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A sialorreia é um sintoma comum a várias doenças neurológicas (paralisia cerebral, acidente vascular

cerebral, doenças do neurônio motor, Parkinson, entre outras).


Nesses casos, o excesso de saliva não é decorrente do aumento de sua produção, mas, sim, de fraqueza
e/ou incoordenação da musculatura bulbar e/ou facial. Isso resulta em comprometimento do fechamento
dos lábios, da deglutição e do controle da salivação.

As consequências da sialorreia vão além do constrangimento causado aos pacientes e familiares.


Incluem lesões cutâneas, como rachaduras ao redor da boca; distúrbios da fala, do sono e da
mastigação; desidratação; fadiga; tosse; maior risco de aspiração e prejuízo na adaptação de suporte
ventilatório não invasivo. O acúmulo de secreção espessa na cavidade oral, muitas vezes resultado de
tratamentos para sialorreia, também é prejudicial aos pacientes.

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Apesar de sua elevada frequência, o manejo adequado ainda possui poucas evidências. A revisão
publicada na revista Practical Neurology (2017) aprofunda as reflexões sobre o tema:
• A escolha por uma ou mais terapias deve considerar a caracterização dos sintomas, ponderar certos
aspectos, como sua causa (relacionada à disfagia ou ao fechamento inadequado dos lábios, por
exemplo) e o horário preferencial de sua ocorrência (ao longo do dia, preferencialmente às refeições,
relacionado a outras ocorrências como nos pacientes com doença de Parkinson nos quais a
sialorréia pode ser mais frequente durante os episódios off);
• As terapias conservadoras, por sua simplicidade e baixo risco de efeitos adversos, devem ser
consideradas para todos os pacientes. Incluem medidas diversas: posicionamento adequado,
suporte fonoaudiólogo, lembretes para engolir, reabilitação oral e aspiradores portáteis;
• Os anticolinérgicos, apesar do baixo custo e a facilidade de prescrição, podem produzir efeitos
colaterais mais desagradáveis do que a própria sialorreia: xerostomia excessiva, retenção urinária,
constipação, aumento de pressão intraocular, redução de transpiração, aumento da temperatura
corporal e turvação visual. Em idosos, são particularmente importantes os efeitos sobre o sistema
nervoso central: confusão, desorientação, prejuízo de memória, sedação. O glicopirrolato, por sua
dificuldade em cruzar a barreira hematoencefálica, é menos associado a tais efeitos;
• A injeção de toxina botulínica nas glândulas parótidas e submandibulares tem ação mais duradoura
e menos efeitos colaterais do que os anticolinérgicos. Contudo, quando presentes, seus efeitos
adversos também podem perdurar por mais tempo: xerostomia, secreção brônquica mais espessa,
saliva viscosa, dificuldade para mastigação, dor no local da injeção e disfagia. Há também o risco de
indução de anticorpos e a redução progressiva de sua eficácia;
• A radioterapia é a opção reservada para os casos não responsivos às terapias com anticolinergicos
e toxina botulínica. Seus efeitos são de longa duração, de meses até cinco anos. Por outro lado,
seus efeitos colaterais são de curta duração: xerostomia, saliva viscosa, eritema facial, dor e
náuseas;
• O tratamento cirúrgico é usualmente reservado às crianças com sintomas refratários, uma vez que
os riscos inerentes a uma intervenção cirúrgica podem ser pouco tolerados por pacientes mais
idosos e frágeis. As técnicas utilizadas incluem a remoção das glândulas submandibular e parótidas,
deslocamento ou ligadura do ducto submandibular ou parotídeo e neurectomia transtimpânica;
• A presença de secreção espessa quando relacionada ao tratamento da sialorreia, demanda revisão
da dose de seus agentes indutores. Outras medidas para seu controle englobam: hidratação,
fluidificação das secreções com cubo de gelo, sucos (uva, maçã, abacaxi, mamão) e estimulação da
cavidade oral, bochecho com bicarbonato de sódio e sal, agentes mucolíticos.
Mais da autora: ‘Epilepsia por autoanticorpos: quando suspeitar?’
Outro fator a ser citado, ainda que não abordado pela publicação, é a pesquisa de medicações
potencialmente indutoras de sialorreia. Destacam-se nesse grupo os neurolépticos. Como também, há
relatos de associação com clobazam, venlafaxina, enalapril e metildopa.

O manejo da sialorreia não é tão simples quanto possa parecer. No entanto, quando conduzido por uma
equipe multidisciplinar por meio de combinação de terapias pode trazer importante melhora na qualidade
de vida dos pacientes neurológicos.

Autora:
Referências:
• DIAS, Bruno Leonardo Scofano; FERNANDES, Alexandre Ribeiro; DE SOUZA MAIA FILHO, Heber.
Sialorrhea in children with cerebral palsy. Jornal de Pediatria (Versão em Português), v. 92, n. 6, p.
549-558, 2016.
• HAWKEY, Nathan M.; ZAORSKY, Nicholas G.; GALLOWAY, Thomas J. The role of radiation therapy
in the management of sialorrhea: A systematic review. The Laryngoscope, v. 126, n. 1, p. 80-85,
2016.
• MCGEACHAN, Alexander J.; MCDERMOTT, Christopher J. Management of oral secretions in
neurological disease. Practical Neurology, p. practneurol-2016-001515, 2017.
• REED, Jeremy; MANS, Carolyn K.; BRIETZKE, Scott E. Surgical management of drooling: a meta-
analysis. Archives of Otolaryngology–Head & Neck Surgery, v. 135, n. 9, p. 924-931, 2009.
• SRIVANITCHAPOOM, Prachaya; PANDEY, Sanjay; HALLETT, Mark. Drooling in Parkinson’s
disease: a review. Parkinsonism & related disorders, v. 20, n. 11, p. 1109-1118, 2014.
• VASHISHTA, Rishi et al. Botulinum toxin for the treatment of sialorrhea: a meta-analysis.
Otolaryngology–Head and Neck Surgery, v. 148, n. 2, p. 191-196, 2013.

A sialorreia ou hipersalivação caracteriza-se por uma produção de saliva em excesso e é um problema comum em

crianças com problemas neurológicos como a paralisia cerebral e em adultos com danos neurológicos provocados

pela doença de Parkinson ou AVC.

A saliva é secretada pelas glândulas salivares major (parótidas, submandibulares e sublinguais) e pelas glândulas

salivares minor presentes na cavidade oral. Diariamente são produzidos aproximadamente 1,5L de saliva, cujas

funções incluem regular o pH oral, manter a homeostase oral e ajudar na higienização da boca. As propriedades

bactericidas e bacteriostáticas da saliva permitem também manter a saúde dentária e diminuir o odor bucal, enquanto

serve de lubrificante durante a mastigação e deglutição.

A sialorreia ou hipersalivação é definida pela presença de saliva para além da margem do lábio e é comum em bebés.
Porém, normalmente a criança baba apenas até aos 15-18 meses de idade, sendo normal ganhar controlo a partir

desta idade. A salivação em excesso em crianças com mais de 4 anos é geralmente considerada patológica e tem um

forte impacto na qualidade de vida.


O que é a sialorreia, como acontece e função da saliva
Sialorreia (babar ou salivação excessiva) é definida como saliva além da margem do lábio. Esta condição é normal em

lactentes, mas geralmente pára por 15 a 18 meses de idade. A sialorreia após quatro anos de idade geralmente é

considerada patológica.

A sialorréia (baba ou salivação excessiva) é um problema comum em crianças com problemas neurológicos (isto é,

aqueles com atraso mental ou paralisia cerebral) e em adultos que têm doença de Parkinson ou tiveram um acidente

vascular cerebral. É mais comumente causado por um fraco controle muscular oral e facial. Os fatores contribuintes

podem incluir hipersecreção de saliva, má oclusão dentária, problemas posturais e incapacidade de reconhecer o

derrame salivar.

Funções da saliva

As várias funções da saliva incluem limpeza mecânica da boca, contribuindo para a homeostase oral e ajudando a

regular o pH oral. A saliva também possui propriedades bacteriostáticas e bacteriocídicas que contribuem para a

saúde dentária e diminuem o odor oral. É importante na lubrificação dos bolos alimentares, e a amilase na saliva

começa a digestão dos amidos.

Como a salivação e hipersalivação acontecem

O sistema nervoso parasimpático inerva as glândulas parótida, submandibular e sublingual com fibras que se

originam no pons, medula e sinapse nos gânglios óticos e submandibulares. As fibras pós-ganglionares do gânglio

ótico fornecem função secretiva para a glândula parótida e as fibras da função secretora de fornecimento de gânglios

submandibulares, às glândulas submandibular e sublingual. O fluxo de saliva é reforçado pela inervação simpática,

que promove a contração das fibras musculares em torno dos dutos salivares.
A saliva é secretada pelas seis principais glândulas salivares (duas parótidas, duas submandibulares e duas sublinguais)
e várias centenas de glândulas salivares menores. As principais glândulas salivares produzem 90% dos

aproximadamente 1,5 L de saliva que são segregados por dia. No estado não estimulado (basal), 70 por cento da
saliva é secretada pelas glândulas submandibular e sublingual. Quando estimulado, o fluxo salivar aumenta cinco

vezes, com as glândulas parótidas fornecendo a preponderância da saliva.

Quais as causas da sialorreia?


A sialorréia geralmente é causada por disfunção neuromuscular, hipersecreção, disfunção sensorial ou disfunção

anatômica (motora). A causa mais comum é a disfunção neuromuscular. Em crianças, o atraso mental e a paralisia

cerebral são comumente implicados; Em adultos, a doença de Parkinson é a etiologia mais comum. A paralisia

Pseudobulbar, a paralisia bulbar e o acidente vascular cerebral são causas menos comuns.

A hipersecreção comumente é causada por inflamação, como dentição, cárie dentária e infecção da cavidade oral.

Outras causas de hipersecreção incluem efeitos colaterais de medicamentos (isto é, tranquilizantes,

anticonvulsivantes), refluxo gastroesofágico, exposição à toxina (vapor de mercúrio) e raiva.

A sialorreia pode também ser causada pela fraqueza ou falta de controle nos músculos da face, língua, boca ou

garganta, tornando difícil a deglutição de saliva, mesmo que esta seja produzida numa quantidade normal. Existem

também condições de saúde ou medicamentos que aumentam a produção de saliva, como o refluxo gástrico e o uso

de tranquilizantes ou anticonvulsivantes.

A causa mais comum em crianças com paralisia cerebral é a disfunção neuromuscular, bem como em adultos com

doença de Parkinson. Em circunstâncias normais, é possível controlar a hipersalivação pela deglutição, porém, no caso

de disfunção sensorial o organismo não consegue reconhecer a hipersalivação e no caso de disfunção motora, não

consegue controlar o excesso de saliva produzida, não permitindo que esta seja deglutida.

Embora menos comuns, os problemas anatómicos como a macroglossia (língua aumentada), e a incompetência labial

podem levar à hipersalivação. Da mesma forma, intervenções cirúrgicas na cabeça e pescoço podem também

provocar esta condição.

Outras causas geralmente responsáveis por sialorreia temporária incluem gravidez, doença hepática, infecções orais,

úlceras orais, intoxicação por metais pesados e radioterapia.


Veja a lista das causas mais comuns abaixo:

Outras causas da Sialorreia

Disfunção neuromuscular / sensorial

• Retardo mental
• Paralisia cerebral
• Mal de Parkinson
• Pseudobulbar
• Paralisia Bulbar
• Acidente vascular encefálico

Hipersecreção

• Inflamação (dentição, cárie dentária, infecção por cavidade oral, raiva)


• Efeitos secundários da medicação (tranqüilizantes, anticonvulsivantes)
• Refluxo gastroesofágico
• Exposição a toxinas (vapor de mercúrio)

Anatomicas

• Macroglossia (língua alargada)


• Incompetência oral
• Má oclusão dental
• Problemas ortodônticos
• Defeitos cirúrgicos de cabeça e pescoço (ou seja, deformidade)

Em circunstâncias normais, as pessoas são capazes de compensar o aumento da salivação por deglutição. No entanto,

a disfunção sensorial pode diminuir a capacidade de uma pessoa reconhecer baba e a disfunção anatômica ou motora

pode impedir a capacidade de gerir secreções aumentadas.

Anormalidades anatômicas geralmente não são a única causa de babar, mas geralmente exacerbam outras condições

causais. Macroglossia (língua alargada) e incompetência oral podem predispor os pacientes ao derrame salivar.

Infelizmente, nenhuma destas condições é facilmente corrigida. Maloclusão e outros problemas de ortodontia podem

compor a incompetência oral; A correção ortodôntica pode reduzir a sialorréia.

Quais as complicações e riscos da hipersalivação?


A hipersalivação pode levar a fissuras labiais e na pele, odor e infecção da boca. Particularmente nas crianças com

problemas mentais, a sialorreia pode reduzir a qualidade de vida e causar perturbações no sono. Em casos severos, a

salivação em excesso pode conduzir a desidratação e convulsões, tornando-se fatal.

A sialorréia provoca uma série de complicações físicas e psicossociais, incluindo calção perioral, desidratação, odor e

estigmatização social, que podem ser devastadores para os pacientes e suas famílias.

As complicações físicas e psicossociais da sialorréia variam de sintomas leves e inconvenientes a problemas graves

que podem ter um impacto negativo significativo na qualidade de vida. As complicações físicas incluem calção

perioral e maceração com infecção secundária, desidratação e mau cheiro.

As complicações psicossociais incluem o isolamento, as barreiras à educação (como a incapacidade de compartilhar

livros ou teclados de computador) e aumento da dependência e nível de atendimento. Os cuidadores e entes queridos
podem achar mais difícil demonstrar carinho com os pacientes afetados, contribuindo para uma estigmatização

potencialmente devastadora.

Diagnóstico da Sialorreia
O impacto da sialorreia na qualidade de vida do paciente é o principal factor a ter em conta no que diz respeito à

administração de tratamento. Contudo, a gravidade da hipersalivação pode ser avaliada com um sistema para a

severidade da salivação numa escala de 5 pontos e a frequência da salivação numa escala de 4 pontos.

Severidade Pontos

Seca (sem babar) 1

Ligeira (lábios húmidos) 2

Moderada (queixo e lábios húmidos) 3

Severa (roupa molhada) 4

Abundante (roupa, mãos e objectos 5


molhados)

Frequência Pontos

Sem babar 1

Baba às vezes 2

Baba frequentemente 3

Baba constantemente 4

Este sistema é particularmente útil para avaliar a eficácia do tratamento na qualidade de vida do paciente.

No caso de problemas ligeiros de salivação excessiva em crianças com menos de 4 anos ou em adultos com

problemas na função neurológica, pode ser adoptado um programa alimentar que vise melhorar o controlo

oromotor. Se estiverem presentes problemas funcionais que possam ser corrigidos, como má-oclusão e

incompetência labial, esta correção deve ser feita antes de serem adoptados outros tratamentos.

A terapia pode também permitir um melhor controlo da saliva por fortalecer os músculos da face e corrigir a postura,

impedindo a perda de saliva e podendo ser combinada com técnicas de reforço positivo e negativo em pacientes

com doença neurológica moderada.

Nos casos em que as medidas descritas acima tenham revelado poucos resultados, devem ser considerados outros

tratamentos como medicação, radioterapia ou terapia cirúrgica.


Tratamentos da Sialorreia
O tratamento da sialorréia é melhor realizado usando uma abordagem de equipe. O médico foca sua atenção primária

na história completa e no exame físico do paciente, com especial atenção ao impacto da hipersalivação na qualidade

de vida e ao potencial de melhoria.

Os patologistas da fala, ou fonoaudiólogo, e os terapeutas ocupacionais trabalham com os pacientes para melhorar

sua mecânica de deglutição e apoiar sua postura com dispositivos como a cadeira de rodas traseira. Dentistas e

ortodontistas avaliam e tratam doenças dentárias e bucais e má oclusão. Os otorrinolaringologistas identificam e

corrigem as causas da obstrução aerodigestiva como macroglossia e hipertrofia adenotonsilar que contribuem para

a babagem. Neurologistas, otorrinolaringologistas e médicos de atenção primária podem avaliar o paciente para

neuropatias cranianas significativas.

Após uma avaliação minuciosa, um consenso sobre as opções de tratamento apropriadas deve ser desenvolvido pela

equipe de tratamento, o paciente e a família do paciente. Os tratamentos podem ser oferecidos de forma escalonada,

desde tratamentos invasivos e não cirúrgicos até invasivos.

Para problemas mínimos, em crianças com menos de quatro anos de idade ou em adultos com função neurológica

instável, a observação é frequentemente a melhor opção. Problemas mínimos também podem ser tratados com um

programa de alimentação destinado a melhorar o controle oromotor, embora este esforço raramente seja bem

sucedido .

Todos os fatores situacionais devem ser corrigidos e a má oclusão dentária e a cárie devem ser tratadas. A

adenotonsilectomia deve ser realizada, quando indicado, e os pacientes devem ser equipados com cadeiras de rodas

e chaves adequadas, se necessário.

Vários aparelhos ortodônticos podem ser utilizados para o tratamento da sialorréia. As placas personalizadas

formadas para caber o palato podem ajudar a melhorar o fechamento dos lábios. Os aparelhos móveis podem ser

colocados na placa superior; Eles estimulam o movimento da língua, ajudando assim a desviar a saliva em direção à

faringe. O uso dessas contas em combinação com a terapia de deglutição tem sido bem sucedido em pacientes com

sialorréia moderada.

As técnicas de bio-feedback automático trataram com sucesso pacientes com disfunção neurológica leve e babando.

Um estudo mostrou que o bio-feedback foi bem sucedido em pacientes com mais de oito anos que tiveram

problemas leves a moderados. Os pacientes são treinados para associar um comportamento com uma sugestão; Por

exemplo, engolir ou limpar o rosto está associado a um sinal sonoro eletrônico. Estes dispositivos podem ser usados

por várias horas por dia. A desvantagem para esses dispositivos é que os pacientes se tornam habituados ao estímulo

e os dispositivos tornam-se menos efetivos após o uso repetitivo.

O reforço positivo e negativo foi descrito como um adjuvante no tratamento da sialorréia em pacientes com doença
neurológica moderada. Os cuidadores parabenizam os pacientes por não babar ou exigem que eles esfregem os

rostos quando se esquecem de engolir.


Em um pequeno estudo prospectivo, acupuntura mostrou potencial melhoria a sialorréia com base em medidas

subjetivas em sete dos 10 pacientes. Durante um período de seis semanas, os pacientes foram tratados 30 vezes com

agulhas colocadas em cinco locais na língua. É necessário estudar mais a eficácia da acupuntura no tratamento da

sialorréia.

Se a sialorréia continuar a interferir com a saúde e a qualidade de vida do paciente, após a tentativa de medidas não

invasivas, deve ser considerada a medicação, a radiação e a terapia cirúrgica.

Tratamento com medicamentos

Os medicamentos anticolinérgicos bloqueiam a inervação parasimpática das glândulas salivares. Vários estudos

demonstraram a eficácia do glicopirrolato e da escopolamina (Transderm Scop) no tratamento da sialorréia.

A escopolamina transdérmica, aplicada como remendo atrás da orelha, foi bem tolerada em estudos de curto prazo,

16,17, mas Seu uso foi limitado por efeitos colaterais da retenção urinária e visão turva.

Medicamentos para tratamento da sialorréia

COMO É EFEITOS
AGENTE DOSAGEM
FORNECIDO COLATERAIS

Adultos: Comece
com 0,5 mg por via
oral, um a três vezes
ao dia; Acompanhe a
Constipação, secura
eficácia e a
oral excessiva,
Comprimidos tolerabilidade. /
retenção urinária,
Glycopyrrolate marcados, 1 ou Crianças: 0,04 mg
visão turva,
2 mg por kg por dose por
hiperatividade,
via oral, duas a três
irritabilidade
vezes ao dia;
Acompanhe a
eficácia e
tolerabilidade

Prurido no local do
Scopoderm ou remendo, retenção
Aplique o adesivo a
Scopolamine Adesivo de 1,5 urinária,
cada 72 horas ou
(Transderm mg irritabilidade, visão
quando necessário.
Scop) turva, tonturas,
glaucoma
Sob orientação por
ultra-som, injeções
Frasco, 100 U Dor no local da
Toxina de 10 a 40 unidades
por frasco para injeção, secura oral
botulínica A em cada glândula
injeções excessiva
submandibular e
parótida

Radioterapia

Um dos efeitos da radioterapia é a xerostomia, que consiste na redução da produção de saliva. Esta opção de

tratamento está normalmente indicada a pacientes mais velhos que não toleram a terapia com medicamentos ou não

são candidatos aos procedimentos cirúrgicos.

Cirurgia

A remoção cirúrgica das glândulas salivares ou a destruição do seu controlo nervoso são normalmente utilizados

como último recurso e em casos de sialorreia severos. A cirurgia normalmente envolve a ligação dos ductos da

glândula parótida e a excisão da glândula submandibular, eliminando a sialorreia de forma permanente e total.

Toxicina Botulínica

Intraglandular injeção de toxina botulínica tipo A recentemente foi relatado para melhorar a sialorréia. Sob orientação

por ultra-som, a toxina botulínica tipo A foi injetada nas glândulas parótidas e submandibulares bilaterais de 10

pacientes adultos. Nove dos pacientes melhoraram, e nenhum paciente apresentou complicações. A resposta ao

tratamento durou aproximadamente cinco meses, tornando necessários novos tratamentos para o controle a longo

prazo.

Controle de reflexão gastroesofágica

Muitos pacientes com atraso no desenvolvimento ou deficientes neurológicos com sialorréia também têm refluxo

gastroesofágico significativo. Foi postulado que o controle do refluxo reduziria a babagem; No entanto, esta

conjectura não foi confirmada pela pesquisa, e é improvável que o controle do refluxo tenha algum efeito
clinicamente significativo na sialorréia.
Vantagens e desvantagens das terapias cirúrgicas para a sialorréia

TERAPIA CIRÚRGICA VANTAGENS DESVANTAGENS

• Baixa incidência de ranura com


excisão da glândula sublingual

• Potencial para cáries dentárias


anteriores
• Sem cicatriz externa
Remoção do duto
• Sem excisão da glândula
submandibular • Potencial de aspiração
sublingual, o paciente pode
desenvolver ranula

• A deslocalização do ducto é um
procedimento incomum

• Controle eficaz da
sialorréia • Cicatriz externa
Excessão da glândula
submandibular • Procedimento • Potencial para cáries dentárias
comumente executado

• Risco de sialocele

Deslocamento do • Redireciona o fluxo • Potencial de aspiração


ducto parótido no estado estimulado
• A deslocalização é um
procedimento incomum

• Procedimento simples
e rápido
Ligação do duto • Risco de sialocele
parótido • Diminui o fluxo no
estado estimulado

• Técnicamente fácil,
• Retorno previsível da função
procedimento rápido
Neurectomia salivar
transimagnética • Não requer anestesia
• Requer vários procedimentos
geral
• Útil em pacientes
idosos

A Sialorreia ou hipersalivação apenas possui tratamentos não rotulados, portanto, somente o seu médico após consulta

presencial pode decidir como lidar com essa condição. Nós, euroClinix, não recomendamos qualquer tratamento para

essa condição.

Fontes:

1. Sialorrhea in children with cerebral palsy, 2016 - Scielo,The Scientific Electronic Library
Online - URL: scielo.br

2. Hypersalivation: oral glycopyrronium bromide, 2013 - NICE, National Institute for Health
and Care Excelence - URL: nice.org.uk

3. Treating sialorrhea with transdermal scopolamine. Exploiting a side effect to treat an


uncommon symptom in cancer patients (2005) - URL: ncbi.nlm.nih.gov

4. How to Treat Sialorrhea in Parkinson's Disease Patients - URL: practicalneurology.com

5. Drooling in Parkinson's disease: A review - URL: sciencedirect.com

6. Pharoah PO. Cerebral palsy, Colver A, Fairhurst C, Lancet. 2014;383:1240-9.

7. A report: the definition and classification of cerebral palsy - Rosenbaum P, Paneth N,


Leviton A, Goldstein M, Bax M, Damiano D, et al. Dev Med Child Neurol. 2007;109:8-14.

8. A diagnostic approach for cerebral palsy in the genomic era - Lee RW, Poretti A, Cohen
JS, Levey E, Gwynn H, Johnston MV, et al. Neuromolecular Med. 2014;6:821-44.

9. Swallowing dysfunction in the brain damaged with drooling - Ekedahl C, Mansson I,


Sandberg N. Acta Otolaryngol. 1974;78:141-9.

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