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Resumo sobre Parkinson e Alzheimer

Doença de Parkinson

Para se fazer o diagnóstico da doença de Parkinson é necessário observar


alguns sinais como: a bradicinesia que é é a pobreza do movimento automático, ou seja,
lentidão para realizar tarefas a que estava habituado. Tambvém na marcha, observam-se
passos pequenos e lentos, além da pobreza de movimentos automáticos, como o
balançar dos braços; o tremor: tipicamente de repouso, o tremor do parkinsonismo
costuma ter características peculiares, como o movimento em “contar de notas”, com
uma amplitude moderada e uma freqüência que varia de 5 a 8 Hz; a rigidez que está
presente quando observamos uma menor amplitude ao realizar os movimentos
associados à rigidez muscular, sendo confirmado com a presença do sinal da roda
denteada. Esse sinal é verificado quando determinado membro é deslocado
passivamente pelo examinador e se verificam, superpostos à rigidez, curtos períodos de
liberação muscular, rítmicos e intermitentes; a instabilidade postural que é a
incapacidade de equilibrar-se, às vezes com história de quedas freqüentes. Para um
diagnóstico é necessário a presença de pelo menos dois dos critérios acima
mencionados.

O principal substrato anatômico da Doença de Parkinson é a degeneração


dos neurônios dopaminérgicos localizados na substância negra. Trata-se de uma doença
de etiologia multifatorial, cujos sintomas vão além da apresentação motora mais
comumente conhecida e tem duas formas básicas de apresentação: tremulante e rígido-
acinética.

A forma tremulante inicialmente se apresenta como tremor de repouso


unilateral, que evolui com o acometimento das demais extremidades e do pescoço ao
longo dos anos. Já na forma rígido-acinética há pobreza de movimentos, lentidão em
realizar atividades cotidianas e passos curtos. Esta última é a de mais difícil
reconhecimento. Além das manifestações motoras, esta doença pode levar a alterações
cognitivas, comportamentais, disautonômicas, olfatórias e distúrbios do sono. O Tremor
Essencial piora em situações de movimentação ou posturas mantidas. Já o tremor do
Parkinson aparece em repouso e pode melhorar durante a movimentação.
Muitas drogas podem causar parkinsonismo, como os neurolépticos
(por exemplo, haloperidol), os bloqueadores de canal de cálcio usados no tratamento de
vertigem (por exemplo, flunarizina) e alguns antieméticos (por exemplo,
metoclopramida).

A presença de sinais de alerta na avaliação de parkinsonismo (por


exemplo, demência precoce, alucinações precoces, simetria) indica uma avaliação mais
detalhada do quadro para afastar outros diagnósticos. Avaliação clínica e exames
laboratoriais são importantes para afastar causas de parkinsonismo secundário e atípico
de forma a estabelecer o tratamento mais adequado e determinar o prognóstico.

Visto que não há tratamento curativo, o ajuste medicamentoso deve ser


feito somente à medida que os sintomas estiverem incomodando o paciente do ponto de
vista funcional, ocupacional ou social. As principais drogas utilizadas no tratamento
são seleginina, amantadina, agonistas dopaminérgicos (pramipexole e ropinirole),
levodopa e inibidores da COMT.

O tratamento da Doença de Parkinson envolve múltiplos


medicamentos, medidas comportamentais e assistência multidisciplinar, sendo
necessário o acompanhamento de equipe especializada para que o paciente seja
conduzido da maneira mais adequada.

Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é a mais frequente doença neurodegenerativa na


espécie humana. Trata-se de uma doença que acarreta alterações do funcionamento
cognitivo (memória, linguagem, planejamento, habilidades visuais-espaciais) e muitas
vezes também do comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre
outros), que limitam progressivamente a pessoa nas suas atividades da vida diária, sejam
profissionais, sociais, de lazer ou mesmo domésticas e de auto-cuidado. O quadro
clínico descrito caracteriza o que em Medicina é denominado “demência”.

A doença de Alzheimer manifesta-se através de uma demência progressiva,


que aumenta em sua gravidade com o tempo. Os sintomas iniciam lentamente e se
intensificam ao longo dos meses e anos subseqüentes. Muitos sintomas não ocorrem no
início, mas surgem ao longo da evolução da doença.
Na grande maioria dos casos o primeiro sintoma é a perda de memória para
fatos recentes. Outros sintomas relevantes são: dificuldade de linguagem, tanto para
compreender quanto para expressar-se (ex., dificuldade para encontrar palavras);
Dificuldade para realizar tarefas habituais; Dificuldade de planejamento; Desorientação
no tempo e no espaço; Dificuldade de raciocínio, juízo e crítica.

O tratamento da doença de Alzheimer inclui intervenções farmacológicas


(medicamentosas) e não farmacológicas. Dentre as primeiras, há dois grupos de
medicamentos: o primeiro representado por compostos que atuam aumentando os níveis
do neurotransmissor acetilcolina no cérebro; e o segundo, por uma outra medicação que
age sobre o neurotransmissor glutamato. Do primeiro grupo fazem parte a donepezila, a
galantamina e a rivastigmina, todas indicadas para o tratamento das fases inicial e
intermediária (correspondendo à sintomatologia leve a moderada) da doença. O segundo
grupo é representado pela memantina, aprovada para o tratamento das fases
intermediária e avançada da doença (correspondendo à sintomatologia moderada a
grave).

É muito importante o diagnóstico ser feito o mais cedo possível, porque, nas
fases iniciais da doença, o médico tem melhores condições de intervir em benefício da
pessoa com doença de Alzheimer.

Autora: Valda Parreira

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