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Obesidade

Diabetes Mellitus
Enfª Ma. Josiana Araujo de Oliveira

2023
Obesidade
 É considerada uma doença crônica, multifatorial e o distúrbio
nutricional mais comum na infância.
 O aumento crescente do número de obesos no mundo indica a
grande participação do ambiente na gênese da doença, com
hábitos dietéticos, sedentarismo e fatores psicossociais,
responsáveis por 95% dos casos.
 Cerca de 5% dos pacientes obesos exibirão alguma causa
identificada sendo 2% associados a síndromes genéticas raras, e
o restante a causas endócrinas e secundárias a medicamentos.

(MORETZSOHN; ROCHA; CAETANO, 2016)


Epidemiologia
 Segundo dados do Ministério da
Saúde (2020), houve um
aumento de 72% na incidência
da obesidade no período entre
2006 e 2019, que passou de 11,8%
para 20,3%. Isso significa que 2 a
cada 10 brasileiros estão obesos;
 O maior percentual está entre as
mulheres (21%) e aumenta
conforme a idade: para os jovens
de 18 a 24 anos é de 87% e entre
adultos com 65 anos e mais,
alcança o patamar de 20,9%
(BRASIL, 2020).
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/14/10-03-
2016-Encontro-Internacional-Obesidade-Infantil-FINAL---rea.pdf
Classificação da OMS
São consideradas com sobrepeso pessoas com IMC ≥25, e
obesas as que possuem IMC ≥30.
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/14/10-03-
2016-Encontro-Internacional-Obesidade-Infantil-FINAL---rea.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/14/10-03-
2016-Encontro-Internacional-Obesidade-Infantil-FINAL---rea.pdf
OBESIDADE

Aumento de quase 68% do número de obesos no Brasil entre

2006 e 2018, maior índice de obesidade nos últimos 13 anos.

Mas o estudo aponta também o cenário da saúde e mudanças de hábitos

mais saudáveis da população brasileira (VIGITEL, 2016).


Vídeo

https://youtu.be/llFzGvUfnw8
A partir do vídeo, liste as principais

complicações da obesidade e a que se

pode atribuir as mudanças no cenário

atual brasileiro.
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/14/10-03-
2016-Encontro-Internacional-Obesidade-Infantil-FINAL---rea.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/14/10-03-
2016-Encontro-Internacional-Obesidade-Infantil-FINAL---rea.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/14/10-03-
2016-Encontro-Internacional-Obesidade-Infantil-FINAL---rea.pdf
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/14/10-03-
2016-Encontro-Internacional-Obesidade-Infantil-FINAL---rea.pdf
Evite o tempo de tela
Quiz
A obesidade é um problema de saúde grave que atinge várias pessoas ao redor

do planeta. Marque a alternativa que apresenta o único fator que NÃO é

considerado desencadeador da obesidade.

a) Problemas genéticos.

b) Hábitos alimentares inadequados.

c) Hipertensão arterial.

d) Problemas hormonais.
GABARITO
 Alternativa “c”. A obesidade é um fator de risco para o
desenvolvimento de hipertensão arterial. Sendo assim, a
hipertensão pode ser considerada como uma consequência, e
não uma causa da obesidade.

a) Problemas genéticos.

b) Hábitos alimentares inadequados.

c) Hipertensão arterial.

d) Problemas hormonais.

e) Falta de atividades físicas regulares.


Quiz
A obesidade é uma doença crônica decorrente de um aumento da quantidade
de gordura no organismo. Apesar de muitas pessoas considerarem-na apenas
um problema estético, a obesidade é grave e pode ser a causa de vários
problemas de saúde. Indique, entre as alternativas a seguir, o problema que
não apresenta relação com a obesidade:

a) Hipertensão arterial.
b) Diabetes.
c) Cardiopatia.
d) Desgaste nas articulações.
e) Aumento da sensibilidade ao frio.
GABARITO
Alternativa “e”. O aumento da sensibilidade ao frio é
característico de pessoas com peso muito baixo, como os
anoréxicos. A camada de gordura encontrada no corpo protege-
nos contra baixas temperaturas.

a) Hipertensão arterial.
b) Diabetes.
c) Cardiopatia.
d) Desgaste nas articulações.
e) Aumento da sensibilidade ao frio.
A obesidade é um fator preditor para o DM II, para HAS e vem sendo
associada a diversos tipos de câncer. Para diagnosticar a obesidade, o IMC
tem sido adotado, por ser barato, não invasivo, universalmente aplicável e
com boa aceitação pela população. A OMS (Organização Mundial da Saúde)
utiliza a seguinte classificação para a obesidade: peso normal (18,5 – 24,9),
sobrepeso (25– 29,9) e obesos classe I (30 – 34,9), de classe II (35 – 39,9) e
de classe III (= /> 40).
Tendo como base essa categorização, podemos classificar um paciente com
1,80m de altura e 120 Kg como:
a) obeso classe I.
b) normal.
c) sobrepeso.
d) obeso classe II.
e) obeso classe III.
GABARITO
A obesidade é um fator preditor para o diabetes mellitus tipo II, para
hipertensão arterial e vem sendo associada a diversos tipos de câncer. Para
diagnosticar a obesidade, o IMC (Índice de Massa Corporal) tem sido
adotado, por ser barato, não invasivo, universalmente aplicável e com boa
aceitação pela população. A OMS (Organização Mundial da Saúde) utiliza a
seguinte classificação para a obesidade: peso normal (18,5 – 24,9),
sobrepeso (25– 29,9) e obesos, de classe I (30 – 34,9), de classe II (35 –
39,9) e de classe III (= /> 40).
Tendo como base essa categorização, podemos classificar um paciente com
1,80m de altura e 120 Kg como:
A- obeso classe I.
B- normal.
C- sobrepeso.
D- obeso classe II.
E- obeso classe III.
Refletindo...
 A obesidade atinge a população como um todo

ou há prevalência em alguma faixa etária?

 O ambiente é capaz de determinar a obesidade

na população? De que forma?

 Será que apenas o IMC é capaz de definir o

grau de obesidade de uma população?


Vídeo

Diabesidade: https://youtu.be/3lQ4xikaWTw
Atividade individual

 Defina o valor do seu IMC;

 Para quem é sedentário e está na classificação de

sobrepeso ou obesidade: cite os riscos e as medidas


preventivas recomendadas.
Notem o aumento da circunferência

abdominal...qual a relação da obesidade com o

DM II, doenças cardiovasculares e câncer?


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Atividade em duplas...interpretando um artigo

O impacto da
OBESIDADE
sobre a saúde

Disponível em:
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&cat
egory_slug=serie-uso-racional-medicamentos-284&alias=1535-obesidade-como-
fator-risco-para-morbidade-e-mortalidade-evidencias-sobre-o-manejo-com-medidas-
nao-medicamentosas-5&Itemid=965
Diabetes Mellitus

Brunner & Suddarth, p.2018.


Diabetes Mellitus
 Grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e
associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários
órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração
e vasos sanguíneos.
 Defeitos na secreção e/ou ação da insulina (destruição de
células beta do pâncreas – produtoras de insulina;
resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção de
insulina).
 Classificação:
• DM I
• DM II
• Diabetes Gestacional
• Diabetes Mellitus associado a outras condições ou síndromes.
https://static.docsity.com/documents_pages/notas/2010/11/25/dec0827488a2c1b4c9f8a46b1145ac76.png
Relembrando....
Reserva de glicose fisiológica

Glicogenólise

Fonte:https://www.bing.com/images/search?q=s%c3%adndrome+da+resist%c3%aancia+insulinica&view=detailv2&&id=B46A29938C665BF7D277B6CBD87DDEF4510072FF&s
electedIndex=49&ccid=j9JVc0TG&simid=608008465166174217&thid=OIP.M8fd2557344c6298d4a893c7b01532f62o0&ajaxhist=0
O fígado produz glicose através
da degradação do glicogênio
(Glicogenólise). Depois de 8 a
12 horas sem alimento, o fígado
forma glicose a partir da
degradação de substâncias não
carboidratos , incluindo os
aminoácidos (Gliconeogênese).

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4146559/mod_resource/content/1/Gliconeog%C3%AAnese.pdf
Relembrando.... Funções da insulina
Pâncreas Exócrino e Endócrino
 Transporta e metaboliza a glicose
para produção de energia;
 Estimula o armazenamento de
glicose no fígado e músculo
(glicogênio);
 Sinaliza ao fígado para interromper
a liberação de glicose;
 Intensifica o armazenamento de
lipídios da dieta no tecido adiposo;
 Acelera o transporte de
aminoácidos (da dieta) para as
células.
https://traidapelopancreasblog.files.wordpress.com/2016/09/pancreas.png
Relembrando...
Transporte de glicose para a célula

Fonte:https://www.bing.com/images/search?q=s%c3%adndrome+da+resist%c3%aancia+insulinica&view=detailv2&&id=BBD7733C9135282621ED77876F853AB6DC
D75200&selectedIndex=21&ccid=BbLtRG0M&simid=608026065946086917&thid=OIP.M05b2ed446d0c43cbe30ed327c0250407o0&ajaxhist=0
Classificação da DM
DM I DM II
•5 a 10 % dos casos; •90 a 95% dos casos;
•Pouca ou nenhuma insulina •Diminuição da insulina endógena ou
endógena; insulina aumentada com resistência à
insulina;
•Há evidências de resposta •Habitualmente em obesos (80%) associado
autoimune; a fatores ambientais;
•Início em qualquer idade, •Início em qualquer idade, habitualmente
habitualmente em indivíduos <30 em indivíduos >30 anos;
anos;
•Tratamento: insulinoterapia; •Tratamento: antidiabéticos orais e/ou
insulina;
•Complicação da hiperglicemia: •Complicação da hiperglicemia: síndrome
cetoacidose diabética. não cetótica hiperosmolar hiperglicêmica.
Classificação da DM
DM gestacional DM associado a outras
condições ou síndromes
•Ocorre em 2 a 5% de todas as gestações; •Diabetes secundário: doenças
•Início durante a gravidez: habitualmente pancreáticas, anormalidades
no 2º ou 3º trimestre; hormonais, medicamentos como
•Hormônios secretados pela placenta corticosteroides e preparações
inibem a ação da insulina; contendo estrogênio;
•Fatores de risco: obesidade, >30 anos, •Tratamento: antidiabéticos orais
história familiar de diabetes; e/ou insulina;
•Risco de macrossomia;
•Tratamento: dieta e, se necessário,
insulina;
•A intolerância à glicose pode ser
transitória, mas pode sofrer recidiva.
Quando a insulina não age bem no seu receptor faz com
que as células da pele se reproduzam?
R: A insulina em excesso começa a se ligar em
outro receptor no qual não encontra
resistência, o receptor de outra molécula
chamada IGF (insulin-like growth factor, do
inglês: fator de crescimento semelhante à
insulina). Pela ação nesse receptor, a insulina
promove crescimento de diversos tipos de
células da pele, resultando no aparecimento
Acantose
da acantose nigricans. Nigricans
Pontos Importantes...
 A destruição das células beta do Pâncreas leva:
 diminuição na produção de insulina,
 produção não controlada de glicose pelo fígado e hiperglicemia em
jejum.
➢ Na DM, a glicose proveniente do alimento não pode ser
armazenada no fígado, então, permanece na corrente sanguínea e
contribui para a hiperglicemia pós-prandial.
➢ Se glicose no sangue ultrapassar o limiar renal =180 a 200 mg/dℓ
(9,9 a 11,1 mmol/ℓ), os rins podem não reabsorver toda a glicose
filtrada >glicosúria.
➢ Quando a glicose em excesso é excretada na urina, é acompanhada
de perda excessiva de líquidos e eletrólitos >diurese osmótica.
Fatores de Risco

DM II

Brunner & Suddarth, pág. 2018.


Manifestações Clínicas
 Poliúria
 Polidipsia
Os 4 Ps
 Polifagia
 Perda involuntária de peso
 Fadiga
 Fraqueza
 Letargia
 Prurido cutâneo e vulvar
 Balanopostite
 Infecções de repetição
Diagnóstico laboratorial
 Glicemia de jejum*
 Teste oral de tolerância à glicose
 Glicemia casual**
 Hemoglobina glicada (ou glicosilada) e glicemia através de tiras
reagentes NÃO são adequados para o diagnóstico

*Jejum: definido pela ausência de aporte


calórico durante pelo menos 8h.

**Glicemia casual: a qualquer hora do dia,


independente dos horários das refeições.
Diagnóstico (critérios)

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018, pag. 24


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Complicações da DM
Complicações do diabetes mellitus
 Agudas:

➢Hipoglicemia;

➢Cetoacidose diabética;

➢Síndrome não-cetótica hiperosmolar hiperglicêmica.

 Tardias: oriundas de alterações na micro e macro vasculares.

➢Retinopatia e Nefropatia;

➢Cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular, doença vascular

periférica.
https://www.google.com.br/search?q=hipoglicemia+HGT+lown&tbm=isch&ved=2ahUKEwiWzO3r3_nnAhUBCNQKHbtXDK0Q2-
cCegQIABAA&oq=hipoglicemia+HGT+lown&gs_l=img.3...19682.21730..22118...0.0..0.155.1050.0j8......0....1..gws-wiz-
img.KShgzq7_A04&ei=4elbXtbXF4GQ0Aa7r7HoCg&bih=656&biw=1366#imgrc=Fh93nlsqqqORCM
Hipoglicemia
❑Caracterizada por um nível anormalmente baixo
de glicose no sangue, geralmente abaixo de 70
mg/dl (<3,3mmol/L);
❑É uma das complicações mais graves e comuns
(emergência) da Diabetes Mellitus;

Hemoglucoteste (HGT)
Hipoglicemia - Causas
• Diabéticos (Tipo 1): resultante da administração de insulina em
excesso e/ou do consumo inadequado de alimentos ou de
mudança do programa terapêutico;
• Diabéticos (Tipo 2): relacionada ao uso de hipoglicemiante oral
com meia vida longa, principalmente em pacientes idosos.
• Não diabéticos: hipoglicemia de jejum (doença hepática grave,
tumores pancreáticos, defeitos enzimáticos, superdosagem de
fármacos e infecção grave) ou hipoglicemia pós-prandial (mais
comum em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica).
Manifestações Clínicas

*Em uma primeira análise, pacientes que estejam fazendo


hipoglicemia parecem fazer eventos neurológicos agudos
como um acidente vascular encefálico.
Cuidados Importantes
• Abordar a vítima avaliando o nível de consciência, respiração;
• Avalie os sinais vitais e realize o exame de glicemia capilar.
• Pacientes acordados, alertas e com capacidade de deglutir
oferecer suco, lanches, gel de açúcar;
• Pacientes com rebaixamento do nível de consciência, sem
capacidade de deglutir, obter um acesso venoso e infundir
glicose hipertônica (conforme protocolo);
• Repetir a glicemia capilar após 15 minutos e, se necessário,
repetir a infusão de glicose hipertônica.
Cetoacidose diabética

• Causada pelo déficit de insulina, resulta em distúrbios no


metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios;
• Hiperglicemia (300 e 800 mg/dℓ (16,6 a 44,4 mmol/ℓ).
• Desidratação e perda de eletrólitos.
• Acidose (metabólica):
– degradação dos lipídios (lipólise)> ácidos graxos e
glicerol> corpos cetônicos pelo fígado.

Mais comum em pacientes com DM I


Causas – Cetoacidose Diabética

• Diminuição ou omissão da dose de insulina;


• Doença ou infecção em curso;
• Diabetes não diagnosticado e não tratado.

Outras causas de diminuição da insulina:


✓Erro do paciente ao aspirar ou ao injetar a insulina (sobretudo
pacientes com comprometimento visual);
✓Omissão intencional das doses de insulina;
✓Problemas com o equipamento (p. Ex.Oclusão do equipo da
bomba de insulina).
Achados – Cetoacidose Diabética
• A cetose e a acidose > sintomas gastrintestinais: anorexia, náuseas,
vômitos e dor abdominal.
• Hálito cetônico (odor de frutas) que ocorre com os níveis elevados de
cetona.
• Hiperventilação (respirações muito profundas e rápidas-Kussmaul).
https://youtu.be/_FdYGA-dSw8
• SNC: O paciente pode estar alerta, letárgico ou comatoso.
Síndrome não-cetótica hiperosmolar
hiperglicêmica (SNCHH)

• O nível de insulina está muito baixo para impedir a


hiperglicemia (e a diurese osmótica subsequente),
porém está alto o suficiente para evitar a
degradação dos lipídios.
• Os pacientes com SNCHH não apresentam os
sintomas gastrintestinais relacionados com a cetose
da CAD que os levam a procurar assistência médica.

A cetose e a acidose geralmente não


ocorrem na SNCHH
Síndrome não-cetótica hiperglicêmica
hiperosmolar (SNCHH)

• Hipotensão, desidratação profunda (mucosas secas, turgor


cutâneo deficiente), taquicardia e sinais neurológicos variáveis
(alteração do sensório, convulsões, hemiparesia);

• Para manter o equilíbrio osmótico, a água desloca-se do espaço


de LIC para o espaço de LEC. Com a glicosúria e desidratação,
ocorrem hipernatremia e aumento da osmolaridade;

• Frequentemente em idosos (50 a 70 anos de idade) sem história


conhecida de DM ou que apresentam DM do tipo 2.
Fonte: Brunner & Suddarth, pág 2070.
Tratamento da DM
Tratamento da DM

https://image.slidesharecdn.com/diabetesgestacional-170817021526/95/diabetes-gestacional-9-638.jpg?cb=1502936187
Auto monitoramento da glicemia capilar

• Base de tratamento!!!

• Frequência;

• Resposta rápida aos resultados.


Tratamento – Anti-hiperglicemiantes orais

Sulfoniluréias:
▪ Local de Ação: Células beta - Pâncreas;
▪ Efeito Esperado: Secreção de insulina;
▪ Efeito Adverso: Aumento de peso, hipoglicemia;
▪ Exemplo: Glibenclamida, Glimepirida;
▪ IPC: AAS, Trimetropim, Probenecida e Alopurinol
(aumentam o risco de hipoglicemia).
Tratamento – Anti-hiperglicemiantes orais

Biguanida:
▪ Local de Ação: Tecido periférico e fígado;
▪ Efeito Esperado: Aumenta a sensibilidade à insulina;
▪ Efeito Adverso: Vômitos, náuseas, diarreia;
▪ Exemplo: Metformina (Glifage®);
▪ IPC: Interromper uso 72h antes de cirurgias com
anestesia geral e exames de imagem com contraste.
Tratamento - Insulina

Brunner & Suddarth, pág. 2040


Tratamento – Apresentação da Insulina

Canetas de Insulina

Insulina Regular e NPH


Tratamento – Bomba de Insulina

https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcSvNvqP0btP7udPtfDOSqk
vIlnp-hF07lrsNlSR8ohnplnRYKN2

https://diabetesmaisdoce.files.wordpress.com/2014/05/bomba_20de_20insulina1.jpg
Tratamento - Insulina
• Cuidados de enfermagem
Frasco fechado: 2-8°C geladeira
– Conservação* Frasco aberto: temperatura ambiente (até
30°C – Atenção!) ou geladeira (até 30 dias).

– Aplicação via subcutânea (lipodistrofia/rodízio);


– Uso por via endovenosa contínua (paciente crítico);
– Hipoglicemia;
– Resistência insulínica.

*https://www.diabetes.org.br/publico/diabetes/insulina
Protocolo de controle glicêmico
Intra-hospitalar
▪ A glicemia capilar deve ser medida antes
das refeições (mínimo 4 x) e às 22 horas;
▪ Hipoglicemia: Administrar bebidas com
açúcar por via oral;
▪ Hiperglicemia de estresse: o alvo não é o
de euglicemia (80-110 mg/dl), mas sim o
de 140-180 mg/dl.

Pacientes com alteração no


nível de consciência

Fonte: Protocolo do Hospital Sírio e Libanês


Insulinoterapia venosa – paciente crítico
- Controle glicêmico:
✓Solução: 99 ml SF 0,9% + 100 UI Insulina Regular;
✓Parâmetros para início: ver protocolo
✓HGT horário;
✓Dose dependente;
✓Risco: hipoglicemia.

https://img.drogasil.com.br/wysiwyg/laminas/Cadastro/seringa.png
Por que alguns pacientes diabéticos podem
fazer hiperglicemia matinal estando em jejum?

Fenômeno Dawn

Brunner & Suddarth, pág. 2044


Complicações a longo prazo do DM

Macrovasculares

▪ Aterosclerose;

▪ Doença arterial periférica;

▪ Doença arterial coronariana.

Fonte: Diabetes Education Online, 2015.


Complicações a longo prazo do DM

Microvasculares

▪ Retinopatia;
▪ Nefropatia;
▪ Neuropatia.

Fonte: Diabetes Education Online, 2015.


Complicações
crônicas da
DM
Pé diabético
• Pé Diabético: presença de infecção, ulceração e/ou
destruição de tecidos profundos associados a
anormalidades neurológicas e a vários graus de doença
vascular periférica em pessoas com DM.
Dedos em Garra Dedos em Martelo Artropatia de Charcot
Pé diabético
Pé diabético
Teste do monofilamento de 10 g de Semmes-Weinstem
utilizado para a avaliação da sensibilidade tátil –
rastreamento de neuropatia diabética.

Pontos
de
avaliação
Cuidados com o Pé diabético
• Avaliação: anamnese, anatomia dos pés, hidratação, coloração,
pulsos, condições de higiene;
• Integridade das unhas e pés: avaliar presença de fissuras,
calosidades, úlceras, atrofia;
• Cuidados diários: avaliar os pés diariamente, realizar higiene, não
expor os pés a temperaturas >37°C, não andar descalço, usar
calçados confortáveis, evite meias apertadas, corte as unhas em
linha reta, hidrate os pés evitando entre os dedos, necessário
acompanhamento pela equipe multiprofissional.
Fonte:http://www.bing.com/images/search?q=s%c3%adndrome+metab%c3%b3lica&view=detailv2&&id=F972B241BC8C7F1F24D27E7760C08F6633359DA1&selec
tedIndex=3&ccid=FUk1uQ7Y&simid=608012322050411828&thid=OIP.M154935b90ed81a44e222fbfdd8a4fcf0o0&ajaxhist=0
Testando o conhecimento...

BMA, 69 anos, hipertensa e diabética, está na sala de


espera da UBS aguardando consulta de rotina.
Entretanto começou a apresentar boca seca, poliúria,
cansaço, fraqueza e sonolência. Foi realizada a glicemia
capilar, que confirmou um quadro de ____________,
mas sem sinais de gravidade como náuseas, vômito, dor
abdominal, hipotensão, sinais de desidratação, entre
outros. Considerando o manejo na UBS, uma das
condutas a ser tomada, corresponde à _____________.
Complete as lacunas com a opção
correta abaixo:
A) hipoglicemia/ observar adesão ao tratamento, uso correto
do medicamento e alimentação;

B) hiponatremia/ iniciada a hidratação venosa com SF 0,9% e


remover para emergência;

C) hipercalcemia/ realizada manobra de ressuscitação


cardiopulmonar;

D) hiperglicemia/ revisão da medicação em uso (orais e/ou


insulina) e indicação da insulina regular ou NPH pelo médico;
Classifique a lesão do pé diabético:
Avaliação do paciente com DM
Histórico de
Enfermagem • O que devo perguntar?

Exame Físico • O que devo examinar?

Exames
complementares • Quais exames?

Encaminhamentos Que profissionais de saúde


ele pode precisar?
Atividade para casa - Caso Clínico
Uma mulher de 68 anos de idade, que foi encontrada em estado
de apatia pelos seus vizinhos, é trazida à emergência com possível
cetoacidose diabética (glicemia = 350mg/dl). Ela é bem conhecida
da equipe da emergência, devido a episódios repetidos de
hipoglicemia no passado.

1- Compare a fisiopatologia e os sinais e sintomas da cetoacidose


diabética e da hipoglicemia.

2- Considerando que a paciente ficou internada por um quadro


sugestivo de CAD, elabore as Prescrições de Enfermagem.

(Utilize o Brunner a partir da pág: 2072 para auxiliar na construção).


Material
complementar
para leitura
josianaoliveira@yahoo.com.br

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