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Apresentação da Unidade
Objetivos
• Compreender os aspectos relativos à alimentação saudável da pessoa adulta em
função das recomendações nutricionais e da avaliação nutricional;
• Saber e analisar as recomendações nutricionais para o adulto, visando a uma
adequada nutrição, à promoção de saúde e à prevenção de doenças crônicas não
transmissíveis;
• Utilizar o guia alimentar da população brasileira como suporte para as ações de
nutrição voltadas para o adulto.
Videoaula
Assista, a seguir, à videoaula desta Unidade.
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Material Teórico
Revisão Textual: Maria Thereza Carvalho Rodriguez Guisande | Ma. Jaqueline Camara
Ramos
Contextualização
Vídeo
Veja o vídeo a seguir, produzido pela TV Senado que traz dez novas regras para
uma alimentação saudável.
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Leitura
Será que a pandemia de Covid-19 aumentou ou diminuiu esses aspectos? Vamos
realizar juntos essa análise, lendo as duas reportagens a seguir.
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Introdução
Considerando os ciclos da vida, a fase adulta compreende indivíduos com uma faixa etária entre 20
e 59 anos. Essa fase é caracterizada por um total amadurecimento anatômico e fisiológico, por
transformações no peso e na composição corporal ao longo dos anos. Adicionalmente, o adulto
também é caracterizado por estar no período mais produtivo da vida. Em relação à saúde, essa é a
fase em que ocorre, em maior frequência, o aparecimento e o desenvolvimento de Doenças
Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
A alimentação saudável deve ser incentivada desde a infância, entretanto, na vida adulta, é que
podemos visualizar as consolidações dessas práticas alimentares. Prezado(a) aluno(a), aqui, é
importante que recordemos que a alimentação saudável está diretamente correlacionada a fatores
como: renda, escolaridade, acessibilidade, cultura, informação e características individuais.
Desta forma, juntos, nesta Unidade, vamos descobrir que a alimentação do adulto merece atenção
não apenas para a promoção da saúde, mas, principalmente, para promoção de hábitos alimentares
saudáveis, visando à redução do risco de doenças, em especial as DCNT. Assim, como profissionais
da Nutrição, temos o dever de direcionar e objetivar a qualidade de vida do indivíduo e da
população.
Avaliação Nutricional
A avaliação nutricional completa, nessa faixa etária, deve incluir parâmetros antropométricos,
clínicos, bioquímicos e de consumo alimentar. Pode-se escolher um ou mais métodos associados.
Essa escolha vai depender do objetivo do profissional de saúde e dos métodos e possibilidades
disponíveis durante o atendimento. Assim, será possível constatar um problema relacionado à
nutrição, correlacionando o histórico alimentar, histórico clínico, avaliação da composição corporal,
exames físico e bioquímicos.
A avaliação antropométrica é relativamente simples, de fácil aplicação e de baixo custo. Além disso,
não é invasiva — o que a torna essencial na avaliação do estado nutricional no adulto. Agora,
apresentaremos os principais dados que podem ser utilizados nessa avaliação.
A Circunferência da Cintura (CC) e a Relação cintura quadril (RCQ) têm como objetivo avaliar a
adiposidade abdominal, em função de sua associação com doenças crônicas. O perímetro da cintura
é o melhor indicador da gordura visceral e está mais relacionado às doenças cardiovasculares
ateroscleróticas. A RCQ, por sua vez, está mais relacionada à resistência à insulina.
Mulheres < 80 80 ao 87 ≥ 88 cm
Fonte: Adaptada de OMS, 2004
Vídeo
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Na utilização dos métodos de consumo alimentar, é importante levar em conta o objetivo, o local
de aplicação (consultório, escola, leito de hospital etc.), os costumes e crenças alimentares, o local
da refeição e o horário.
Método Column 2
Leitura
Avaliação do consumo alimentar e da ingestão de nutrientes na prática clínica
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Recomendações Nutricionais
Como você deve recordar da sua graduação, é uma das responsabilidades e atividade privativa do
profissional de Nutrição o cálculo e a prescrição de dietas. Estas podem ser individualizadas. Para
isso, existe a Ingestão Diária de Referência (DRI), que é um conjunto de quatro valores de
referência para ingestão de nutrientes (EAR, RDA, AI e UL) e também pode ser prescrições e
planejamentos de ingestão de grupos populacionais.
Recomendações Energéticas
Quadro 4 – Equações para o cálculo das recomendações energéticas em adultos
Em que:
PA = 1,0 – sedentário
PA = 1,11 – pouco ativo
PA = 1,25 – ativo
PA = 1,48 – muito ativo
Masculino
EER= 1.086- 10,1x I + [PA x (13,7 X P + 416 x
Com sobrepeso ou obesidade
E)]
PA = 1,0 – sedentário
PA = 1,12 – pouco ativo
PA = 1,29 – ativo
PA = 1,59 – muito ativo
PA = 1,0 – sedentário
PA = 1,16 – pouco ativo
PA = 1,27 – ativo
PA = 1,44 – muito ativo
Quadro 5 – Fórmulas rápidas (de bolso) para cálculo do gasto energético total
Objetivo Recomendação
56g/dia ♂
10-15% ou
Proteínas 46g/dia ♀ 10-35%
0,75g/kg
Lipídeos ND 15-35% 20-35%
38g/ dia ♂
Fibrasa 25 g/ dia ♀ – > 25g/dia
14-17g/ dia ♂b
Ômega 6 11- 12g/dia ♀c 5-10% 0,5 a 2%
ND, não determinado; a = valores de ingestão adequada (AI); b = 14g/dia (51-70 anos)
e 17g (19-50 anos); c = 12g (19-50 anos) e 11g (51-70anos).
Fonte: Adaptado de IOM, 2003, 2005; WHO/OMS, 2003, 2008
Homens Mulheres
Guia Alimentar
Em 2006, foi lançada a primeira edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, um
documento oficial do Ministério da Saúde, em que constava as primeiras diretrizes alimentares
oficiais para a população brasileira.
Com a grande transição nutricional e epidemiológica em que se encontra o nosso país, em 2014,
teve uma nova edição do Guia. Esse novo guia passou por uma consulta pública, o que permitiu o
debate amplo com os mais diversos setores da sociedade envolvidos com alimentação e nutrição,
bem como com os próprios brasileiros. O novo guia aborda questões sobre escolha alimentar,
preparo e local das refeições, valorizando a diversidade botânica e cultural brasileira. Além de
recomendações alimentares, o guia inclui recomendações sobre o comportamento alimentar.
Prezado(a) aluno(a), neste momento, destaco para você os dez passos para uma alimentação
adequada e saudável, dispostos na lista a seguir, os quais foram citados no guia, a fim de serem
utilizados pela nossa população. Para melhorar sua compreensão sobre esse valioso instrumento,
focado na alimentação de adultos, é essencial que você acesse o box de “Leitura” adiante.
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Veja, a seguir, algumas orientações gerais que você pode utilizar para os adultos:
• Incentivar o consumo de frutas, legumes e verduras se eles não estiverem presentes na dieta
ou estiverem abaixo do recomendado;
• Encorajar o consumo de oleaginosas e sementes;
• Orientar e promover o consumo de carnes magras e/ou de ovos, sem adição de gorduras;
• Incentivar o consumo de arroz e feijão e/ou leguminosas;
• Promover interação de informações entre as consultas e os conhecimentos do paciente;
• Estabelecer metas realistas, viáveis e possíveis;
• Orientar e conduzir o paciente durante suas próprias dificuldades, valorizando bons hábitos e
pequenos avanços;
• Ensinar o paciente a ser o ator principal da sua alimentação, não terceirizando a
responsabilidade;
• Auxiliar o paciente a romper as expectativas de resultados imediatos, impossíveis, midiáticos
e/ou comparativos;
• Incentivar, orientar e ensinar sobre melhores métodos de cocção e leitura de rótulos, para
melhorar as escolhas alimentares.
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Material Complementar
Livro
Vídeos
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Referências
BEN-NOUN, L. et al. “Neck circumference as a simple screening measure for identifying overweight and
obese patients”. Obesity research, v. 9, n. 8, p. 70-477, 2001.
________; ARIE, L. Relationship of neck circumference to cardiovascular risk factors. Obesity research,
v.11, p. 226-231, 2003.
INSTITUTE OF MEDICINE (IOM). Dietary reference intakes: Applications in dietary planning. Food a
Nutrition Board. Washington: The National Academy Press, 2003.
________. Dietary reference intakes for calcium and vitamin D. Washington: The National Academy
Press, 2011.
________. Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein
and aminoacids. Washington: The National Academy Press, 2005.
________. Dietary reference intakes for water, potassium, chloride and sulfate. Washington: The
National Academy Press, 2005.
PATERNEZ, A. C. Nutrição na vida adulta. In: ROSSI, L.; POLTRONIERI, F. (org.). Tratado de
Nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. p.443-454.
________. Fat and fatty acids in human nutrition: report of a joint WHO/FAO expert consultation.
Geneva: World Health Organization, 2008