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DOENÇA DE PARKINSON
Universidade Paulista
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2023
SUMÁRIO
1. FISIOPATOLOGIA
2. EPIDEMIOLOGIA
3. QUADRO CLÍNICO DE ACORDO COM A BRADICINESIA
4. ESCALA DE HOEHN E YARH
5. TRATAMENTOS PARA A DOENÇA DE PARKINSON
6. BRADICNESIA
7. ALTERAÇÕES DA BRADICNESIA
8. COMO ESTIMULAR
9. PISTAS EXTERNAS
10. CASO CLÍNICO
11. COMO DIAGNOSTICAR
12. AREAS DA LESÃO E OS COMPROMETIMENTOS
13. BIBLIOGRAFIA
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PARKINSON
1. FISIOPATOLOGIA
2. EPIDEMIOLOGIA
Está doença acomete indivíduos de ambos os sexos, entre 60 a 80 anos de idade com maior
prevalência no sexo Masculino e sua manifestação se inicia de forma lentificada e progressiva,
ou seja, os sintomas podem ser motores ou não motores decorrentes a gravidade da doença.
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O QUE SÃO ESSAS VIAS: São meios de comunicação com o córtex para receber e enviar
informações do Tálamo até o córtex pré-frontal.
D1 (Via direta) facilita o movimento.
D2 (Via indireta) Altera a atividade do movimento.
A área pré-motora junto com a área motora, envia as informações para o Putamen responsável
pelo planejamento do movimento.
Gaba é um neurotransmissor inibitório, e durante o repouso ele inibe o Tálamo.
D1 - É uma via que impede a ação do (GABA) para chegar no Tálamo. O estímulo sai do córtex,
vai até os núcleos da base, chega até o Tálamo e volta novamente para o córtex assim o
movimento acontece.
D2 - O movimento não acontece diretamente, o núcleo subtalâmico estimula o neurônio (GABA)
que já tem sua ação inibitória, tornando - se ainda mais inibitório dificultando a sua chegada até
o córtex.
Sintomas motores: Bradicinesia; Instabilidade postural; Alterações na curvatura torácica; Passos
lentos e arrastados. Sintomas não motores: Disfunções na área cognitiva como por exemplo:
comprometimento da memória; (demência); Atenção; Dificuldade em filtrar os estímulos
internos e externos.
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A doença de Parkinson é uma condição médica crônica. Ela se caracteriza pelo surgimento de
uma série de sinais e sintomas, que podem variar de intensidade e gravidade de pessoa para
pessoa.
Rigidez muscular: A rigidez muscular é comum. Os músculos podem se contrair e ficar tensos, o
que pode causar desconforto e afetar a mobilidade.
Alterações na escrita: A caligrafia pode se tornar menor e menos legível com o tempo.
Alterações na voz: A voz pode se tornar fraca e monótona, a fala menos clara.
Expressão facial reduzida: Algumas pessoas com Parkinson apresentam uma expressão facial
reduzida, que é muitas vezes conhecida como "cara de pôquer" devido à falta de expressão.
Problemas de sono: Distúrbios do sono, como insônia e sono interrompido, são comuns.
Desafios cognitivos: Embora não ocorra em todos os casos, algumas pessoas com Parkinson
podem ter dificuldades cognitivas e problemas de memória.
Problemas emocionais: A depressão e a ansiedade são frequentes devido aos desafios físicos e
emocionais que a doença pode trazer.
A Escala de Hoehn e Yahr é uma ferramenta amplamente utilizada para avaliar a progressão da
doença de Parkinson e classificar o estágio de gravidade da condição em cinco estágios. Ela é
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comumente usada por médicos e pesquisadores para descrever a evolução da doença em
pacientes com Parkinson. Os estágios da Escala de Hoehn e Yahr são os seguintes:
Estágio 1: Nesta fase inicial, os sintomas da doença de Parkinson são leves e geralmente afetam
apenas um lado do corpo. O paciente ainda mantém uma mobilidade independente e é capaz
de realizar tarefas diárias sem muita dificuldade.
Estágio1.5: Esta fase é semelhante à fase 1. O eixo do corpo começa a ser afetado, mas sem
prejuízo do equilíbrio.
Estágio 2.5: Este estágio é semelhante ao estágio 2, e o equilíbrio corporal começa a ficar
prejudicado. O paciente, no entanto, ainda é capaz de se recuperar do chamado teste de
puxada, que é usado para avaliar a estabilidade. Neste teste, alguém puxa o paciente para trás
sobre os ombros, e a capacidade do paciente de se recuperar mostra o quão gravemente seu
equilíbrio é afetado.
Estágio 3: A progressão da doença leva a sintomas mais graves no estágio 3. A rigidez muscular e
a bradicinesia são significativas, e a pessoa começa a ter dificuldade em manter o equilíbrio. No
entanto, ainda é possível ficar em pé e andar com assistência.
É importante notar que a Escala de Hoehn e Yahr é uma ferramenta útil para acompanhar a
progressão da doença de Parkinson, mas cada indivíduo pode experimentar a doença de
maneira diferente. Além disso, os avanços na terapia e no tratamento podem influenciar a
progressão dos sintomas em alguns casos. Portanto, essa escala é usada como uma referência
geral, mas não é a única consideração ao avaliar a condição de um paciente com Parkinson.
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5. TRATAMENTOS PARA A DOENÇA DE PARKINSON
TRATAMENTO CIRURGICO
A cirurgia na doença de Parkinson tem como objetivo o controle do tremor e rigidez, indicada
quando o tratamento medicamentoso e outras intervenções não são eficazes no controle dos
sintomas motores.
O procedimento é chamado de Deep Brain Stimulation – Estimulação do Cérebro Profunda
(ECP). ECP consiste na implantação de eletrodos em áreas especificas do cérebro responsáveis
pelo controle dos movimentos, geralmente no globo pálido e núcleo subtalâmico.
Os eletrodos são conectados à um dispositivo (neuroestimulador) que é implantado sob a pele,
que tem como função enviar estímulos elétricos para a área alvo, ajudando a regular atividade
cerebral.
Critérios de inclusão:
- Diagnóstico estabelecido da DP
- Presença mínima de 5 anos de doença (descartar a possibilidade de síndrome Parkinsoniana)
A cirurgia não tem efeito no controle se sintomas axiais (marcha, instabilidade postural e
freezing)
Critérios de exclusão
- Deficits cognitivos: doença psiquiátrica grave, déficits cognitivos graves e depressão não
tratada.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
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O tratamento do paciente com DP deverá ser individualizado, levando em consideração
características intrínsecas de cada um.
Doença de Parkinson não tem cura, os medicamentos restabelecem a atividade de dopamina,
que consequentemente retardam os sintomas, trazendo maior qualidade de vida.
⦁ Levodopa (L-Dopa)
Primeira opção para o tratamento dos sintomas moderados a graves (rigidez muscular e
bradicinesia). O levodopa atravessa barreira hematoencefálica e é convertido em dopamina
mesmo coma morte dos neurônios dopaminérgicos.
Efeitos colaterais:
- Flutuação motora: momento que medicamento falha no seu efeito
- Movimentos involuntários: coreia e distonia
⦁ Antipsicóticos
⦁ Antidepressivos
TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO
Os objetivos da fisioterapia na DP, apesar de individuais para cada paciente, consistem em:
estimular a segurança e independência no desempenhar das atividades, com realce nas
transferências e postura, no alcançar e interagir com objetos, equilíbrio e marcha; preservar ou
melhorar capacidade física; prevenção de quedas; dar a conhecer ao indivíduo as suas
limitações; melhorar os padrões de fala, respiração, expansão e mobilidade torácicas; impedir
o desenvolvimento de complicações e minimizar os sintomas da doença. Desta maneira
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pretende-se manter ou aumentar a independência funcional nas atividades de vida diária e
atividades funcionais assim como melhorar a qualidade de vida do paciente, reintegrando-o na
Sociedade.
Sistema neuromuscular:
- Regulação do tônus
- Regulação recrutamento muscular
Sistema sensorial:
- Informação entre ambiente e individuo
- Sensibilidade superficial e profunda (propriocepção)
- Sistema vestibular e visual
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- Realidade virtual
- Musicoterapia = ritmo
- Taichi = equilíbrio
- Exercícios cognitivos
- Hidroterapia: Interação social
- Reeducação postural
De acordo com a escala HOEHN E YAHR que avalia incapacidades, função motora e mental e
qualidade de vida dos pacientes, a apresentação clínica de cada paciente indicará qual o estágio
da doença que o paciente se encontra.
O paciente será atendido de forma individualizada, deve ser avaliado as condições física e
mental.
ORIENTAÇÕES AO PACIENTE!!!
Mesmo sem sintomas aparente, o paciente pode ser acompanhado em grupo com atividades de
“atenção primária” afim de regredir a progressão dos sintomas, orientar paciente a realizar
“terapia modificadora da doença” através do exercício físico, MANTER OU MELHORAR
HABILIDADES (aprendizado motor = neuroplasticidade), MELHORAR CAPACIDADE FÍSICA e
CARDIOVASCULAR e manutenção da atividade neural.
- Exercício aeróbico mínimo 3 vezes semana: caminhada, corrida, natação, dança, ciclismo
Equilíbrio:
- TANGO: evidências cientificas (ritmo e marcação dos passos)
- TAISHI: movimentos amplos
Estágio 1 – doença unilateral
São sintomas leves de tremores, rigidez ou lentidão nos movimentos de mão, perna ou braço de
um hemicorpo, alteração no sono e que ainda não afetam as atividades cotidianas.
- Exercícios de mobilidade
- Exercícios de fortalecimento
- Exercícios de coordenação motora (fina e grossa)
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- Alongamento muscular
- Exercícios de equilíbrio (remédio não trata)
Estágio 2 – doença bilateral sem déficit de equilíbrio (recupera equilíbrio com três ou menos
passos à frente)
Apresenta piora nos sintomas motores (rigidez, tremor e lentidão) e pequenas alterações
posturais
- Alongamento muscular
- Exercícios de mobilidade
- Exercícios de fortalecimento
- Exercícios de equilíbrio
- Exercícios de coordenação
- Reeducação postural
- Treino marcha (dissociação)
- Exercícios de alongamento
- Exercícios de mobilidade
- Exercícios de fortalecimento
- Exercícios de equilíbrio
- Exercícios de coordenação
- Reeducação postural
- Propriocepção e consciência corporal
- Treino cognitivo: memória e atenção
- Treino de marcha
Estágio 3 - Doença bilateral leve a moderada; alguma instabilidade postural; capacidade para
viver independente
Estágio intermediário, perda acentuada de equilíbrio e bradicinesia, aumenta o risco de quedas,
déficit de atenção
- Exercícios de alongamento
- Exercícios de mobilidade
- Exercícios de fortalecimento
- Exercícios de equilíbrio
- Exercícios de coordenação
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- Reeducação postural
- Propriocepção e consciência corporal
- Treino de marcha
- Exercícios de dupla tarefa com pistas visuais (movimento automático/ alternância) = FREEZING
Estágio 5 - Confinado à cama ou cadeira de rodas a não ser que receba ajuda.
6. BRADICINESIA
7. ALTERAÇÕES DA BRADICINESIA
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envolvidas no controle motor. Com a degeneração das células produtoras de dopamina, há um
desbalanceamento desse neurotransmissor.
Dificuldade na Transmissão de Sinais: A dopamina atua como um mensageiro químico que ajuda
a transmitir sinais elétricos entre as células nervosas. Quando há uma falta de dopamina, a
transmissão de sinais fica prejudicada.
Alterações nos Núcleos Basais: A bradicinesia está associada a alterações nos núcleos basais do
cérebro, incluindo o núcleo estriado. Essas áreas desempenham um papel fundamental no
controle motor e são afetadas pela falta de dopamina.
Redução da Atividade nos Gânglios da Base: Os gânglios da base são uma série de núcleos no
cérebro que desempenham um papel fundamental no controle motor. A bradicinesia resulta em
uma redução da atividade nesses gânglios.
Impacto nos Circuitos Neurais: A bradicinesia afeta os circuitos neurais que normalmente
coordenam os movimentos. Isso leva a uma lentidão anormal na ativação desses circuitos e na
execução de movimentos voluntários.
Outras Contribuições: Além da degeneração da dopamina e das alterações nos circuitos neurais,
outros fatores, como inflamação cerebral, estresse oxidativo e fatores genéticos, também
podem contribuir para a bradicinesia.
A hipertonia plástica, trata-se de uma rigidez que trava o movimento, trazendo o sinal da roda
dentada.
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Podemos avaliar a Bradicinesia emTestes que avaliam a coordenação, como por exemplo:
STROP TEST
Esses feedbacks externos são estratégias ou dispositivos que ajudam os pacientes a melhorar
sua função motora e qualidade de vida.
Fisioterapeutas podem fornecer feedback extrínseco através de exercícios específicos, pela fala
de comando assim, ajudando os pacientes a melhorar a postura, a mobilidade e a coordenação.
Eles também podem usar espelhos para que os pacientes possam visualizar seus movimentos e
fazer correções.
- Para melhorar a marcha e reduzir a instabilidade, os pacientes podem utilizar, por meio de
dispositivos como andadores, bengalas ou dispositivos de estimulação profunda do cérebro
(DBS) que ajudam a controlar os sintomas motores.
-Alguns aplicativos e dispositivos wearable (tecnologia vestível) podem fornecer feedback visual
ou auditivo em tempo real para ajudar os pacientes a monitorar movimentos e fazer ajustes. Em
alguns casos, a realidade virtual pode ser usada como ferramenta de reabilitação, fornecendo
também a parte visual e auditiva para melhor controle motor e a coordenação.
V.L.S, 76 anos, sexo masculino, aposentado. Antecedentes pessoais de: HAS e DM (não sabe o
tipo). Possui histórico de AVCI em 1980 tratado com fisioterapia no ano de 1981. Relata que há
dois anos atrás quando estava trabalhando começou a sentir tremor na mão direita que o
atrapalhava na execução de seu trabalho que passou a piorar com o passar do tempo. Sua
queixa principal: O tremor lhe atrapalha no dia a dia para atividades do dia a dia como comer e
atividades de lazer como pintar.
Condutas: exercícios de coordenação motora com ritmos; exercícios de marcha e dupla tarefa
com espelho; exercícios com estimulação sensorial (espuma casca de ovo embaixo dos pés,
enfaixamento em 8, entre outros).
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11. DIAGÓSTICO
O diagnóstico deve ser realizado pelo médico neurologista, através do método de exclusão, não
á exame único capaz de diagnosticar a doença de Parkinson. O diagnóstico se inicia com
avaliação neurológica onde o paciente necessita apresentar pelo menos três dos quatro
sintomas característicos do Parkinson: tremores, rigidez, bradicinesia, e instabilidade postural,
logo após é realizada a prescrição de medicação específica (utilizada como matéria prima para a
fabricação de dopamina pelo cérebro) havendo melhora significativa o diagnóstico é reafirmado.
Ressonância magnética do encéfalo: Por muitos anos foi utilizada apenas para excluir outros
diagnósticos, mas com o desenvolvimento de novas técnicas e sequências de ressonâncias
atualmente podem ser evidenciadas alterações na substância negra descrita como perda do
sinal da cauda andorinha.
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medida que a doença avança e atinge as regiões corticais, surgem sintomas não motores, como
déficits cognitivos e demência
13. BIBLIOGRAFIA
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Rev Bras Neurol, 46 (2): 17-25, 2010;
https://neurologiasaopaulo.com.br/doenca-de-parkinson/;
https://bvsms.saude.gov.br/doencadeparkinson/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%3A
%20%C3%A9%20uma,do%20c%C3%A9rebro%20chamada%20subst%C3%A2ncia%20negra.> ;
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