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Transtornos

Alimentares
Vários sistemas estão implicados no controle da
alimentação

O sistema digestivo

O hipotálamo

Fatores cognitivos
Compostos produzidos pelo sistema digestivo

• Lipídios = gorduras

• Aminoácidos = proteínas

• Glicose = Açúcar
Digestão: Receptores desencadeiam a liberação
Decomposição e de diferentes peptídeos que
absorção de executam o processo de digestão:
alimentos Gastrina, Secretina e
Colecistocinina (CCK).

O peptídeo YY (CCK) gera a


sensação de saciedade.

Natureza e qualidade na
comida no trato
gastrintestinal
Sistema digestivo

Encarregado de captar os
diversos elementos nutritivos
presentes nos alimentos,
necessários à sobrevivência e ao
funcionamento das numerosas
células presentes em nosso
organismo.

GALLINA (hormônio) geram a


sensação de fome.
Leptina (hormônio produzido
pelo tecido adiposo): alta
concentração em magros
e baixa concentração em
obesos

Resistina (molécula do tecido


adiposo): Níveis elevados
são associados à
obesidade.

Adiponectina (proteína do
tecido adiposo): nível
reduzido em obesos
Hipotálamo

É a principal estrutura
cerebral no controle da
alimentação.

Três regiões desempenham papéis importantes:

Hipotálamo lateral – fome;


Hipotálamo ventromedial – saciedade;
Núcleo paraventricular – saciedade.
Experimentos
por

lesões
Patologia Resultante

Hipotálamo lateral : lesões nesta região causam


afagia

Hipotálamo ventromedial: lesões nesta região


causam hiperfagia

Núcleo paraventricular: lesões nesta região


causam hiperfagia
Fatores
cognitivos
Amígdala
Lesões alteram as
preferências alimentares e
extingue o aprendizado
sobre aversão a sabores.

Córtex pré-frontal inferior


Essa região recebe projeções do bulbo olfatório e possui
células que respondem a odores. Lesões diminuem o
apetite e o paladar em decorrência da diminuição de
respostas olfativas. Outro fator é o prazer.
Desvios do comportamento alimentar que
podem levar ao emagrecimento extremo
(caquexia) ou à obesidade.

• Distúrbios na representação pessoal do esquema


corporal: falsa imagem corporal;

• Obsessão pela forma física;

• Distorção da auto-imagem.
Transtornos Alimentares

São doenças psiquiátricas caracterizadas por graves


alterações do comportamento alimentar, podendo
originar prejuízos biológicos, psicológicos e aumento de
morbidade e mortalidade.

CID-10: reconhecem duas categorias


diagnósticas principais:
Perda de peso derivada de
um intenso temor da
obesidade. Recusa em se
alimentar.

* Restritiva
Episódios repetidos de
ingestão excessiva de
alimentos (Binge) seguido
por uma preocupação
exagerada sobre o
controle do peso corporal.

*Restritiva
*Purgativa
A bulimia, a princípio, assemelha-se ao
TCAP. Ocorrem episódios recorrentes de
compulsão periódica, vividos com o
sentimento de perda de controle, seguidos
de comportamentos compensatórios, após a
ingestão do alimento, faz-se uso de
métodos purgativos especialmente vômitos
laxantes e diuréticos.
Transtorno da Compulsão
Alimentar periódica (TCAP)

O TCAP caracteriza-se como episódio recorrente de


compulsão alimentar, ou seja, é a ingestão, em um
dado período de tempo, de uma quantidade muito
maior de alimentos que a maioria das pessoas
consumiria no mesmo prazo e em situação similar.
Tanto o TCAP quanto a bulimia só podem ser
considerados transtornos alimentares se os
quadros específicos de cada um ocorrerem pelo
menos duas vezes por semanas, em um período de
seis meses.

Caso o quadro não corresponda a esses critérios,


nem se prolongue pelo período mínimo definido
pelo DSM-IV, trata-se apenas de episódios
esporádicos, aos quais qualquer um de nós está
sujeito.
Síndrome do Gourmet

Os indivíduos que apresentam este quadro


estão insistentemente preocupados na
preparação, compra, apresentação e ingestão
de pratos especiais e/ou exóticos, colocando
em segundo plano suas relação sociais,
familiares e ocupacionais.
Pica/Malácia

Se caracteriza pela ingestão persistente (mínimo


de 1 mês) de substâncias não nutritivas, não
comestíveis e que não fazem parte de uma
prática aceita culturalmente.
Transtorno
alimentar noturno

Caracteriza-se pelo comportamento alimentar


durante a noite. A pessoa não se recorda ao
despertar e nega quando informados por outra
pessoa. Essas pessoas geralmente fazem algum
tipo de regime alimentar durante o dia. Ocorre
com mais freqüência em alcoolistas,
drogadictos e insones.
Ortorexia

É um problema psicológico que se desenvolve


com a preocupação descontrolada em manter uma
dieta 100% saudável. A obsessão em consumir
apenas alimentos orgânicos e o vício pelo produto
natural podem desenvolver um transtorno
alimentar, assim como a anorexia e a bulimia.
Vigorexia
Síndrome de Adônis

Traduz-se numa prática exagerada de


exercício físico e, muitas vezes, na ingestão de
substâncias químicas (anabolizantes) para
aumentar a massa muscular. A população de
risco desta doença é os adolescentes e jovens, a
maioria do sexo masculino. 
Causas
Biológicas
– Genética
– Neuroquimica

Sociais/Culturais
– Mídia
– Padrão de beleza

Psicodinâmicas
– Conflitos familiares
– Perfeccionismo
– Baixa auto-estima

Cognitivas
Tratamento p anorexia

• Antidepressivos tricíclicos: estimula apetite e o ganho


do peso

• Neurolépticos: sedação

• Psicoterapia
Tratamento Interdisciplinar

Psicológico

Biológico

Social

Nutricional

Familiar
Terapia Comportamental
Abordagem psicológica muito eficaz.

- Dissensibilização sistemática;

- Desenvolver o comportamento alimentar adequado;

- Modificar os padrões de pensamento distorcido e rígido (crenças


disfuncionais);

- Aumentar a auto-estima;

- Motivar a persistência no tratamento;

- Proporcionar apoio emocional;

- Reinserir a pessoa no meio social e auxiliar a modificação do meio


que produz o transtorno alimentar.
Podendo auxiliar, também, os familiares,
orientando-os em condutas que auxiliem a
melhora daqueles que desenvolveram o
transtorno alimentar.
Radicalismo Não
Equilíbrio Sim
Referência Bibliográfica
• BRANDÃO, Antonio Celso da Costa. Alimentação. Disponível em: <http://comvisa.anvisa.gov.br/tiki-
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