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DOENÇA DE PARKINSON

• Parkinson é uma doença progressiva do


sistema neurológico que afeta principalmente
o cérebro. Este é um dos principais e mais
comuns distúrbios nervosos da terceira idade e
é caracterizado, principalmente, por prejudicar
a coordenação motora e provocar tremores e
dificuldades para caminhar e se movimentar.
Não há formas de se prevenir o Parkinson.
(Sociedade Brasileira de Neurologia)
DOENÇA DE PARKINSON
• CAUSAS
As células nervosas usam uma
substância química do cérebro
chamada dopamina para ajudar a
controlar os movimentos
musculares. O Parkinson ocorre
quando as células nervosas do
cérebro que produzem dopamina
são destruídas lenta e
progressivamente. Sem a
dopamina, as células nervosas
dessa parte do cérebro não podem
enviar mensagens corretamente.
Isso leva à perda da função
muscular. O dano piora com o
tempo.
DOENÇA DE PARKINSON
• A causa exata do desgaste destas células do
cérebro é desconhecida, acredita-se na
mistura de fatores:
Genética: mutações genéticas
específicas podem estar envolvidas
nas causas do Parkinson, mas estes Meio ambiente: a exposição a
casos são raros, acontecem determinadas toxinas ou fatores
geralmente com membros da família ambientais podem aumentar o
afetados pela doença de Parkinson. risco de doença de Parkinson no
No entanto, algumas mutações futuro, mas o risco é
genéticas parecem aumentar o risco relativamente pequeno
de doença
Exposição ao
solvente pode
colaborar
com o
surgimento
da DP

Periódico da Associação Americana de Neurologia (2012)


O estudo avaliou 99 pares de gêmeos americanos
em que apenas um dos irmãos apresentava o
diagnóstico de DP. O tipo de ocupação profissional e
hobbies desses voluntários foram analisados através
de questionários já bem validados. Os resultados
mostraram que o grau de exposição ao solvente
tricloroetileno (TCE) foi associado a uma maior
chance de apresentar a doença. Outros solventes
tiveram impacto menor, porém nada desprezíveis.

Já tínhamos evidências menos robustas da


associação entre a exposição ao TCE e a DP. Um
modelo experimental de DP em camundongos já
havia apontado que o TCE é capaz de provocar
alterações cerebrais semelhantes às encontradas
entre os portadores da doença. Além disso, casos
clínicos isolados também foram relatados
descrevendo a ocorrência doença entre indivíduos
com altos níveis de exposição ao TCE.
DOENÇA DE PARKINSON
FATORES DE RISCO
• Idade: jovens adultos raramente apresentam a doença de Parkinson,
pois ela é mais comum em pessoas na terceira idade. O risco do
Parkinson aumenta com a idade. As pessoas costumam desenvolver a
doença em torno de 60 anos de idade ou mais
• Hereditariedade: Ter um parente próximo com a doença de Parkinson
aumenta as chances de uma pessoa desenvolver a doença. No entanto,
os riscos ainda são pequenos, a menos que a pessoa tenha muitos
parentes que apresentem a doença
• Gênero: homens são mais propensos a desenvolver a doença de
Parkinson do que mulheres
• Exposição a toxinas: exposição contínua a herbicidas e pesticidas pode
colocar uma pessoa em um risco ligeiramente aumentado de doença de
Parkinson.
DOENÇA DE PARKINSON
SINTOMAS
• O Parkinson pode afetar apenas um ou ambos os lados do corpo, e
o grau de perda de funções causada pela doença pode variar
dependendo do caso.
• Os sintomas costumam ser suaves no início, mas como o Parkinson
é uma doença progressiva, os sintomas tendem a se agravar com o
tempo e a levar a complicações mais sérias.
DOENÇA DE PARKINSON
DOENÇA DE PARKINSON
• Presença de “roçamento” dos dedos indicador e polegar
(como o movimento de contar dinheiro)
• Voz para dentro, mais baixa e monótona
• Ansiedade, estresse e tensão
• Confusão
• Demência 40% dos pacientes
• Depressão apresentam

• Desmaios
• Alucinações
• Perda de memória
Rev Neurocienc 2011;19(4):718-723
DOENÇA DE PARKINSON
DIAGNÓSTICO
• Não existem exames disponíveis para diagnosticar Parkinson. Um neurologista irá
diagnosticar a doença com base no histórico médico do paciente e na revisão de seus
sinais e sintomas, além de um exame neurológico e físico.

• O médico pode, ainda, solicitar alguns exames para descartar outras condições que
possam estar causando os sintomas.

• Além de exames, o médico pode prescrever carbidopa-levodopa, a medicação típica da


doença de Parkinson. Melhoras significativas nos sintomas após o início de uso desta
medicação, muitas vezes, pode confirmar o diagnóstico de Parkinson.

• Às vezes é preciso tempo para diagnosticar a doença de Parkinson. Os médicos podem


recomendar consultas de acompanhamento regulares com neurologistas especialistas
em distúrbios do movimento para avaliar a condição do paciente e os sintomas ao longo
do tempo para, só aí, poderem diagnosticar ou não a doença de Parkinson.
DOENÇA DE PARKINSON
MEDICAMENTOS
• Medicamentos podem ajudem a tratar problemas com o andar,
movimentos e tremor, aumentando a quantidade de dopamina no
cérebro.

• Ao longo do tempo, no entanto, os benefícios dos medicamentos


frequentemente diminuem ou tornam-se menos consistentes,
embora os sintomas geralmente possam continuar a ser
razoavelmente bem controlados.
DOENÇA DE PARKINSON
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
• Com menor frequência, a cirurgia pode ser uma opção para
pacientes com Parkinson severo que já não responda a muitos
medicamentos. Essas cirurgias não curam o Parkinson, mas podem
ajudar alguns pacientes.
• Na estimulação cerebral profunda (DBS), o cirurgião implanta
estimuladores elétricos em áreas específicas do cérebro para ajudar
o movimento
• Outro tipo de cirurgia destrói os tecidos cerebrais que causam os
sintomas do Parkinson.
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• ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA
Benefícios e Riscos – Terapia DBS (Deep Brain
Stimulation - Estimulação Cerebral Profunda)
Embora não exista atualmente cura para a
doença de Parkinson, a Terapia de Estimulação
Cerebral Profunda para essa doença pode tratar
alguns dos seus sintomas. A DBS não cura a
condição subjacente. Se a terapia for
descontinuada, os seus sintomas retornarão.
A Terapia DBS está atualmente aprovada para
tratar doença de Parkinson, tremor essencial e
distonia.* Desde 1997, mais de 50.000
pacientes do mundo inteiro têm-se beneficiado
da Terapia DBS.

Activa Therapy Clinical Summary, 2003


DOENÇA DE PARKINSON
Terapia de Estimulação Cerebral Profunda é:
• Eficiente – O Sistema DBS estimula regiões específicas do cérebro.
Em estudo clínico, 87% dos pacientes demonstraram melhoras no
escore motor no estado SEM medicação ao final da avaliação de 12
meses.2
• Ajustável – Os parâmetros de estimulação podem ser ajustados
pelo seu clínico para satisfazer suas necessidades específicas.
• Reversível – Diferentemente de outros tratamentos cirúrgicos, a
Terapia DBS (DBS Threrapy) não envolve a remoção de nenhuma
parte do seu cérebro. O sistema DBS pode ser desligado ou
removido.
DOENÇA DE PARKINSON
RISCOS
Os riscos da Terapia DBS podem incluir
os riscos de cirurgia, efeitos colaterais
ou complicações com o dispositivo. A
implantação de um sistema neuro-
estimulador carrega os mesmos riscos
associados a qualquer cirurgia cerebral.
Muitos efeitos colaterais relacionados à
estimulação podem ser controlados
ajustando-se a configuração de
estimulação. Várias visitas de
acompanhamento podem ser
necessárias para se encontrar a
configuração de estimulação.
DOENÇA DE PARKINSON
Os riscos da cirurgia podem incluir:
 Paralisia, coma e/ou morte
 Sangramento dentro do cérebro
(hemorragia intracraniana)
 Vazamento de fluído ao redor do
cérebro
 Convulsões
 Infecção
 Resposta alérgica a materiais
implantados
 Complicações neurológicas
temporárias ou permanentes
 Confusão ou problemas de atenção
 Dor nos locais da cirurgia
 Dor-de-cabeça
DOENÇA DE PARKINSON
Efeitos Colaterais
 Sensação de formigamento (parestesia)
 Piora temporária dos sintomas
 Problemas de fala como sussurros (disartria) e problemas na formação
das palavras (disfasia)
 Problemas de visão (visão dupla)
 Tontura ou atordoamento (desequilíbrio)
 Fraqueza ou paralisia parcial do músculo facial e de membros (paresia)
 Movimentos anormais, involuntários (coreia, distonia, discinesia)
 Problemas de movimentação ou coordenação reduzida
 Sensação de solavanco ou choque
 Entorpecimento (hipoestesia)
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Complicações com o Dispositivo
 Dor, deficiência na cura ou infecção onde as partes do Sistema DBS são
implantadas
 Infecção ou necrose causada pelas partes do sistema que atritam na
sua pele
 Cirurgia de reajuste se o conector do cabo-eletrodo ou do cabo-
eletrodo/extensão se mover, ou se ocorrerem problemas mecânicos ou
elétricos
 Uma reação alérgica ou rejeição do seu corpo ao sistema
 Lesões em tecidos resultantes de parâmetros de programação ou mal
funcionamento de uma das partes do sistema.

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