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MAL DE PARKINSON

p/ Nice Terrível
PATOLOGIA INSIDIOSA
(traiçoeira)

Doença lenta, crônica e progressiva que destrói os neurônios da


substância negra do cérebro e compromete o circuito neuronal
       
responsável pela atividade motora.
Descrita a mais de 190 anos pelo médico britânico James
Parkinson, contabiliza, hoje, cerca de 400 mil casos, só no
Brasil.

O envelhecimento da população deve acentuar esse quadro.

A idade média de inicio da doença é 55 anos, mas pode


aparecer antes dos quarenta.

É considerada uma doença primária e idiopática (sem causa


definida).
Fatores de risco

• Idade avançada;

• Sexo masculino (1 x e meia maior que o feminino);

• Histórico familiar (aumenta o risco em 2,3 a 3,7 vezes);

• Exposição a herbicidas e substâncias tóxicas (mercúrio e manganês)


induzem ao parkinsonismo secundário;
Curiosidade:

TABACO

Grande vilão para o desenvolvimento de diversas doenças, tem um


efeito protetor, pela associação da ação da nicotina.
SINTOMAS

• Dificuldade para andar e falar;

• Dificuldade para urinar;

• Perdas cognitivas;

• Perda de autonomia;

• Depressão.
As células nervosas da sustancia nigra envíam fibras aos tecidos
localizados em ambos hemisférios cerebrais e ali as células liberam
neurotransmissores essenciais que ajudam a controlar o movimento e
a coordenação.
A doença se instala a partir da perda de neurônios
dopaminérgicos da substância negra do cérebro.

PESSOA NORMAL PESSOA DOENTE


PERDE DE 0,6 A 0,8 % PERDE CERCA DE 13%
DESSES NEURÔNIOS DESSES NEURÔNIOS
AO ANO AO ANO
Ocorre um redução na concentração de dopamina e as
alterações funcionais no circuitos neuronais decorrentes dela
repercutem na atividade motora muito além do conhecido
tremor.

NORMAL REDUZIDA
1 - Acetilcolina;
2 – Célula cerebral;
3 - Dopamina.

Quando a doença de Parkinson se instala, o trabalho


cerebral é prejudicado, provocando o desequilíbrio entre a
dopamina e a acetilcolina. As ordens para o movimento
acontecer são passadas de forma distorcida.
1 A dopamina é produzida em
uma região do cérebro chamada
substância nigra.

2 Outra região do cérebro, o


striatum, acumula funções.
Envia mensagens para outras
áreas do órgão, inclusive para a
substância nigra. É responsável
pelos comandos do equilíbrio e
da coordenação.

3 Os neurotransmissores atravessam as células pelas sinapses


até que as mensagens cheguem aos músculos e o movimento
aconteça.
4 É fundamental que a dopamina seja produzida
ininterruptamente para que isso ocorra .
DIAGNÓSTICO

Exame Clínico para verificar se o paciente apresenta:

• Tremores Em Repouso;
• Bradicinesia;
• Rigidez;
• Instabilidade Postural;
• Anamnese;
• Exame Neurológico;
• Boa Resposta Ao L-dopa;
• Exames de imagens servem para descartar outras
doenças.
TRATAMENTO

Depende da idade, dos sintomas, do estágio da doença


e das condições de cada paciente.

Envolve drogas que mimetizam a ação da dopamina ou


estimulam a sua produção no cérebro ou inibem a sua
decomposição.
Ação da L-Dopa (dopamina química)

antes depois
MEDICAMENTOS UTILIZADOS NO PARKINSON

LEVODOPA Sinemet, Cronomet,


Precursores de dopamina CARDIDOPA Prolopa (Hbs),Levocarb

BROMOCRIPTINA Parlodel, Bagren


PERGOLIDA Celance
Agonistas da dopamina LISURIDA Dopergin
PRAMIPEXOL Mirapex
ROPINERAOL Requip
Inibidor da enzima MAO-B
Niar, Deprilan, Eldepril,
(participa da remoção da SELEGILINA
Jumexil
dopamina)
Inibidor da enzima COMT
TOLCAPONE Tasmar
(participa da remoção da ENTACAPONE Contam
dopamina)
Aumenta a síntese de dopamina e
AMANTADINA Mantidan
liberação nos terminais sinápticos

BIPERIDENO Akineton
Anticolinérgicos TRIHEXIFENIDIL Artane
TRATAMENTO CIRURGICO

• PALIDOTOMIA: lesão do globo pálido interno, hiperativo nesta


doença; Atenua as dicenisias e reduz a intensidade dos
movimentos involuntários.

• ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA DBS: introdução de


eletrodo (que será estimulado com um tipo de marcapasso)
através de técnicas estereotáxicas em locais como o globo
pálido ou núcleo subtalâmico; Retrocede em até 10 anos os
sintomas da doença
PESQUISAS

• RADIOCIRURGIA: tenta modificar as células na região da


substância negra com doses moderadas de radiação.

• DROGA – PIOGLITASONA: usada em diabetes, foi testada


em macacos e produziu um efeito antiinflamatório que
protegeu os neurônios da oxidação.

• TERAPIA GENÉTICA: adicionaram ao núcleo subtalâmico o


gene codificador GAD, que aumenta as concentrações do
neurotransmissor GABA, responsável por diminuir a
atividade dos neurônios hiperativos da doença. A
implantação do gene foi feita através do vírus
adenoassociado.
• CÉLULAS TRONCO: a implantação de células tronco
para que elas se diferenciem em neurônios
dopaminérgicos na região da substância negra.

Ainda há muitas questões sem respostas, mas as


perspectivas são boas e encorajadoras.
PSICOLOGO

• Tratamento psicoterápico para depressão.

A debilidade física destrói a qualidade de vida, esperança e a auto


estima dos indivíduos acometidos.
Atividade:
• Resenha critica do artigo do Nicolelis.
Referências:

WB Siesser, MG Caron, MAL Nicolelis - Spinal Cord Stimulation Restores


Locomotion in Animal Models of Parkinson's Disease. Science 20 March
2009: Vol. 323 no. 5921 pp. 1578-1582.

Silberman C.B; Laks J.; Rodrigues c.s.; Engelhardt e. Uma revisão sobre
depressão como fator de risco na Doença de Parkinson e seu impacto na
cognição. R. Psiquiatr. RS, 26'(1): 52-60, jan./abr. 2004.

Gonçalves L.H.T., Alvarez A.M., Arruda M.C. Pacientes portadores da


doença de Parkinson: significado de suas vivências. Acta Paul Enferm
2007;20(1):62-8.

Haase D.C.B.V, Machado D.C., Oliveira J.G.D. Atuação da fisioterapia


no paciente com doença de parkinson. Fisioter. Mov. 2008
jan/mar;21(1):79-85

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