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ALEX SANDRO PEREIRA DE ARAÚJO SOUZA - RA: 3021201799

BRUNO AMAURI BEZERRA - RA: 3021200250


BRUNO JESUS SARTORELLI - RA: 3021200039
CECÍLIA DE SOUSA ALVES CRUZ - RA: 3021200419
FAGNER RIBAMAR FILHO - RA: 3021107547
GIOVANNA FERREIRA FURTADO - RA: 3021108140
MARCOS EDUARDO DE SOUSA DIAS - RA: 3021200476
MARIZA MUZY DO ESPÍRITO SANTO - RA: 3021201669
MICHELE CARLA ALEIXO - RA: 3021200940
MICHELLE MARIA DA SILVA - RA: 3021108125
PAMELA PROCOPIO DOS SANTOS VAZ - RA: 3021201849
PAMELLA MATOS MAMONO BECHERT CAMINHA- RA: 3021200500

DOENÇA DE PARKINSON

SÃO PAULO
2022-2
DOENÇA DE PARKINSON

Trabalho da disciplina Fisiologia e patologia do sistema


tegumentar, endócrino, locomotor e nervoso apresentado a
Universidade Nove de Julho no curso de
Farmácia como parte dos requisitos para
concluir a média da disciplina.

SÃO PAULO
2022
1. Introdução do caso clinico

Paciente, 56 anos, sexo masculino, professor. Paciente relatou que sentiu


sua mão esquerda com movimentos mais lentos a 6 meses, 3 meses depois
também notou anormalidade ao caminhar, alguns movimentos involuntários,
e apatia. Um quadro com presença de sintomas e sinais da doença de
Parkinson, sem antecedentes familiares.

2. Sintomas e Sinas

Na consulta relatou os sintomas a médica, e ela observou e viu os


sinais.

 Lentidão em seus movimentos


 Fadiga
 Dificuldade na fala
 Perda parcialmente do olfato
 Tremores

Foi encaminhado a um exame neurológico e a uma avaliação dos


sintomas físicos e constatou – se a doença.

3. Diagnostico
Embora a doença de Parkinson seja uma doença, neurodegerativa
(onde está associada a perda de neurônios responsáveis pela produção
dos neurotransmissores de dopamina) A dopamina essa que é
responsável e que atua no controle das mensagens entre regiões do
cérebro que, em conjunto controlam os movimentos e a coordenação do
corpo.
Atualmente para o diagnóstico da doença de Parkinson não existe um
único exame para confirmar sozinho a doença, é feito um pré
diagnostico através da história e exame físico no paciente, para
eliminação de algumas características que podem ser causadas por
outros tipos de patologias.
Um dos principais exames realizados para avaliar a tal doença é a
administração do medicamento chamado:
Levodopa, medicamento o qual é responsável por aumentar o nível de
dopamina no cérebro, fazendo com que ocorra a diminuição dos
sintomas gerados pela doença, podendo usar como um dos fatores para
diagnostico.
Existem também exames de imagens que podem ser realizados para
avaliar se o paciente possui Parkinson ou algum outro tipo de
parkinsonismo (doenças parecidas entre si, possui diversos sintomas em
comum, porém se diferenciam em alguns detalhes.

 Ultrassonografia transcraniana
Exame de ultrassom sem a necessidade de contraste, que mostra
uma mudança de cor da região do cérebro chamada substancia
negra, parte principal a produção de dopamina,

 Cintilografia cerebral
Aponta a quantidade de dopamina, na região do estriado, região
do cérebro que recebe a dopamina, possível avaliar em
quantidade se ocorreu a diminuição na produção.

4. Tratamento

Os objetivos são manter a função e evitar as complicações induzidas pelos


fármacos; iniciar a terapia quando os sintomas interferirem na qualidade de
vida. Bradicinesia, tremor, rigidez e postura anormal respondem bem no
início da doença; os sintomas cognitivos, hipofonia, disfunção autonômica e
dificuldades no equilíbrio respondem mal ao tratamento.
O tratamento deve ser individualizado. Em geral, os fármacos devem ser
iniciados em doses baixas e aumentados gradualmente até a dose ideal.

 Levodopa

É administrada como rotina em combinação com um inibidor da descarboxilase


para evitar seu metabolismo periférico para dopamina e desenvolvimento de
náuseas e vômitos. Nos EUA, a levodopa é combinada com a carbidopa.

A levodopa também está disponível em formulações de liberação controlada e


em combinação com um inibidor da catecol-O-metiltransferase (COMT).
A levodopa permanece sendo o tratamento sintomático mais efetivo, e a
ausência de resposta à medicação, apesar de um teste adequado, deve fazer o
diagnóstico ser questionado.
Os efeitos colaterais incluem náuseas, vômitos e hipotensão ortostática, que
podem ser evitados pelo aumento gradual.
As complicações motoras induzidas pela levodopa consistem em flutuações na
resposta motora e movimentos involuntários conhecidos como discinesias.
Quando os pacientes começam a usar o fármaco, os benefícios são de longa
duração; com o tratamento continuado, a duração do benefício após uma dose
individual se torna progressivamente mais curta.

 Agonista da Dopamina

Um grupo diferente de fármacos que agem diretamente nos receptores da


dopamina. Costumam ser usados os agonistas dopaminérgicos de segunda
geração não derivados da ergotamina (ex., pramipexol, ropinirol, rotigotina).

Comparados à levodopa, os agonistas dopaminérgicos possuem tempo de


ação maior e produzem estimulação mais uniforme dos receptores
dopaminérgicos; são menos propensos à indução de discinesia em
comparação com a levodopa.
São eficazes como agentes monoterápicos e como adjuvantes da terapia com
levodopa.
Os efeitos colaterais incluem náuseas, vômitos e hipotensão postural.
Alucinações e déficit cognitivo são mais comuns do que com a levodopa,
devendo-se ter cuidado nos pacientes com mais de 70 anos.
Foi relatada a sedação com episódios súbitos de adormecimento na direção.
Existe associação com transtornos de controle dos impulsos, incluindo jogo
patológico, hipersexualidade e alimentação ou compras compulsivas.

 Inibidores da MAO-B

Bloqueiam o metabolismo central da dopamina e aumentam as concentrações


sinápticas do neurotransmissor; são, em geral, seguros e bem tolerados.

Fornecem benefícios modestos antiparkinsonismo quando usados como


monoterapia na doença inicial. Trabalhos recentes têm avaliado se esses
fármacos podem ter um efeito modificador na doença, porém a significância a
longo prazo é incerta.
 Inibidores da COMT

Quando a levodopa é administrada com um inibidor da descarboxilase, ela é


metabolizada primariamente pela COMT; os inibidores da COMT aumentam a
meia-vida de eliminação da levodopa, aumentando sua disponibilidade no
cérebro. A combinação de levodopa com um inibidor da COMT aumenta o
período sob efeito da medicação.

 Outras terapias clínicas

Os anticolinérgicos (triexifenidil, benztropina) apresentam seu principal efeito


clínico sobre o tremor. Seu uso em idosos é limitado pela propensão a indução
de disfunção urinária, glaucoma e particularmente déficit cognitivo.
O mecanismo de ação da amantadina é desconhecido; ela possui propriedades
antagonistas sobre o N-metil-D-aspartato (NMDA); ela é mais comumente
usada como agente antidiscinesia em pacientes com DP avançada. Os efeitos
colaterais incluem livedo reticular, ganho de peso e déficit cognitivo; deve-se
interromper o uso de forma gradual, pois os pacientes podem apresentar
sintomas de abstinência.

 Tratamento Cirúrgico

Nos casos refratários, deve-se considerar o tratamento cirúrgico.

A estimulação cerebral profunda (ECP) do núcleo subtalâmico (NST) ou


segmento interno do globo pálido (GPi) substitui em grande medida a cirurgia
ablativa (ex., palidotomia ou talamotomia).

A ECP é indicada principalmente para pacientes com incapacidade resultante


de tremor intenso ou complicações motoras induzidas pela levodopa; o
procedimento é bastante benéfico para muitos pacientes.
As contraindicações à cirurgia incluem DP atípica, déficit cognitivo avançado,
transtorno psiquiátrico maior, comorbidade clínica significativa e idade
avançada (contraindicação relativa).
Procedimentos cirúrgicos experimentais, incluindo terapias baseadas em
células, terapias genéticas e fatores tróficos, estão sendo investigados.

5. Prognostico

Como a doença de Parkinson é progressiva, os pacientes com o tempo


precisarão de ajuda nas atividades diárias normais. Os cuidadores devem
ser direcionados para as características que podem ajudá-los a entender
os efeitos físicos e psicológicos da doença de Parkinson e formas de
ajudar o paciente a funcionar da melhor maneira possível. Como esse tipo
de cuidado é cansativo e estressante, os cuidadores devem ser
incentivados a entrar em contato com grupos de apoio, buscando suporte
social e psicológico.
Com o tempo, a maioria dos pacientes tornar-se gravemente incapacitada
e imóvel. Eles podem ser incapazes de comer, mesmo com ajuda. Como a
deglutição torna-se cada vez mais difícil, morte por causa de pneumonia
aspirativa é um risco. Para alguns pacientes, uma clínica de repouso pode
ser o melhor local para cuidados. Antes de as pessoas com doença de
Parkinson tornarem-se incapacitadas, elas devem estabelecer diretivas
antecipadas, indicando que tipo de cuidados médicos elas querem no final
da vida.

6. Conclusão:

Podemos concluir que a Doença de Parkinson é uma doença crônica,


que evolui de forma progressiva e atinge o sistema nervoso central,
afetando os movimentos da pessoa.
Os sinais e sintomas mais frequentes da doença são lentidão dos movimentos,
tremor, dificuldade de marcha e rigidez dos membros. O diagnóstico é
realizado por critérios que são baseados no histórico do paciente e exame
físico. Não há exame de laboratório ou imagem que sozinho faça o diagnóstico.

Ao perceber algum desses sintomas acima, é importante procurar um


neurologista. Caso o diagnóstico se confirme, quanto antes se iniciar o
tratamento da doença de Parkinson, menores serão as limitações do paciente e
melhor será a qualidade de vida proporcionada ao paciente.

Não existem tratamentos preventivos direcionados para a doença. No entanto,


quanto melhor for a capacidade cerebral e menor a perda de neurônios ao
longo da vida da pessoa, maior será a resistência à doença.

No momento os tratamentos medicamentosos para a doença de Parkinson


agem na melhora dos sintomas, mas não capazes de atrasá-la. A doença de
Parkinson ocorre pela destruição dos neurônios que produzem e estocam
dopamina, um neurotransmissor, levando a uma perturbação do circuito
cerebral que controla os movimentos. As medicações fazem a ação equivalente
a dopamina, ligando e ativando os mesmos receptores que a ela ligaria e
ativaria.
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

JAMESON, J L.; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Manual de
medicina de Harrison. : Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786558040040.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040040/. Acesso em:
20 out. 2022.

COSTA, FERNANDES, GUSTAVO, Estudo dos fatores clínicos e


epidemiológicos associados com mortalidade na doença de Parkinson.: 2014.
Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/116770/000955802.pdf?
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