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Atuação da Fisioterapia para melhora da saúde do idoso portador da


doença de Parkinson
Denise Luiza Fernandes de Souza1
denise.lfs@hotmail.com
Dayana Priscila Maia Mejia²
Pós-graduação em FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL – Faculdade Ávila

Resumo
A doença de Parkinson é uma patologia degenerativa de caráter progressivo e lento, que
acomete o sistema nervoso central, comum na segunda metade de vida acometendo homens e
mulheres, envolvendo os gânglios da base. É caracterizada por tremor de repouso, rigidez,
bradicinesia, acinesia, instabilidade postural, entre muitos outros sinais e sintomas. O
envelhecimento é causado por alterações moleculares e celulares, que resultam em perdas
funcionais progressivas dos órgãos e do organismo como um todo. Este estudo teve por
objetivo mostrar de que forma a fisioterapia pode contribuir para a melhora da qualidade de
vida no idoso portador de mal-Parkinson, além de compreender as alterações observadas no
sistema nervoso junto ao processo de envelhecimento e descrever as alterações encontradas
nos idosos com doença de Parkinson. Para elaboração da presente pesquisa, foram
analisados estudos que investigaram a importância da fisioterapia no portador da doença de
Parkinson. As pesquisas foram obtidas através de uma pesquisa eletrônica nos bancos de
dados: SCIELO, MEDLINE, assim como referências de livros, nas línguas portuguesa e
inglesa. A revisão demonstrou que a fisioterapia é de grande valia, iniciada precocemente
tem beneficiado pacientes com a doença de Parkinson, através da realização de vários
recursos, os quais auxiliam no alívio dos sintomas, melhorando a capacidade funcional, a
mobilidade, prevenindo complicações e estimulando a autoconfiança.
Palavras-chave: Doença de Parkinson; Envelhecimento; Fisioterapia.

1. Introdução
A doença de Parkinson é uma patologia degenerativa primária, comum na segunda metade de
vida envolvendo os gânglios da base, pela degeneração das células da camada ventral da parte
compactada de substância negra. A anomalia principal consiste numa perda de neurônios de
uma área específica do cérebro que produzirá a diminuição de uma substância chamada
dopamina, alterando os movimentos chamados extrapiramidais não voluntários.
É caracterizada por sinais de presença de tremor de repouso, rigidez muscular, bradicinesias
que se traduz por alentecimento dos movimentos e também por instabilidade postural. Pode
levar a perturbações do movimento da marcha e alterações sensoriais, distúrbios da fala, voz e
deglutição.
Em relação à etiologia ela é idiopática ou desconhecida. Já sua fisiopatologia envolve os
gânglios da base que são grupos de massa cinzenta nuclear interconectadas profundamente
dentro do encéfalo. Provem de uma perturbação da função em duas regiões dos núcleos da
base, a substância negra e os núcleos caudados putâmen. A dopamina é uma substância
química e uma das aminas neurotransmissoras que transmitem impulsos de um neurônio pra o
outro através de sinapse.

1
Pós-graduando em Fisioterapia Neurofuncional
² Orientadora: Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e Saúde
2

Todo organismo multicelular possui um tempo limitado de vida e sofre mudanças


fisiológicas, como o envelhecimento que é causado por alterações moleculares e celulares,
que resultam em perdas funcionais progressivas dos órgãos e do organismo como um todo.
O processo de envelhecimento é chamado de senilidade. Caracteriza-se por um declínio
gradual no funcionamento de todos os sistemas do corpo. A crença de que a velhice está
associada, invariavelmente com profunda debilidade intelectual e física, entretanto, é um
mito. A maioria das pessoas retém sua capacidades cognitivas e físicas em um grau notável.
As mudanças funcionais que ocorrem com o avanço da idade são atribuídas a vários fatores,
como defeitos genéticos, fatores ambientais, surgimento de doenças e expressão de genes do
envelhecimento, ou gerontogenes.
Este trabalho tem como objetivo geral mostrar de que forma a fisioterapia pode contribuir
para a melhora da qualidade de vida no idoso portador de mal-Parkinson. E tendo como
objetivos especificos: compreender as alterações observadas no sistema nervoso junto ao
processo de envelhecimento; descrever as alterações encontradas nos idosos com a doença de
Parkinson; mostrar a importância dos métodos fisioterapêuticos para melhorar a
funcionalidade do idoso com mal-Parkinson.
Este estudo foi realizado para identificarmos de que forma a fisioterapia poderá contribuir
para a melhora do quadro clínico no idoso portador de Parkinson, e é de suma importância
para a formação de uma consciência social ligada a saúde e bem estar dos idosos visto que a
doença pode torná-lo incapacitante. Levando assim a uma maior independência do idoso em
relação às atividades de vida diária para um melhor bem estar próprio e de seus familiares.

2. Métodos
A presente pesquisa trata-se um estudo de revisão bibliográfica. Onde para sua elaboração
foram analisados estudos que investigaram a influência do tratamento fisioterapêutico em
pacientes portadores da doença de Parkinson. As pesquisas foram obtidas através de uma
pesquisa eletrônica nos bancos de dados: SCIELO, MEDLINE, assim como referências de
livros.
As palavras-chave usadas para a pesquisa literária envolveram as combinações com as
seguintes palavras: doença de Parkinson (Parkinson's disease); envelhecimento (aging);
fisioterapia (physical therapy) e sinônimos.
Foram incluídos neste presente estudo, apenas artigos que se apresentavam com contexto
completo, sendo descartados, portanto, aqueles que só continham o resumo. Os artigos que
estavam em língua inglesa também foram utilizados, bem como aqueles que envolviam
estudos apenas da patologia sem mencionar o tratamento fisioterapêutico.

3. Resultados
A doença de Parkinson foi descrita em 1817 por James Parkinson médico inglês, como
movimentos involuntários agitantes, a etiologia é idiopática ou desconhecida. É uma
neurologia crônia caracterizada por degeneração de neurônios dopaminérgicos no sistema
nigroestriado. Sua patologia foi definida anos depois e seu tratamento sofreu uma revolução
nos anos 60 com a introdução do fármaco levadopa (MENEZES e TEIVE, 2003).
A doença de Parkinson é uma patologia degenerativa primária mais comum na segunda
metade da vida envolvendo os gânglios da base, pela degeneração das células da camada
ventral da parte compacta da substância negra.
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A anomalia principal consiste numa perda de neurônios de uma área específica do cérebro que
produzirá a diminuição de uma substância chamada dopamina, alterando os movimentos
chamados extrapiramidais não voluntários.
É caracterizada por sinais de presença de tremor de repouso, rigidez muscular, bradicinesias
que se traduz por alentecimento dos movimentos e também a instabilidade postural. Pode
levar a perturbações do movimento da marcha e alterações sensoriais, distúrbios da fala, voz e
deglutição.
O termo parkinsonismo é para se referir a um grupo de desordens que produzem anormalias
no funcionamento dos gânglios da base. O termo síndrome Parkinson-plus se refere a um
estado similar à doença de Parkinson em alguns aspectos, onde os sintomas são causados por
outros distúrbios neurodegenerativos (O’SULLIVAN, 2010).

3.1. Epidemiologia
A doença de Parkinson acomete aproximadamente 1% a 2% da população acima dos 65 anos,
a prevalência de 128-187/100.000 e incidência anual de 20/100.000. A idade é o fator de risco
mais consistente e, com o aumento da expectativa de vida da população em geral, a
prevalência da doença de Parkinson deverá se elevar consideravelmente nos próximos anos
(MENEZES e TEIVE, 2003).
A incidência cresce com o aumento da idade, anualmente, aparecem um pouco menos de 10
casos novos para cada 100.000 pessoas abaixo dos 50 anos, enquanto surgem pelo menos 300
casos novos para cada 100.000 pessoas entre 88 e 99 anos. Os homens e mulheres são
afetados quase que igualmente (O’SULLIVAN, 2010).

3.2. Fisiopatologia
Os gânglios da base são grupos de massa cinzenta nuclear interconectados profundamente
dentro do encéfalo. Provem de uma perturbação da função em duas regiões dos núcleos da
base, a substância negra e os núcleos caudados de putâmen. A dopamina, substância química
das aminas neurotransmissoras que transmitam os impulsos de um neurônio para outro através
da sinapse. Existem duas vias, a direta e a indireta. A via direta facilita a emissão de sinais dos
gânglios da base para o tálamo e para as áreas motoras do córtex, onde a via indireta fornece a
desinibição do núcleo subtalâmico, causando supressão de alguns movimentos. Partes do
globo pálido protege o tronco encefálico que atinge os neurônios motores do tronco e da
medula espinhal.
Os gânglios da base têm um papel fundamental no planejamento e na programação dos
movimentos através da seleção e da inibição de sinergias motoras específicas. Esses
programas motores são consolidados em planos motores eficientes, traduzindo o pensamento
em movimentos desejados e regulando os níveis de atividade cinética, tônus muscular e força
muscular (O’SULLIVAN, 2010).

Fonte: O’Sullivan, 2010


Figura 01 – As estruturas principais dos gânglios da base
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Entre os gânglios basais encontra-se a substância negra, que deve seu nome a grande
concentração de pigmentos escuros, a melanina. Suas células nervosas altamente
especializadas, que perfazem aproximadamente 1% do volume cerebral, produzem a
dopamina, uma das mais importantes substâncias transmissoras do cérebro.

Fonte: O’Sullivan, 2010


Figura 02 - Substância negra (área do cérebro afetada na doença de Parkinson) imagem computadorizada de
parte do cérebro de um indivíduo normal (dir.) e de outro acometido pelo mal de Parkinson (esq.)

3.3. Fatores de Risco


A doença de Parkinson é considerada uma doença idiopática, ou seja, sem causa definida.
Entretanto, alguns fatores de risco já foram identificados, como:
- Idade: a doença de Parkinson é uma enfermidade tipicamente de pessoas idosas;
- História familiar: familiares de pacientes com Parkinson têm maior risco de desenvolver a
doença;
- Traumas no crânio: isolados ou repetitivos, como nos lutadores de boxe, podem lesar os
neurônios dopaminérgicos;
- Contato com agrotóxicos: certas substâncias químicas podem causar lesões neurológicas que
levam ao Parkinson (poeira de manganês, monóxido de carbono, etc).

3.4. Demência
Demência da doença de Parkinson surge numa fase tardia da doença, embora possa haver um
defeito cognitivo desde uma fase precoce.
A identificação de alterações cognitivas na doença de Parkinson oferece algumas
dificuldades, vista que as funções executivas que representam os domínios cognitivos
geralmente afetados na doença de Parkinson, habitualmente não são avaliadas, são, portanto,
necessários testes específicos para examinar essas funções quem compreendem.
A terapêutica da doença de Parkinson é importante começar por remover os fármacos que
podem agravar cognição, e tratar a co-mobilidade médica. A levodopa pode melhorar funções
cognitivas, mas não tem efeito na demência. O inibidor da colinesterase tem um benefício
modesto nos sintomas cognitivos (O’SULLIVAN, 2010).

3.5. Sinais Clínicos


Segundo Porto (2005), os sinais cardinais da doença de Parkinson são: tremor de repouso;
rigidez; bradicinesia; acinesia e instabilidade postural.

a) Tremor - O tremor de repouso é o sintoma inicial em 75% dos doentes geralmente


nos membros superiores, é uma oscilação involuntária do corpo que ocorre numa
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freqüência lenta de 4 a 6 Hz, quando o membro está em repouso e particularmente não


está apoiado. Pode ser unilateral ou bilateral, mas no geral começa em uma mão e é
muito característico, os dedos são fletidos e estendidos, especialmente nas articulações
metacarpofalângicas enquanto o polegar repousa contra o dedo indicador
assemelhando-se ao movimento de enrolar tabaco. O tremor é intermitente, desaparece
durante o sono e aumenta com a ansiedade durante a marcha. Quando proeminente e
incapacitante, pode surgir também um tremor de ação, menos intenso (PETERNELLA
e MARCON, 2009; O’SULLIVAN, 2010).
O tremor nos membros inferiores é mais aparente com o paciente em decúbito dorsal,
o tremor do tronco e da cabeça pode ser visto quando os músculos são usados para
manter uma posição vertical contra a gravidade. Ele tende ser menos severo quando o
paciente está relaxado e desocupado, é diminuído por esforço voluntário e agravado
pelo estresse emocional ou fadiga;

b) Rigidez - A rigidez corresponde ao aumento do tônus muscular, que se traduz por


aumento de resistência a mobilização passiva, esta é sentida em ambos os músculos
agonistas e antagonistas bem como nos movimentos em ambas as direções.
Dentro da rigidez foram identificados dois tipos, a rigidez tipo roda denteada e a
rigidez tipo canivete. A roda denteada é uma contração súbita, como uma resistência
rítmica de uma catraca sincronizada em uma direção através de movimentos passivos
quando os músculos alternam entre tensos e relaxados. A rigidez tipo canivete é uma
resistência sustentada pelos movimentos passivos, costuma ser assimétrica nos
primeiros estágios da doença de Parkinson. Ela afeta primeiro os músculos proximais
do ombro e pescoço e depois envolve os músculos da face e membros;

c) Bradicinesia - A bradicinesia na doença de Parkinson inicia-se unilateralmente em


75% dos pacientes, acometendo principalmente os movimentos mais finos e delicados,
sendo que os pacientes freqüentemente a referem como dificuldades iniciais
(DORETTO, 2005).
Bradicinesia refere-se à lentidão e a dificuldade na manutenção dos movimentos. A
acinesia se refere à ausência de movimento, momentos de congelamento podem
ocorrer e são caracterizados por uma parada ou bloqueio súbito de movimento.
Porter (2005) afirma, os movimentos de todo o corpo ficam mais lentos e são difíceis
de iniciar. O paciente não tem capacidade de fazer ajustes rápidos da ação muscular
que são necessários para manter o equilíbrio. Isso leva a falta de coordenação na
função da mão, como na escrita e atividades similares;

d) Instabilidade Postural - A instabilidade postural é uma manifestação mais tardia,


resultando da combinação de vários fatores, como alteração do ajustamento postural,
perda dos reflexos posturais, rigidez e acinesia. Podendo levar a quedas,
principalmente nas inversões de sentido.
Segundo O’Sullivan (2010), o estreitamento da base de apoio postural vertical com
um pé na frente do outro, ou postural vertical com apoio unipodal, ou a competição de
demanda de atenção aumenta a instabilidade postural.
A instabilidade é um padrão anormal de coativação, que causa corpo rígido e
incapacidade de usar sinergias posturais normais para recuperar o equilíbrio. Os
resultados dessa perda de equilíbrio progressiva são quedas freqüentes e danos pelas
quedas, com cerca de dois terços dos pacientes com doença de Parkinson que sofrem
quedas e 13% que caem mais de uma vez por semana (SOUSA e SOUSA, 2010).
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De acordo com Stokes (2000), na posição ortostática há uma ligeira flexão em todas as
articulações, levando a uma postura simiesca, com os joelhos e quadris um pouco
flexionados, os ombros arqueados e a cabeça para frente. Os braços podem ficar
flexionados através do tronco, com menos freqüência a anormalidade de postura é uma
tendência de inclinar-se para trás, com o apoio bastante ereto.

Fonte: O’Sullivan, 2010


Figura 03: A postura corporal de um paciente com a doença de Parkinson (A) visto de frente. (B) visto
de lado.

3.6. Marcha
Quando pacientes começam a caminhar, há dificuldades para desviar o centro de gravidade de
um pé para o outro, de modo que seus passos tornam-se curtos e cambaleantes. Os pacientes
podem inclinar-se muito para frente, de modo que tem que perseguir seu centro de gravidade
para evitar a queda para frente, denominada aceleração anterior ou festinação (STOKES,
2000).
Uma postura inclinada anormal contribui para o desenvolvimento de uma marcha festinante,
caracterizada por um aumento progressivo na velocidade com redução da largura do passo.
Assim, o paciente efetua múltiplos passos curtos para alcançar o seu centro de massa e evitar
quedas (O’SULLIVAN, 2010).
A marcha pode ser anteropulsiva, uma marcha festinante para frente, ou retropulsiva, uma
marcha festinada para trás. Os pacientes que caminham com os dedos dos pés, por causa de
contraturas em flexão plantar, exibem instabilidade postural adicional em estreitamento de sua
base de apoio (FLORES, 2011).

3.7. Fadiga
A fadiga nos pacientes com doença de Parkinson está entre os sintomas mais comuns
relatados. O paciente tem dificuldade em sustentar a atividade e sente fraqueza e letargia
crescentes com o progresso do dia, os atos motores repetitivos podem começar potentes, mas
diminuem em força e amplitude com o progresso da atividade.
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3.8. Características faciais


A expressão facial é descrita como uma face em máscara, com piscar freqüente e falta de
expressão. O sorriso pode ser possível apenas sob comando ou com esforço voluntário. Isso
pode ter um impacto significativo na interação social e incapacidade social.

3.9. Disfunção de deglutição e comunicação


Segundo O’SULLIVAN (2010), a disfagia (comprometimento da deglutição), está presente
em 50 a 95% dos pacientes. A disfagia é resultado da rigidez, redução da mobilidade e
restrição na amplitude de movimento. Os pacientes também experimentam perda excessiva de
saliva pela boca (sialorréia), como resultado do aumento da produção de saliva e diminuição
da deglutição espontânea. A perda de saliva é particularmente enquanto se dorme ou ao iniciar
a fala e em casos avançados aumenta o risco de aspiração. Vale ressaltar que a perda de saliva
pela boca tem complicações sociais importantes.

3.10. Planejamento motor


De acordo com O’Sullivan (2010), os pacientes sofrem com dificuldade de desempenho nos
movimentos complexos, seqüenciais e/ou simultâneos. Estes estão relacionados a déficits na
programação da resposta. O controle global também está comprometido nas ações de rotina
representativas dos programas motores implantados, é típico de pacientes com doença de
Parkinson demonstrar micrografia, uma caligrafia anormalmente pequena e difícil de ler.

Fonte: O’Sullivan, 2010


Figura 04: Micrografia na doença de Parkinson. Os pacientes portadores da doença podem ter problemas na
manutenção da escala de seus movimentos

3.11. Perturbação do sono


As perturbações do sono estão descritas em 74 a 98% dos doentes com doença de Parkinson,
incluem todas as categorias de perturbação do sono (TEDRUS, 2009).
São muitos os fatores responsáveis pela fragmentação do sono na doença de Parkinson,
prevalecendo os que correspondem à sintomatologia da doença de base, as complicações
motoras na fase avançada da doença, inicial e intermédia e conseqüente sonolência diurna
excessiva. A sonolência ocorre mais numa fase avançada da doença e sendo também
contribuída pelo efeito dos medicamentos.
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3.12. Tratamento
O tratamento da doença de Parkinson visa o controle dos sintomas. Não há, até a presente data
tratamento medicamentoso ou cirúrgico que previna a progressão da doença. O objetivo é
manter a pessoa idosa o maior tempo possível com autonomia, independência funcional e
equilíbrio psicológico. A levodopa, marco terapêutico na doença de Parkinson, continua
sendo o padrão.
Não existe cura para a doença de Parkinson. O tratamento médico é direcionado a diminuição
da progressão da doença e aos avanços sintomático das características motoras, complicações
motoras e características não-motoras. Contudo o tratamento clínico associado ao tratamento
fisioterapêutico traz imensos benefícios no que diz respeito à mobilidade articular e postural,
independência nas atividades de vida diária, tremor entre outros.

3.13. Atuação da fisioterapia na doença de Parkinson


Embora a terapia farmacológica seja base do tratamento, a fisioterapia também é de grande
importância, pois envolve os pacientes em seu próprio atendimento, promove o exercício,
mantém ativo os músculos e preserva a mobilidade. Esta abordagem é particularmente muito
benéfica quando o parkinsonismo avança, porque muitos pacientes tendem a permanecer
sentados e inativos.
Segundo Carr e Shepherd (2008), o exercício fisioterapêutico é o treinamento sistêmico e
planejado de movimentos corporais, posturais ou atividades físicas, com o intuito de oferecer
ao paciente meios de tratar ou prevenir comprometimentos, melhorar ou aumentar a função
física, evitar ou reduzir fatores de risco relacionados a saúde, otimizar o estado de saúde geral,
o preparo físico ou sensação de bem-estar.
Os programas de exercícios fisioterapêuticos elaborados por profissionais de fisioterapia são
conforme a necessidade de cada paciente com a doença de Parkinson e conforme os sinais e
sintomas. É necessário que o fisioterapeuta conheça a história clínica de cada paciente, pois
pode haver condições associadas ao envelhecimento, como exemplo a espondilose cervical ou
osteoartrose dos quadris e joelhos. O paciente pode ter condições que afetam o tratamento
administrado, como insuficiência cardíaca, doença respiratória entre outras, portanto é de
suma importância fazer uma boa anamnese. Pois o objetivo tratamento fisioterapêutico é o de
possibilitar que o paciente desenvolva o máximo de independência possível.
O tratamento consiste em treinamento das atividades mais difíceis de serem executadas por
cada pessoa, também é trabalhado a melhora das condições musculares, através de exercícios
de alongamento e fortalecimentos globais, além de exercícios posturais e de equilíbrio, todos
eles associados a movimentos respiratórios, oferecendo ao paciente condições ideais ou
próximas disso, para que possa realizar suas atividades mais facilmente e cada vez com
menos dependência.
Em relação aos objetivos fisioterapêuticos, de maneira geral é importante manter ou melhorar
a amplitude de movimento em todas as articulações; retardar o surgimento de contraturas e
deformidades; retardar a atrofia por desuso e a fraqueza muscular; promover e incrementar o
funcionamento motor e a mobilidade; melhorar o padrão da marcha; melhorar as condições
respiratórias, a expansividade pulmonar e a mobilidade torácica; manter ou aumentar a
independência funcional nas atividades de vida diária; melhorar a auto-estima.

3.14. Hidroterapia
Segundo Campion (2000), o tratamento de um paciente neurológico na água oferece grande
variedade de opções em um ambiente altamente dinâmico. Cada paciente deve ser
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cuidadosamente avaliado e quaisquer contra-indicação à hidroterapia devem ser investigadas.


O planejamento do tratamento é importante, pois nele devem-se estabelecer os objetivos e as
metas definitivas.
A integração da hidroterapia no tratamento geral multidisciplinar do paciente é importante e
deve incluir a definição do tempo do tratamento. A acinesia e bradicinesia são frequentemente
amenizados na água, possivelmente por causa dos estímulos anormais da pressão hidrostática
e a turbulência sobre o corpo proporcionando um feedback.
A água tende a iniciar movimentos mais livres, pois possui características peculiares, como
alta viscosidade, espessura, eliminação da gravidade, o que vêm contribuir para a realização
de exercícios de educação e reeducação motora, proporcionando-lhes maior segurança na
execução dos movimentos (CAMPION, 2000).

3.15. Exercícios de Cinesioterapia


A cinesioterapia é a terapia através do movimento e consiste na base de todo tratamento
fisioterapêutico, priorizando as alterações funcionais, enfatizando ao movimento ativo e uma
terapia dinâmica, onde melhora à auto-estima e a depressão do paciente. Sempre trabalhando
as limitações motoras e funcionais específicas (XHARDEZ, 2001).

a) Exercício de ponte
Paciente deitado em posição supina, braços estendidos ao longo do corpo sobre a maca,
quadris e joelhos flexionados e então eleva-se o quadril (CARRIERE, 1999).
Objetivo: Fortalecimento da musculatura extensora do quadril;

b) Exercício de dissociação da cintura pélvica


Paciente deitado em posição supina, coluna ereta e braços estendidos ao longo do corpo,
quadril e joelhos flexionados. O fisioterapeuta segura nos pés e nos joelhos do paciente e
roda a coluna lombar, tomando cuidado para que a rotação não ocorra na coluna torácica
superior (CARRIERE, 1999).
Objetivos: Mobilização do quadril, Anteversão do quadril, Retroversão do quadril;

c) Exercício escapular
Paciente sentada, coluna ereta, rodar o tronco para um lado e depois para o outro, fazendo
com que suas mãos fiquem uma paralela à outra sobre a maca (CARRIERE, 1999).
Obejetivos: Desenvolver e melhorar a estabilidade postural, Promover flexibilidade da
musculatura da cintura escapular;

d) Exercício com bastão


Paciente em pé, coluna ereta e pés levemente afastados, segurar o bastão com as duas
mãos afastadas e braços em extensão, elevando a articulação do ombro a 90º. Fazer a
rotação do tronco para um lado sem rodar a pelve, e depois fazer a rotação para o outro
lado (CARRIERE,1999)
Objetivo: Mobilidade do tronco;

e) Exercícios de equilíbrio
Paciente em pé de frente para uma parede apoiando-se com ambas as mãos, coluna ereta
alinhada com a cabeça e pés levemente afastados. Levantar as pontas dos dedos do pé no
solo, ficando opoiado somente pelo calcanhares, retornar a posição normal. Depois ficar
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somente com as pontas dos dedos em contato com o solo elevando os calcanhares e
sustentar por alguns segundos cada posição (CARRIERE, 1999).
Objetivos: Melhorar o equilíbrio postural, Melhorar coordenação motora, Fortalecimento
dos músculos da panturrilha;

f) Exercício andando em linha reta


Em uma llinha marcada no solo, o paciente pratica a ação de andar ao longo da linha, o
fisioterapeuta posiciona-se ao lado do paciente dando estímulo para manter a coluna ereta
e colocando uma de suas mãos sobre a coluna torácica e ajudando-o a manter o equilíbrio,
estimulando uma melhor coordenação motora e confiança ao paciente (CARRIERE,
1999).
Objetivos: Melhorar o equilíbrio, Melhorar coordenação motora, Melhorar a agilidade;

g) Exercício de subir escadas


Paciente em pé com a coluna ereta, braços estendidos ao longo do corpo, subir a escada
alternando uma perna com a outra (CARRIERE, 1999).
Objetivos: Melhorar o equilíbrio, Melhorar a coordenação motora, Melhorar a agilidade;

h) Exercício de inclinação lateral


Paciente em pé com a coluna ereta, pernas levemente afastadas, braços elevados acima da
cabeça, pedir ao paciente para fazer uma inclinação lateral sustentando por alguns
segundos e após os segundos corridos, trocar de lado. Associando a exercícios
respiratórios (CARRIERE, 1999).
Objetivos: Alongamento da musculatura oblíqua e quadrado lombar, Promover a
flexibilidade da musculatura, Melhorar o padrão respiratório;

i) Exercício de alongamento do músculo cervical


Paciente sentado, coluna ereta, braços relaxados ao longo do corpo, pernas levemente
afastadas. O fisioterapeuta posiciona-se atrás do paciente fazendo uma inclinação lateral
da cabeça para os dois lados, sendo um de cada vez e sustentando cada por alguns
segundos (CARRIERE).
Objetivo: Promover o alongamento dos músculos cervicais (trapézio, escaleno,
esternocleidomastóideo);

j) Exercício de Cowboy
Paciente sentado ereto sobre a bola com os dois pés no solo. Quadris, joelhos e pés ficam
flexionados em 90º. Os joelhos e pés ficam separados na largura dos quadris. O
movimento primário para o paciente é empurrar o chão com os pés. Os músculos
quadríceps são ativados, e o tronco se move verticalmente, balançando para cima e para
baixo. O corpo precisa contrapor a aceleração (CARRIERE, 1999).
Objetivo: Treinar uma boa postura ereta, Fortalecer os quadríceps e os musculos da
panturrilha, Preparar o paciente para o treino de marcha;

k) Exercício Gaivota
Paciente sentado na beira do tatame neurológico, com a parte posterior das coxas em
contato com a mesa, e as pernas penduradas. Os braços do paciente se apóiam em duas
bolas que estão uma em cada um de seus lados. O terapeuta inclina o tronco do paciente
para frente para posicionar a grande bola perto da coluna do paciente. O terapeuta senta-se
no topo da bola atrás do paciente, com as pernas colocadas nos lados do tronco dele. As
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mãos do terapeuta são colocadas na face anterior das axilas ou sobre os ombos
(CARRIERE, 1999).
Objetivo: Mobilizar a coluna em extensão, Facilitar a transferência de peso de um lado
para outro com alongamentos do tronco, Treinar equilíbrio e reações de equilíbrio,
Reduzir o peso dos braços;

l) Salamadra
Paciente em decúbito ventral sobre a bola com as màos e os pés “esticionados” (apoiados
apenas com seu próprio peso) no solo. Os braços e as coxas “abraçam” a bola. O tronco
mantém contato com a bola durante todo exercício. Quando o paciente começa a empurrar
com o braço e a perna esquerdos, a reação é uma cadeia cinética fechada no braço e perna
direitos, enquanto que o braço e a perna esquerdos encontram-se na cadeia cinética aberta.
Existe também uma flexão lateral para o lado esquerdo do tronco, com a coluna c6oncava
no lado esquerdo e convexa no lado direito (CARRIERE, 1999).
Objetivos: Mobilizar a flexão lateral, Estimular a transferência de peso de um lado para
outro, Praticar o apoio de peso alternado entre mãos e pés de um lado para outro, Alternar
entre atividade muscular aberta e fechada em braço e perna de cada lado;

m) Testa de ferro
Paciente ajoelhado atrás da bola, o tronco apoiado ventralmente sobre ela e as mãos
alinhadas com os ombros sobre a bola. O movimento primário é a partir das mãos, que
tracionam a bola para baixo, fazendo com que ela role para a frente até que os braços se
estendam. A pelve fica em contato com a bola (CARRIERE, 1999).
Objetivos: Mobilizar ativamente a extensão da coluna contra a gravidade, Estabilizar a
coluna estendida, Fortalezar os membros superiores em cadeia cinética aberta.

4. Conclusão
A doença de Parkinson sendo uma patologia degenerativa e progressiva, que traz danos
característicos como: tremor de repouso, rigidez, bradicinesia, instabilidade postural entre
outros associado ao envelhecimento que causa alterações moleculares e celulares e que
resultam na perda da funcionalidade motora e do organismo como um todo, aumentam a
importãncia de conhecer e estabeler diversos métodos de tratamento dessa doença já que
teremos que trabalhar em duas frentes: as causas relacionadas a doença de Parkinson e ao
envelhecimento. Por isso, deve-se estabelecer um programa que englobe mecanismos que
atendam as necessidades desses pacientes.
Os estudos relacionados aos efeitos da fisioterapia são importantes ferramentas na tentativa de
otimizar a funcionalidade na doença de Parkinson e consequentemente permitir a melhora da
qualidade de vida destes pacientes. Tendo em vista que o comprometimento motor na doença
de Parkinson pode culminar na dependência funcional total, e como trata-se de uma doença
incurável, a fisioterapia pode ser tornar uma forte aliada como alternativa de tratamento.
A fisioterpia sendo bem supervisionada e orientada por um profissional pode não reverter a
progressão da doença, mas ajuda os pacientes com mecanismo compensatório prevenindo
complicações e melhorando sua qualidade de vida, pois permite ao paciente alcançar o
máximo possível de independência funcional, além de proporcionar um melhor bem-estar.
Este estudo nos mostra como a intervenção precoce da fisioterapia traz benefícios satisfatórios
que resultam em geral, numa maior independência e melhor qualidade de vida para estes
paciente portadores da doença de Parkinson.
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