Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NUTRIÇÃO NO ENVELHECIMENTO
Fortaleza - CE
2023
Art. 2º A pessoa idosa goza de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral
de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para
preservação de sua saúde física e mental e seu
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em
condições de liberdade e dignidade.
Queda de
fecundidade
No Brasil 210 milhões de habitantes, 37,7 milhões de
brasileiros possuem ≥ 60 anos.
(IBGE, 2021)
PROJEÇÃO ESTADO DO CEARÁ
A partir de 2034:
Nutrição Cuidado e
em prevenção
geriatria
REPERCUSSÕES
Qualificação
de
Acesso a
profissionais saúde
Condições
socioeconô
micas
IDADE CRONOLOGICA x IDADE BIOLOGICA
Idade cronológica (OMS)
• Países em desenvolvimento: ≥ 60 anos
• BRASIL (Lei nº 10.741/2003): ≥ 60 anos
• Países desenvolvidos: ≥ 65 anos (OMS)
Idade cronológica se refere ao tempo real de um ser humano. Já
a biológica faz referência ao organismo é um indicador do estado de
saúde das células e tecidos, e do grau de envelhecimento do corpo
causado por alterações no DNA.
DEPRESSÃO
TELÔMEROS X PADRÃO ALIMENTAR
Pró-oxidante
Antioxidante
Mediterrânea
DASH
A má alimentação está relacionada
com o encurtamento dos telômeros
ANATÔMICAS
BIOQUIMICAS
SENESCÊNCIA
Processo natural de envelhecimento ao
nível celular ou o conjunto de fenômenos
associados a este processo metabólico COMPORTAMENTAIS
ativo.
COMPOSIÇÃO CORPORAL
Massa magra:
Músculos;
Água;
Tecido ósseo • Força muscular;
Massa gorda • Velocidade de
Gordura contração muscular;
SARCOPENIA
visceral • Postura ortostática
Pouca autonomia;
Redução de mobilidade;
Quedas e fraturas.
SARCOPÊNIA
Primária - está relacionada ao envelhecimento, quando nenhuma outra causa é evidenciada;
Secundária - considerada multifatorial, pode estar relacionada às doenças, à atividade física
(acamado, estilo de vida sedentário), à nutrição (dieta inadequada, baixa ingestão de calorias ou
proteínas, má absorção, desordens gastrointestinais ou uso de medicamentos anorexígenos)
Resultado ≥ 4
Risco de
sarcopenia
OBESIDADE SARCOPÊNICA
RI, SM
DM2
CAVIDADE ORAL
ALTERAÇÕES SENSORIAIS
ACLORIDRIA
DIGESTIVA
DISFAGIA
Recomendações
• Normalmente há necessidade de espessamento
de líquidos
Usar espessante ou amido de milho, creme de
arroz.
Constipação
Diminuição peristaltica;
Associado a sedentarismo, baixa ingestão de fibras, agua,
processos patológicos e uso de medicamentos;
CAPACIDADE
DIGESTIVA
ALTERAÇÕES SENSORIAIS
Degeneração macular
Glaucoma (nervo);
Catarata (cristalino);
Consequências
VISÃO
Sistema / Alterações Nutriente Recomendação dietética
afetado/consequências
GASTROINTESTINAL
Atrofia mucosa gástrica ocasiona • Ferro não heme e Cálcio Aumento da ingestão de ferro e
1. Produção reduzida de ácido Má-absorção (anemia, vitamina B12; carnes vermelhas,
clorídrico, osteoporose) fígado e cereais fortificados.
2. Reduzida secreção do fator
intrínseco, de enzimas. • Vitamina B12
Absorção prejudicada. Má-absorção
(se grave: anemia perniciosa)
3. Esvaziamento gástrico mais Ingestão de fibras aumentada
lento Probióticos, prebióticos, água
4. Diminuição da motilidade • Fibras
intestinal e do cólon (constipação)
ÓSSEO
1. Hipocloridria • Cálcio e Vit. d Suplementar alimentos fontes
2. Comum a deficiência de Cálcio e Má absorção (osteoporose, risco de Ca: queijo, leite desnatado,
vit. D de fraturas); etc. Alimentos fontes de vit. D.
Absorção de Cálcio prejudicada
OUTRAS
ALTERAÇÕES
Desidratação
• Diminuição da água corporal 15 a 20%;
• Complicações renais; medicamentosas
(laxantes e diureticos), calor;
• Diminuição da sede (disfunção cerebral e
diminuição sensibilidade dos
osmorreceptores)
Imunodepressão
• Resposta lenta e menos eficiente;
• Infecções oportunistas;
• Aumento de incidência de doenças
oncológicas
OUTRAS
ALTERAÇÕES
Neurodegenerativas
• Parkinson;
• Alzheimer;
• Demências;
• Esclerose;
Psicologicas
• Depressão;
FATORES QUE AFETAM O CONSUMO ALIMENTAR
Alterações fisiológicas
Alcoolismo e
Psicossociais
tabagismo
Doenças Crônicas
Medicamentos Econômicos
ANAMNESE ALIMENTAR
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES
1. QUEIXAS PRINCIPAIS
2. HISTÓRIAPREGRESSA
Doenças Doenças
Antecedentes
descompensa
das
DCNT
ANAMNESE ALIMENTAR
3. HÁBITOS /CONSUMOALIMENTAR
• Rotina;
• Estado funcional/Exercício físico;
• Condição socioeconômica;
• Dificuldade para mastigar ou deglutir;
• Edentulismo ou prótese dentária;
• Hábito intestinal e ingestão hidríca;
AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL
AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA
% PERDA DE
PESO x TEMPO
IMC
AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA
Utilizando estadiômetro ou
ALTURA
altura estimada por fórmula
(usando a AJ)
Estimativa de altura:
Homens = [64,19 - (0,04 x idade)] + (2,02 x altura do joelho em cm)
Mulheres = [84,88 - (0,24 x idade)] + (1,83 x altura do joelho em cm)
Fórmula de Chumlea e cols, 1987.
AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA
NECESSIDADES ENERGETICAS
EQUAÇÕES
PROTEINAS
LIPIDEOS
FIBRAS
(AI)
Mulher 21 g/dia;
Homem 30g/dia
A constipação:
*A alimentação pobre em fibras e a reduzida ingestão de água
*A falta de atividade física contribui para o agravamento
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
FIBRAS
*Ser fermentada pela microbiota intestinal, formando AGCC.
*Estimular o crescimento e/ou atividade de bactérias intestinais associadas
com a saúde.
Exemplo: Inulina, frutooligossacarídeos, pectina e lignina
VITAMINAS E MINERAIS
Vitamina D
Cálcio
Absorção de Ca.
para prevenção de
osteoporose. Ingestão inadequada
Risco de deficiência: pode aumentar a perda
óssea e o risco de
• Hipocloridria osteoporose;
• Deficiência de vitamina
D, cafeína, Risco de deficiência:
• Uso de medicamentos, • Redução da ingestão
excesso de sódio • Exposição à luz solar.
• Bariatricos
Deficiência: aumento do risco de queda e fraturas!!
Recomendação de Ca – 1200mg/dia homens e mulheres idosos
Níveis baixos de vitamina D são facilmente encontrados em aproximadamente 50% dos idosos.
Estudos clínicos:
Indivíduos que possuem insuficiência de vitamina D:
apresentam alta incidência de queda, fraturas e redução da força muscular.
Associada com a diminuição do desempenho físico.
Fontes alimentares: carnes, peixes e frutos do mar, como salmão, sardinha e mariscos, e alimentos como ovo, leite
fígado, queijos, óleo de fígado de peixe
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
VITAMINAS E MINERAIS
Vitamina B12
Anemia é prevalente
Ferro
Sódio
Zinco
A deficiência está
Pode haver alta ingestão;
associada à função imunológica
prejudicada, anorexia, disgeusia,
cicatrização retardada e Atentar-se ao consumo
desenvolvimento de úlceras de excessivo.
pressão e na regulação do .
metabolismo ósseo. Há consumo
de quantidades inadequadas de Zn
B- CAROTENO
Zinco
Vit. C
Cobre
Vit. E
FLUIDOS
Homens - 3,7 L de água total (água nos alimentos, bebidas e água potável)
3 L deve ser de água
Mulheres - 2,7 L de água total (água nos alimentos, bebidas e água potável)
2,2 L deve ser de água
35 – 40 ml x Kg/peso
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
da dieta
Mínimo de adequação para os micronutrientes: 90%
Máximo de adequação para os nutrientes: Não ultrapassar UL
Nutriente Contribuição
Fibras DRIs (Máximo 140%)
Relação Ca/P 0,9 -1,1:1
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Nutriente Contribuição
Carboidrato 55-65%; Carboidrato simples: < 10%
Resumo para Proteína 10 -15%
planejamento Proteína(g)/kg de 0,8 g/kg/ dia (podendo exceder em até
da dieta peso corporal 250%, atingindo NdpCal% máximo )
Lipídios 25-30%
Ác. Graxos saturados < 10%
Ác. Graxos poli- 6-11%
insaturados
Ác. Graxos Diferença
monoinsaturados
Colesterol < 300mg
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
BRASIL. Ministério da Saúde. Fascículo 2 Protocolos de uso do Guia Alimentar para a população brasileira na
orientação alimentar da população idosa [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Universidade de São Paulo. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2021. 15 p.
CARUSO, L. Distúrbios do trato digestório. In: CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Clínica no Adulto. 3ª ed. São
Paulo: Manole, 2014. cap. 12, p. 297-325.
MALMSTROM, T. K.; MORLEY, J. E. SARC-F: a simple questionnaire to rapidly diagnose sarcopenia. J Am Med
DirAssoc., v. 14, n. 8, p. 531-532, 2013.
VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Rubio, 2014.
VOLKERT, D.; BECK, A.M.; CEDERHOLM, T.; CRUZ-JENTOFT, A.; GOISSER, S.. HOOPER, L. et al. ESPEN
guideline on clinical nutrition and hydration in geriatrics. Clinical Nutrition, v. 38, p. 10-47, 2019.
WELLMAN, N. S.; KAMP, B. J. Nutrição no envelhecimento. In: MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause:
Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 14ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. cap. 20.