência dão-se aos 14 e 16 anos.
Inicio dos caracteres sexuais 2º determina o inicio
desta patologia
Índice de mortalidade:
– 4% em anoréctico tratados
– 30% em situações catastróficas
Factores predisponentes:
Diminuição da auto-estima
Preocupação excessiva com o peso
Insatisfação com a imagem corporal
Bom comportamento e bom desempenho escolar
Timidez
Isolamento
Dificuldades em estabelecer relações afectivas
Perfeccionismo
Família super-protectora
Ênfase da cultura da magreza
Causas
São desconhecidas
Factores que contribuem para a desordem:
– Aspectos: genéticos
sociais
familiares
ambientais
Componente
Biológica Psicológica
Sinais e Sintomas
– Esfera alimentar:
» Recusa em ingerir alimentos ricos em
hidratos de carbono e gorduras
» Apresentam apetite “caprichoso” de poucos
alimentos ou até mesmo de um único
alimento
» Medo intenso e inexplicável de engordar
» Perdem o senso critico em relação ao seu
esquema corpóreo
» Tem dificuldade em comer em locais
públicos
Sinais e Sintomas
– Outras áreas do comportamento além da alimentar:
» Grande cuidado com organização
» Senso de responsabilidade apurado
» Interesse especial pelo valor nutritivo da cada alimento
» Por vezes são exímias cozinheiras
» Passam grande parte do tempo a melhorar as condições
nutricionais dos seus familiares
» Preocupação excessiva com o corpo pode ser confundido com
vaidade
» Passam horas ao espelho
» Submetem-se a exercícios físicos excessivos
» Diminuem as horas de sono
» Isolamento social e dificuldade para namoros e vida sexual
Sinais e Sintomas
Sinais
– Emagrecimento rápido sem causa
aparente
– Cabelos finos e quebradiços
– Pilosidade pela pele (lanugo)
– Interrupção do ciclo menstrual nas
raparigas - amenorreia
– vómito
– Perda de erecção nos rapazes
Critérios de diagnóstico
Recusa em manter um peso corporal minimamente
normal para uma idade e altura (p.e., perda de peso
maior que o necessário para manter um peso de 85% do
esperado, ou incapacidade em ganhar o peso esperado
para o crescimento, ficando aquém de 85% do previsto
– IMC 17.5 Kg / m2 .
Medo intenso de ganhar peso ou ficar gorda, mesmo
quando muito magra.
Perturbação na apreciação do peso e forma corporal,
indevida influência de peso e forma corporal na auto–
avaliação ou degeneração da gravidade do grande
emagrecimento actual.
Nas raparigas após menarca, amenorreia, ou
seja, ausência de pelo menos 3 ciclos
menstruais consecutivos.
Nos homens após perda de erecção.
Complicações
Complicações relacionadas com a perda de peso
– Caquexia / desnutrição
» Perda de tecido adiposo
» Perda da massa muscular
» Fraqueza, fadiga
– Cardiovasculares
» Perda de músculo cardíaco
P.A. e frequência cardíaca
» Bradicardia
» Arritmias
– Gastro – intestinais
» Esvaziamento gástrico retardado
motilidade intestinal
» Dor abdominal
» Obstipação
– Reprodutivas
»Infertilidade
»Criança com peso
à nascença
– Renal
»Desidratação
»Alteração das
enzimas hepáticas
– Dermatológicas
» Pele e cabelos secos
» Queda de cabelo
» Lanugo
» Edema
– Hematológicas
» Anemia
– Neurológicas
» Depressão
» Atrofias irreversíveis do
cérebro
ventricular
Complicações relacionadas com a purgação
– Dentárias
» Erosão de esmalte dentário
– Gastro-intestinais
» Inflamação e das glândulas salivares
e pancreáticas
da amilase
» Erosão esofágica e gástrica
– Neurológicas
» Fadiga, fraqueza
» convulsões
Tratamento da AN
Psicólogo Psiquiatra
Médico Nutricionista
TRATAMENTO
3 níveis de tratamento:
A – Psicoterapia
B – Reabilitação Nutricional
C – Tratamento Farmacológico
Tratamento da Anorexia
Objectivos:
1. Restauração de peso normal/razoável
- menstruação e ovulação normais (mulheres)
- função sexual e níveis hormonais normais (homem)
- desenvolvimento físico e sexual normal nas crianças
e adolescentes
2. Motivação do paciente para recuperar hábitos e
comportamentos alimentares saudáveis e participar no
tratamento
3. Corrigir pensamentos, sentimentos e atitudes disfuncionais
relacionadas com a desordem
4. Corrigir sequelas biológicas e psicológicas da desnutrição
5. Tratamento de condições psiquiátricas associadas
6. Garantir suporte e aconselhamento familiar
7. Prevenir recaídas
Níveis de tratamento:
Hospitalização (4-10 semanas)
Hospitalização parcial
Programas residenciais
Paciente externo
Síndrome de realimentação:
- Retenção de fluidos (edema)
- Arritmias cardíacas
- Diminuição de electrólitos (P, K, Mg, Na, …)
- Intolerância à glucose
- Disfunção GI
Elaboração da dieta
O nutricionista deve:
1) Avaliar a história dietética e identificar excessos e
deficiências específicos
2) Educar o paciente e família para as necessidades
nutricionais dos adolescentes, desfazendo mitos
3) Desenvolver um plano alimentar e equilibrado para
atingir um dado peso ou mantê-lo
4) Aplicar um sistema que permite variabilidade e
flexibilidade na selecção dos alimentos
5) Identificar comportamentos/hábitos alimentares errados
que persistam
6) Garantir que haja “feedback”
Plano alimentar:
* Terapia cognitivo-comportamental
* Terapia familiar
* Terapia de grupo
Terapia cognitivo-
comportamental
Tratamento psicoterapêutico mais eficaz para a doença.
Objectivo: - extinção de hábitos ou atitudes incorrectas e a sua
substituição por novos padrões apropriados e não provocadores
de ansiedade.
3 fases sobrepostas:
* 1ª fase: - educar o paciente sobre a doença e os
processos que a mantêm.
- auxiliá-lo a regularizar a sua alimentação.
* 2ª e 3ª fases: - ajuda na manutenção da mudança
do hábito alimentar.
Terapia familiar