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Crononutrição: área que une nutrição + cronobiologia (hormônios, alimentação e hábitos)

Cronotipo: As diferenças entre ser mais noturno ou matinal tem relação com fatores
hereditários, sociais, culturais e ambientais.

Ritmos biológicos
- Circadiano: período de 24 horas
- Ultradiano: variação ocorridas em curtos períodos (ex: frequência cardíaca)
- Infradiano: superior a 28h (período mensal, como hormônios sexuais femininos)

Relógio biológico: mecanismo intracelular organizado que prepara os organismos de acordo


com os eventos/estímulos ambientais. Porém, bem sempre eles estão em sincronia com os
ciclos ambientais.

Embora o SNC regule a maioria dos ritmos nos mamígeros, existem osciladores periféricos,
que são encontrados no sangue, tecido adiposo, fígado, coração e outras regiões do SNC.

Luz: sincronizador principal do SNC. Percebe pelo olhos, transforma em estímulos e o SNC
sincroniza os osciladores por sinais hormonais ou neuronais.

Alimentação: os ritmos podem ser modulados por horários regulares de ingestão alimentar.
Alterações no sistema circadiano levam a alterações no metabolismo e regulação do peso
corporal - associação em trabalhadores por turnos (DCV, obesidade, diabetes e outros
distúrbios). Já a mudança hormonal pode dessincronizar como um todo.

FAA (Atividades Antecipatórias da Alimentação): começa +/- 3 horas antes dos horários
habituais das refeições. Leva a liberação de hormônios metabólicos como corticosterona e à
secreção de enzimas necessárias para a digestão. Estável por várias dias e manifesta-se
mesmo se o momento em que é disponibilizado o alimento se encontrar em horário
diferente. Se atrasa a alimentação, os hormônios não agem de maneira tão boa. Ou seja, se
comer antes, não está totalmente preparado, e se come depois, perde um pouco desses
hormônios.

O núcleo ventromedial hipotalâmico é a parte que controla a antecipação alimentar, sendo o


primeiro núcleo ativado quando há uma alteração da hora em que a alimentação é
disponibilizada, silenciando os receptores de grelina e assim diminuindo a atividade
antecipatória da alimentação.

Alimentos com alta palatatibilidade podem estimular vários sistemas de neurotransmissão


como o dopaminérgico, do mesencéfalo para as estruturas límbicas, importantes na
recompensa natural.

Provavelmente gerada por sincronização da FEO (Osciladores Circadianos da Alimentação)


que estão fora do SNC, constituindo um mecanismo capaz de coordenar comportamentos e
processos fisiológicos com os horários diários da alimentação.
Teoria dos genes sazonais: os mamíferos ficam um tempo sem comer. Eles tem genes que
induzem insulinemia, resistência à insulina e intolerância a glicose para depositar hordura.
Mas, atualmente temos alta disponibilidade de alimentos constantemente.

Genes relógios: a alimentação pode afetar diretamente a expressão dos genes relógios nos
tecidos periféricos. Cooperam entre si e se autoregulam gerando ritmos que oscilam com
um período circadiano. A expressão dos genes relógio no fígado e tecidos periféricos é
ajustada por refeições periódicas.
Exemplo: BMAL1 (diferenciação de adipócitos e lipogênese)

Síndrome do comer noturno (NES): desregulação dos ritmos circadianos relacionados à


ingestão energética e à função neuroendócrina. Mínimo de 25% da ingestão alimentar no
período noturno e/ou episódios de comer compulsivo

Leptina: hormônio de saciedade produzido pelo tecido adiposo num padrão circadiano
independente do horário das refeições, com concentração máxima à noite, atua nos
neurônios hipotalâmicos.
Leptina + CART - NPY e AgPR

Cortisol: correlação negativa com a leptina, concentração máxima entre 7h e 9h da manhã e


mínima a noite. Considerando essa correlação, se treinar muito a noite, ou se estressar, no
outro dia pode haver uma maior ingestão energética.

Melatonina: concentração máxima entre 2h e 6h da manhã e mínima a noite.

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