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NEUROPSICOLOGIA

NEUROPSICOFARMACOLOGIA
PARTE IV – ANTIDEPRESSIVOS E ESTABILIZADORES DE HUMOR

Prof. Dr. Heder Frank Gianotto Estrela


hederfrank@yahoo.com.br
Neuropsicofarmacologia - Programação

❑ Princípios de Farmacologia. Farmacocinética e Farmacodinâmica

❑ Anticonvulsivantes

❑ Ansiolíticos e hipnóticos

❑ Antidepressivos e estabilizadores de humor

❑ Antipsicóticos

❑ Estimuladores usados no TDAH


TRANSTORNO DE HUMOR: DEPRESSÃO

NEUROTRANSMISSORES
ENVOLVIDOS NA REGULAÇÃO E
NOS TRANSTORNOS DE HUMOR

Noradrenalina (NA)

Serotonina (5-HT)
Neurotransmissão Adrenérgica - Noradrenalina

tirosina

dopa

dopamina

NA

NA

2 –

NA NAT

MAO
NA

 
VIAS NORADRENÉRGICAS (NA)

Funções:
❑ Reatividade(estado de sono/ vigília
e alerta);

❑ Regulação da pressão arterial;

❑ Controle do estado de humor;

❑ Estresse

Rang et al. Farmacologia, 2007


Neurotransmissão Serotoninérgica – Serotonina (5-HT)

triptofano

triptofano

5-hidroxitriptofano

5-hidroxitriptamina (5-HT) ou Serotonina

5-HT
2

SERT
5-HT

MAO
5-HT

5-HT2A 5-HT1A
VIAS SEROTONINÉRGICAS (5-HT)

Funções:

❑ Respostas comportamentais;

❑ Comportamento de alimentação;

❑ Controle do humor e da emoção;

❑ Controle do sono/vigília;

❑ Controle de vias sensitivas: nocicepção;

❑ Êmese

Rang et al. Farmacologia, 2007


H1
Receptor histaminérgico (histamina)
Aumenta a atenção e mantem a vigília
Estimula saciedade

Perifericamente:
Respostas alérgicas (vermelhidão, prurido e
edema)
http://saudecelulahumana.blogspot.com/2016/08/medicamentos-e-doencas-afetando-o.html
TRANSTORNO DE HUMOR: DEPRESSÃO

Fisiopatologia

1º teoria - TEORIA DAS MONOAMINAS


Redução de monoaminas em algumas regiões cerebrais,
especialmente o córtex Pré-frontal
TRANSTORNO DE HUMOR: DEPRESSÃO

Fisiopatologia

2º teoria - TEORIA DOS RECEPTORES

A redução de NA e 5-HT em algumas regiões


do SNC promove aumento do número de
receptores pós sinápticos.
(Stahl, 2019)
TRANSTORNO DE HUMOR: DEPRESSÃO

NA 5-HT Estresse (cortisol ???)

Genes que expressam BDNF

BDNF (Fator Neurotrófico


Derivado do Cérebro)
▪ Sinaptogênese
▪ Neuroplasticidade
▪ Sobrevida da célula
▪ Neurogênese
TRANSTORNO DE HUMOR: DEPRESSÃO

Fisiopatologia

1º teoria 2º teoria
TEORIA DOS TEORIA DOS
MONOAMINAS RECEPTORES
TRANSTORNO DE HUMOR: DEPRESSÃO

Fisiopatologia

1º teoria 2º teoria
TEORIA DOS TEORIA DOS
MONOAMINAS RECEPTORES

Tratamento
Neurotransmissor Receptor
ANTIDEPRESSIVOS

1º geração: IMAO – Inibidores da enzima monoamina oxidase


ADT – Antidepressivos tricíclicos

2º geração: ISRS – Inibidores seletivos da recaptação de serotonina


IRND – Inibidores da recaptação de noradrenalina e dopamina
IRNS – Inibidores da recaptação de noradrenalina e serotonina

3º geração: atuam em diversos receptores


A. Antidepressivos Tricíclicos (ADT)

• Clomipramina (Anafranil®)

• Imipramina (Tofranil®)

• Amitriptilina (Tryptanol® e Amytril®)

• Nortriptilina (Pamelor®)
A. Antidepressivos Tricíclicos (ADT)
Indicações
• Depressão
• Ataques de Pânico
• Estados fóbicos e obsessivos
• Dor neuropática
Nome do Sal Nome Dose média*
comercial
Amitriptilina Amitriptilina 12,5 -125mg/dia
Amytril
Tryptanol

Clomipramina Anafranil 25 a 225 mg/dia

Imipramina Imipramine 25 a 300 mg/dia


Tofranil

Nortriptilina Pamelor 25 a 100 mg/dia


A. Antidepressivos Tricíclicos (ADT)

Mecanismo de ação – MEA

Inibidores da recaptação neuronal de NA e 5-HT

NA
5-HT
A. Antidepressivos Tricíclicos (ADT)
Reações Adversas
1. Anticolinérgico (anti-muscarínico)
• boca seca Constipação intestinal
• retenção urinária
• taquicardia
• confusão mental
2. Anti-histamínico (bloqueio H1)
• Sedação
• Ganho de peso
A. Antidepressivos Tricíclicos (ADT)

Reações Adversas
A. Antidepressivos Tricíclicos (ADT)

Reações Adversas

▪ Arritmias e morte súbita;


▪ Suicídio
▪ Convulsões
▪ Interações medicamentosas importantes (álcool e outros
depressores) – depressão respiratória fatal
B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)

▪ Fluoxetina (Prozac®, Verotina®, Eufor®, Diforin®)


▪ Fluvoxamina(Luvox®)
▪ Paroxetina (Aropax®)
▪ Sertralina (Tolrest®, Zoloft®)
▪ Citalopram ( Cipramil®)
▪ Escitalopram (Lexapro®)
B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
Indicações

• Depressão unipolar
• Distúrbio do pânico
• Ansiedade generalizada (TAG)
• Transtorno e pânico
• Ansiedade social
• Transtornos alimentares
• Transtorno obsessivo-compulsivo
• TEPT – Transtorno de estresse pós-traumático
Nome do Sal Nome comercial Dose média
Citalopram Cipramil 20 a 60 mg/dia
Escitalopram Lexapro
Fluoxetina Deprax 20 a 60 mg/dia
Eufor 20 a 60 mg/dia
Fluxene 20 a 60 mg/dia
Nortec 20 a 60 mg/dia
Prozac 20 a 60 mg/dia
Verotina 20 a 60 mg/dia
Fluvoxamina Luvox 100 a 300 mg/dia
Nefazodona Serzone 300 a 500 mg/dia
Paroxetina Aropax 20 a 60 mg/dia
Pondera
Sertralina Novativ 50 a 100 mg/dia
Zoloft
B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)

Vantagens e segurança

▪ Menos efeitos colaterais

▪ Menos efeito nos receptores colinérgicos, histaminérgicos e α -


adrenérgico

▪ Baixa toxicidade aguda - mais seguros em superdosagem


B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)

Efeitos tardios ao uso de ISRS

▪ Aumenta neurogênese (liberação de fator trófico, ex. BDNF) a partir


de células progenitoras do hipocampo e na zona subventricular.
B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)

Reações adversas e segurança

▪ São mais expressivas no início do tratamento e reduzem com a dessensibilização


dos receptores pós-sinápticos

▪ Náusea, anorexia e desconforto gastrointestinal

▪ Disfunção sexual (30-40%) – causam anorgasmia, devido o aumento da ativação do


receptor 5-HT2A na medula
B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
Reações adversas e segurança
▪ Inibidores de algumas CYP (enzimas do Citocromo P-450):
B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
(Stahl, 2019)

Fluoxetina
ISRS

IRN (fraco) – clinicamente relavante em altas doses


Antagonista 5-HT2C (reduz fadiga e hipersonia)

5-HT2C
Reduz liberação de DA na via mesolímbica
Reduz liberação de NA e DA no córtex pré-frontal
B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
(Stahl, 2019)

Sertralina
ISRS

IRDA (inibidor DAT fraco) – energia, motivação e concentração.


B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
(Stahl, 2019)

Sertralina
ISRS

IRDA (inibidor DAT fraco) – energia, motivação e concentração.

σ1 - efeito ansiolítico
depressão psicótica
depressão delirante
B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
(Stahl, 2019)
Paroxetina
ISRS

IRNA (inibidor NAT fraco)

Antagonista M1 (ações anticolinérgicas) – sedativa e tranquilizante

Inibe NOS (enzima óxido nítrico sintase) – piora a disfunção sexual


B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
(Stahl, 2019)

Fluvoxamina
ISRS

σ1 (mais potente que sertralina) - efeito ansiolítico


depressão psicótica
depressão delirante

Indicado – ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo


B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
(Stahl, 2019)

Citalopram
ISRS

R-citalopram – antagonista H1 (sedação)


S-citalopram
B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
(Stahl, 2019)

Citalopram
ISRS

R-citalopram – antagonista H1 (sedação)


S-citalopram

Boa segurança ao idoso


B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
Escitalopram
ISRS

S-citalopram (somente)

ISRS mais bem tolerado

Boa segurança ao idoso


B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
Reações adversas e segurança

Síndrome serotoninérgica

Estimulação excessiva de receptores 5-HT centrais e periféricos

Principal causa – associação de fármacos serotoninérgicos


B. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
Reações adversas e segurança

Síndrome serotoninérgica

Estimulação excessiva de receptores 5-HT centrais e periféricos

Principal causa – associação de fármacos serotoninérgicos


Questão. Analise as sentenças abaixo e em seguida assinale a alternativa correta:
I. Inibir a recaptação neuronal de noradrenalina irá aumentá-la na fenda sináptica;
II. Inibir a recaptação neuronal de serotonina irá aumentá-la na fenda sináptica;
III. Inibir a enzima monoamina oxidase irá aumentar noradrenalina e serotonina;
IV.A depressão está relacionada com a redução de noradrenalina e/ou serotonina em
algumas regiões cerebrais;

a) Somente I e II estão corretas;


b) Somente II e III estão corretas;
c) Somente III e IV estão corretas;
d) Todas as alternativas estão corretas;
C. Bloqueadores da recaptação de DA e NA e em menor
intensidade de 5-HT

Bupropiona (Zyban®)
C. Bloqueadores da recaptação de DA e NA e em menor
intensidade de 5-HT
Bupropiona (Zyban®)

▪ Inibe a recaptação de DA (DAT), noradrenalina (NET) e em menor


intensidade de serotonina (SERT)
C. Bloqueadores da recaptação de DA e NA e em menor
intensidade de 5-HT
Bupropiona (Zyban®)

▪ Inibe receptores nicotínicos neuronais da Ach

▪ Estruturalmente relacionada com a anfetamina - tem propriedades


estimulantes (fracas) – aumenta a liberação de DA e NA

Vantagens: pouca disfunção sexual

Indicação - na retirada de nicotina


transtorno depressivo sazonal
depressão
TDAH, perda de peso e dor (Off label ?)
C. Bloqueadores da recaptação de DA e NA e em menor
intensidade de 5-HT
Bupropiona (Zyban®)

▪ Inibe receptores nicotínicos neuronais da Ach

▪ Estruturalmente relacionada com a anfetamina - tem propriedades


estimulantes (fracas).

Vantagens: pouca disfunção sexual

Indicação - na retirada de nicotina

Reações adversas: tontura, tremor, boca seca, sudorese, taquicardia,


hipertensão, agrava sintomas psicóticos e risco de convulsões.
D. Bloqueadores da recaptação de NA e 5-HT
(Stahl, 2019)

▪ Venlafaxina (Efexor®)
▪ Desvenlafaxina (Pristiq®)
▪ Duloxetina (Cymbalta®,Velija®)

vantagens: poucos efeitos


sedativos e muscarínicos
Venlafaxina :
Doses baixas (37,5mg/dia): inibe a recaptação de serotonina
Doses intermediárias (75mg/dia): 5-HT e NA
Doses elevadas (150mg/dia): 5-HT, NA e DA
D. Bloqueadores da recaptação de NA e 5-HT
(Stahl, 2019)

▪ Venlafaxina (Efexor®)
▪ Desvenlafaxina (Pristiq®)
▪ Duloxetina (Cymbalta®,Velija®)

Indicações: Indicações:
▪ Depressão ▪ Ansiedade
▪ Dor neuropática
▪ Fibromialgia
D. Bloqueadores da recaptação de NA e 5-HT
(Stahl, 2019)

▪ Venlafaxina (Efexor®)
▪ Desvenlafaxina (Pristiq®)
▪ Duloxetina (Cymbalta®,Velija®)

Desvenlafaxina (S-desmetilvenlafaxina, metabólitoativo) (Pristiq®): parece ter


menor incidência de efeitos colaterais em relação ao aumento de peso e da
pressão arterial e menos interações com outras medicações quando
comparada com a venlafaxina.
E. Antidepressivos Tetracíclicos Antagonistas α2 - adrenérgicos

▪ Mirtazapina (Remeron®)

Atua como antagonista nos receptores α2 – adrenérgicos pré-sinápticos e desta


forma:
NA
5-HT

Mirtazapina
E. Antidepressivos Tetracíclicos Antagonistas α2 - adrenérgicos

▪ Mirtazapina (Remeron®)

Atua como antagonista nos receptores α2 – adrenérgicos pré-sinápticos e desta


forma:
NA
5-HT

Antagonista de receptores de serotonina:


5HT2A Mirtazapina
5HT2C
5HT3
Histamina H1
▪ Trazodona

IRS (inibidor do SERT)


Antagonista 5-HT2C
Antagonista 5-HT2A
Antagonista alfa 1
Antagonista H1
▪ Trazodona

IRS (inibidor do SERT)


Antagonista 5-HT2C
Antagonista 5-HT2A
Dose hipnótica
Antagonista alfa 1
25 a 100 mg
Antagonista H1
▪ Trazodona

IRS (inibidor do SERT)


Antagonista 5-HT2C
Dose Antidepressiva
Antagonista 5-HT2A 150 a 600 mg
Dose hipnótica
Antagonista alfa 1
25 a 100 mg
Antagonista H1
▪ Trazodona T1/2 curta

IRS (inibidor do SERT) 5-HT 5-HT1A


Antagonista 5-HT2C
Antagonista 5-HT2A
Antagonista alfa 1
Antagonista H1 – sedação e ganho de peso
A. Antidepressivos Tricíclicos (ADT)
Amitriptilina (Tryptanol® e Amytril®) Clomipramina (Anafranil®)
Imipramina (Tofranil®) Nortriptilina (Pamelor®)

B. ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina)


Fluoxetina Sertralina
Paroxetina Fluvoxamina
Citalopram Escitalopram

C. IRND (Inibidores da Recaptação de Noradrenalina e Dopamina)


Bupropiona (Zyban®)
D. IRNS (Inibidores da Recaptação de Noradrenalina e serotonina)
Venlafaxina (Efexor®) Desvenlafaxina (Pristiq®)
Duloxetina (Cymbalta®,Velija®)

E. Antagonistas alfa2 – adrenérgicos (α2) - Aumentam NA e 5-HT.


Mirtazapina (Remeron®)

F. Inibidor da recaptação de serotonina e antagonista de alguns subtipos de receptores serotoninérgicos


Trazodona (Donaren®)
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
OU
TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR OU TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR

MANIA – período de humor elevado, expansivo ou irritável, com


sintomas coexistentes de aumento de energia e atividade dirigida para
metas e redução da necessidade de sono.

Etiologia

Fatores genéticos medicamentos


Drogas de abuso (cocaína e anfetaminas)
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR OU TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR

Fisiopatologia
“O tratamento medicamentoso visa restaurar o comportamento, controlar
sintomas agudos e prevenir a ocorrência de novos episódios. Não se limita apenas
à administração de medicamentos e sim ao gerenciamento de uma doença
complexa, que abarca fatores biológicos, psicológicos e sociais”
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR OU TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR

Tratamento

Fase aguda – tratar mania sem causar depressão e/ou consistentemente


melhorar depressão sem causar mania;

Fase de continuação – estabilizar os benefícios, reduzir os efeitos


colaterais, tratar até a remissão, reduzir a possibilidade de recaída e
aumentar o funcionamento global;

Fase de manutenção – É prevenir mania e/ou depressão e maximizar


recuperação funcional, ou seja, que o paciente continue em remissão.
Lítio (Li+)

Antiepilépticos / Anticonvulsivantes
▪ Carbamazepina
▪ Valproato de sódio

▪ Oxicarbazepina
▪ Lamotrigina
▪ Divalproato de sódio
▪ Topiramato
Lítio (Li+)

Antiepilépticos / Anticonvulsivantes Antipsicóticos Atípicos


▪ Carbamazepina ▪ Olanzepina
▪ Valproato de sódio ▪ Quetiapina
▪ Risperidona
▪ Oxicarbazepina
▪ Lamotrigina
▪ Divalproato de sódio
▪ Topiramato
A. Anticonvulsivantes

❑ Ácido Valproico / valproato de sódio

1º linha de tratamento na Mania

Menos eficaz na depressão

Uso preferencial em pacientes com ciclagem rápida ou usuários de


substâncias de abuso.
A. Anticonvulsivantes

❑ Carbamazepina

1952 – usada para reduzir agitação em pacientes psicóticos;

2º ou 3º linha de tratamento no Transtorno Bipolar (devido ser forte


indutor enzimático).
B. Antipsicóticos

Antipsicóticos Atípicos com ação antimaníaca


▪ Olanzepina
DA
▪ Quetiapina
▪ Risperidona

Fase de mania – dosagens mais elevadas

Quadro estabilizado – dosagens mais baixas


Estabilizadores de Humor
CARBONATO DE LÍTIO

Introdução em 1949 e ainda hoje muito utilizado

1º escolha para os estados de mania aguda

Estabilizador de humor com maior evidencia para prevenção de


suicídios.
Estabilizadores de Humor
CARBONATO DE LÍTIO

INDICAÇÃO

Prevenção das recidivas do transtorno de humor, sobretudo a fase


maníaca da depressão bipolar

Evita ciclagem de humor no transtorno bipolar

Outras situações psiquiátricas: depressão recorrente grave


OBS – o lítio não promove qualquer efeito psicotrópico em pacientes sem distúrbio
psiquiátrico, porém pode causar as reações adversas.
Estabilizantes de Humor
CARBONATO DE LÍTIO

MEA - Desconhecido – Alguns mecanismos descritos:

1. Reduz a entrada de Na+ no potencial de ação, e portanto diminui a excitabilidade


neuronal;

2. Aumenta a liberação de serotonina;

3. Aumento da atividade colinérgica;

4. Li+ (e Valproato) inibe a atividade da GSK-3β, e isto aumenta os níveis de β-


catenina no hipocampo (função implicada com estabilização de humor).
Estabilizantes de Humor
CARBONATO DE LÍTIO

T1/2 vida = 24 horas (12 jovem e 36 idoso)

Baixo índice terapêutico

Concentrações plasmáticas: eficazes – acima de 0,6 mEq/L


seguras – até 1,5 mEq/L

Cuidados!!!
▪ Monitorar a função renal dos pacientes
▪ Monitorar os níveis séricos (litemia)
Estabilizantes de Humor CARBONATO DE LÍTIO
Estabilizantes de Humor
CARBONATO DE LÍTIO – reações adversas

Mais comuns: náusea, diarreia, sonolência, poliúria, ganho de peso,


reações dermatológicas, tremores, nefrotoxicidade e distúrbios da Tireoide.

Graves: confusão mental, hiperreflexia, convulsão, coma e óbito;

Intoxicação aguda: náusea, vômito, diarréia, tremor, ataxia, convulsão,


coma;
Mania aguda – Lítio + ácido Valproico (1º linha)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
➢ BRUNTON, L.L. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da terapêutica. 13.ed. Porto Alegre:
AMGH, 2019.

➢ FUCHS, F. D., WANNMACHER, L. Farmacologia clínica e terapêutica. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2017.

➢ GOLAN, D. E. Princípios de farmacologia: A base fisiopatológica da farmacoterapia. 3 ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2014

➢ KATZUNG, B. G; MASTERS, S. B. TREVOR, A. J. Farmacologia básica e clínica. 13.ed. São Paulo:


McGrawHill, 2017.

➢ STAHL, S.M. Psicofarmacologia. Bases neurocientíficas e aplicações práticas. 5º ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2022.

➢ RANG, H. P., DALE, M.M., RITTER, J.M. FLOWER, R.J. HENDERSON, G. Farmacologia. 8ed. São Paulo:
Elsevier, 2016.

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