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Objetivos da Unidade:
Utilizar o guia alimentar da população brasileira como suporte para as ações de nutrição
voltadas para o adulto.
ʪ Contextualização
ʪ Material Teórico
ʪ Material Complementar
ʪ Referências
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ʪ Contextualização
Vídeo
Veja o vídeo a seguir, produzido pela TV Senado que traz dez novas regras para uma
alimentação saudável.
Leitura
Será que a pandemia de Covid-19 aumentou ou diminuiu esses aspectos? Vamos realizar
juntos essa análise, lendo as duas reportagens a seguir.
ACESSE
Dados preliminares do Vigitel 2020 mostram que excesso de peso e obesidade cresceram no Brasil
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
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ʪ Material Teórico
Introdução
Considerando os ciclos da vida, a fase adulta compreende indivíduos com uma faixa etária entre 20 e 59
anos. Essa fase é caracterizada por um total amadurecimento anatômico e fisiológico, por transformações
no peso e na composição corporal ao longo dos anos. Adicionalmente, o adulto também é caracterizado por
estar no período mais produtivo da vida. Em relação à saúde, essa é a fase em que ocorre, em maior
frequência, o aparecimento e o desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
A alimentação saudável deve ser incentivada desde a infância, entretanto, na vida adulta, é que podemos
visualizar as consolidações dessas práticas alimentares. Prezado(a) aluno(a), aqui, é importante que
recordemos que a alimentação saudável está diretamente correlacionada a fatores como: renda,
escolaridade, acessibilidade, cultura, informação e características individuais.
No Brasil, segundo os dados do último inquérito telefônico de vigilância de fatores de risco e proteção para
doenças crônicas, 57,5% da população adulta brasileira está com excesso de peso e 21,5% da população
está com obesidade. Esse mesmo inquérito revelou que, em 2019, os percentuais eram 55,7% e 19,8%,
respectivamente (BRASIL, 2020). Tal aumento demonstra um efeito que ocorre de forma mundial: a
elevação de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), principalmente aquelas relacionadas à má
alimentação.
Entre os principais fatores relacionados ao aumento de DCNT, estão: as mudanças no estilo de vida, a
modificação nos hábitos alimentares e a maior expectativa de vida (envelhecimento). Dentre aqueles
diretamente ligados à alimentação, podemos citar: aumento do consumo de gorduras, consumo excessivo
de álcool, obesidade e dieta inadequada.
Desta forma, juntos, nesta Unidade, vamos descobrir que a alimentação do adulto merece atenção não
apenas para a promoção da saúde, mas, principalmente, para promoção de hábitos alimentares saudáveis,
visando à redução do risco de doenças, em especial as DCNT. Assim, como profissionais da Nutrição,
temos o dever de direcionar e objetivar a qualidade de vida do indivíduo e da população.
Avaliação Nutricional
A avaliação nutricional completa, nessa faixa etária, deve incluir parâmetros antropométricos, clínicos,
bioquímicos e de consumo alimentar. Pode-se escolher um ou mais métodos associados. Essa escolha vai
depender do objetivo do profissional de saúde e dos métodos e possibilidades disponíveis durante o
atendimento. Assim, será possível constatar um problema relacionado à nutrição, correlacionando o
histórico alimentar, histórico clínico, avaliação da composição corporal, exames físico e bioquímicos.
Veja, na Figura 1 a seguir, os parâmetros essenciais para obtenção do correto diagnóstico nutricional.
A Circunferência da Cintura (CC) e a Relação cintura quadril (RCQ) têm como objetivo avaliar a adiposidade
abdominal, em função de sua associação com doenças crônicas. O perímetro da cintura é o melhor
indicador da gordura visceral e está mais relacionado às doenças cardiovasculares ateroscleróticas. A RCQ,
por sua vez, está mais relacionada à resistência à insulina.
Mulheres < 80 80 ao 87 ≥ 88 cm
Na utilização dos métodos de consumo alimentar, é importante levar em conta o objetivo, o local de
aplicação (consultório, escola, leito de hospital etc.), os costumes e crenças alimentares, o local da refeição
e o horário.
Método Column 2
Leitura
Avaliação do consumo alimentar e da ingestão de nutrientes na prática clínica
Estude mais sobre os inquéritos alimentares, lendo o artigo disponibilizado no link a seguir.
ACESSE
Recomendações Nutricionais
Como você deve recordar da sua graduação, é uma das responsabilidades e atividade privativa do
profissional de Nutrição o cálculo e a prescrição de dietas. Estas podem ser individualizadas. Para isso,
existe a Ingestão Diária de Referência (DRI), que é um conjunto de quatro valores de referência para
ingestão de nutrientes (EAR, RDA, AI e UL) e também pode ser prescrições e planejamentos de ingestão de
grupos populacionais.
Recomendações energéticas
Em que:
PA = 1,0 – sedentário
PA = 1,11 – pouco ativo
PA = 1,25 – ativo
Masculino PA = 1,48 – muito ativo
Em que:
PA = 1,0 – sedentário
PA = 1,11 – pouco ativo
PA = 1,27 – ativo
Feminino PA = 1,45 – muito ativo
Quadro 5 – Fórmulas rápidas (de bolso) para cálculo do gasto energético total
Objetivo Recomendação
Tabela 2 – Ingestão dietética recomendada (RDA) e intervalo de distribuição aceitável de macronutrientes (AMDR) para
adultos
Carboidratos
130g/dia 45-65% 55-75%
totais
56g/dia ♂ 10-15% ou
Proteínas 10-35%
46g/dia ♀ 0,75g/kg
38g/ dia ♂
Fibrasa – > 25g/dia
25 g/ dia ♀
14-17g/ dia ♂b
Ômega 6 5-10% 0,5 a 2%
11- 12g/dia ♀c
ND, não determinado; a = valores de ingestão adequada (AI); b = 14g/dia (51-70 anos) e 17g (19-50
anos); c = 12g (19-50 anos) e 11g (51-70anos).
Homens Mulheres
Guia Alimentar
Em 2006, foi lançada a primeira edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, um documento oficial
do Ministério da Saúde, em que constava as primeiras diretrizes alimentares oficiais para a população
brasileira.
Com a grande transição nutricional e epidemiológica em que se encontra o nosso país, em 2014, teve uma
nova edição do Guia. Esse novo guia passou por uma consulta pública, o que permitiu o debate amplo com
os mais diversos setores da sociedade envolvidos com alimentação e nutrição, bem como com os próprios
brasileiros. O novo guia aborda questões sobre escolha alimentar, preparo e local das refeições, valorizando
a diversidade botânica e cultural brasileira. Além de recomendações alimentares, o guia inclui
recomendações sobre o comportamento alimentar.
Prezado(a) aluno(a), neste momento, destaco para você os dez passos para uma alimentação adequada e
saudável, dispostos na lista a seguir, os quais foram citados no guia, a fim de serem utilizados pela nossa
população. Para melhorar sua compreensão sobre esse valioso instrumento, focado na alimentação de
adultos, é essencial que você acesse o box de “Leitura” adiante.
9 Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora;
Leitura
Guia alimentar para a população brasileira
Leia o documento disponibilizado no link a seguir.
ACESSE
Veja, a seguir, algumas orientações gerais que você pode utilizar para os adultos:
Incentivar o consumo de frutas, legumes e verduras se eles não estiverem presentes na dieta
ou estiverem abaixo do recomendado;
Encorajar o consumo de oleaginosas e sementes;
Orientar e promover o consumo de carnes magras e/ou de ovos, sem adição de gorduras;
Orientar e conduzir o paciente durante suas próprias dificuldades, valorizando bons hábitos e
pequenos avanços;
Incentivar, orientar e ensinar sobre melhores métodos de cocção e leitura de rótulos, para
melhorar as escolhas alimentares.
Leitura
Alimentação e comportamento alimentar diante da pandemia de COVID-19
Leia a seguir as orientações nutricionais durante a pandemia.
ʪ Material Complementar
Livros
Vídeos
ALIMENTAÇÃO
Leitura
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ʪ Referências
BEN-NOUN, L. et al. “Neck circumference as a simple screening measure for identifying overweight and
obese patients”. Obesity research, v. 9, n. 8, p. 70-477, 2001.
________; ARIE, L. Relationship of neck circumference to cardiovascular risk factors. Obesity research, v.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia
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