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ANTIPARKINSONIANOS

Prof. Alexandre Martins


Doença de Parkinson
• A doença de Parkinson é uma doença degenerativa e lentamente progressiva de
áreas específicas do cérebro.

• É caracterizada pelo tremor quando os músculos estão em repouso (tremor de


repouso), aumento no tônus muscular (rigidez), lentidão dos movimentos
voluntários e dificuldade de manter o equilíbrio (instabilidade postural).

• Em muitas pessoas, o pensamento torna-se comprometido ou desenvolve-se


demência.
Doença de Parkinson
• Tremores em repouso, rigidez muscular, movimentos lentos e diminuídos
(bradicinesia) e instabilidade postural e/ou de marcha.

• O diagnóstico é clínico.

• O objetivo do tratamento é restaurar a função dopaminérgica no cérebro com


levodopa mais carbidopa e/ou outros fármacos (p. ex., agonistas da dopamina,
inibidores de MAO tipo B [MAO-B], amantadina).
• Para sintomas refratários incapacitantes em pacientes sem demência,
estimulação cerebral profunda estereotáxica ou cirurgia lesional e levodopa e
uma bomba de apomorfina podem ajudar.

Fonte: www.msdmanuals.com
Doença de Parkinson
• A doença de Parkinson afeta cerca de

• 0,4% das pessoas > 40 anos


• 1% das pessoas ≥ 65 anos
• 10% das pessoas ≥ 80 anos
• A média etária de início da doença é de aproximadamente 57 anos.

• A doença de Parkinson é geralmente idiopática.

Fonte: www.msdmanuals.com
Parkinsonismo

• O parkinsonismo juvenil, que é raro, começa durante a infância ou adolescência.


• O início entre os 21 e 40 anos de idade é às vezes chamado doença de Parkinson
jovem ou de início precoce.
• As causas genéticas são mais prováveis na doença de Parkinson juvenil e de início
precoce; essas modalidades podem diferir da doença de Parkinson de início
tardio porque:

• Progridem mais lentamente.


• São muito sensíveis a tratamentos dopaminérgicos.
• A maior parte da incapacidade resulta de sintomas não motores como depressão, ansiedade
e dor.
Fisiopatologia

• Na doença de Parkinson, ocorre


perda dos neurônios pigmentados da
substância negra, lócus cerúleo e
outros grupos de células
dopaminérgicas do tronco
encefálico se degeneram.

• A perda dos neurônios da substância


negra resulta na depleção
da dopamina no aspecto dorsal do
putâmen (parte dos gânglios basais) e
causa muitas das manifestações
motoras da doença de Parkinson
Sintomas
• Geralmente, a doença de Parkinson começa de modo assintomático e avança de forma gradual.
• O primeiro sintoma é
• Tremores em cerca de dois terços das pessoas
• Problemas com movimentos ou uma sensação reduzida de odores na maioria das outras

• Tremores normalmente apresentam as seguintes características:

• São largos e cadenciados


• Geralmente ocorre em uma mão, enquanto está em repouso (tremor de repouso)
• Frequentemente envolvem o movimento das mãos como se estivesse enrolando pequenos objetos
(chamado “pill-rolling”)
Sintomas
• Diminui quando a mão está se movendo intencionalmente e desaparece por
completo durante o sono
• Pode ser piorado por estresse emocional ou fadiga
• Pode se intensificar e, com o tempo, avançar para a outra mão, braços e pernas
• Pode também afetar as.
• Mandíbulas, a língua, a testa e as pálpebras, mas não a voz

• Em algumas pessoas, o tremor nunca se desenvolve.


Sintomas
• Normalmente, a doença de Parkinson causa também os seguintes sintomas:
• Rigidez: Os músculos ficam rígidos, tornando o movimento difícil. Quando o médico
tenta flexionar o antebraço da pessoa ou esticá-lo, o braço resiste ao ser movido e,
quando isso ocorre, começa e para, como se fosse uma roda dentada (chamada rigidez
da roda dentada).

• Lentificação dos movimentos: Os movimentos se tornam lentos e difíceis de serem


iniciados e as pessoas tendem a se mover menos. Quando elas se movem menos,
mover-se torna-se mais difícil porque as articulações tornam-se rígidas e os músculos
enfraquecidos.

• Dificuldade em manter o equilíbrio e a postura: A postura torna-se curvada, e é


difícil manter o equilíbrio. Portanto, as pessoas tendem a tombar para a frente ou para
trás. Visto que os movimentos são lentos, os indivíduos não poderão mexer as mãos
com rapidez suficiente para amortecer uma queda.
Sintomas
• Problemas de sono, incluindo insônia, são comuns, frequentemente porque a pessoa precisa
urinar com frequência ou porque os sintomas pioram durante a noite, dificultando a pessoa se
virar na cama. É comum o desenvolvimento da disfunção do sono associado ao movimento
rápido dos olhos (REM). Nesta doença, os membros, que normalmente não se movem no sono
REM, podem se mover de modo violento e súbito porque as pessoas estão agindo conforme
em seus sonhos, às vezes, até machucando o(a) companheiro(a). A falta de sono pode
contribuir para a depressão e sonolência durante o dia.
• Problemas para urinar podem ocorrer. Pode ser difícil começar a urinar e continuar
(chamada hesitação urinária). As pessoas podem apresentar uma necessidade compulsória
para urinar (urgência). Incontinência é comum.
• Pode haver dificuldade em engolir, pois o esôfago pode mover seu conteúdo mais
lentamente. Como resultado, as pessoas podem inalar (aspirar) secreções da boca e/ou
comida que comem ou líquidos que bebem. A aspiração pode causar pneumonia.
Sintomas
• A constipação pode se desenvolver, pois o intestino pode mover seu conteúdo mais
lentamente. A inatividade e a levodopa, o principal medicamento usado no tratamento da
doença de Parkinson, podem piorar a constipação.
• Pode ocorrer uma redução súbita e excessiva na pressão sanguínea quando uma pessoa
fica de pé (hipotensão ortostática).
• As escamas (dermatite seborreica) se desenvolvem geralmente no couro cabeludo e no rosto
e, às vezes, em outras áreas.
• Perda de olfato (anosmia) é comum, mas as pessoas podem não perceber.
• Em aproximadamente um terço das pessoas com a doença de Parkinson, ocorre a demência.
Em muitas outras, o pensamento é comprometido, mas as pessoas podem não reconhecer
isso.
• Pode haver desenvolvimento de depressão, algumas vezes anos antes de as pessoas
apresentarem problemas com movimentos. A depressão tende a piorar conforme a doença de
Parkinson se torna mais grave. A depressão também pode fazer com que os problemas de
movimentos piorem.
• Alucinações, delírios e paranoia podem ocorrer, particularmente se a demência se
desenvolve. As pessoas podem ver ou ouvir coisas que não existem (alucinações) ou
firmemente manter determinadas crenças ao invés de claras evidências que as contradigam
A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que
está relacionada com a perda de neurônios nigroestriatais
dopaminérgicos, de modo que a principal indicação terapêutica é
o uso de levodopa.
Mudanças internas no cérebro
• Na doença de Parkinson, células nervosas em parte dos gânglios basais (chamada
substância negra) degeneram-se.

• Os gânglios basais são conjuntos de células nervosas localizados profundamente


no cérebro. Eles ajudam a:

• Iniciar a suavizar os movimentos musculares intencionais (voluntários)


• Suprimir movimentos involuntários
• Coordenar mudanças de postura
Mudanças internas no cérebro
• Quando o cérebro origina um impulso para mover o músculo (por exemplo, para
levantar um braço), o impulso passa pelos gânglios basais.
• Tal como em todas as células nervosas, as dos gânglios basais libertam
mensageiros químicos (neurotransmissores) que estimulam a célula nervosa
seguinte da via nervosa para enviar um impulso.

• A dopamina é o principal neurotransmissor nos gânglios basais.

• O seu efeito geral é intensificar os impulsos nervosos para os músculos.


Mudanças internas no cérebro

• Quando as células nervosas nos gânglios


basais degeneram-se, elas produzem
menos dopamina e o número de conexões
entre as células nervosas nos gânglios
basais diminui.

• Como resultado, os gânglios basais não


conseguem controlar o movimento
muscular como fazem normalmente, o
que provoca o tremor, movimento lento
(bradicinesia), uma tendência a se mover
menos (hipocinesia), problemas com
postura e ao caminhar, e alguma perda de
coordenação.
Tratamento

• Medidas gerais para controlar os sintomas


• Fisioterapia e terapia ocupacional
• Levodopa/carbidopa e outros medicamentos
• Algumas vezes, estimulação profunda do cérebro

• Outros medicamentos costumam ser menos eficazes do que


a levodopa, mas podem ter efeitos positivos em algumas
pessoas, sobretudo se a levodopa não for tolerada ou for
inadequada. No entanto, nenhum medicamento pode curar
a doença.
MAO-B = monoamina oxidase tipo B
COMT = catecol O-metiltransferase.
Prestador de cuidados e problemas do fim
da vida
• A maioria das pessoas com doença de Parkinson acaba se tornando
gravemente incapaz e ficando imobilizada.

• Podem não conseguir comer, mesmo com ajuda.

• A demência desenvolve-se em cerca de um terço delas. Visto que a


deglutição torna-se cada vez mais difícil, morte devido a pneumonia
por aspiração (uma infecção pulmonar devido a líquidos inalados da
boca ou estômago) é um risco.
• Para algumas pessoas, um centro de cuidados médicos pode ser o
melhor local para os cuidados.

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