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AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR NA TERCEIRA IDADE


O QUE SIGNIFCA ENVELHECER

A literatura científica apresenta distintos conceitos


para o envelhecimento. Tais conceitos têm considerado
diferentes aspectos do desenvolvimento humano, passando
pelos campos biológico, social, psicológico e cultural. (Carvalho
Filho & Papaléo Netto, 2006; Uchôa, 2003).

A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)


define envelhecimento como “um processo sequencial,
individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico,
de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os
membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne
menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e,
portanto, aumente sua possibilidade de morte”.
O QUE É ENVELHECIMENTO ATIVO

O termo “envelhecimento ativo” foi adotado pela Organização Mundial da Saúde no final dos
anos 90. Procura transmitir uma mensagem mais abrangente do que “envelhecimento saudável”, e
reconhecer, além dos cuidados com a saúde, outros fatores que afetam o modo como os indivíduos e
as populações envelhecem (Kalache e Kickbusch, 1997).

Assim, o planejamento estratégico deixa de ter um enfoque baseado nas necessidades (que
considera as pessoas mais velhas como alvos passivos) e passa ter uma abordagem baseada em
direitos:
• Reconhecimento dos direitos humanos das pessoas mais velhas
• Independência
• Participação na comunidade (político, entre outros)
• Dignidade
• Assistência
• Auto-realização
• Igualdade
• Oportunidades
• Tratamento ao aspectos da vida à medida que envelhecem
Trechos do livro Envelhecimento ativo: uma política de saúde, publicado pela OMS – Organização Mundial de Saúde.
CONCEITOS DE ENVELHECIMENTO

• Qualidade de vida: é um conceito amplo que incorpora a saúde física, psicológico, nível de
dependência, social, crenças e ambiental (OMS, 1994).

• Expectativa de vida: o tempo de vida que as pessoas podem esperar viver.

• Senescência: somatória de alterações orgânicas, funcionais, psicológicas próprias do


envelhecimento normal

• Senilidade: modificações determinadas por afecções que frequentemente acometem o idoso.

• Longevidade: é o número de anos que o indivíduo pode viver, porém com autonomia e
independência.
CONCEITOS DE ENVELHECIMENTO

• Autonomia: é a habilidade de controlar, lidar e tomar decisões pessoais sobre como se deve viver
diariamente, de acordo com suas próprias regras e preferências.

• Independência: é, em geral, entendida como a habilidade de executar funções relacionadas à vida


diária – isto é, a capacidade de viver independentemente na comunidade com alguma ou
nenhuma ajuda de outros.

À medida que um indivíduo envelhece, sua qualidade de vida é fortemente determinada


por sua habilidade de manter autonomia e independência.
EPIDEMIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

Estimativa para 2025: aumento de mais de 33 milhões de indivíduos idosos no Brasil.


Sendo o 6º país com maior percentual de idosos no mundo.
FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO -ALTERAÇÕES

Composição
corporal

Sistema
Pele nervoso

Sistema
Sistema
urinário
cardio-
vascular

Sistema
Sistema
Gastro-
respiratório
intestinal
FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO – ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS

Alteração da
Paladar função intestinal -
diminuído - Redução da Dificuldade de Alteração da Atrofia da
redução das saliva - mastigação - funcionalidade mucosa,
papilas Xerostomia Dentição gástrica motilidade,
gustativas microbiota
intestinal

Polifarmácia - Alterações
senso de hormonais - Atrofia órgão
Mudança na
paladar, olfato, insulina, Perda de massa (rim, pulmão,
composição
absorção e hormônios magra fígado em torno
corporal
metabolismo tiroidianos e 10 a 20%)
nutrientes sexuais
FATORES QUE IMPACTAM NA COMPORTAMENTO ALIMENTAR

HÁBITOS ALIMENTARES

• Consumo de produtos industrializados elevado


• Maior consumo de sódio, açúcares, gorduras, colesterol, etc
• Maior consumo de xenobióticos
• Menor consumo de alimentos in natura
• Diminuição do consumo de nutrientes
• Maior frequência de consumo fora do lar
• Incentivo da mídia
• Refeições mais rápidas, solitárias e práticas
FATORES QUE IMPACTAM NA COMPORTAMENTO ALIMENTAR

DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS

• Protéica
• Vitamina D
• Vitamina B12
• Antioxidantes
• Ferro
• Zinco
• Magnésio
• Cálcio
• Ácido fólico
FATORES QUE IMPACTAM NA COMPORTAMENTO ALIMENTAR

PATOLOGIAS

• Alzheimer
• Parkinson
• Doenças cardiovascular
• Pressão arterial elevada
• Doenças respiratórias
• Depressão
• Diabetes
• Nefropatia
• Cérebro vascular
FATORES QUE IMPACTAM NA COMPORTAMENTO ALIMENTAR

INTERAÇÕES ALIMENTOS VS MEDICAMENTOS

• Modificação do pH do conteúdo gastrointestinal


• Velocidade de esvaziamento gástrico
• Aumento do trânsito intestinal
• Competição por sítios de absorção
• Ligação direta do fármaco com componentes dos alimentos
• Exemplo:
• -Hipotensores: diminui apetite; diminui absorção de folato, B12, ferro, com proteína da dieta a
absorção é mais rápida; em diabéticos pode mascarar os sintomas da hipoglicemia, absorção diminuída
pelo alimento; Ca e Mg interfere na biodisponibilidade da droga
-Diuréticos: depletores de potássio – diminui apetite; causa náuseas e vômitos; xerostomia;
constipação ou diarréia; diminui tolerância a glicose; aumenta colesterol, TG e ac. Úrico; aumenta excreção
de Mg, P, Zn.
-Laxativos e protetores gástricos: diminui absorção de riboflavina; diminui apetite; causa
flatulência, diminui absorção de potássio, glicose e aa, podem causar hipocloridria, disbiose
FATORES QUE IMPACTAM NA COMPORTAMENTO ALIMENTAR

LOGÍSTICA

A compra do alimento pode se tornar uma dificuldade dia a dia.


FATORES QUE IMPACTAM NA COMPORTAMENTO ALIMENTAR

FINANCEIRO

O alto custo dos medicamentos associado com o


baixo rendimento financeiro, prejudica o consumo
alimentar, por falta de recursos.
FATORES QUE IMPACTAM NA COMPORTAMENTO ALIMENTAR

ALTERAÇÃO SENSORIAIS

• Olfato
• Paladar
• Visão
• Audição
FATORES QUE IMPACTAM NA COMPORTAMENTO ALIMENTAR

COMO A FAMÍLIA PERCEBE ESTE IDOSO

• Não despersonaliza o paciente, chama pelo nome


• Não infantiliza o idoso
• Tem paciência
• Fala pausadamente
• Não grita
• Usa palavras simples
• Ouve o idoso
• Repete a frase quando necessário, com vocabulário que seja mais simples
• Isola o idoso
FATORES QUE IMPACTAM NA COMPORTAMENTO ALIMENTAR

O QUE REPRESENTA O ALIMENTO PARA O IDOSO

• Memórias
• Conforto
• Acolhimento
• Família
• Prazer
• Reunião
• Carinho
FATORES QUE IMPACTAM NA COMPORTAMENTO ALIMENTAR

AMBIENTE, UTENSÍLIOS E APRESENTAÇÃO ALIMENTAR

• Ambiente tranquilo na hora da refeição


• Iluminação adequada
• Posicionamento adequado na hora de alimentar
• Utensílios adequados para aumentar a independência
• Refeições coloridas e variadas
• Familiares presentes no momento da refeição
• O idoso tem a liberdade de se alimentar sozinho, mesmo que haja demora
• Quantidade de alimentos no prato
• Receitas
• Tempero
FATORES QUE IMPACTAM NA COMPORTAMENTO ALIMENTAR

QUAIS AS DIFICULDADES INGERIR ALIMENTOS

• Apresenta disfagia
• Consistência está adequada
• Dentes presentes
• Prótese está adequada ao paciente
• Depressão
• Deficiências nutricionais
• O paciente gosta do que está sendo oferecido na refeição
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

CONSUMO ALIMENTAR/ AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

• Inquérito alimentar: métodos quantitativos e qualitativos


• Histórico alimentar
• Frequência de consumo alimentar
• Recordatório 24 horas
• Exames laboratoriais
• Escala de Bristol
• Escala urinária
• Avaliação antropométrica
• Anamnese
• BIA
• Presenciar o momento da refeição
• Ouvir o paciente!
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS

IMC CLASSIFICAÇÃO
<23 Baixo Peso HIDRATAÇÃO (PACIENTE SAUDÁVEL)
23<IMC<28 Peso Normal Idosos (55 – 75 anos) 30 ml/kg/dia
Idosos (> 75 anos) 25 ml/kg/dia
≥28 e <30 Sobrepeso (Modificado de Oh e Cols, 1999)

≥30 Obesidade
OPAS (2002)

DRI (2002):
• Calorias: 25-30cal/kg
• Proteínas: 0,8 -1,0g/kg
• Gorduras: 25-30% do VET

• Fibras: 20-35g/dia (American Dietetic Association)


CONDUTA NUTRICIONAL

Estado
nutricional
O momento
da refeição Patologias
associadas

Suplementação: Preferências e
avaliar memórias
necessidade alimentares

Aspectos
Aspectos
ambiente e
financeiros, quais
utensílios, caso
os impactos
necessário
CONDUTA NUTRICIONAL

Hidratação

Fibras Proteínas

Planejamento
dietoterápico

Gorduras Carboidratos
KARINA TIMPANI

Nutricionista formada pela faculdade UMC, com especialização em Nutrição em


Gerontologia pelo HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP),
especialização em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo, Marketing pela New York
University e Marketing de Alimentos pela Verakis (Portugal). Atualmente, seu trabalho é focado em
seu consultório e como personal diet.

CONTATO:
www.karinatimpani.com.br

@karinatinutri

@karinatimpani
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