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Fármacos antidepressivos
Transtorno de
Transtorno disfórico
estresse pós-
pré-menstrual (TDPM)
traumático (TEPT)
Dor neuropática e
Transtorno obsessivo-
dor associada à
compulsivo (TOC)
fibromialgia
Incontinência
urinária por
estresse
Transtorno depressivo maior
• Caracteriza-se por:
• humor deprimido na maior parte do dia, durante
pelo menos duas semanas, ou
• perda de interesse ou prazer na maioria das
atividades ou por ambos.
• distúrbio do sono e do apetite e
• déficits na cognição e perda de energia.
• Pensamentos de culpa, inutilidade e suicidas.
Transtorno depressivo maior
• Fisiopatologia:
• Hipótese monoaminérgica (conceito mais antigo)
• propõe que a depressão se deve às deficiências das
monoaminas, como norepinefrina e serotonina, em
certos locais-chave do cérebro.
• Hipótese neurotrófica
• há uma perda do suporte neurotrófico (↓fatores
neurotróficos) → e que as terapias antidepressivas
efetivas aumentam a neurogênese e a conexão sináptica
nas áreas corticais, como o hipocampo.
• Fatores neuroendócrinos
• Desregulação do eixo HH → cortisol, hormônios
tireoideanos, hormônios sexuais (estrógeno e
testosterona)
NGF (nerve growth factor)
BDNF (brain-derived neurotrophic factor)
NT (neurotrofina)
Transtorno depressivo maior
Hipótese neurotrófica
Transtorno depressivo maior
Katzung 13ª ed
Evolução histórica dos fármacos antidepressivos
2000 – Outros
1950 – ADT (IRSD e
(Imipramina e 1980 – ISRS Antagonistas
Amtriptilina) (Fluoxetina) NMDA)
Inibidores da monoaminoxidase
• Fenelzina, tranilcipromina, isocarboxazida e selegilina
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
• Fluoxetina, citalopram, escitalopram,
fluvoxamina, paroxetina e sertralina.
• Ações
• Bloqueiam a recaptação de serotonina → ↑
[5-HT] na fenda sináptica.
• Precisam de 2 semanas para produzir
melhora significativa no humor, e o benefício
máximo pode demorar até 12 semanas ou
mais.
• Aproximadamente 80% dos pacientes
respondem a pelo menos um antidepressivo.
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
• Interações medicamentosas
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
• Efeitos adversos
• Cefaleia, sudorese, ansiedade e agitação Fluoxetina
• Efeitos gastrintestinais (náuseas, êmese e diarreia) Citalopram
• Fraqueza e cansaço
• Disfunções sexuais (perda de libido, ejaculação retardada, Escitalopram
anorgasmia)
• Alterações de massa corporal Fluvoxamina
• Distúrbios do sono:
• Insônia (fluoxetina e sertralina)
Paroxetina
• Sonolência (paroxetina e fluvoxamina)
Sertralina
• Síndrome serotoninérgica: hipertermia, rigidez muscular,
sudoração, mioclonia (abalos musculares clônicos) e
alterações no estado mental e nos sinais vitais.
• Síndrome da interrupção: cefaleia, mal-estar e sintomas de
gripe, agitação e irritabilidade, nervosismo e alterações no
padrão de sono.
Inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina (IRSN)
• Venlafaxina, desvenlafaxina, duloxetina
e levomilnaciprana.
• Ações
• Ligam-se aos transportadores de serotonina
(SERT) e de norepinefrina (NET), da mesma
maneira que os ADTs.
• Diferentemente dos ADTs, os IRSNs não
exibem muita afinidade com outros
receptores.
Inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina (IRSN)
Efeitos adversos:
- Náuseas, xerostomia e constipação.
- Insônia, tonturas, sonolência e sudorese
- Disfunção sexual.
Efeitos adversos:
- Náuseas, xerostomia e constipação
- Disfunção erétil
- Diminuição do apetite
Levomilnaciprana
• Mecanismo de ação
• Inibição da recaptação de neurotransmissores:
• ADTs e Amoxapina são inibidores potentes da
recaptação neuronal de NE e 5-HT.
• Maprotilina e Desipramina são inibidores
relativamente seletivos da captação de NE.
• Bloqueio de receptores:
• ADTs: bloqueiam os receptores serotoninérgicos,
α-adrenérgicos, histamínicos e muscarínicos.
• Amoxapina: bloqueia os receptores 5-HT2 e D2.
Antidepressivos
ADT
ISRS
Atípicos
IRSN
Antidepressivos tricíclicos (ADTs)
• Efeitos adversos
Antidepressivos tricíclicos (ADTs)
núcleo iminodibenzil
Imipramina
É bastante anticolinérgica
e atua como inibidor
relativamente forte da
recaptação de 5-HT e NE.
Desipramina
Atua como inibidor mais
potente e ligeiramente
mais seletivo da
recaptação de NE.
Antidepressivos tricíclicos (ADTs)
• Farmacocinética
• São bem absorvidos (v.o.) e a apresentam meias-vidas longas.
• A maioria é administrada uma vez ao dia, à noite → efeitos sedativos.
• Sofrem extenso metabolismo → desmetilação, hidroxilação aromática e conjugação com
glicuronídeo.
• Apenas cerca de 5% dos ADTs são excretados em sua forma inalterada na urina.
• Os ADTs são substratos do sistema CYP2D6:
• Fluoxetina inibidor do CYP2D6 → ↑ [ ADTs ]
• Polimorfismo genético de CYP22D6 → metabolismo reduzido ou extenso dos ADTs
• Desipramina e nortriptilina → têm uma ampla janela terapêutica
Antidepressivos tricíclicos (ADTs)
• Mecanismo de ação
• Bupropiona → inibidor fraco da recaptação de NE e 5-HT
• Mirtazapina → antagonista nos receptores α2 e 5-HT2
• Nefazodona → antagonista 5-HT2
• Trazodona → antagonista 5-HT2
• Vilazodona → inibidor da recaptação de 5-HT e agonista parcial em 5-HT1A.
• Vortioxetina → antagonista serotoninérgico
Antidepressivos atípicos
Moduladores dos receptores 5-HT2
Trazodona: Nefazodona:
O principal metabólito, a m-clorfenilpiperazina (m- Principais metabólitos: hidroxinefazodona e m-cpp →
cpp) → é um potente antagonista dos receptores 5- são inibidores dos receptores 5-HT2.
HT2. Extremamente hepatotóxico.
Uso terapêutico:
- Transtorno depressivo maior (com ou sem sintomas de ansiedade);
- Dores neuropáticas (por exemplo ligadas à diabetes)
- É mais usada como hipnótico (off-label) → por ser altamente sedativa e não estar
associada à tolerância ou dependência.
Antidepressivos atípicos
Antagonista dos receptores da serotonina
Vortioxetina:
atua como antagonista dos receptores 5-HT3, 5-HT7 e 5-HT1D, como
agonista parcial do receptor 5-HT1B e como agonista do receptor 5-HT1A.
Uso terapêutico:
- Transtorno depressivo maior
- Pode melhorar alguns aspectos da cognição em pacientes deprimidos.
Antidepressivos atípicos
Antidepressivo unicíclico
Bupropiona:
Atua como inibidor fraco da recaptação de dopamina e norepinefina.
É biotransformada pela CYP2B6: ↓ risco de interações entre fármacos, porém
também pode inibir a CYP2D6: ↑ a exposição a substratos dessa isoenzima.
Uso terapêutico:
- Transtorno depressivo maior;
- Tabagismo (atenua os sintomas de abstinência da nicotina)
Contraindicação:
- pacientes sob risco de convulsões
- pacientes com transtornos de alimentação (bulimia)
Antidepressivos atípicos
Antidepressivo tetracíclicos
Mirtazapina: Vilazodona:
Atua como antagonista nos receptores α2 e 5-HT2. Atua como inibidor da recaptação de serotonina e
agonista parcial em 5-HT1A.
É acentuadamente sedativa (atividade anti-
histamínica), o que pode ser uma vantagem em Efeitos adversos similares ao dos ISRS, incluindo o
pacientes deprimidos com dificuldade para dormir. risco da síndrome de descontinuação.
• Mecanismo de ação
• Inibição da MAO
• Obs: não só no cérebro, mas também no fígado
e no intestino, onde catalisam desaminações
oxidativas de fármacos e substâncias
potencialmente tóxicas, como a tiramina, que é
encontrada em certos alimentos. Por isso, os
IMAOs mostram elevada incidência de
interações com fármacos e com alimentos.
Inibidores da monoamina oxidase (iMAO)
• Uso terapêutico • Farmacocinética
• São indicados para pacientes • São bem absorvidos por
deprimidos que não respondem ou administração oral.
são alérgicos aos ADTs ou que • Troca de antidepressivos → deve
apresentam forte ansiedade. haver um intervalo mínimo de 2
• Uso na depressão atípica semanas após o fim do tratamento
• São considerados os fármacos de com iMAO e o início de outro
última (↑ interação com fármacos e antidepressivo de qualquer outra
alimentos) classe → regeneração da enzima
• Os iMAOs são biotransformados no
fígado e excretados rapidamente na
urina.
Inibidores da monoamina oxidase (iMAO)
• Efeitos colaterais
• “Reação do queijo”: ↑ tiramina → ↑ a
liberação de catecolaminas armazenadas nos
terminais nervosos → resultando em crise
hipertensiva com sinais e sintomas como
cefaleia occipital, rigidez no pescoço,
taquicardia, náuseas, hipertensão, arritmias
cardíacas, convulsões e possivelmente
colapso.
• Sonolência, hipotensão ortostática, visão turva, xerostomia e constipação
• Ganho de peso excessivo
• Risco de síndrome de serotonina → o uso de iMAO com outros
antidepressivos é contraindicado.
Planejamento do tratamento antidepressivo em fases
Fase aguda
• Dois e três primeiros meses
• Objetivo: - Resposta: diminuição dos sintomas depressivos ou,
- Remissão: retorno do nível de funcionamento pré-mórbido
Fase de continuação
• Quarto e sexto meses seguintes
• Objetivo de manter a melhoria obtida, evitando as recaídas dentro de um mesmo episódio
depressivo.
- Recuperação: paciente que permanece com a melhora inicial
Fase de manutenção
• Objetivo de evitar que novos episódios ocorram (recorrência), sendo recomendada naqueles
pacientes com probabilidade de recorrência (com episódios prévios, história familiar de transtornos
de humor, comorbidades, início tardio e episódios de difícil controle)
Abordagem terapêutica medicamentosa para mulheres com depressão puerperal
• Riscos para o Feto: Alguns antidepressivos podem apresentar riscos potenciais para o feto,
principalmente quando usados no primeiro trimestre da gravidez. Por exemplo, o uso de
paroxetina pode estar associado a um pequeno aumento no risco de malformações congênitas.
• Tratamento sob Supervisão Médica: Em casos de depressão grave ou recorrente, pode ser
necessário manter o tratamento durante a gravidez. No entanto, isso deve ser feito sob a
supervisão rigorosa de um médico especializado em saúde materna.
• Pacientes com comorbidades: Pacientes com condições médicas subjacentes, como doenças
cardíacas, hepáticas ou renais, podem precisar de ajustes na escolha e na dose dos
antidepressivos, uma vez que essas condições podem afetar o metabolismo dos medicamentos.
Farmacocinética do lítio
Tratamento farmacológico
Estabilizadores de humor
Lítio:
Efeitos adversos:
- cefaleia, xerostomia, polidipsia, poliúria, polifagia
- distúrbios GI (o lítio deve ser administrado com
alimento)
- tremor fino nas mãos, tonturas, fadiga, reações
dérmicas e sedação.
dificuldade ou mesmo incapacidade de
se manter a coordenação motora