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Dopamina

A dopamina é um neurotransmissor que atua de diferentes formas no sistema nervoso, estando


relacionada, por exemplo, com o humor e o prazer.

A dopamina é um neurotransmissor que faz parte da família das catecolaminas.


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A dopamina é um importante neurotransmissor e atua no sistema nervoso central dos mamíferos.
Quando falamos que uma substância é um neurotransmissor, estamos dizendo que ela funciona como
um mensageiro químico, levando a informação de um neurônio para uma célula receptora. Vale destacar
que a dopamina só foi assim considerada a partir da década de 1950.

Tópicos deste artigo

 1 - Características
 2 - Função da dopamina
 3 - Dopamina e drogas que causam dependência
 4 - Dopamina e a esquizofrenia
o → Fórmula estrutural
o → Onde é produzida?
 5 - Dopamina e a doença de Parkinson

Características

→ Fórmula estrutural

A dopamina faz parte da família das catecolaminas,


que, por sua vez, são formadas basicamente por um catecol
(3,4-di-hidroxibenzeno), o qual está conectado por uma
ponte etil a um grupo amina.

Observe atentamente a fórmula estrutural da dopamina, um importante neurotransmissor.

→ Onde é produzida?

A dopamina é sintetizada no citoplasma dos chamados neurônios dopaminérgicos a partir de um


aminoácido: a tirosina, a qual é inicialmente convertida em L-dopa por meio da ação da tirosina
hidroxilase. Posteriormente, a L-dopa é convertida em dopamina por meio da ação da L-aminoácido
aromático descarboxilase.
Após ser produzida, a dopamina é transportada dentro de vesículas. A liberação da dopamina envolve
um processo de exocitose, ou seja, a dopamina é liberada por meio de vesículas que se fundem à
membrana plasmática da célula e liberam o neurotransmissor para fora. Veja a figura a seguir:

Função da dopamina

Sabe-se que esse neurotransmissor está envolvido


com processos como controle motor, cognição,
compensação, prazer, humor e algumas funções
endócrinas, além de ser precursora de outros
neurotransmissores: a norepinefrina e a
epinefrina (adrenalina).

A dopamina também está relacionada com


a estimulação da excreção renal de sódio,
supressão da liberação de aldosterona,
relaxamento do esfíncter esofágico e retardo do
esvaziamento do estômago. Estudos recentes também revelaram que essa substância possui papel no
que diz respeito a problemas como a esquizofrenia e a doença de Parkinson (veja mais sobre o tema a
seguir). A partir desse entendimento, intensificaram-se os estudos a respeito desse neurotransmissor.

Dopamina e drogas que causam dependência

A dopamina está relacionada com o chamado sistema de recompensa, que é um circuito neuronal no
cérebro que influencia diretamente as nossas emoções. Esse sistema garante a motivação para realizar
certas atividades, como a sensação de felicidade quando comemos ao ter fome. Quando os neurônios
desse sistema são ativados, eles liberam a dopamina em regiões específicas do cérebro, causando o
aumento da sensação de prazer.

Algumas drogas afetam diretamente o sistema de recompensa, causando um aumento da atividade da


dopamina. Com o tempo de uso de determinada droga, verificam-se alterações no sistema de
recompensa de longa duração. Desse modo, drogas como cocaína e álcool causam dependência
porque seu uso associa-se a essas sensações de prazer.

Dopamina e a esquizofrenia

A esquizofrenia está relacionada com os níveis de dopamina no cérebro.

A esquizofrenia é um transtorno caracterizado, principalmente, pela ocorrência de episódios


de psicose, ou seja, em certas situações, o indivíduo não consegue separar as situações reais das irreais.
Essa doença afeta pessoas de ambos os sexos (normalmente aqueles que estão saindo da adolescência e
entrando na segunda década de vida).

Uma das explicações para a ocorrência de esquizofrenia são alterações nas rotas neuronais que
usam dopamina como neurotransmissor. Esse transtorno é provavelmente decorrente de níveis
elevados ou então desregulados de dopamina no cérebro. Diante disso, o tratamento para esquizofrenia
inclui fármacos que bloqueiam os receptores de dopamina.
Dopamina e a doença de Parkinson

A doença de Parkinson está relacionada com uma perda progressiva de neurônios que produzem
dopamina.

A doença de Parkinson afeta o sistema motor, provocando, entre outros sintomas, tremores
musculares, lentidão anormal dos movimentos, rigidez e alteração no equilíbrio, que podem
predispor o indivíduo a quedas. Essa doença é progressiva e afeta pessoas com idade mais avançada.

O Parkinson causa a morte de neurônios no mesencéfalo, os quais são responsáveis pela liberação de
dopamina. Essa doença está relacionada diretamente, portanto, com esse importante
neurotransmissor.

Atualmente todos os tratamentos de Parkinson visam a remediar os sintomas, ou seja, não são capazes
de curar o paciente, e baseiam-se no restabelecimento das quantidades adequadas de dopamina no
cérebro.

"A doença de Parkinson


é caracterizada, principalmente, pelo desenvolvimento de tremores e foi descrita, em 1817, por James
Parkinson. Na ocasião a doença foi intitulada “paralisia agitante”, em referência aos seus sintomas.
Posteriormente ela ficou conhecida como doença de Parkinson, em referência a James Parkinson.

O desenvolvimento da doença está relacionado à destruição de neurônios produtores de dopamina,


não sendo a causa dessa destruição bem definida. O primeiro medicamento para tratar a doença surgiu
na década de 1960, porém, até os dias atuais, nenhum tratamento é capaz de curá-la. Estima-se uma
prevalência da doença de 100 a 200 casos a cada 100.000 habitantes.

Leia mais: Noradrenalina – quando sintetizada no sistema nervoso, atua como neurotransmissor

Tópicos deste artigo


1 - O que é a doença de Parkinson?
2 - A doença de Parkinson atinge quais idades?
3 - O que causa a doença de Parkinson?
4 - Quais os sinais e sintomas da doença de Parkinson?
5 - Como é feito o diagnóstico da doença de Parkinson?
6 - Como é feito o tratamento da doença de Parkinson?
O que é a doença de Parkinson?
A doença de Parkinson é uma desordem neurológica progressiva e crônica que afeta o sistema nervoso
central. O paciente com esse problema apresenta perda progressiva dos neurônios da região compacta
da substância negra, presente no mesencéfalo. Esses neurônios são conhecidos como dopaminérgicos,
os quais são responsáveis por liberar um neurotransmissor denominado dopamina, que, entre outras
funções, está relacionado com o movimento do corpo.
A doença de Parkinson é uma doença progressiva que atinge, geralmente, pessoas acima dos 60 anos.
A redução dos níveis de dopamina no corpo do indivíduo é responsável por desencadear os sintomas
da doença de Parkinson. Normalmente os sintomas são percebidos apenas quando esses níveis caem
consideravelmente. Vale salientar, no entanto, que eles, geralmente, não caem de maneira abrupta,
sendo uma doença de curso, normalmente, vagaroso.
A doença de Parkinson atinge quais idades?
Apesar da doença poder atingir indivíduos mais jovens, geralmente, ela se inicia próximo dos 60 anos,
sendo estimado que cerca de 1% da população com idade superior a 60 anos apresente-a. Quando
atinge indivíduos com menos de 40 anos, é denominada parkinsonismo de início precoce. No que diz
respeito ao sexo, a doença atinge tanto homens quanto mulheres.
O que causa a doença de Parkinson?
A doença de Parkinson não apresenta uma causa bem definida, entretanto, uma série de fatores
parecem estar envolvidos (causa multifatorial). Estudos relacionaram a doença a fatores como estresse
oxidativo, alterações mitocondriais, alterações decorrentes do envelhecimento, fatores genéticos e
toxinas ambientais.

Quais os sinais e sintomas da doença de Parkinson?


A doença de Parkinson atinge o sistema nervoso central, provocando, principalmente, sintomas
motores.
Quando falamos em doença de Parkinson, o primeiro sintoma que vem à mente das pessoas são os
tremores, que, geralmente, iniciam-se nas mãos. Entretanto, vários outros sintomas podem ocorrer no
indivíduo, o qual pode apresentar também maior lentidão ao movimentar-se e uma postura inclinada
para frente.
De maneira geral, podemos dizer que a doença de Parkinson apresenta como principal manifestação
clínica a chamada síndrome parkinsoniana. Essa síndrome, que pode ocorrer como resultado de outras
enfermidades ou uso de algumas substâncias, é caracterizada por quatro sintomas básicos: tremor em
repouso, instabilidade postural, rigidez muscular e a chamada acinesia, que é a pobreza de
movimentos e a lentidão dos atos motores.
Os sintomas motores da doença de Parkinson impactam negativamente na qualidade de vida dos
pacientes, prejudicando atividades como escrever, banhar-se e vestir-se.
Vale destacar que a doença de Parkinson pode provocar sintomas não motores, como problemas de
memória, demência, depressão, ansiedade, alteração no sono, distúrbios da fala, hipotensão e
constipação intestinal. Dentre esses sintomas, é importante destacar os casos de depressão, que
acometem cerca de um terço das pessoas com a doença.
Como é feito o diagnóstico da doença de Parkinson?
O diagnóstico da doença de Parkinson, geralmente, leva em consideração o quadro clínico do paciente,
uma vez que não existem exames precisos para tanto. A indicação da realização de tomografia cerebral
e ressonância magnética tem por finalidade descartar outras doenças que podem causar um quadro
clínico semelhante no paciente. Existe, ainda, a tomografia por emissão de fóton-único, um exame que
ajuda a quantificar a dopamina cerebral.
Como é feito o tratamento da doença de Parkinson?
Muitos avanços foram conseguidos desde a descrição inicial da doença de Parkinson, entretanto,
apesar de existirem medicamentos que auxiliam na redução dos sinais e sintomas, nenhum deles
apresenta capacidade curativa. Além disso, existem tratamentos cirúrgicos que visam a reduzir os
tremores no paciente.
A cirurgia, no entanto, não é recomendada em todos os casos, não devendo ser realizada, por exemplo,
em pessoas que desenvolveram a demência. Para garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente,
recomenda-se que o tratamento seja multidisciplinar, com uma equipe composta por profissionais
como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos.

A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que ocorre devido à degeneração das células
situadas na substância negra do cérebro. Essas células produzem a substância dopamina, que
conduz as correntes nervosas ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do
paciente, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de
alterações na fala e na escrita. Além disso, algumas alterações histológicas características
podem ser detectadas na substância negra de pacientes com doença de Parkinson. Elas
apresentam pequenas inclusões eosinofílicas arredondadas chamadas de corpos de Lewy.
Essas estruturas são formadas principalmente por agregados de proteínas como ɑ-sinucleína .

O tratamento para a doença de Parkinson pode incluir medicamentos como levodopa mais
carbidopa e/ou outros fármacos (p. ex., agonistas da dopamina, inibidores de MAO (monoamine
oxidase) tipo B [MAO-B], amantadina) 3. Em fases mais avançadas, um tratamento promissor é a
cirurgia de estimulação cerebral profunda, que tem sido feita em grandes centros de neurologia e
permite melhorar os sintomas e a qualidade de vida do paciente 4.

Na doença de Parkinson, aglomerados de proteína, conhecidos como corpos de Lewy, acumulam-se


dentro da dopamina produzindo neurônios que degeneram-se progressivamente e acabam
morrendo . A morte de neurônios produtores de dopamina significa menos dopamina e, sem dopamina
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suficiente, outras partes do cérebro podem não funcionar adequadamente . A doença de Parkinson
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resulta da redução dos níveis de dopamina, que é uma substância que funciona como um mensageiro
químico cerebral nos centros que comandam os movimentos . A falta ou diminuição da dopamina afeta
3
os movimentos, provocando sintomas como tremores musculares, lentidão anormal dos movimentos,
rigidez e alteração no equilíbrio, que podem predispor o indivíduo a quedas .
5

A Doença de Parkinson é um distúrbio motor que ocorre devido à degeneração das células situadas na
substância negra do cérebro, que produzem a dopamina, um neurotransmissor que conduz as correntes
nervosas ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos, provocando sintomas como
tremores, rigidez muscular e dificuldade de movimentação 1. Na doença de Parkinson, ocorre perda dos
neurônios pigmentados da substância negra, lócus cerúleo e outros grupos de células dopaminérgicas do
tronco encefálico se degeneram 1. Um estudo recente revelou quais neurônios específicos morrem com o
surgimento da doença de Parkinson, o que pode desencadear novos tratamentos direcionados a esses
neurônios vulneráveis

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