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2.

Estratégia Global em Dieta,


Atividade Física e Saúde
http://www.opas.org.br/

 O que é ?
 Documento que propõem ações de prevenção e controle
das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs);

 Aprovado em Maio de 2004 – 57º Assembléia Mundial da


Saúde – Organização Mundial da Saúde;

 São ações empreendidas conjuntamente, em nível local,


nacional e mundial buscando a prevenção e controle de
DCNTs.
 Quais são as principais
Doenças Crônicas Não Transmissíveis?
 Obesidade;
 Diabetes tipo 2;
 Alguns tipos de câncer;
 Doenças Cardiovasculares.

 Quadro Epidemiológico
 60% da mortalidade mundial;
 45% da morbidade global;
 2/3 do total de óbitos no Brasil;
 69% dos gastos referentes a atenção à saúde no Brasil.
Objetivos
 Reduzir fatores de risco de doenças não
transmissíveis associadas a alimentação não saudável e a
falta de atividade física;
 Promover a conscientização e conhecimento da
população da importância da alimentação saudável e da
atividade física para saúde;
 Fomentar, fortalecer e implantar políticas de
alimentação e nutrição;
 Informar e instrumentalizar os
profissionais da saúde.
Principais Ações da Estratégia Global
 Sensibilização e Mobilização Social: agenda
política, fóruns, movimentos sociais

 Informação e Educação: campanhas, programas de


educação na área de saúde e educação

 Política Alimentar e Agrícola: programas de


alimentação, regulamentação da propaganda de alimentos;
cantinas escolares

 Políticas de preços e subvenções: políticas fiscais


favoráveis
Principais Ações da Estratégia Global
 Otimização dos serviços de saúde: educação
e estímulo aos projetos de saúde
 Incentivo ao setor privado – promoção e
prevenção: aproximação com empresas do ramo da
alimentação
 Participação dos órgãos representativos das
profissões e associação de consumidores:
parceria de órgãos e associações de moradores
 Investir em Sistemas de Vigilância:
monitoramento dos fatores de risco.
TRABALHADORES ÁREA DA SAÚDE
Nutricionistas, Enfermeiros,
Prof ed física, Assistentes Sociais
e demais profissionais PROMOTORES

Estratégia Global em Dieta,


Atividade Física e Saúde
CONTEXTO SOCIAL

POLÍTICO TÉCNICO
OBESIDADE
• o que é obesidade e excesso de peso: são avaliadas pelo
IMC – pode variar de acorod com as populações e com a idade
• O problema: + de 1 bilhão de adultos com excesso de peso no
mundo; 17,6 milhões de crianças obesas com – de 5 anos;
• A obesidade é responsável por 2 a 6% do custo toal de atenção à
saúde em vários países em desenvolvimento.
• O impacto do excesso de gordura para a saúde:
produzem efeitos metabólicos adversos sobre a pressão
arterial, níveis de colesterol e triglicérides sangüíneos e a
resistência à insulina.
• Conseqüências: DCV, DM tipo 2, Câncer (mama, cólon,
próstata, endométrio, rim e vesícula biliar), osteoartrite.
• Relatório sobre saúde no mundo (OMS, 2002): 58% do
diabetes, 21% das cardiopatias isquêmicas, 8 a 42% de certos
tipos de câncer – atribuíveis a IMC > 21 kg/m2.
OBESIDADE
• O que fazer: estratégias a longo prazo que inclui
prevenção, manutenção do peso, por meio de ações
multisetoriais e integradas (alimentação + atividade
física).
• - criação de políticas públicas que promovam a
disponibilidade e o acesso a alimentos com baixo
teor de gordura e alto teor de fibras e que promovam
oportunidades para atividade física;
• - engajamento em atividade física moderada por,
pelo menos, 30 min diários;
• - promoção de comportamentos saudáveis para
incentivar, motivar e permitir que as pessoas
percam peso:
• Consumo de + frutas , verduras e cereais integrais;
• Diminuição de alimentos gordurosos e açucarados;
• Estimular atividades físicas.
DIABETES
• o que é: doença crônica, causada por
uma deficiência do pâncreas na produção de
insulina, ou por incapacidade da insulina
exercer adequadamente suas funções.
• A insulina é o principal responsável pelo
metabolismo e pelo aproveitamento da
glicose pelas céls do organismo, com
finalidade de gerar energia. Sua ausência ou
atuação deficiente, resulta num excesso de
açúcar no sangue, causando alterações no
metabolismo do açúcar, das gorduras e das
proteínas, ocasionando muitos prejuízos
para o corpo, particularmente para os
sistemas vascular e nervoso.
• Cerca de 177 milhões de pessoas sofrem de diabete no
mundo e isso deverá dobrar até 2030.
• Boa parte dessa expansão ocorrerá em países em
desenvolvimento, devido ao crescimento demográfico,
ao envelhecimento da população, aos hábitos
alimentares pouco saudáveis, à obesidade e aos estilos
de vida sedentários.
• Os casos do tipo 2 são crescentes – quase 90% dos
casos.
• Complicações:
• DCV – 70% das mortes de diabéticos em países
industrializados;
• Neuropatia, causando lesões nas extremidades e até
impotência; ulcerações das extremidades e
amputações;
• Retinopatia;
• insuficiência renal.
• O que fazer:
• A prevenção primária - por meio de alimentação
saudável e atividade física regular – reduz ou adia as
necessidades de atenção à doença. Deve ser enfatizada
nas regiões mais pobres do mundo, onde os recursos
são excassos.
• A prevenção secundária incui diagnóstico precoce e
tratamento apropriado. Controlar a hipertensão, o
colesterol, os níveis de glicemia pode reduzir
substancialmente o risco de complicações e
desacelerar sua progressão.
• Vários estudos demonstram que, mais da metade das
pessoas com excesso de peso e com tolerância
diminuída à glicose conseguiram reduzir incidência de
DM, por meio da diminuição no peso – meia hora de
caminhada diária.

• É uma doença dispendiosa. Investir na prevenção dos


FR é benéfico para todos.
• DOENÇAS CARDIOVASCULARES
• Doenças coronarianas (ou doença isquêmica ou
infarto);
• Doenças vascular cerebral (derrame);
• Hipertensão (pressão alta);
• Doença reumática cardíaca.

• 1/3 dos óbitos ocorridos no mundo em 2001 são


devidos às DCV;
• Há também sérios problemas de incapacidade por
causa de cardiopatias ou AVC;
• Cerca de 80% dos óbitos por DCV ocorrem em países
em desenvolvimento, de baixa e média renda.
• O que acontece:
• O aumento das DCV no mundo reflete uma mudança
significativa nos hábitos alimentaresm nos níveis de
atividade física e no consumo de cigarros no mundo.
• Tais mudanças resultam dos processos de
industrialização, urbanização, desenvolvimento
econômico e globalização do mercado de alimentos.
• Hoje em dia, a alimentação das pessoas se caracteriza
por um alto teor calórico e baixo nivel de nutrientes.
Além disso, as pessoas são muito menos ativas.
• Principais fatores de risco: cigarro, atividade física
reduzida e desequilíbrio nutricional.
• Isso resulta em : hipertensão, alto nível de colesterol no
sangue, excesso de peso e obesidade e DM tipo 2.

• Os hábitos alimentares pouco saudáveis incluem grande


consumo de gorduras satuaradas, sal e carboidratos
refinados e baixo consumo de frutas e verduras.
• O que fazer:
• Manter peso saudável;
• Não fumar;
• Atividade física de, pelo menos 30 min/dia;
• Evitar excesso de alimentos salgados e açucarados;
• Substituir gorduras saturadas por gorduras
insaturadas;
• Consumir frutas, verduras, cereais integrais e
poucos alimentos feitos com farinha refinada;
• Aumentar consumo de alimentos ricos em ác graxos
ômega-3 (peixes e óleos vegetais).

• Políticas e programas econômicos e educacionais


devem ser dirigidos a toda a população, visando a
promoção do citado acima.
• Quem já sofreu infarto ou derrame deve também
combinar medicamentos (estatinas, aspirinas, entre
outros).
CÂNCER
• O que é: doenças (+ de 100) que tem em comum o
crescimento desordenado de células que invadem
os tecidos e órgãos, podendo se espalhar,
produzindo metástases em diversas regiões do
corpo. Pode surgir em qualquer parte do organismo,
principalmente, em conseqüência da exposição
individual a agentes cancerígenos, geralmente por
inalação ou ingestão.
• Os hábitos pessoais como fumo, padrões
alimentares e pouca atividade física, desempenham
o papel mais importante no seu desenvolvimento e
não os fatores genéticos.
• O problema: quase 20 milhões de pessoas vivem com
câncer no mundo e, até 2020, poderão ser 30 milhões.
Os fatores associados à dieta são responsáveis por
30% dos casos – em países ocidentais – o que faz da
alimentação a 2ª causa principal causa prevenível de
câncer, após o fumo. Também está relacionada à
condição social dos indivíduos.
• Excesso de peso: aumentam o risco de CA de esôfago,
cólon e reto, ama, endométrio e rins;
• consumo excessivo de álcool: aumenta o risco de CA
da cavidade oral, faringe, laringe, esôfago, fígado,
mama;
• excesso de sal: aumentam o risco de CA de estômago
• comidas muito quentes; aumentam o risco de CA na
cavidade oral, faringe e esôfago;
• Carnes em conserva: aumentam o risco de CA de
cólon, reto e esôfago;
• Aflatoxina: aumenta risco de câncer de fígado
• que fazer:

A atividade física diminui o risco de CA de mama,


cólon e reto;

Alimentação rica em frutas e verduras diminui o risco


de CA na cavidade oral, estômago, cólon e reto;

Fibra, soja, peixe, ácidos graxo, carotenóides,


vitaminas B2, B6, folato, B12, C, D, E, Ca, Zn, Selênio,,
estão sob estudos e, possivelmente excerçam papel de
“proteção” contra o vários tipos de CA.
• INTERVENÇÕES EFICAZES
Governo + indústria de alimentos e bebidas: redução
de 25% o teor de sal nos alimentos (Reino Unido);
• Campanhas governamentais para redução da
ingestão de sal + tratamento da Hipertensão arterial:
redução em 70% no nº de AVC (Japão);
• Esforço governamental para redução do teor de
colesterol:
- troca do óleo de dendê por óleo de soja (Ilhas
Maurício);
- diminuição do uso da manteiga (Finlândia): queda
acentuada na mortalidade por cardiopatia e AVC;
• PROGRAMA AGITA São Paulo/ Mundo
http://www.agitasp.com.br/
Principais recomendações sobre Alimentação

 Alcançar balanço energético e peso saudável


 Aumentar o consumo de frutas, hortaliças,
cereais integrais e frutos secos
 Reduzir o consumo de gorduras saturadas e
trans e substituí-lo por gorduras insaturadas
 Reduzir o consumo de açúcares livres
 Reduzir o consumo de sal e que este seja
iodado
Principais recomendações sobre Alimentação

 Informar o consumidor para a seleção de


alimentos saudáveis

 Reduzir a comercialização intensiva de


alimentos ricos em gorduras e/ou açúcares

 Estimular o aleitamento materno exclusivo até o


6º mês, introdução de alimentos adequados ao
lactente compatibilizando com o aleitamento até
o 2º ano de vida
OBRIGADA
PELA ATENÇÃO!
http://www.saude.gov.br/
http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cronicas/dcnt
http://www.inca.org.br/
http://www.paho.org/
http://www.cdc.gov/
http://www.who.int/
http://www.sbd.org.br/
http://www.5aday.com/
http://www.opas.org
http://www.cardiol.org.br

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