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Nutrição do Idoso

Apresentação da Unidade

Objetivos
• Compreender os aspectos relativos à alimentação saudável, à longevidade e à
qualidade de vida do idoso;
• Reconhecer e aplicar as diferentes recomendações nutricionais para o idoso,
visando a uma nutrição adequada, à promoção da saúde, à prevenção de
doenças crônicas não transmissíveis e a uma maior qualidade de vida.
Videoaula
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Material Teórico

Conteudista: Prof.ª Dra. Wysllenny Nascimento de Souza Buzzi

Revisão Textual: Maria Thereza Carvalho Rodriguez Guisande | Ma. Jaqueline Camara
Ramos

Contextualização
Imaginemos que estamos fazendo atendimento a uma família constituída de um casal de idosos.
Quais cuidados serão essenciais para um atendimento eficaz? Quais conhecimentos você, como
profissional de saúde, deve ter em relação ao funcionamento do metabolismo durante o
envelhecimento? Quais questionamento você faria a esse casal? Seria importante questionar a
respeito da mastigação, do olfato e da independência? As dificuldades digestivas e de deglutição
devem ser levadas em conta?
Leitura
Leia as notícias a seguir e veja os desafios do envelhecimento:

IBGE mostra envelhecimento da população no Brasil

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Os desafios de envelhecer no Brasil

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Introdução
O envelhecimento humano é um processo natural, biológico, progressivo e irreversível. Em 1998,
Rowe e Kahn definiram como envelhecimento saudável aquele com baixo risco de doenças e de
incapacidades funcionais relacionadas a elas, funcionamento mental e físico excelentes e
envolvimento ativo com a vida (ROWE; KAHN, 1998).

Durante o envelhecimento, ocorre um declínio progressivo das funções metabólicas e fisiológicas,


que é decorrente das alterações causadas pelo avanço da idade. Dessa forma, acontece uma
deterioração histológica e patológica, resultando em redução da homeostase e da capacidade
fisiológica de adaptação dos organismos. Essas alterações e a deterioração podem gerar processos
normais ou patológicos ao envelhecimento.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que, em países em desenvolvimento, idosos


são aqueles com idade ≥ 60 anos e, em países desenvolvidos, são aqueles com idade ≥ 65 anos
(OMS, 2002).

O envelhecimento da população já é algo notório no Brasil e no mundo. Estima-se que, em 2050, o


número de pessoas com idade ≥ 60 anos vai mais que dobrar, saindo dos atuais 900 milhões para
cerca de 2 bilhões (OPAS/OMS, 2012). No Brasil, segundo o IBGE, em 2025 seremos o sexto país
do mundo com mais pessoas idosas. Isso é reflexo do desenvolvimento econômico, da transição
epidemiológica e da transição demográfica que o nosso vem passando ao longo dos anos.

O aumento da população idosa vem acompanhado por diversos desafios, especialmente para nós,
profissionais da saúde, tendo em vista que eles são um grupo mais suscetível a doenças crônicas,
neurológicas, cardiovasculares e a quedas. Desse modo, é imprescindível que o envelhecimento
esteja também associado a uma melhor qualidade de vida, que está diretamente relacionada a uma
melhor qualidade da nutrição e uma melhor alimentação, proporcionando uma longevidade sadia,
com independência e qualidade.

Características e Alterações Relacionadas ao Envelhecimento


No idoso, algumas características são típicas e notórias, estando diretamente relacionadas a esse
processo progressivo que é o envelhecimento. Você verá que essas características e alterações
influenciam direta e indiretamente nas condições de vida, na qualidade de vida e no estado
nutricional do idoso. A seguir, você poderá verificar algumas das principais:

• Maior prevalência de doenças crônicas;


• Aumento do risco de quedas e fraturas;
• Maior utilização dos serviços de saúde (maior número de internações hospitalares e maior
tempo de ocupação do leito);
• Diminuição do ritmo de trabalho e vida produtiva;
• Maior rejeição do mercado trabalho;
• Diminuição do poder aquisitivo;
• Diminuição da independência econômica;
• Diminuição da qualidade de vida;
• Perda do cônjuge/ente querido;
• Maior isolamento familiar e social;
• Modo de vida solitário e maior índice de depressão;
• Diminuição da autoestima;
• Dificuldades com o deslocamento;
• Menor disponibilidade de alimentos;
• Maior aquisição de alimentos industrializados e de fácil preparo e manuseio;
• Aumento do consumo de alimentos mais calóricos e com baixo valor nutricional.

Prezado(a) aluno(a), as alterações associadas ao envelhecimento são de diversas origens:

• Alterações sensoriais: diminuição das papilas gustativas, com diminuição da identificação dos
sabores; menor sensibilidade aos sabores doces e salgados; menor percepção olfativa; menor
acuidade visual; maior sensibilidade à temperatura dos alimentos; diminuição da sensibilidade
à sede (o que ocasiona uma menor ingestão alimentar e hídrica); e diminuição do apetite;
• Alterações anatômicas e na composição corporal: diminuição da função pulmonar; diminuição
do metabolismo basal; redução da água corporal total em cerca de 15 a 20%; aumento da
massa gordurosa; e diminuição da massa magra (água, tecido ósseo e muscular);
• Alterações na cavidade oral: ausência total ou parcial de dentes; uso inadequado de próteses
dentárias; menor salivação; xerostomia; perda de elasticidade e atrofia do tecido bucal;
presença de cáries e má higiene oral; e redução da capacidade de mastigação em decorrência
do uso de prótese;
• Alterações gástricas: diminuição do ácido clorídrico e da secreção gástrica, ocasionando uma
atrofia gástrica; diminuição do fator intrínseco, o que causa uma diminuição da absorção da
vitamina B12; retardo no esvaziamento gástrico; e diminuição na absorção de cálcio e
proteína;
• Alterações intestinais: aumento da flora bacteriana; aumento das flatulências; dieta pobre em
fibras; diminuição do consumo e da absorção de água, gerando maior constipação; diminuição
dos movimentos peristálticos e da motilidade intestinal; e diminuição da função absortiva;
• Alterações metabólicas: ocorrem modificações orgânicas funcionais nos rins, pâncreas e
fígado, gerando uma diminuição da massa celular desses órgãos; diminuição da secreção de
enzimas pancreáticas (tripsina e lipase); e diminuição na produção de colesterol e bile;
• Alterações motoras e de atividade física: diminuição da atividade física, por doenças
neurológicas ou fisiológicas que reduzem a mobilidade, impactando na massa magra; e
diminuição do gasto energético total.

Avaliação Nutricional

No idoso, a avaliação nutricional também tem por objetivo o diagnóstico nutricional, por isso ela
deve envolver: avaliação antropométrica, avaliação do consumo alimentar, avaliação clínica (sinais e
sintomas),

avaliação bioquímica e histórico de saúde. A seguir, veremos que alguns métodos e parâmetros são
específicos para a avaliação do idoso, enquanto outros bastante difundidos para a avaliação do
adulto não são precisos na população idosa.
Avaliação Antropométrica

Com o envelhecimento, há uma diminuição da estatura devido ao achatamento dos discos


intervertebrais, do arco plantar dos pés e do enfraquecimento da musculatura das pernas. Também
é importante considerar que, na população idosa, é mais frequente a amputação e a imobilidade,
assim como a presença de edemas. Portanto, devemos utilizar referências específicas para essa
faixa etária.

Outra peculiaridade é que, no idoso, às vezes temos que usar medidas de estimativa de peso e de
altura devido à impossibilidade de pesá-lo e de aferi-la. Alguns exemplos dessas medidas estão
descritos a seguir:

• Medidas de peso: peso estimado, peso ajustado (desnutrição ou obesidade), percentual de


perda de peso, peso ideal, peso ideal corrigido para amputação, peso atual com correção para
edema;
• Medidas de altura: altura aferida, altura estimada pela altura do joelho e altura estimada pela
hemienvergadura do braço.

O IMC do idoso, pelos fatores citados anteriormente, tem classificação diferente e é específico para
essa faixa etária. No Quadro 1, veja essas diferentes classificações. É importante destacar que, no
Sistema Único de Saúde (SUS), é utilizada a classificação de Lipchitz.

Quadro 1 – Classificação do IMC para idosos, de acordo com diferentes referências

IMC (kg/m2)

Eutrofia/Normali Excesso de
Baixo Peso Obesidade
dade Peso/Sobrepeso

Lipchitz
< 22 ≥ 22 e ≤ 27 > 27 –
(1994)

OMS*
(1998) <18,5 ≥ 18,5 e ≤25 ≥ 25 e <30 –

OPAS*
(2008) ≤ 23 > 23 e <28 ≥ 28 e <30 ≥ 30

Harris e Haboubi
(2005) < 24 ≥ 24 e <27 ≥27 ≥ 30
*OMS: Organização Mundial de Saúde; OPAS: Organização Pan-Americana de Saúde.

Fonte: Adaptado de TAVARES et al., 2015

Veja, a seguir, outras medidas antropométricas que podem ser utilizadas nessa faixa etária:

• Dobras cutâneas: a aferição das dobras é menos precisa no idoso. As mais indicadas são:
Dobra Cutânea Subescapular (DCSE) e Dobra Cutânea Tricipital (DCT). Ambas podem ser
aferidas com o idoso sentado, deitado ou em decúbito lateral (no caso dos acamados). A DCSE
é um indicador de reserva calórica e a DCT indica reserva energética (tecido adiposo);
• Circunferência do Braço (CB): sua aferição reflete a estimativa de proteína somática (proteína
muscular e tecido adiposo), ou seja, é um bom indicador de reserva calórica e proteica;
• Circunferência Muscular do Braço (CMB): avalia a reserva do tecido muscular, sem correção
de massa óssea, e é uma medida sensível para estimar a perda de massa muscular em idosos;
• Circunferência da Panturrilha (CP): é considerada a medida mais sensível para estimativa de
massa muscular em idosos. Deverá ser considerada adequada a circunferência da panturrilha
igual ou superior a 31 cm para homens e mulheres (OMS, 1995).

Avaliação Bioquímica

Em idosos, é imprescindível que a avaliação bioquímica inclua parâmetros que podem ser
indicadores do estado nutricional:

• Hemograma completo: identifica possíveis anemias nutricionais e diminuição da imunidade


através da contagem de linfócitos;
• Glicemia de jejum e perfil lipídico: essenciais para idosos com risco de doenças crônicas;
• Proteínas totais e proteínas plasmáticas: a albumina sérica, a transferrina, a pré-albumina e a
proteína transportadora de retinol podem estar diminuídas em condições de desnutrição
energética-proteica, devido à redução na biossíntese hepática;
• Função hepática e renal;
• Deficiência de micronutrientes e outros exames específicos: quando for necessário e souber
a interpretação correta.

Avaliação do Consumo Alimentar

Em idosos, podem ser utilizados os métodos que abordamos em adultos (história alimentar,
recordatório de 24 horas, questionários de frequência alimenta e registro alimentar). Entretanto,
nessa faixa etária, a gente deve adequar esses métodos, levando em consideração o analfabetismo,
os problemas de memória e todas as alterações fisiológicas citadas anteriormente.
Na avalição do consumo alimentar de idosos, faz-se necessário a adição de outros itens ao
questionário, por exemplo: investigar a consistência da alimentação, o local de realização das
refeições, as preferências e aversões alimentares, o responsável por preparar as refeições, a
independência alimentar e o consumo hídrico.

No idoso, é efetivo utilizar os métodos que não dependam da memória (o que será relativo a cada
indivíduo e a cada processo patológico quando presente). Muitas vezes, é necessária a ajuda do
cuidador ou do familiar. É importante também a utilização de álbuns fotográficos com os utensílios
e o tamanho das porções.

Importante
No idoso, deve-se sempre verificar as condições de memória e alfabetização antes de
optar por um ou mais inquéritos.

Avaliação Clínica

A avaliação clínica tem por objetivo avaliar os sinais e sintomas de ordem nutricional no idoso.
Entre esses parâmetros, podemos observar: a depleção de tecido muscular nas têmporas, nos
olhos, nos ombros, na clavícula, nas costelas, na região supraclavicular, infraclavicular, no dorso da
mão e na região entre o polegar e o indicador; a hidratação do paciente; a presença de feridas ou
fissuras na boca, gengiva ou língua; a presença de xerose e/ou descamação na pele; a presença de
edema nas extremidades; os cabelos quebradiços ou com alopecia; e as unhas rugosas.
Leitura
Veja a Mini Avaliação Nutricional (MAN), específica para triagem nutricional de risco
em idosos.

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Recomendações Nutricionais

Como já observamos e estudamos até aqui, as alterações metabólicas, orgânicas, sociais e


fisiológicas que acontecem progressivamente com o envelhecimento refletem no estado nutricional
do idoso e também no seu metabolismo. Por esse motivo, é tão importante a prescrição dietética
dentro das necessidades orgânicas e metabólicas desse paciente, influenciando diretamente sua
longevidade e qualidade de vida.

O(a) nutricionista, ao utilizar as recomendações nutricionais para idosos, deve estar atento(a) à
quantidade de energia ingerida, ao estado nutricional, ao volume diário ingerido, à qualidade e
característica da dieta, à depleção da massa magra e à realização de atividade física.

No envelhecimento, também ocorre uma redução importante da taxa metabólica basal (lembre-se
que já citamos a causa disso no início da Unidade). Nesse sentido, estima-se uma redução de
aproximadamente 10% dessa taxa entre 60 e 69 anos e mais 10% a partir dos 70 anos (RAVUSSIN;
SWINBURN, 1993).

No Quadro a seguir, veja as recomendações energéticas para idosos, de acordo com diferentes
métodos.

Quadro 2 – Recomendações energéticas para idosos

Método RDA/89 (≥ 60 anos)


Masculino Feminino

Taxa Metabólica Basal Taxa Metabólica Basal


(8,8 X P[Kg]) + (1128 X A[m]) – 1071 (9,2 X P[Kg]) + (637 X A[m]) – 302

GET = TMB x FA GET = TMB x FA

Em que: Em que:

• Atividade Física = FA; • Atividade Física = FA;


• Sedentário – 1,40; • Sedentário – 1,40;
• Leve – 1,55; • Leve – 1,56;
• Moderada – 1,78; • Moderada – 1, 64;
• Intensa – 2, 10. • Intensa - 1, 82.

Método RDA/89 (≥ 60 anos)

DRI (IOM, 2005)

[662 – (9,53 x I)] + {PA × [(15,91 × P) [354 –(6,91×I)] + {PA x [(9,36 × P) +(726 ×
+(539,6 × A)]} A)]}

Onde: Onde:

• I = idade em anos; • I = idade em anos;


• P = peso em Kg; • P = peso em Kg;
• PA = Atividade Física; • PA = Atividade Física;
• A = altura em metros; • A = altura em metros;
• PA =1,0 – sedentário; • PA =1,0 – sedentário;
• PA =1,11 –pouco ativo; • PA =1,12 –pouco ativo;
• PA =1,25 – ativo. • PA =1,27 – ativo.

PA = 1,48 – muito ativo PA = 1,45 – muito ativo


Fonte: Adaptado de FAO/OMS, 1995 | IOM, 2005

Quadro 3 – Recomendações de macronutrientes e água para idosos

Dietary Reference Intakes (DRIs)

CARBOIDRATOS LIPÍDEOS
130g/dia ou 45 a 65 % do VET 25 a 35% do VET
< 10% do VET de açúcares de adição Ácidos graxos saturados = <
10% do VET
Fibras
Mulheres: > 21g/dia Ômega 6:
Homens: > 30g/dia Homens: 14g/dia
Mulheres: 11g/ dia
PROTEÍNAS
0,8g/kg/dia ou 10 a 35% do VET Ômega 3:
1,0 g/kg/dia (Sociedade Brasileira de Homens: 1, 6g/dia
Alimentação e Nutrição -SBAN) Mulheres: 1,1g/ dia

ÁGUA Colesterol
Homens: 3,7 L/dia < 300mg/dia
Mulheres: 2,7 L/dia Evitar gordura do tipo trans

Ou

1 ml/Kcal ou 30 ml/Kg/dia

Fonte: Adaptado de IOM, 2005

Quadro 4 – Recomendações de micronutrientes para idosos

Micronutriente 51 a 70 anos

Homens Mulheres

Cálcio (mg) 1000 1200


1200 1200
> 70 anos

Ferro (mg) 8 8

Zinco (mg) 11 8

Fósforo (mg) 700 700

Selênio (μg) 55 55

Magnésio (mg) 420 320

Vitamina A (μg) 900 700

Vitamina E (mg) 15 15

Vitamina D (μg) 10 10

Vitamina K (μg) 120 90


Vitamina B 12
2,4 2,4
(μg)

Vitamina B6
1,7 1,5
(mg)
Fonte: Adaptado de IOM, 2005, 2011

Orientações Nutricionais para o Idoso

Segundo dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (2017-2018), o padrão de consumo alimentar


do idoso brasileiro tem como principal característica o consumo de alimentos in natura ou
minimamente processados, principalmente feijão e arroz, seguidos de carnes e leite. Entretanto, o
consumo de alimentos ultraprocessados ainda contribui com cerca de 15% das calorias consumidas,
com destaque para bolachas salgadas e pães industrializados, seguidos dos doces e guloseimas.
Estudos com essa faixa etária também indicam que é comum a troca de refeições caseiras feitas em
casa por lanches feitos com bolachas, pães, leite e alimentos ultraprocessados, como embutidos
(IBGE, 2020).

Em 2021, o Ministério da Saúde lançou o “Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a População
Brasileira na Orientação Alimentar da Pessoa Idosa”, que deveria ser utilizado por profissionais de
Nutrição no âmbito da atenção básica à saúde no SUS (BRASIL, 2021).

Nesse protocolo, há um formulário para avaliação do consumo alimentar e um cronograma para


direcionar a conduta alimentar do idoso. Adicionalmente, ele traz orientações que o profissional de
Nutrição pode utilizar nas recomendações dadas à população idosa.

Prezado(a) aluno(a), acesse o protocolo completo no “Saiba mais” e, no Quadro 5, você poderá
visualizar, de forma resumida, as principais recomendações que devem ser dadas à pessoa idosa
segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação Alimentar da Pessoa Idosa.

Quadro 5 – Dez passos para uma alimentação adequada e saudável

RECOMENDAÇÃO 4:
RECOMENDAÇÃO 1:
Oriente o consumo diário de legumes e
Estimule o consumo diário de feijão
verduras

RECOMENDAÇÃO 2:
RECOMENDAÇÃO 5:
Oriente que se evite o consumo de
Oriente o consumo diário de frutas
bebidas adoçadas
RECOMENDAÇÃO 3: RECOMENDAÇÃO 6:
Oriente que se evite o consumo de Oriente que o usuário coma em ambientes
alimentos ultraprocessados apropriados e com atenção

Fonte: BRASIL, 2021

Leitura
Acesse o material a seguir e veja as principais recomendações nutricionais para a
pessoa idosa:

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Existe, ainda, um manual de alimentação saudável para a pessoa idosa, publicado em 2010, também
pelo Ministério da Saúde. Ele é um dos principais marcos para a alimentação da população idosa
brasileira. Nele, constam os 10 passos para uma alimentação saudável da pessoa idosa (veja no
Quadro 6).

Quadro 6 – Dez passos para uma alimentação saudável da pessoa idosa

1º Fazer cinco refeições ao dia, sendo as 6º Consumir uma porção de óleos por dia,
principais refeições: desjejum, almoço, preferindo óleos vegetais, azeite, manteiga
jantar e dois lanches ao longo do dia. ou margarina.

7º Evitar refrigerantes, sucos


2º Incluir seis porções de cereais e
industrializados, bolos, biscoitos doces e
tubérculos diariamente, dando preferência
recheados, consumindo-os, no máximo,
aos cereais integrais e naturais.
duas vezes por semana.
3º Consumir três porções de frutas e 8º Reduzir a quantidade de sal nas
hortaliças ao dia. preparações e retirar o saleiro da mesa.

9º Beber, no mínimo, dois litros de água


4º Consumir arroz e feijão diariamente ou,
por dia e dar preferência para consumi-la
pelo menos, cinco vezes por semana.
nos intervalos das refeições.

5º Consumir três porções de leite e


10º Evitar consumo de bebidas alcóolicas
derivados e uma porção de carnes ao dia,
e fumo e praticar atividade física.
retirando a gordura aparente das carnes.
Fonte: BRASIL, 2010
Material Complementar

Leitura

Início da Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030) nas Américas

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Alimentação Saudável para a População Idosa (Ministério Saúde)

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Padrões Alimentares de Indivíduos Idosos do Município de São Paulo: Evidências do Estudo SABE
(Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento)

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Comparação do Estado Nutricional e da Ingestão Alimentar Referida por Idosos de Diferentes
Cortes de Nascimento (1936 a 1940 e 1946 a 1950): Estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento
(SABE)

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Envelhecimento Bem-Sucedido: Uma Meta no Curso da Vida

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Referências
BRASIL. Pesquisa de orçamentos familiares 2017–2018: análise do consumo alimentar pessoal no
Brasil/IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro: IBGE, 2020.

________. Ministério da Saúde. Fascículo 2: Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a População
Brasileira na Orientação Alimentar da Pessoa Idosa. Ministério da Saúde, Universidade de São
Paulo. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível
em:<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_guia_alimentar_fasciculo2.pdf>.
Acesso em: 12/01/2022.

________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.


Alimentação saudável para a pessoa idosa: um manual para profissionais de saúde. Brasília, 2009.
Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saude.pdf
>. Acesso em: 12/01/2022.

CARDOSO, B. R.; ALMONDES, K. G. S.; COZZOLINO, S. M. F. Alimentação do idoso. In:


COMINETTI, C.; COZZOLINO, S.M.F. (org.). Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição nas
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ROWE, J. W.; KAHN, R. L. Successful aging. New York: Pantheon, 1998.

RAVUSSIN E., SWINBURN B. Energy balance or fat balance? The American journal of clinical nutrition.
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TAVARES, E. L. et al. Avaliação nutricional de idosos: desafios da atualidade. Revista Brasileira de


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