Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANA FRANCISCA
ROZIN KLEINER
RITCHELE REDIVO
MARCHESE
MANUELA GALLI
• Introdução
• Objetivos
Esquema conceitual
• Doença de Parkinson: aspectos gerais
Quadro clínico
Sintomas motores
• bradicinesia;
• rigidez muscular;
• tremor de repouso;
• distúrbios de marcha e postura.
Embora não haja consenso sobre os subtipos da DP, parece haver dois
grupos principais (Quadro 1).
Quadro 1
LEMBRAR
• instabilidade postural;
• congelamento da marcha;
• quedas;
• disfagia;
• comprometimento da fala.
Em aproximadamente 17 anos de evolução da doença, cerca de 80% dos
pacientes apresentam congelamento da marcha e propensão a quedas. A
demência ocorre em mais de 80% dos pacientes com mais de 20 anos de
evolução da DP, e essa característica dificulta significativamente o processo de
reabilitação.17,18
Fisiopatologia
LEMBRAR
ATIVIDADE
A) F – V – V – F
B) F – V – F – V
C) V – F – F – V
D) V – F – V – F
Marcha normal
O andar pode parecer uma tarefa simples, uma habilidade inata
executada cotidianamente sem esforço algum, mas, ao invés disso, é uma
tarefa motora extraordinariamente complexa.23 A marcha normal requer
delicado equilíbrio na interação entre vários sistemas:24
Centro de massa
O centro de massa de um corpo é o ponto em que toda sua massa se
concentra.
Ciclo da marcha
Um ciclo da marcha é composto pelos eventos que ocorrem desde o
primeiro toque do calcanhar de um dos membros inferiores até o segundo
toque desse mesmo calcanhar mais adiante. A Figura 3 ilustra os eventos da
marcha tendo como referência o membro inferior direito.
Figura 3 – Ciclo da marcha.
Quadro 2
Quantificação da marcha
A marcha pode ser quantificada a partir de parâmetros espaciais,
temporais e espaçotemporais (Quadro 3).25 Essas variáveis são indicadoras do
declínio funcional/cognitivo e podem predizer a instabilidade da marcha.24
Quadro 3
Distúrbios da marcha
Os distúrbios da marcha na DP podem ser classificados como contínuos
ou episódicos.30,31
Distúrbios contínuos
Congelamento da marcha
O congelamento da marcha é um dos distúrbios mais incapacitantes e
frequentes na DP,5, 31,39
pois limita a mobilidade, provoca quedas e reduz a
qualidade de vida do paciente. Sua patogenia não é conhecida, e tratamentos
empíricos têm baixa eficiência.5,31,39
Fisiopatologia
Diagnóstico
A identificação do congelamento da marcha é um importante passo para o
estabelecimento das condutas fisioterapêuticas em pacientes com DP.
Entretanto, provocar o congelamento durante o exame clínico nem sempre é
tarefa fácil. A atenção extra do paciente à tarefa da marcha durante o exame
pode temporariamente suprimir seu aparecimento. Além disso, o fisioterapeuta
deve ter em mente que o congelamento pode sofrer influência da medicação.
Nesse sentido, o congelamento pode ser dos seguintes tipos:3
• disparado pela medicação dopaminérgica;
• resistente à medicação (ocorrendo mesmo no estado on do
medicamento);
• responsivo à medicação (ocorrendo apenas na fase off do
medicamento).
ATIVIDADE
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) Apenas I, a II e a III.
A) F – F – V – V
B) V – V – F – F
C) V – F – F – V
D) F – V – V – F
Risco de quedas
Fatores relacionados
Quadro 4
Consequências
LEMBRAR
• equilíbrio;
• mobilidade funcional;
• velocidade;
• distância percorrida;
• congelamento;
• funções motoras.
Embora não exista evidência que comprove que a atividade física possa
prevenir ou diminuir o congelamento da marcha, estimular o paciente a se
manter ativo é essencial. O ciclismo, em ambientes externos ou em bicicleta
estacionária, pode ser recomendado, uma vez que os pacientes raramente
vivenciam congelamento durante a prática dessa atividade.54
Esses pontos devem ser trabalhados pelo fisioterapeuta nos pacientes com
DP e risco ou histórico de quedas.55 Vale destacar que grande parte das
quedas ocorre em ambientes internos, ao levantar, ao inclinar para frente ou
durante o desempenho simultâneo de duas tarefas (duplas tarefas).56
LEMBRAR
Pacientes com DP tendem a andar mais lentamente, tanto na direção
anterior quanto na direção posterior. Eles apresentam menor comprimento da
passada, menor tempo na fase de balanço e maior tempo na fase de duplo
apoio. A marcha deve ser treinada também na direção posterior, a fim de
manter a mobilidade funcional e facilitar a retomada da postura, evitando
quedas.57
As duplas tarefas podem contribuir para a ocorrência de quedas,
principalmente quando a tarefa adicional é cognitiva ou motora complexa. O
desempenho simultâneo de duas tarefas pode levar ao congelamento da
marcha ou à perda do equilíbrio quando o paciente está andando.58
Idosos saudáveis, quando submetidos a duplas tarefas (envolvendo
componentes cognitivo e motor), tendem a sacrificar o desempenho cognitivo
na tarefa (como responder a uma pergunta) para otimizar o desempenho na
marcha e no equilíbrio. O mesmo não acontece em pacientes com DP, que
tendem a aumentar os erros tanto nas tarefas cognitivas quanto nas tarefas
motoras.58
O treino de duplas tarefas deve ser estimulado durante a sessão de
fisioterapia. Todavia, uma vez que o fisioterapeuta verifique a dificuldade do
paciente em realizá-las, deve orientá-lo a evitar caminhar e conversar ou
caminhar e carregar algum objeto, por exemplo. Além disso, tendo em vista as
flutuações na condição motora relacionadas aos estágios on e off da
medicação, o fisioterapeuta deve identificar e orientar o paciente sobre os
melhores horários do dia para tarefas como tomar banho, vestir-se ou mesmo
realizar exercícios ao ar livre.
• melhora na bradicinesia;
• aumento da velocidade da marcha;
• aumento do comprimento do passo;
• aumento do comprimento da passada;
• melhora na estabilidade da marcha.
• sexo masculino;
• 78 anos;
• pontuação 2,5 na Hoehn and Yahr Scale;
• pontuação 29 na Unified Parkinson’s Disease Rating Scale (UPDRS III);
• congelamento da marcha nos estágios on e off do medicamento.
• variáveis espaçotemporais;
• variáveis angulares;
• torque;
• potência articular;
• ativação muscular durante a marcha.
Quadro 5
TÉCNICAS USADAS NA ANÁLISE MULTIFATORIAL DO MOVIMENTO
Análise cinemática Análise dinâmica Eletromiografia
Determina a posição, É realizada a partir de É um sistema que
o deslocamento, a plataformas de força, sistemas permite a aquisição
velocidade e a que permitem a quantificação do sinal elétrico da
aceleração enquanto das forças de reação do solo contração muscular
descritores das quando o pé está em contato por meio de eletrodos
características com a sua superfície. A partir de superfície.
cinemáticas dos da medição das forças de
segmentos e do reação do solo, em conjunto
próprio corpo com a aquisição de dados
humano. Tais cinemáticos pelos sistemas
parâmetros podem optoeletrônicos, é possível
ser mensurados por calcular os torques e as
intermédio de potências articulares.
sistemas
optoeletrônicos.
Quadro 6
Dispositivos de unidades inerciais de medidas
Acelerômetros Giroscópios Magnetômetros
São capazes de aferir a São capazes de medir a São instrumentos
aceleração linear na velocidade angular em utilizados para medir
direção de um eixo torno de um eixo de a intensidade, a
referencial. A aceleração referência. A velocidade direção e o sentido de
é definida como a taxa de angular é definida como a campos magnéticos
variação da velocidade no taxa de variação da em sua proximidade.
tempo, representada em posição angular no tempo,
metros por segundo ao representada em radianos
quadrado (m/s2). por segundo (rad/s).
1. levantar;
2. caminhada de ida;
3. primeira rotação;
4. caminhada de retorno;
5. rotação final;
6. sentar.
Figura 8 – Exemplo da quantificação do teste TUG por um IMU em um idoso
sadio (A), um paciente com DP sem congelamento da marcha (B) e um
paciente com DP com congelamento da marcha (C). A linha azul contínua
representa a aceleração anteroposterior (m/s2), a linha vermelha tracejada
indica a velocidade angular vertical (°/s) e a linha verde tracejada descreve a
velocidade angular lateral (°/s).
Fonte: Arquivo de imagens das autoras.
ATIVIDADE
A) Apenas a I.
B) Apenas a I e a II.
C) Apenas a I e a III.
D) A I, a III e a III.
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
A) Terapia neurocirúrgica.
B) Terapia farmacológica.
D) Conduta expectante.
B) Apenas a I, a II e a IV.
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
A) V – V – F − F
B) V – F – V − F
C) F – V – F − V
D) F – F – V − V
A) 1 – 3 – 2
B) 3 – 2 – 1
C) 3 – 1 – 2
D) 1 – 2 – 3
• Caso clínico
ATIVIDADE
24. Quais são os distúrbios contínuos e episódicos apresentados pelo
paciente?
26. Quais estratégias gerais para reabilitação podem ser utilizadas neste caso?
• Conclusão
A DP é um acometimento neurológico prevalente em todo o mundo,
caracterizado por sintomas motores e não motores que resultam, em longo
prazo, em comprometimento dos movimentos voluntários e automáticos. Entre
os prejuízos motores, destacam-se o prejuízo do controle postural e o
surgimento de distúrbios contínuos e episódicos da marcha. Ambos devem
receber especial atenção do fisioterapeuta quanto a avaliação, caracterização e
prescrição das condutas terapêuticas.
Caracterizam-se como distúrbios contínuos as modificações
espaçotemporais (diminuição da velocidade, do comprimento e da altura do
passo, redução do comprimento da passada, aumento da fase de duplo apoio e
redução do tempo da fase de apoio simples) e as alterações angulares
(reduções nas ADMs articulares durante a marcha, que são visíveis,
principalmente, no plano sagital).
Como distúrbio episódico da DP, destaca-se o congelamento da marcha,
que constitui uma das características mais incapacitantes da marcha e está
altamente relacionado ao risco de quedas. O congelamento deve ser
identificado e caracterizado, a fim de que o fisioterapeuta possa orientar o
paciente sobre como superar sua ocorrência e minimizar seus potenciais
riscos.
Na reabilitação do indivíduo com DP, devem-se utilizar estratégias que
maximizem a qualidade do movimento, a independência funcional e a forma
física geral, bem como minimizem complicações secundárias. Isso é feito por
meio de fornecimento de informações ao paciente e treino de estratégias para
sequências motoras complexas. Várias condutas têm sido propostas, e cabe ao
fisioterapeuta identificar aquelas com maior evidência e mais pertinentes à
realidade do indivíduo, visando à maximização dos ganhos e à garantia de
adesão ao tratamento.
Atividade 2
Resposta: D
Comentário: A DP sem predomínio de tremor inclui os fenótipos descritos como
acinético-rígidos e de desordens de instabilidade na marcha e na postura. Nos
pacientes com DP com predomínio de tremor, a evolução dos sintomas tende a
ser mais lenta.
Atividade 3
Resposta: Diminuição da acuidade olfativa, prejuízo cognitivo, depressão,
desordens do sono, problemas gastrintestinais, dor e fadiga são sintomas não
motores de indivíduos com DP.
Atividade 4
Resposta: B
Comentário: O DCSR é um sintoma não motor característico que pode
preceder o surgimento dos sintomas motores em pacientes com DP; mais de
um terço dos pacientes com DP apresentam esse sintoma. Pacientes com
diagnóstico de DP e com DCSR são mais propensos a apresentar altos índices
de congelamento de marcha.
Atividade 5
Resposta: São núcleos da base o putâmen, o globo pálido, a substância negra,
o núcleo subtalâmico e o núcleo caudado.
Atividade 6
Resposta: D
Comentário: O córtex motor envia projeções excitatórias ao putâmen, que faz
conexões inibitórias com o globo pálido.
Atividade 7
Resposta: A
Comentário: As fases do ciclo básico da marcha são denominadas fase de
apoio e fase de balanço.
Atividade 8
Resposta: As variáveis espaciais são o comprimento do passo – distância
longitudinal entre o apoio do calcanhar de um membro no solo e o apoio do
calcanhar contralateral no solo –, o comprimento da passada – distância entre
o apoio do calcanhar de um membro no solo e a volta do apoio desse mesmo
calcanhar no solo – e a largura do passo – distância entre os pés. A variável
temporal é a velocidade, que é calculada pela divisão da distância percorrida
pelo tempo despendido. A cadência é considerada uma variável
espaçotemporal, pois é medida pelo número de passos em um minuto.
Atividade 9
Resposta: A
Comentário: A marcha pode ser quantificada a partir de parâmetros espaciais,
temporais e espaçotemporais. Esses parâmetros indicam o declínio
funcional/cognitivo e podem predizer a instabilidade da marcha.
Atividade 10
Resposta: Os distúrbios da marcha na DP podem ser classificados como
contínuos ou episódicos. Os distúrbios contínuos referem-se a alterações no
padrão de marcha característicos da neurodegeneração, como marcha lenta e
arrastada e redução da ADM articular do tronco, da pelve, do quadril, do joelho
e do tornozelo. Os distúrbios episódicos ocorrem ocasionalmente e de maneira
intermitente, surgindo de forma aparentemente aleatória e inexplicável. Um
exemplo desse tipo de distúrbio é o congelamento da marcha.
Atividade 11
Resposta: Marcha festinada é o aumento progressivo da velocidade e a
diminuição da passada, como se o indivíduo quisesse recuperar o equilíbrio.
Atividade 12
Resposta: A
Comentário: As alterações na área locomotora mesencefálica em pacientes
com DP com congelamento de marcha tendem a agravar-se progressivamente
à medida que a doença avança. Além disso, elas estão intimamente
relacionadas com o risco de quedas, a perda da independência e o
comprometimento da qualidade de vida dos pacientes.
Atividade 13
Resposta: C
Comentário: Provocar o congelamento durante o exame clínico nem sempre é
uma tarefa fácil. A atenção extra do paciente à tarefa da marcha durante o
exame pode temporariamente suprimir seu aparecimento. Além disso, em
geral, perguntar ao paciente se ele já vivenciou o congelamento da marcha não
é suficiente. Em vez disso, o fisioterapeuta deve perguntar se ele já
experimentou a sensação de seus pés estarem colados ao chão ou de ele
estar preso ao chão, como que por um magneto invisível. O congelamento
responsivo à medicação é aquele que ocorre apenas na fase off do
medicamento.
Atividade 14
Resposta: D
Comentário: O equilíbrio e as variáveis espaçotemporais da marcha estão
fortemente interconectados. O controle do tônus axial é necessário para manter
a postura ereta, e as mudanças de peso laterais são necessárias para liberar a
perna de balanço e iniciar um passo. A interdependência entre a marcha e o
equilíbrio é refletida por várias observações clínicas.
Atividade 15
Resposta: D
Comentário: Até 65% das quedas podem resultar em lesões, que são mais
comuns no quadril e na pelve. Estima-se que pacientes com DP tenham 2 a 4
vezes mais chance de fraturar o quadril ou a pelve do que seus pares de
mesma idade. Um dos fatores que podem prejudicar o equilíbrio e a
estabilidade postural são os efeitos adversos da medicação levodopa. O papel
da flexão do tronco na predisposição a quedas ainda não está claro. Esse fator
pode ser considerado deletério, por prejudicar o passo voluntário para manter o
equilíbrio, ao mesmo tempo que é parte de uma resposta protetora para evitar
a queda para trás. Assim, pacientes com DP que adotam ativamente uma
postura ereta de tronco poderiam tornar-se ainda mais instáveis. Pacientes
com DP tendem a andar mais lentamente tanto na direção anterior quanto na
direção posterior, apresentando menor comprimento da passada, menor tempo
na fase de balanço e maior tempo na fase de duplo apoio. Sabe-se que a
marcha deve ser também treinada na direção posterior, a fim de manter a
manutenção da mobilidade funcional e facilitar a retomada da postura, evitando
quedas.
Atividade 16
Resposta: B
Comentário: Pacientes com DP precisam de mais tempo e mais passos para
completar uma volta. Além desses prejuízos espaço-temporais, há atraso na
rotação inicial da cervical, com deficitária dissociação entre as cinturas
escapular e pélvica. Pacientes que apresentam congelamento possuem maior
assimetria durante a marcha (mesmo quando realizada em linha reta) do que
aqueles sem congelamento. A natureza assimétrica e a necessidade de
coordenação bilateral poderiam explicar, ao menos parcialmente, a ocorrência
de congelamento no momento em que o paciente realiza movimentos de virar.
Atividade 17
Resposta: B
Comentário: O manejo da DP tradicionalmente é centrado na terapia
farmacológica, com a levodopa sendo considerada o padrão-ouro de
tratamento. Porém, mesmo com a terapêutica, os pacientes normalmente têm
prejuízos em funções corporais, atividades diárias e participação. Por essa
razão, as terapias de reabilitação por exercício têm sido consideradas
coadjuvantes às terapias farmacológica ou neurocirúrgica.
Atividade 18
Resposta: B
Comentário: Melhoras em desfechos relacionados à marcha são evidentes
após diferentes intervenções de fisioterapia.
Atividade 19
Resposta: A
Comentário: Idosos saudáveis, quando submetidos a duplas tarefas
(envolvendo componentes cognitivo e motor), tendem a sacrificar o
desempenho cognitivo na tarefa (como responder a uma pergunta) para
otimizar o desempenho na marcha e no equilíbrio.
Atividade 20
Resposta: Melhora na bradicinesia; aumento da velocidade da marcha;
aumento do comprimento do passo; aumento do comprimento da passada;
melhora na estabilidade da marcha são benefícios observados em estudos que
utilizaram a EMP em pacientes com DP.
Atividade 21
Resposta: A
Comentário: A 3D-AM é realizada a partir de equipamentos de última geração e
pode avaliar, ao mesmo tempo, os seguintes aspectos: variáveis
espaçotemporais; variáveis angulares; torque; potência articular; ativação
muscular durante a marcha. A 3D-AM é reconhecida como o padrão-ouro da
análise de movimento. Porém, por conta dos altos custos de aquisição e
manutenção, são raros os hospitais e centros de reabilitação que têm a
oportunidade de utilizar essa tecnologia para quantificar a marcha de pacientes
com DP. A AECOM pode ser realizada em ambientes que fazem parte do dia a
dia do paciente, auxiliando o monitoramento dos estágios on e off do
medicamento, bem como a quantificação dos episódios de congelamento da
marcha, entre outros.
Atividade 22
Resposta: C
Atividade 23
Resposta: D
Comentário: Um IMU, quando comparado com um laboratório de análise de
movimento, realiza medidas menos acuradas e precisas. Porém, é acessível a
qualquer profissional da área da saúde, pois é um instrumento de baixo custo
que permite a quantificação de diversos parâmetros da marcha parkinsoniana,
como velocidade, comprimento da passada e cadência. Os giroscópios são
capazes de medir a velocidade angular em torno de um eixo de referência. Os
magnetômetros são instrumentos utilizados para medir a intensidade, a direção
e o sentido de campos magnéticos em sua proximidade. O TUG quantifica, em
segundos, a mobilidade funcional, por meio do tempo que o paciente realiza a
tarefa que envolve os seguintes passos: levantar de uma cadeira (apoio de
aproximadamente 46cm de altura e braços de 65cm de altura); caminhar 3m;
virar; voltar rumo à cadeira; sentar novamente.
Atividade 24
Resposta: Os distúrbios contínuos são redução da velocidade da marcha;
diminuição do comprimento da passada; maior tempo no duplo apoio; aumento
da cadência da marcha. O distúrbio episódico é o congelamento da marcha.
Atividade 25
Resposta: O paciente apresenta congelamento resistente à medicação (aquele
que ocorre mesmo no estado on do medicamento).
Atividade 26
Resposta: É necessário usar estratégias que maximizem a qualidade do
movimento, a independência funcional e a forma física geral, bem como
minimizem complicações secundárias. Isso é feito por meio de terapias pelo
movimento e fornecimento de informações ao paciente referentes ao
autocuidado. Além de prescrever exercícios cinesioterapêuticos durante a
sessão de fisioterapia, é necessário que o fisioterapeuta ofereça ao paciente
informações pertinentes acerca de sua condição clínica, promovendo, assim, a
educação em saúde. Ademais, a prescrição de exercícios domiciliares e o
treino de estratégias para sequências motoras complexas são fundamentais.
Atividade 27
Resposta: As mudanças de direção durante a marcha podem disparar o
congelamento por sua natureza bilateral e assimétrica. É necessário trabalhar
os componentes motores do girar, como dissociação de cinturas e a assimetria
no comprimento do passo durante o giro, no apoio e na velocidade do balanço.
Além disso, é necessário instruir o paciente sobre estratégias para superação
dos episódios de congelamento da marcha, por exemplo:
Atividade 28
Resposta: O treino de duplas tarefas deve ser estimulado durante a sessão de
fisioterapia. Todavia, uma vez que o fisioterapeuta identifique a dificuldade do
paciente em realizá-las, deve orientá-lo a evitar caminhar e conversar ou
caminhar e carregar algum objeto, por exemplo.
Referências
1. Kalia LV, Lang AE. Parkinson’s disease. Lancet. 2015 Aug;386(9996):896-
912.
2. Bohnen NI, Frey KA, Studenski S, Kotagal V, Koeppe RA, Scott PJ, et al.
Gait speed in Parkinson disease correlates with cholinergic degeneration.
Neurology. 2013 Oct;81(18):1611-6.
3. Nonnekes J, Snijders AH, Nutt JG, Deuschl G, Giladi N, Bloem BR. Freezing
of gait: a practical approach to management. Lancet Neurol. 2015
Jul;14(7):768-78.
4. Capato T, Domingos J, Almeida L. Versão em português da diretriz europeia
de fisioterapia para a doença de Parkinson. São Paulo: OmniFarma; 2015.
5. Bloem BR, Hausdorff JM, Visser JE, Giladi N. Falls and freezing of gait in
Parkinson’s disease: a review of two interconnected, episodic phenomena. Mov
Disord. 2004 Aug;19(8):871-84.
6. Tomlinson CL, Herd CP, Clarke CE, Meek C, Patel S, Stowe R, et al.
Physiotherapy for Parkinson’s disease: a comparison of techniques. Cochrane
Database Syst Rev. 2014;(6):CD002815.
7. Barbosa MT, Caramelli P, Maia DP, Cunningham MC, Guerra HL, Lima-
Costa MF, et al. Parkinsonism and Parkinson’s disease in the elderly: a
community-based survey in Brazil (the Bambui study). Mov Disord. 2006
Jun;21(6):800-8.
8. Bauso DJ, Tartari JP, Stefani CV, Rojas JI, Giunta DH, Cristiano E. Incidence
and prevalence of Parkinson’s disease in Buenos Aires City, Argentina. Eur J
Neurol. 2012 Aug;19(8):1108-13.
9. Goetz CG. The history of Parkinson’s disease: early clinical descriptions and
neurological therapies. Cold Spring Harb Perspect Med. 2011
Sep;1(1):a008862.
10. Postuma RB, Lang AE, Gagnon JF, Pelletier A, Montplaisir JY. How does
parkinsonism start? Prodromal parkinsonism motor changes in idiopathic REM
sleep behaviour disorder. Brain. 2012 Jun;135(Pt 6):1860-70.
11. Jankovic J, McDermott M, Carter J, Gauthier S, Goetz C, Golbe L, et al.
Variable expression of Parkinson’s disease: a base-line analysis of the
DATATOP cohort. The Parkinson Study Group. Neurology. 1990
Oct;40(10):1529-34.
12. Duncan GW, Khoo TK, Yarnall AJ, O’Brien JT, Coleman SY, Brooks DJ, et
al. Health-related quality of life in early Parkinson’s disease: the impact of
nonmotor symptoms. Mov Disord. 2014 Feb;29(2):195-202.
13. Postuma RB, Aarsland D, Barone P, Burn DJ, Hawkes CH, Oertel W, et al.
Identifying prodromal Parkinson’s disease: pre-motor disorders in Parkinson’s
disease. Mov Disord. 2012 Apr;27(5):617-26.
14. Postuma RB, Gagnon JF, Vendette M, Charland K, Montplaisir J. REM
sleep behaviour disorder in Parkinson’s disease is associated with specific
motor features. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2008 Oct;79(10):1117-21.
15. Romenets SR, Gagnon JF, Latreille V, Panniset M, Chouinard S,
Montplaisir J, et al. Rapid eye movement sleep behavior disorder and subtypes
of Parkinson’s disease. Mov Disord. 2012 Jul;27(8):996-1003.
16. Alibiglou L, Videnovic A, Planetta PJ, Vaillancourt DE, MacKinnon CD.
Subliminal gait initiation deficits in rapid eye movement sleep behavior disorder:
a harbinger of freezing of gait? Mov Disord. 2016 Jun 2. [Epub ahead of print].
17. Hely MA, Morris JG, Reid WG, Trafficante R. Sydney Multicenter Study of
Parkinson’s disease: non-L-dopa-responsive problems dominate at 15 years.
Mov Disord. 2005 Feb;20(2):190-9.
18. Hely MA, Reid WG, Adena MA, Halliday GM, Morris JG. The Sydney
multicenter study of Parkinson’s disease: the inevitability of dementia at 20
years. Mov Disord. 2008 Apr;23(6):837-44.
19. Kordower JH, Olanow CW, Dodiya HB, Chu Y, Beach TG, Adler CH, et al.
Disease duration and the integrity of the nigrostriatal system in Parkinson’s
disease. Brain. 2013 Aug;136(Pt 8):2419-31.
20. Lundy-Ekman L. Neurociências: fundamentos para a reabilitação. 2nd ed.
Rio de Janeiro: Elsevier; 2004.
21. Rochester L, Yarnall AJ, Baker MR, David RV, Lord S, Galna B, et al.
Cholinergic dysfunction contributes to gait disturbance in early Parkinson’s
disease. Brain. 2012 Sep;135(Pt 9):2779-88.
22. Bohnen NI, Muller ML, Kotagal V, Koeppe RA, Kilbourn MR, Gilman S, et al.
Heterogeneity of cholinergic denervation in Parkinson’s disease without
dementia. J Cereb Blood Flow Metab. 2012 Aug;32(8):1609-17.
23. Whittle MW. Clinical gait analysis: a review. Hum Mov Sci. 1996
Jun;15(3):369-87.
24. Fasano A, Bloem BR. Gait disorders. Continuum (Minneap Minn). 2013
Oct;19(5 Movement Disorders):1344-82.
25. Vaughan CL, Davis BL, O’Connor JC. Dynamics of human gait. Champaign:
Kiboho; 1999.
26. Vaughan CL, Murphy G, du Toit LL. Biomechanics of human gait: an
annotated bibliography. Champaign: Human Kinetics; 1987.
27. Vaughan CL, Bowsher KA. Biomechanics of human gait: an electronic
bibliography. Champaign: Human Kinetics; 1992.
28. Carmo AA, Kleiner AF, Barros RM. Alteration in the center of mass
trajectory of patients after stroke. Top Stroke Rehabil. 2015 Oct;22(5):349-56.
29. Hausdorff JM. Gait dynamics in Parkinson’s disease: common and distinct
behavior among stride length, gait variability, and fractal-like scaling. Chaos.
2009 Jun;19(2):026113.
30. Giladi N, Hausdorff JM, Balash Y. Episodic and continuous gait
disturbances in Parkinson’s disease. In: Galvez-Jimenez N, editor. Scientific
basis for the treatment of Parkinson’s disease. 2nd ed. London: Taylor &
Francis; 2005. p. 321-32.
31. Giladi N, Balash J. Paroxysmal locomotion gait disturbances in Parkinson’s
disease. Neurol Neurochir Pol. 2001;35 Suppl 3:57-63.
32. Ferrarin M, Rizzone M, Bergamasco B, Lanotte M, Recalcati M, Pedotti A,
et al. Effects of bilateral subthalamic stimulation on gait kinematics and kinetics
in Parkinson’s disease. Exp Brain Res. 2005 Jan;160(4):517-27.
33. Morris M, Iansek R, Matyas T, Summers J. Abnormalities in the stride
length-cadence relation in parkinsonian gait. Mov Disord. 1998 Jan;13(1):61-9.
34. Morris M, Iansek R, McGinley J, Matyas T, Huxham F. Three-dimensional
gait biomechanics in Parkinson’s disease: evidence for a centrally mediated
amplitude regulation disorder. Mov Disord. 2005 Jan;20(1):40-50.
35. Morris ME, Huxham F, McGinley J, Dodd K, Iansek R. The biomechanics
and motor control of gait in Parkinson disease. Clin Biomech (Bristol, Avon).
2001 Jul;16(6):459-70.
36. Morris ME, Iansek R, Matyas TA, Summers JJ. The pathogenesis of gait
hypokinesia in Parkinson’s disease. Brain. 1994 Oct;117(Pt 5):1169-81.
37. Morris ME, Iansek R, Matyas TA, Summers JJ. Stride length regulation in
Parkinson’s disease. Normalization strategies and underlying mechanisms.
Brain. 1996 Apr;119(Pt 2):551-68.
38. Son H, Kim E. Kinematic analysis of arm and trunk movements in the gait of
Parkinson’s disease patients based on external signals. J Phys Ther Sci. 2015
Dec;27(12):3783-6.
39. Nutt JG, Bloem BR, Giladi N, Hallett M, Horak FB, Nieuwboer A. Freezing of
gait: moving forward on a mysterious clinical phenomenon. Lancet Neurol. 2011
Aug;10(8):734-44.
40. Bartels AL, Balash Y, Gurevich T, Schaafsma JD, Hausdorff JM, Giladi N.
Relationship between freezing of gait (FOG) and other features of Parkinson’s:
FOG is not correlated with bradykinesia. J Clin Neurosci. 2003 Sep;10(5):584-8.
41. Snijders AH, Leunissen I, Bakker M, Overeem S, Helmich RC, Bloem BR, et
al. Gait-related cerebral alterations in patients with Parkinson’s disease with
freezing of gait. Brain. 2011 Jan;134(Pt 1):59-72.
42. Nieuwboer A, Rochester L, Herman T, Vandenberghe W, Emil GE,
Thomaes T, et al. Reliability of the new freezing of gait questionnaire:
agreement between patients with Parkinson’s disease and their carers. Gait
Posture. 2009 Nov;30(4):459-63.
43. Wielinski CL, Erickson-Davis C, Wichmann R, Walde-Douglas M, Parashos
SA. Falls and injuries resulting from falls among patients with Parkinson’s
disease and other parkinsonian syndromes. Mov Disord. 2005 Apr;20(4):410-5.
44. Idjadi JA, Aharonoff GB, Su H, Richmond J, Egol KA, Zuckerman JD, et al.
Hip fracture outcomes in patients with Parkinson’s disease. Am J Orthop (Belle
Mead NJ). 2005 Jul;34(7):341-6.
45. Konczak J, Corcos DM, Horak F, Poizner H, Shapiro M, Tuite P, et al.
Proprioception and motor control in Parkinson’s disease. J Mot Behav. 2009
Nov;41(6):543-52.
46. Bloem BR, Beckley DJ, van Dijk JG. Are automatic postural responses in
patients with Parkinson’s disease abnormal due to their stooped posture? Exp
Brain Res. 1999 Feb;124(4):481-8.
47. Ashburn A, Stack E, Pickering RM, Ward CD. Predicting fallers in a
community-based sample of people with Parkinson’s disease. Gerontology
2001 SepOct;47(5):277-81.
48. Wood BH, Bilclough JA, Bowron A, Walker RW. Incidence and prediction of
falls in Parkinson’s disease: a prospective multidisciplinary study. J Neurol
Neurosurg Psychiatry. 2002 Jun;72(6):721-5.
49. Stack E, Ashburn A. Fall events described by people with Parkinson’s
disease: implications for clinical interviewing and the research agenda.
Physiother Res Int. 1999;4(3):190-200.
50. Strike SC, Taylor MJ. The temporal-spatial and ground reaction impulses of
turning gait: is turning symmetrical? Gait Posture. 2009 Jun;29(4):597-602.
51. Peterson DS, Plotnik M, Hausdorff JM, Earhart GM. Evidence for a
relationship between bilateral coordination during complex gait tasks and
freezing of gait in Parkinson’s disease. Parkinsonism Relat Disord. 2012
Nov;18(9):1022-6.
52. Morris ME, Martin CL, Schenkman ML. Striding out with Parkinson disease:
evidence-based physical therapy for gait disorders. Phys Ther. 2010
Feb;90(2):280-8.
53. Nieuwboer A. Cueing for freezing of gait in patients with Parkinson’s
disease: a rehabilitation perspective. Mov Disord. 2008;23 Suppl 2:S475-81.
54. Snijders AH, Toni I, Ruzicka E, Bloem BR. Bicycling breaks the ice for
freezers of gait. Mov Disord. 2011 Feb;26(3):367-71.
55. Rahman S, Griffin HJ, Quinn NP, Jahanshahi M. On the nature of fear of
falling in Parkinson’s disease. Behav Neurol. 2011;24(3):219-28.
56. Bloem BR, Grimbergen YA, Cramer M, Willemsen M, Zwinderman AH.
Prospective assessment of falls in Parkinson’s disease. J Neurol.
2001;248(11):950-8.
57. Tseng IJ, Yuan RY, Jeng C. Treadmill training improves forward and
backward gait in early Parkinson disease. Am J Phys Med Rehabil. 2015
Oct;94(10):811-9.
58. Bloem BR, Grimbergen YA, van Dijk JG, Munneke M. The “posture second”
strategy: a review of wrong priorities in Parkinson’s disease. J Neurol Sci. 2006
Oct;248(1-2):196-204.
59. Galli M, Kleiner A, Gaglione M, Sale P, Albertini G, Stocchi F, et al. Timed
Up and Go test and wearable inertial sensor: a new combining tool to assess
change in subject with Parkinson’s disease after automated mechanical
peripheral stimulation treatment. Int J Eng Innovat Technol. 2015
May;4(11):155-63.
60. Kleiner A, Galli M, Gaglione M, Hildebrand D, Sale P, Albertini G, et al. The
Parkinsonian Gait Spatiotemporal Parameters Quantified by a Single Inertial
Sensor before and after Automated Mechanical Peripheral Stimulation
Treatment. Parkinsons Dis. 2015;2015:390512.
61. Stocchi F, Sale P, Kleiner AF, Casali M, Cimolin V, de Pandis F, et al. Long-
term effects of automated mechanical peripheral stimulation on gait patterns of
patients with Parkinson’s disease. Int J Rehabil Res. 2015 Sep;38(3):238-45.
62. Quattrocchi CC, de Pandis MF, Piervincenzi C, Galli M, Melgari JM,
Salomone G, et al. Acute modulation of brain connectivity in Parkinson disease
after automatic mechanical peripheral stimulation: a pilot study. PLoS One.
2015 Oct;10(10):e0137977.
63. Galli M, Cimolin V, De Pandis MF, Schwartz MH, Albertini G. Use of the
Gait Deviation index for the evaluation of patients with Parkinson’s disease. J
Mot Behav. 2012;44(3):161-7.
64. Peppe A, Chiavalon C, Pasqualetti P, Crovato D, Caltagirone C. Does gait
analysis quantify motor rehabilitation efficacy in Parkinson’s disease patients?
Gait Posture. 2007 Sep;26(3):452-62.
65. Antunes FN, Pinho AS, Kleiner AF, Salazar AP, Eltz GD, de Oliveira Junior
AA, et al. Different horse’s paces during hippotherapy on spatio-temporal
parameters of gait in children with bilateral spastic cerebral palsy: a feasibility
study. Res Dev Disabil. 2016 Aug;5 9:65-72.