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Componentes PSICOLOGIA: Vanessa Fernandes de Araújo – Diana Aroucha de Oliveira – Tamires

de Sá – Clara Mel de Almeida – Theryna Kelle da Silva Alves – Daiana Vieira do Nascimento –
Jessica Maryana Castro Rodrigues. ENFERMAGEM: Geovana Silva de Almeida

Capítulo V – Comportamento Alimentar

1. HIPOTÁLAMO
A. O hipotálamo é uma região do diencéfalo localizada abaixo do tálamo e acima da hipófise. Constitui
um centro de controle do organismo e sua principal função é manter a homeostase, ou seja, manter o
organismo funcionando em equilíbrio. O hipotálamo é responsável por fenômenos vitais do organismo. Ele
pode ser dividido em duas partes, anterior e posterior, e cada uma dessas partes apresenta regiões
responsáveis por funções fisiológicas específicas.

FATORES MOTIVACIONAIS E SENSORIAIS


A. Fatores motivacionais
O controle exercido pelo hipotálamo lateral sobre o comportamento alimentar pode ser devido a fibras
nigroestria tais dopaminérgicas de passagem pelo HL em direção ao estriado. O comprometimento de fibras
dopaminérgicas originárias da substância negra que trafegam por este núcleo pode causar a afagia que
resulta da lesão do HL. O papel da dopamina também estar relacionado a estímulos que normalmente têm
valor de recompensa para o animal. Assim tem-se demonstrado que o pimozide, reduz a resposta de
pressão à barra para a obtenção de alimentos em ratos. Esta perda do valor reforçador do alimento é
chamada de anedonia para distingui-la da anorexia, que é a falta de apetite com perda de peso de causas
orgânicas.

B. Fatores sensorial
A fome pura e simples não pode ser considerada uma explicação única para hiperfagia dos animais
com lesão do HVM. Estes animais são colocados em uma situação na qual têm que acionar uma barra para
obter alimentos, eles não reagem com o empenho de animais normais. Lesões do HL podem causar
prejuízo às fibras do lemnisco trigeminal que se projetam no núcleo central postero-medial do tálamo e o
déficit sensorial pode contribuir para a afagia. Animais com estas lesões mostram uma redução nas
respostas de orientação para estímulos sensoriais somáticos, olfatórios e visuais. Se a lesão é unilateral, os
animais apresentam redução do comportamento alimentar em resposta ao alimento apresenta do contra
lateralmente.

C. Controle Hormonal
Para manter o peso corporal relativamente constante, vários mecanismos fisiológicos, periféricos e
centrais atuam de maneira orquestrada. O peso corporal é mantido dentro de certos limites por vários anos
através de sinais de feedback que controlam a ingesta de nutrientes. Controle pode ser demonstrado
experimentalmente em animais de laboratório, quais o peso corporal é alterado através da alimentação
forçada ou pela privação de alimento. Quando são novamente substituindo à dieta normal, estes animais
ajustam seu comportamento alimentar de forma a manter o peso apropriado para sua idade.

D. Controle Externo
Indivíduos obesos prestam pouca atenção aos sinalizadores fisiológicos internos, indicam a
necessidade ou não da procura do alimento. Seu comportamento alimentar é ativado por sinalizadores
externos como aspecto, odor e sabor dos alimentos. Em outras palavras, a fase cefálica está exacerbada
nestes indivíduos. Uma demonstração elegante desta forma de controle foi feita por S. Schachter em um
experimento em que o horário das refeições era manipulado em um grupo de indivíduos obesos e um grupo
de indivíduos normais. Para desviar a atenção dos reais objetivos do estudo, ambos os grupos eram
informados que estavam sendo submetidos a um estudo sobre alterações de parâmetros cardiovasculares
como função da personalidade. Metade de cada grupo submetia-se ao experimento em presença de um
relógio que adiantava a hora e a outra meta de em presença de um relógio que atrasava a hora. Aos dois
grupos eram distribuídos biscoitos. Os obesos comiam muito mais em função da hora da refeição indicada
pelo relógio do experimento, enquanto que os normais davam pouca importância a esses relógios e comiam
em função dos sinalizadores internos.

2. NEUROQUÍMICA
São inúmeras as evidências demonstrando a partir das participações de neuropeptídios,
catecolaminas e mecanismo serotoninérgicos no controle do comportamento alimentar.Entre os
neuropeptídios destacam-se a CCK e os peptídeos opióides endógenos, como a beta-endorfina e as
encefalinas. A CCK, descrita como um hormônio gastrointestinal, está presente no cérebro em quantidades
apreciáveis. Suas principais ações gastrointestinais incluem contração da vesícula biliar e indução da
secreção de suco pancreático rico em enzimas. É sabido que a dopamina exerce uma modulação sobre
neurônios estriatonigrais gabaérgicos facilitando desta forma, o comportamento de ingerir alimentos e,
presumivelmente, outros comportamentos consumatórios. A lesão das vias dopaminérgicas leva a um déficit
motor que tende a contribuir para a instalação da afagia, adipsia (redução da ingesta de água) e letargia
geral.

3. OBTENÇÃO DO ALIMENTO NO MEIO AMBIENTE


A concepção teórica permeando as descrições feitas até agora supõe que a ingestão ocorre em
resposta a alguma deficiência e termina em função da repleção do organismo, isto é, que a homeostase
está sendo mantida. No entanto, observação de animais em seu próprio ambiente ou em paradigmas de
economia fecha da (aonde toda a alimentação vem da situação experimental) mostra que os animais
geralmente iniciam episódios alimentares com frequência, tamanho e padrões que são característicos de
suas espécies e que resultam na manutenção de um consumo constante ou regulado de calorias. É
fascinante a maneira pela qual o organismo varia seu consumo para manter de modo precioso o peso e a
composição corporal, mesmo sob condições distantes daquelas consideradas ideais ou fisiológicas.

A. Antecipação de necessidades futuras


Fazem as aves estritamente diurnas para lidar com o jejum noturno obrigatório, acumulando comida no
papo. Os pássaros que não emigram das regiões de invernos muito frios aumentam o consumo de alimento
e rapidamente acumulam tecido adiposo durante o dia para uso durante as noites frias. Nas regiões boreais,
os animais comem muito para acumular a gordura que será utilizada durante o longo inverno.
Situação parecida vivem os animais que dependem de fontes de comida muito esparsas, bastante
imprevisíveis ou de custo muito caro. É o caso dos carnívoros, cujo encontro com a presa é
imprevisível e dos animais de deserto, que precisam viajar muito para encontrar comida.

B. Custo do acesso á comida


Nas situações relatadas acima está em jogo o preço que é pago para obter a comida. Esta variável,
seja passível de ser observada na natureza, é melhor estudada em laboratório. O acesso à comida é de
baixo custo, os animais comem pouco. Quando o acesso exige um alto custo, ingerem volumes muito
grandes, frequentemente em um único episódio alimentar. É o comportamento exibido por algumas pessoas
em churrascarias do tipo rodízio. Ocorre uma variação do volume de comida quase totalmente desvinculada
de ajustes homeostáticos, mas obedecendo ao custo de acesso á refeição. Ratos confrontando à situação
de alto custo de obtenção de alimento mantêm perfeitamente o peso corporal às expensas de necessitarem
realizar uma única refeição a cada 48 horas.

4. SEDE
Sede é uma sensação de caráter geral, iniciada por estímulos originados dentro do próprio
organismos e não do meio ambiente. Os estímulos são detectados por receptores através de impulsos
inatos que garantem a sobrevivência e gera a motivação que impele o organismo a providenciar aquilo o
que lhe falta. A satisfação do impulso elimina a origem da sensação de caráter geral. Os sintomas da sede
podem ser devidos entre falsa sede, quando esta é eliminada umedecendo-se a mucosa da boca e
verdadeira sede, quando este procedimento alivia, mas não cessa os sintomas. Uma pessoa com sede
está sedenta. A perda de água ativa circuitos hipotalâmicos que induzem o comportamento de beber e os
ajustes hemodinâmicos necessários para reter água através da redução da formação de urina. A depleção
de líquidos leva a um aumento na concentração de Na+ no plasma (hiperosmolaridade) que ativa receptores
(osmorreceptores) nos núcleos supraventricular e para ventricular do hipotálamo. A despolarização destas

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células promove a liberação de hormônio antidiurético (HAD) para a hipófise posterior (também chamada de
hipófise neurogênica) e daí para a circulação sanguínea.

5. DISTÚRBIO ALIMENTAR
Os distúrbios alimentares são as doenças mentais que causam distúrbios sérios na dieta diária de uma
pessoa. Pode manifestar como comendo extremamente pequenas quantidades de alimento ou severamente
comendo demais. A circunstância pode começar como apenas comendo demasiado pouco ou demasiado,
mas a obsessão com comer e alimento sobre toma sobre a vida de uma pessoa que conduz às mudanças
severas. Além do que comer anormal os testes padrões são aflição e interesse sobre o peso corporal ou
forma. Estas desordens coexistem frequentemente com outras doenças mentais tais como a depressão, o
abuso de substâncias, ou as perturbações da ansiedade.

A. Obesidade
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. O parâmetro
utilizado mais comumente é o do índice de massa corporal (IMC). O IMC é calculado dividindo-se o peso do
paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9. Para ser
considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30. A obesidade é fator de risco para uma série de doenças.
O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares,
diabetes tipo 2, entre outras.

B. Bulimia
A bulimia nervosa é um transtorno alimentar no qual uma pessoa oscila entre comer exageradamente,
com um sentimento de perda de controle sobre a alimentação, e episódios de vômitos ou abusos de
laxantes tentando impedir o ganho de peso. Também chamada de bulimia nervosa, o distúrbio leva as
pessoas a estarem sempre preocupadas com a aparência, principalmente com o peso. O tratamento da
bulimia consiste de psicoterapia associada a técnicas de modificação comportamental e farmacoterapia. A
boa resposta de pacientes com esta condição aos antidepressivos tricíclicos, como a imipramina, sugere
uma relação da bulimia com a depressão.

C. Anorexia nervosa
A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar caracterizado pela restrição persistente na ingestão de
alimentos, pelo medo intenso de ganhar peso e por distúrbios no peso ou forma como indivíduo enxerga o
próprio corpo. Para algumas pessoas, restringir o consumo de alimentos e perder peso pode ser uma
tentativa de coordenar áreas da vida que estão fora de seu controle. Sua imagem corporal distorcida pode
comprometer sua saúde e autoestima. Também pode ser uma maneira de expressar emoções percebidas
como muito complexas ou assustadoras, como dor, estresse ou ansiedade.

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