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SÍNDROMES PARKINSONIANAS

Fabíola Rachid Malfetano, Md, MSc PhD


Rodrigo Tavares Brisson, Md, MSc
SÍNDROMES PARKINSONIANAS
DOPAMINA

Adrenalina

Neurônios pré
Dopamina
sinápticos

Noradrenalina

sensação de prazer e motivação


adrenalina noradrenalina função de estimulante do SNC
ANAMNESE
H.D.A

H.P.P

H.Familiar
SINAIS E SINTOMAS CARDINAIS

Bradicinesia
Tremor em repouso
Rigidez
Instabilidade
postural
SINAIS E SINTOMAS
MOTORES SECUNDÁRIOS
NÃO MOTORES
Diminuição do olfato
Passos curtos
Postura em semi-flexão Hipofonia
Freezing Dor muscular
Diminuição dos movimentos dos MMSS Parassonias
associados à marcha Depressão
Micrografia Constipação
Hipomimia Salivação
Dificuldade em levantar-se e virar-se na Sudorese
cama Urgência urinária
Disfunção erétil
Declínio cognitivo
DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO

Presença de 2 sintomas cardinais


1 sintoma cardinal + 2 sintomas secundários
EXAME NEUROLÓGICO

BRADICINESIA – pedir para tocar teclas de um piano “imaginário”; abrir


e fechar os dedos indicador e polegar como numa pinça, em movimentos
amplos e rápidos – “finger tapping” , abrir e fechar das mãos, bater os pés
TREMOR DE REPOUSO – observar o tremor em repouso
principalmente das mãos, como “ contar moedas”
RIGIDEZ – avaliar o tônus das articulações passivamente
utilizando movimentos de flexo-extensão – fenômeno de roda
dentada
INSTTABILIDADE POSTURAL – posicionar atrás do paciente e avisar a
ele que você vai dar um “puxão” leve e depois mais intenso para avaliar o
equilíbrio postural.
BRADICINESIA

TREMOR
RIGIDEZ
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO DO
PARKINSONISMO
Medicamentos
pró-cinéticos, bloq.Ca++,
Doença de Parkinson
DPelugs
Parkinson neuroléptico s , I R S S
Se c u n
Hidrocefalia
enerativas Processo expansivo
Disautonomia tumores
dárias ; coleções extra-axial
Cerebelar Neuro-infecção
Demência Sífilis, HIV
PSP Metabólicas
Degeneração córtico-basal Fígado,rim,tireoide,B12,
paratireoide, eletrólitos
Doença de Fahr
Vascular
IDENTIFICAÇÃO DA SÍNDROME
PARKINSONIANA
Sinais de alerta (MDS-PD)

Progressão rápida da marcha exigindo o uso regular de cadeira de rodas em até 5 anos

Ausência de progressão da doença em 5 anos, a menos que a estabilidade esteja relacionada ao tratamento

Disfunção bulbar precoce (disfonia, disartria, disfagia)

Disfunção respiratória
Falência autonômica grave em até 5 anos
FLUXOGRAMA DIAGNÓSTICO

Síndrome parkinsoniana

Excluir drogas Neuro-imagem : RNM /TC


TSH e T4L.
PTH , cálcio e fósforo.
Função hepática e renal.
Investigação complementar VDRL e HIV
B12 e ácido fólico

Teste terapêutico positivo Doença de Parkinson


DOENÇA DE PARKINSON
DEFINIÇÃO
Enfermidade neurodegenerativa
Distribuição universal
Atinge todos os grupos étnicos e classes sócio econômicas
Discreta predominância no sexo masculino

Manifestações motoras e não motoras


Desordem multissistêmica
DOENÇA DE
FormaçõesPARKINSON
de corpos de Lewy
Marcas neuropatológicas da doença
Iniciam e progridem de forma caudo rostral

6 Estágios:
DOENÇA DE
Estágio 2
PARKINSON
DOENÇA DE
Estágios PARKINSON
3e4

Diagnóstico
Estágios 5 e 6

Diagnóstico não pode ser considerado precoce


CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

3 etapas:

Ou seja, tem diagnóstico de DP se:


Apresenta lentidão dos movimentos (bradicinesia)
Associado à tremor ou rigidez ou instabilidade
Com nenhum critérios de exclusão
UNITED KINGDOM PARKINSON’S
DISEASE SOCIETY BRAIN BANK
I. Critérios necessários para o diagnóstico de DP

Bradicinesia e pelo menos 1 dos seguintes sintomas:

Rigidez muscular
Tremor de repouso 4-6 Hz avaliado clinicamente
Instabilidade postural não causada por distúrbios visuais, vestibulares, cerebelares ou
proprioceptivos
UNITED KINGDOM PARKINSON’S DISEASE
SOCIETY BRAIN BANK

II. Critérios negativos (excludentes) para DP


História de AVC de repetição
História de TCE grave
História definida de encefalite
Crises oculogíricas
Tratamento prévio com neurolépticos
Remissão espontânea dos sintomas
Quadro clínico estritamente unilateral após 3 anos
Paralisia supranuclear do olhar
Sinais cerebelares
Sinais autonômicos precoces
Demência precoce
Liberação piramidal com sinal de Babinski
Presença de TU cerebral ou hidrocefalia comunicante
Resposta negativa a altas doses de levodopa
UNITED KINGDOM PARKINSON’S
DISEASE SOCIETY BRAIN BANK
III. Critérios de suporte positivo para o diagnóstico de DP (3 ou + são necessários)

Início unilateral

Presença do tremor de repouso

Doença progressiva

Persistência da assimetria dos sintomas

Boa resposta à levodopa

Presença de discinesia induzida por levodopa

Resposta à levodopa por 5 anos ou +

Evolução clínica de 10 anos ou +


PATOLOGIA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Parkinsonismo secundário
Fármacos: neurolépticos, antidepressivos tricíclicos, metoclopramida, metildopa, lítio,
amiodarona, bloqueadores do canal de cálcio
Infecções: pós encefalite, neurossífilis, SIDA
Metabólico: hipóxia, degeneração hepatocerebral, distúrbios da paratireoide
Estrutural: TU cerebral, hidrocefalia, trauma
Toxinas: MPTP, monóxido de carbono, manganês, cianeto
Vascular

Parkinsonismo plus ou parkinsonismo atípico


Atrofia de múltiplos sistemas
Paralisia supranuclear progressiva
Degeneração corticobasal
Demência por corpos de Lewy
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Doenças degenerativas hereditárias

Ataxias cerebelares autossômicas dominantes

Doença de Huntington

Mitocondriopatias

Neuroacantocitose

Doença de Wilson
EXAMES COMPLEMENTARES

VDRL
FTABs
Vitamina B12
TSH
Eletrólitos
Provas de
função
hepática e
renal
EXAMES COMPLEMENTARES
TERAPÊUTICA

O tratamento com L-dopa é


considerado como o tratamento
“padrão-ouro” para a DP
ASPECTOS FARMACOLÓGICO DA L-DOPA
1

3
4
ASPECTOS FARMACOLÓGICOS DA L-DOPA

½ vida de 1 a 3h
ASPECTOS FARMACOLÓGICOS DA L-DOPA
Período de lua de mel

Com o avanço da doença, esse sistema fica mais comprometido, com a droga
durando cada vez menos tempo
ASPECTOS FARMACOLÓGICOS DA L-DOPA
Nas fases mais avançadas da doença, em um mesmo dia, o paciente pode oscilar

Efeito on-off

Discinesias
TRATAMENTO COM A L-DOPA
Medo da L-dopa
TRATAMENTO COM A L-DOPA
Quando prescrever L-dopa
AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS

Ergolínicos

Não ergolínicos:
INIBIDORES DA ENZIMA MAO-
B
Selegilina e Rasagilina
INIBIDORES DA ENZIMA
COMT
Entacapona (periferia) e tolcapona
(periferia e central)
AMANTADINA
ANTICOLINÉRGICOS
Biperideno
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Palidotomia

Talamotomia

Estimulação cerebral profunda ( DBS ) –


TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
DANÇA E
PARKINSON

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