Você está na página 1de 23

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

BACHARELADO EM FARMÁCIA

ANA CAROLINA CADETE


RENATA ARAUJO RODRIGUES

ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO USO INDISCRIMINADO DE


MEDICAMENTOS ANTIDIABÉTICOS INJETÁVEIS PARA EMAGRECER

Orientadora : Prof Cristiane Rocha de Farias

SÃO PAULO, 2023


RESUMO

Essa pesquisa apresenta um levantamento de artigos sobre medicamentos


antidiabéticos em caneta para emagrecer, tendo como objetivo analisar o uso da
Semaglutida ,o uso off-label da Liraglutida da Tirzepatida com o intuito de perda de
peso, e a importância da atenção farmacêutica para auxiliar e orientar o uso desses
medicamentos. Foi realizada uma análise bibliográfica de artigos científicos e em
bases de dados como Pubmed, Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e
Google Academic . As taxas de obesidade vem crescendo cada vez mais, atingindo
principalmente crianças e adolescentes. As taxas de obesidade se tornaram
preocupantes, por isso se tornou um problema de saúde pública já que é
considerada fator de risco para várias doenças. Devido a causa da obesidade ser
multifatorial, o paciente deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar e
principalmente por um farmacêutico. Os medicamentos devem ser indicados como
tratamento auxiliar apenas em casos específicos e sempre acompanhados de outras
práticas, como exercício físico. O farmacêutico, como principal dispensador desses
medicamentos, deve orientar sobre o uso correto, dosagens e possíveis efeitos
adversos e interações medicamentosas, além de sanar todas as dúvidas do
paciente.

Palavras-chaves: Medicamentos para emagrecer; obesidade; semaglutida;


liraglutida; tirzepatida; atenção farmacêutica.
1 INTRODUÇÃO

1.1 Obesidade

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a obesidade como o excesso de


gordura corporal que pode trazer prejuízos à saúde. O método mais utilizado para
indicar o excesso de peso é medir o Índice de Massa Corporal (IMC) que consiste
em fazer a relação entre peso (kg) sobre a altura (M) elevada ao quadrado. Pessoas
com o IMC entre 25 e 29,9kg/m2 são consideradas com sobrepeso, já pessoas com
o Índice de Massa Corporal maior ou igual a 30kg/m2 são consideradas obesas e
podem ter a saúde prejudicada devido ao sobrepeso. Podemos classificar a
obesidade em graus, sendo eles: Grau 1 - IMC entre 30 e 34,9 kg/m2, grau 2 - IMC
entre 35 e 39,9kg/m2 e grau 3 (obesidade mórbida) - IMC maior ou igual a 40kg/m2.
(GOMES; TREVISAN, 2021) (WEBER et al., 2023). A tabela 1 apresenta a
classificação dos adultos de acordo com o IMC.

Tabela 1 - Classificação de adultos de acordo com o IMC


Risco de
Classificação IMC
comorbidades
Baixo (but risk
Abaixo do peso <18.50 of other clinical
problems increased)
Peso normal 18.50-24.99 Average
Sobrepeso > ou = 25.00
Pré - obeso 25.00-29.99 Increased
Obesidade
30.00-34.99 Moderate
classe I
Obesidade
35.00-39.99 Severe
classe ||
Obesidade
> or = 40.00 Very severe
classe Ill
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS)

A obesidade é um dos principais fatores de risco para algumas doenças como:


Hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes mellitus tipo 2, algumas
formas de câncer e doenças cardiovasculares. (WEBER et al., 2023)
As taxas de obesidade vêm crescendo cada vez mais, quase triplicaram desde
1975, atingindo pessoas de todas as idades, porém, afetando mais crianças e
adolescentes. Atualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca
de 1,1 bilhão de pessoas entre 18 a 60 anos apresentam sobrepeso ou obesidade.
Em crianças esse número chega a ser de 10%. (ALMEIDA et al., 2009) (World
Health Organization, 1998)
Uma série de fatores podem influenciar a obesidade, sendo eles: fatores sociais,
culturais, ambientais, comportamentais, genéticos e metabólicos. Além de má
alimentação, falta de exercício físico, e também envolve questões emocionais e
comportamentais relacionadas à alimentação; podendo também estar relacionada
com transtornos psicológicos como: ansiedade, depressão, transtornos alimentares,
distorção da imagem e baixa autoestima. (LIMA; OLIVEIRA, 2016)
Outro fato recente que influenciou ainda mais a insatisfação da população em
relação ao seu corpo, foi a recente quarentena, causada pelo vírus SARS- CoV-2,
em que pessoas de todo o mundo tiveram que mudar seus hábitos e costumes em
prol da não proliferação do vírus. Em uma pesquisa realizada por estudantes em
diversas regiões do Brasil, foi constatado que durante a pandemia de COVID - 19 e
isolamento social, houve um aumento significativo no consumo de alimentos
ultraprocessados e a conjuntura desta com a falta de exercícios físicos culminaram
em um aumento de peso e consequentemente o aumento de pacientes obesos
nesse período. (ALMEIDA ET Al, 2022)
A população cada vez mais insatisfeitas com o seu corpo, procura diversas
alternativas para a perda de peso corporal, caminhos simples e rápidos através de
remédios popularmente comercializados em farmácias para perda de peso, sem
levar em consideração os riscos que tais medicamentos podem trazer a saúde.
(SANTOS; SILVA; MODESTO,2019)
Alguns exemplos são os antidiabéticos: Semaglutida (popularmente vendida no
nome comercial de Ozempic, Wegovy e sua forma oral Rybelsus), liraglutida (nome
comercial Saxenda) e tirzepatida (Mounjaro) .
O uso desses medicamentos antidiabéticos, tem aumentado com o passar dos anos.
Em 2022, a PCDS, publicou um artigo informando sobre a escassez de remédios
agonistas de GLP 1 no Reino Unido. O consumo mais que aumentou com a
pandemia, resultado da alta venda global desse medicamento e fazendo a indústria
farmacêutica dinamarquesa, produtora desse medicamento, como consequência,
não suprir a alta demanda de produção, causando preocupação com pacientes
diabéticos que fazem uso do medicamento. Especialistas tiveram que procurar
novas alternativas de medicamentos para que o tratamento com esses pacientes
não fosse interrompido. (PCDS STATEMENT, 2022).

1.2 Agentes antidiabéticos

Os antidiabéticos são medicamentos que sua principal ação é a redução dos níveis
de glicemia, a fim de conserva - lá em seu valor normal (em jejum < 100mg/dL e
pós-prandial<140mg/dL). (SBD, 2019-2020).
Existem várias classes de medicamentos para tratar a diabetes, entre eles estão os:
incrementadores da ação pancreática de insulina, os que reduzem a velocidade de
absorção de glicídios, os que diminuem a produção hepática de glicose, os que
utilizam aumentando a glicose periférica, e por último e o que será citado nesse
artigo, aqueles que tem efeito incretínico, sendo esse atenuador do hormônio GLP-1
( peptídeo semelhante a glucagon 1) e GIP ( peptídeo inibidor gástrico), esses são
chamados de peptídeos insulinotrópicos dependentes de glicose, sendo esses
agentes que aumentam a secreção de insulina dependente de glicose, somente
quando há um aumento da glicemia, e que diminuem a secreção de glucagon.(SBD,
2019-2020)
Os efeitos farmacológicos desses medicamentos incretínicos são considerados os
maiores redutores de glicemia já confirmados, após o consumo de alimentos ricos
em glicose, comparados a pacientes que fazem o uso desse fármaco e não
possuem diabetes.(SBD,2019-2020)
A liraglutida e a semaglutida são fármacos muito semelhantes, esses são indicados
como terapia conjunta, para a melhora dos níveis de glicose em pacientes com
diabetes mellitus tipo 2, e que já utilizam medicamentos como metformina e
sulfonilureia. Ambas são injetáveis, no entanto, a liraglutida é aplicada diariamente
enquanto a semaglutida é aplicada uma vez por semana. (SABBÁ et al., 2022)
(SBD, 2019-2020)
A semaglutida é um agente de longa duração, aplicada nas doses de 0,25mg; 0,5mg
e 1mg por semana, podendo ser aumentada mensalmente e indicada em
monoterapia. (EMA,2018)
A liraglutida tem doses liberadas de 0,6mg; 1,2mg; 1,8mg; 2,4mg e 3,0mg. Ela está
indicada para monoterapia. (EMA, 2015)
A tirzepatida é injetada semanalmente, sendo de longa duração e pode ter a sua
dosagem aumentada mensalmente. As doses liberadas são de 2,5 mg; 5 mg; 7,5mg;
10mg; 12,5mg e 15mg. (EMA, 2022)
2 OBJETIVO

2.1 objetivo geral

Esse estudo tem como objetivo realizar uma pesquisa sobre a importância da
atenção farmacêutica no uso off-label da Liraglutida ,Tirzepatida e Semaglutida, que
são medicamentos antidiabéticos injetáveis, com o intuito de emagrecimento.

2.2 objetivos específicos

● Abordar sobre aspectos farmacológicos da semaglutida,liraglutida e


tirzepatida;
● Compreender a importância desses medicamentos para pacientes diabéticos;
● Mostras efeitos adversos e os benefícios do uso para a saúde;
● Realçar como a presença do farmacêutico sobre a dispensação desses
medicamentos é importante.
3- METODOLOGIA

Nesta pesquisa foi realizada uma análise bibliográfica com foco nos princípios ativos
semaglutida, liraglutida e tirzepatida, e a importância do farmacêutico no auxílio para
o uso racional desses medicamentos.
Foram realizadas pesquisas em artigos científicos e em bases de dados como
Pubmed, Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Google academic.
Contemplando o período de 2000 a 2023.
Tendo como base palavras chaves como atenção farmacêutica, semaglutida,
liraglutida, tirzepatida.
Não houve restrição quanto ao idioma do estudo.
Foram pesquisados em 50 publicações,
onde 36 foram usados neste artigo.
4 DESENVOLVIMENTO

4.1- Mecanismo de Ação

A semaglutida e a liraglutida têm como função ser análogos sintéticos do peptídeo-1


tipo glucagon (GLP-1), um hormônio natural liberado pelo gene do proglucagon no
intestino delgado distal e cólon, resultado de quando são consumidos nutrientes de
forma oral. O GLP- 1 atua no sistema nervoso central responsável pela regulação do
apetite retardando o esvaziamento gástrico, expandindo o estômago e assim,
provocando a saciedade. (ARAÚJO; CARVALHO, 2021) (CHÃO; TRONIERI,2023)

Figura 1 – Mecanismo de ação da liraglutida e semaglutida


Fonte: Drucker (2006)

O hormônio GLP 1, liga-se ao seu receptor, que é encontrado em tecidos como


coração e células betas pancreáticas. Tendo como resposta a disponibilização e
secreção de insulina em ambientes hiperglicêmicos e impedindo a ação do glucagon
nesses ambientes. (SABBÁ et al., 2022) (CHÃO et al.,2023)
A dose recomendada de semaglutida semanalmente para controle de peso é de
2,4mg, aprovada pela FDA em 2021. (SINGH; KRAUTHAMER,2021)
A semaglutida age principalmente no aumento da saciedade, causado pela
supressão do apetite. O hormônio GLP-1, causador dos principais efeitos
incretínicos, promove a expansão de células beta e a inibição de apoptose celular.
(SABBÁ et al., 2022) (Ducker,2006)
A dose recomendada da liraglutida quando se tem o objetivo de perda de peso é
entre 1,8mg e 3,0mg aplicados diariamente. (ARAÚJO; CARVALHO, 2021)
A utilização da semaglutida e liraglutida, auxiliam na redução no apetite, induzem os
pacientes a optarem por alimentos não ricos em gorduras, além das porções
alimentares menores e controle sobre esses alimentos. Ainda não se sabe o quanto
da perda de peso podemos associar aos efeitos colaterais gastrintestinais muito
comuns em pacientes que utilizam esses medicamentos de efeito incretinico.
(SABBÁ et al., 2022) (ARAÚJO; CARVALHO,2021)

Figura 2 – Mecanismo de ação da tirzepatida

Fonte: Drucker (2006)


A tirzepatida, é semelhante a semaglutida e liraglutida, porém a tirzepatida é um duplo
agonista, sendo eles o polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP),
principal hormônio incretina presente em pessoas saudáveis, e o agonista do receptor
peptídeo 1 semelhante ao glucagon (GLP-1). O polipeptídeo insulinotrópico dependente
de glicose, em um ambiente hiperglicêmico promove a secreção de insulina, levando
assim a uma diminuição de glucagon. O polipeptídeo insulinotrópico dependente de
glicose (GIP) são abundantes no tecido adiposo e previnem o depósito de gordura
ectópica, consequência do aumento do tamponamento pós-prandial e o aumento da
sensibilidade do tecido adiposo à insulina. O GIP é liberado pelas células K no duodeno
e no jejuno e tem uma grande importância no efeito incretina insulinotrópico.
(KARAGIANNIS et al., 2022)
A combinação de GIP e do agonista GLP-1 desses receptores tem se mostrado
vantajosa e com aumento na função terapêutica desse produto, já que elas atuam nas
células beta pancreáticas, se complementando e tendo um efeito maior nos níveis de
glicose e consequentemente no controle de peso, já que os polipeptídeos
insulinotrópicos dependentes de glicose (GIP) intensificam um déficit causado pelo
GLP-1 na ingestão de alimentos. (KARAGIANNIS et al ., 2022) (FRÍAS et al.,2021)
4.2 - Farmacocinética

A semaglutida, assim como a liraglutida tem como um efeito de farmacocinética um


pequeno atraso do esvaziamento gástrico, graças a redução de glucagon e secreção
de insulina, na fase pós-prandial precoce. (EMA, 2018)
Na fase de absorção, após a primeira aplicação de semaglutida, sua concentração
máxima no organismo é de 1 a 3 dias. Na fase estacionária, após algumas semanas,
foram encontradas aproximadamente 16nmol/l e 30 nmol/l. (EMA,2018)
Na distribuição, tem como volume médio de aproximadamente 12,5 1. Sendo que
está diretamente ligada a albumina plasmática (> 99 %). (EMA, 2018)
Sua metabolização é feita através da clivagem proteolítica da cadeia principal do
péptico e beta - oxidação sequencial da cadeira de ácidos graxos. (EMA,2018)
Na excreção de semaglutida foi identificado uma porção de 2/3 de fármaco
eliminado na urina e de 1/ 3 de fármaco excretado nas fezes. Sendo 3% excretado
de maneira intacta pela urina. (EMA,2018)
Com isso a semaglutida tem uma meia vida de eliminação longa, sendo indicado na
terapêutica, para ser usada uma vez na semana. (ANVISA,2023).
A liraglutida tem diferença em comparação a semaglutida, essa tem um tempo de
meia vida de 13 horas e sua aplicação é feita diariamente. (NUFFER;
TRUJILLO,2015)
A depuração plasmática da liraglutida 3,0mg ficou entre 0,9 e 1,4L/h. De acordo com
um estudo, a exposição de liraglutida demostrou que ela pode ser mutável e alterada
de acordo com o sexo e o peso corporal de cada indivíduo.
A liraglutida é metabolizada endogenamente e sua eliminação não teve um órgão
específico identificado quantitativamente. Porém, pacientes com doenças renais
requerem um cuidado a mais com dosagens e o uso.
Indivíduos com baixo peso corporal tiveram maior exposição a liraglutida que
indivíduos com alto peso corporal. (OVERGAARD et al ,2016)
A tirzepatida é um hormônio de ligação dupla sendo agonista do receptor GLP-1 e
do polipeptídio insulinotrópico dependente de glicose (GIP). Esse tem meia vida de 5
dias, sendo assim sua administração é feita 1 vez na semana. (FRIAS et al ,2021)
Em sua farmacocinética, a absorção de tirzepatida tem o seu pico entre 8 e 72 horas
após a primeira dose. Esta se mantém em estado estacionário após 4 semanas e a
exposição a tirzepatida é aumentada conforme a dose administrada é maior.
(EMA,2022)
A biodisponibilidade absoluta da tirzepatida com administração subcutânea é de
80%.
Na fase de distribuição, o volume médio aparente em administração subcutânea de
pacientes com diabetes tipo 2 é de aproximadamente 10,31 e a tirzepatida tem uma
forte afinidade com a albumina do plasma.(EMA,2022)
Em sua fase de metabolização, a tirzepatida sofre clivagem proteolítica de esqueleto
peptídeo, uma hidrólise de amidas e uma beta oxidação do grupo gordo C20.
E em sua fase de eliminação, a depuração média chega a ser cerca de 0,061/h com
uma eliminação próximo de 5 dias. Com isso a administração deve ser feita
semanalmente.
A tirzepatida é eliminada pelas fezes e urina e não foi observado esse princípio ativo
intacto em nenhuma dessas vias. (EMA,2022)

4.3- Efeitos adversos

A semaglutida age principalmente no aumento da saciedade e na redução de


ingestão de energia pela supressão do apetite. (SABBÁ et al., 2022)
A utilização da semaglutida induz os pacientes a sentirem menos fome e desejo por
comida, optando por alimentos que não são ricos em gordura, além das melhores
porções alimentares e controle da alimentação. Mas ainda não se sabe o quanto da
perda de peso podemos associar aos efeitos adversos gastrintestinais muito comuns
em pacientes que utilizam a semaglutida. (SABBÁ et al., 2022)
Os principais efeitos adversos da semaglutida envolvem distúrbios gastrointestinais,
como: Náusea, diarreia, vômito, constipação e dispepsia. Os efeitos adversos estão
diretamente ligados a dosagem, portanto quanto maior for a dose utilizada, maior
poderão ser os efeitos colaterais, mas também pesquisas apontam que os efeitos
colaterais podem ser transitórios, ocorrendo principalmente nas duas primeiras
semanas de uso. (SABBÁ et al., 2022) (GOMES; TREVISAN, 2021)
A semaglutida é contraindicada para gestantes, para pessoas que têm histórico
familiar de carcinoma medular da tireoide, neoplasia endócrina, pancreatite e
diabetes tipo 1. (GOMES; TREVISAN, 2021)
A liraglutida, assim como a semaglutida, tem um alto efeito inibitório do apetite,
tendo uma alta compatibilidade com o glucagon que chega a cerca de 97% de
semelhança com o humano.
Em uma pesquisa realizada pela Lê Roux et al com doses de 3,0 mg de Liraglutida,
foram identificados sintomas gastrointestinais, como náuseas e enjoos, outros
efeitos encontrados foram o de hipoglicemia e alteração na frequência cardíaca.
Em uma pesquisa com Wilding et al, foi observado em um dos pacientes um
episódio de vômitos e nos outros pacientes, assim como relatado nas pesquisas dos
anteriores, casos como desconfortos gastrointestinais. (ARAUJO; CARVALHO,
2021)
Os efeitos adversos da tirzepatida podem ser comparados aos dos agonistas de
GLP - 1 comuns, já que essa também é um agonista desse receptor. Os efeitos
adversos mais notificados foram os de descontrole gastrointestinal (GI), náuseas,
vômitos e diarréias. Outro fator associado aos efeitos adversos gastrointestinais foi
relacionado ao aumento da dose, sendo a dose mais alta do injetável, 15mg, a que
causou mais efeitos e reações. (MIN; BAIN,2020)

4.4 - A Atenção Farmacêutica

O termo atenção farmacêutica não tem uma definição oficial, mas podemos entendê-
lo como: Atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos,
responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde de
uma forma integrada à toda equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico
com o paciente, na qual ambos criam uma relação onde os dois trabalham em
conjunto visando resolver os problemas relacionados aos medicamentos, e o
farmacêutico deve respeitar as especificações de cada paciente. É o tratamento
farmacológico responsável com o objetivo de alcançar resultados que realmente
melhorem a qualidade de vida do paciente, como: A cura da doença, redução ou
eliminação dos sintomas, retardamento do processo patológico ou prevenção de
uma doença ou sintomas. (ANGONESI; SEVALHO, 2010)
A polimedicação é um problema recorrente em muitos países desenvolvidos e
subdesenvolvidos, tendo uma de suas vertentes o uso indiscriminado de
medicamentos por automedicação instigada pela mídia, medicamentos
subutilizados, uso excessivo e mal indicados.
Esse acesso indiscriminado pode acarretar diversos efeitos negativos, baixa adesão
ao tratamento e pouca eficácia. (CORRER; OTUKI; SOLER,2011)
Muitos medicamentos estão sendo utilizados de maneira irracional e abusiva por
pessoas que procuram alternativas rápidas e fáceis, sem levar em consideração as
consequências que eles podem trazer à saúde. O consumo exacerbado dos
medicamentos para emagrecer é um problema que envolve múltiplos fatores, como:
fatores psicológicos, baixa auto-estima, depressão, fatores metabólicos, hormonais e
genéticos. Portanto, o uso dos medicamentos deve ser indicado apenas quando
todas as alternativas de tratamento tiverem falhado, apenas para pessoas
consideradas obesas, sempre acompanhado de mudança de hábitos (prática de
exercícios físicos e alimentação balanceada) e com acompanhamento
multidisciplinar; como de psicólogos, nutricionistas, médicos e farmacêuticos.
(CARVALHO; ANDRADE, 2021)
O farmacêutico é o profissional mais acessível à população e o mais capacitado em
relação às informações dos medicamentos, portanto, tem papel fundamental na
escolha do melhor medicamento para atender a necessidade de cada paciente.
Além de, no ato da dispensação poder orientar o paciente sobre a forma correta de
utilizar o medicamento para minimizar riscos de uso incorreto, superdosagem e
diminuir os efeitos adversos e interações medicamentosas; sanar todas as dúvidas a
respeito dos medicamentos e destacar os benefícios e riscos. O farmacêutico
também pode orientar sobre outros tratamentos para a obesidade, ressaltando que
também é fundamental a mudança de hábitos, como a prática de exercícios físicos e
alimentação balanceada. Além de realizar o acompanhamento com outros
profissionais da saúde como o nutricionista, que pode auxiliar na melhora dos
hábitos alimentares. (CARVALHO; ANDRADE, 2021)
4.5- Protocolo de atenção farmacêutica

Abaixo temos um exemplo de como pode ser feito um protocolo de atenção


farmacêutica.

Ficha do paciente
Data da consulta:
Nome:
Data de Nascimento: Idade:
Dados do Endereço:
paciente Número: Bairro: Cep:
Telefone:
E-mail:

Condição pré-existente: ( ) Sim ( ) Não. Quais?

Histórico Familiar:

Toma alguma medicação? ( ) Sim ( ) Não. Quais?


Histórico

Tem alergia a alguma medicação? ( ) Sim ( ) Não. Quais?

Faz acompanhamento com algum outro profissional? ( )


Sim ( ) Não. Quais?

Acompanhamento
Medicação utilizada:
Peso IMC Efeitos colaterais
Data da ( ) Náusea ( )Vômito ( ) Diarreia ( )Dor de
consulta: cabeça ( ) Constipação ( ) Refluxo ( )
Gases ( ) Não senti efeitos colaterais ( )
Outros. Quais?
Obs:
Data da ( ) Náusea ( )Vômito ( ) Diarreia ( )Dor de
consulta: cabeça ( ) Constipação ( ) Refluxo ( )
Gases ( ) Não senti efeitos colaterais ( )
Outros. Quais?

Data da ( ) Náusea ( )Vômito ( ) Diarreia ( )Dor de


consulta: cabeça ( ) Constipação ( ) Refluxo ( )
Gases ( ) Não senti efeitos colaterais ( )
Outros. Quais?

Fonte: (OLIVEIRA; ARAÚJO, 2023)

Nela são observadas como o farmacêutico clínico pode realizar uma consulta, com o
objetivo de melhorar a qualidade e o cuidado ao paciente em relação ao
medicamento e segurança com a terapia , ao qual o fármaco será administrado.
Também serão observados erros de dosagem e de uso incorreto, e até a prevenção
de possíveis efeitos adversos e interações medicamentosas, por conta do mau uso
da medicação. (NICOLLETI;ITO,2018)
CONCLUSÃO

A obesidade e o sobrepeso, sendo essa um referencial nesse artigo, tem se


mostrado um dos fatores para o uso medicamentos off-label e não off-label.
O que podemos observar é que o uso desses medicamentos é de extrema
importância para pacientes que apresentam diabetes mellitus 2 e o seu uso tem
grandes resultados e é uma maneira terapêutica comprovada de sua efetividade e
segurança.
O uso de semaglutida, liraglutida e tirzepatida para pacientes que procuram a perda
de peso devem ser feitas com cautela, sendo monitorado e acompanhado por
profissionais de saúde, como nutricionistas, farmacêuticos e endocrinologistas.
O paciente necessita de uma análise profissional e um acompanhamento clínico
para comprovar se esse é realmente o medicamento adequado para os problemas
apresentados e se ele realmente necessita do uso desse fármaco.
O emagrecimento saudável para pessoas com sobrepeso e obesidade deve ser
sempre levado em consideração e os medicamentos devem ser usados somente em
casos que pessoas eventualmente possam possuir futuras comorbidades como
hipertensão e dislipidemias, essa sendo usada como um tratamento complementar
auxiliando no tratamento de perda de peso, e junto a eles devem ser associados a
outras práticas como exercícios físicos e alimentação saudável.
O farmacêutico, como principal dispensador desses medicamentos, deve orientar
sobre o uso correto e possíveis efeitos adversos, monitorar e controlar as dosagens
que possam estar sendo feitas de forma incorreta e impedir que esses injetáveis
possam ser vendidos sem uma prescrição e orientação médica.
REFERÊNCIAS

GOMES, Hyorranna Karine Batista Carneiro; TREVISAN, Marcos. O uso do Ozempic


(semaglutida) como medicamento off label no tratamento da obesidade e como
auxiliar na perda de peso. Revista Artigos. Com, v. 29, p. 7498, 29 jun. 2021.
Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/artigos/article/view/7498.
Acesso em: 28 abr. 2023.

WEBER, Thamires Pires; BOSCO, Isabella Elias; BARROSO, Letícia Martins;


PAIVA, Júlia Christina Marques; PASSOS, Xisto Sena; ANTUNES, Maria José
Camelo. Uso do medicamento Semaglutida como aliado no tratamento da
obesidade. RECIMA21 - REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR - ISSN 2675-
6218, [S. l.], ano 2, v. 4, p. 1, 17 fev. 2023. DOI
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i2.2731. Disponível em:
https://recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/2731. Acesso em: 10 maio
2023.

ALMEIDA, Jussara C. De Almeida; RODRIGUES, Ticiana C.; SILVA, Flávia Moraes ;


AZEVEDO, Mirela J. De. Revisão sistemática de dietas de emagrecimento: papel
dos componentes dietéticos. V. 3 , p 673 , 2009

LIMA, Ana Carolina Rimoldi; OLIVEIRA , Angélica Borges. Fatores psicológicos da


obesidade e alguns apontamentos baseada na Terapia do Esquema. Mudanças –
Psicologia da Saúde, [S. l.], p. 1, 7 out. 2016. Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Ana-Carolina-De-Lima-3/publication/355611385
_Fatores_psicologicos_da_obesidade_e_alguns_apontamentos_baseada_na_Terapi
a_do_Esquema/links/61780226a767a03c14b634c6/Fatores-psicologicos-da-obesida
de-e-alguns-apontamentos-baseada-na-Terapia-do-Esquema.pdf. Acesso em: 10
maio 2023.

SANTOS, Kadu Pereira; SILVA, Guilherme Eduardo da; MODESTO, Karina Ribeiro.
Perigo dos medicamentos para emagrecer. Revista de Iniciação Científica e
Extensão- REIcEn. 2019; 2. Pág 37-45.

WANDERLEY, Emanuela Nogueira; FERRREIRA , Vanessa Ferreira. Obesidade:


uma perspectiva plural . Scielo: saúde pública. 2007.

World Health Organization. Obesity: Preventing and managing the global


epidemic. Report of a WHO Consultation on Obesity. Geneva: WHO; 1998.
ALMEIDA, Acsa Santos Almeida ; CRUZ, Emylly Silva da Cruz; NOYA, Hugo Silva ,
SILVA , Karina dos Santos; PARANAGUÁ Milca de Jesus Silva . O Impacto da
pandemia de COVID-19 no desenvolvimento da Obesidade. Ecossistema anima-
UNIFACS. v. 13 , p 16 . Salvador , 2022.

SANTOS, Kadu Pereira; SILVA, Guilherme Eduardo da; MODESTO, Karina Ribeiro.
Perigo dos medicamentos para emagrecer. Revista de Iniciação Científica e
Extensão- REIcEn. 2019; 2. Pág 37-45.

PCDS, Primary Care Diabetes Society. PCDS consensus statement: A strategy for
managing the supply shortage of the GLP-1 RAs Ozempic and Trulicity. Diabetes
e Primary Care Vol 24 No 5 2022.

DIRETRIZES Sociedade brasileira de diabetes( SBD): Tratamento farmacológico do


diabetes mellitus tipo 2. [S. l.]: Editora científica Clannad, 2019-2020. 234-245 p.

CARVALHO, Luan Abreu de ; ANDRADE, Leonardo Guimarães de. Assistência


farmacêutica a frente aos riscos do consumo abusivo de remédios para emagrecer.
Revista –Ibero Americanas de Humanidades , Ciencise Educação- REASE. São
Paulo, v .3 , p. 1849-1853. Out , 2021.

GUIDICE, Patricia. Brasil lidera consumo de remédios para emagrecer. O tempo. 2


mar. 2007. Disponível em:
https://www.google.com/amp/s/www.otempo.com.br/mobile/cidades/brasil-lidera-cons
umo-de-remedios-para-emagrecer-1.315663. Acesso em: 11 abr. 2023.

NASCIMENTO, Júlia Carrilho do et al. A atuação do farmacêutico no uso da


semaglutida (Ozempic): uma revisão integrativa. Brazilian Journal of
Development, Curitiba, v. 7, n. 11, p. 1, 26 nov. 2021. Disponível em:
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/40244. Acesso
em: 28 abr. 2023.

DIRETRIZES Sociedade brasileira de diabetes: Tratamento farmacológico do


diabetes mellitus tipo 2. [S. l.]: Editora científica Clannad, 2019-2020. 234-245 p.

SABBÁ, Hanna Benayon Oliveira et al. Ozempic (Semaglutida) para o tratamento da


obesidade: vantagens e desvantagens a partir de uma análise integrativa.
Investigação, Sociedade e Desenvolvimento, São Paulo, ano 2022, v. 11, n. 11, p.
587111133963, 4 set. 2022. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/33963. Acesso em: 28 abr. 2023.
CHAO, Ariana M; TRONIERI , Jena S ; AMARO ; Anastassia ; WADDEN, Thomas. A
. Semaglutide for the treatment of obesity. ScienceDirect. Vol 33 , issue 3 , p
159-166. April ,2023.

SINGH, Gurdeep ; KRAUTHAMER, Matthew ; BEJALME-EVANS , Meghan . Wegovy


(semaglutide): a. new weight loss drug for chronic weight management. Open acess
/ Investig Med 2021. p 5.

Rimoldi; OLIVEIRA , Angélica Borges. Fatores psicológicos da obesidade e alguns


apontamentos baseada na Terapia do Esquema. Mudanças – Psicologia da
Saúde, [S. l.], p. 1, 7 out. 2016. Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Ana-Carolina-De-Lima-3/publication/355611385
_Fatores_psicologicos_da_obesidade_e_alguns_apontamentos_baseada_na_Terapi
a_do_Esquema/links/61780226a767a03c14b634c6/Fatores-psicologicos-da-obesida
de-e-alguns-apontamentos-baseada-na-Terapia-do-Esquema.pdf. Acesso em: 10
maio 2023.

ARAÚJO, Thales Henrique Martins; CARVALHO, Ciro José de Sousa. Expectativa


da ação da liraglutida no processo de emagrecimento. Pub Saúde, [S. l.], p. 7-11, 4
maio 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2012/01/brasileiro-e-o-que-mais-usa-remedio-de-emagrecer-na-
america-latina.html. Acesso em: 10 maio 2023.

OVERGAARD, R. V., Petri, K. C., Jacobsen, L. V., & Jensen, C. B. (2016). Liraglutide
3.0 mg for Weight Management: A Population Pharmacokinetic Analysis. Clinical
Pharmacokinetics, 55(11), 1413–1422.

NUFFER, W , A e TRUJILLO, J,M. Liraglutida: A new opcional for the Treatment of


Obesity Pharmacotherapy; 35(10): 926-934,2015.

Agencia Europeia de Medicamentos (EMA).


Ozempic, INN – semaglutida. Anexo 1, características dos medicamentos. Novo
Nordisk.. 2018 – pág 15. Acessar:
https://www.ema.europa.eu/en/documents/product-information/ozempic-epar-product
-information_pt.pdf.

Agencia Nacional de vigilância Sanitária - Anvisa. Novos medicamentos e


indicações: Wegovy ( semaglutida). 2 de janeiro de 2023. Acessar:
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/novos-medicamentos-e-indic
acoes/wegovy-semaglutida.

MIN, T., & BAIN, S. C. (2021). The Role of Tirzepatide, Dual GIP and GLP-1
Receptor Agonist, in the Management of Type 2 Diabetes: The SURPASS Clinical
Trials. Diabetes therapy : research, treatment and education of diabetes and related
disorders, 12(1), 143–157.t https://doi.org/10.1007/s13300-020-00981-0.

Encontro Nacional de Assistência Farmacêutica e Política Nacional de


Medicamentos. Carta de Brasília. Brasília: Ministério da Saúde; 1988. [Relatório
final]

ARAÚJO, Aílson da Luz André ; PEREIRA,Leonardo Régis Leira; UETA, Julieta


Mieko ; FREITAS, Osvaldo de. Perfil de assistência farmacêutica na atenção
primária do Sistema Único de Saúde. SCIELO, Ciencia e Saúde coletiva. 13 de abril
2008. p, 611-617.

FRÍAS, Juan P ; DAVIES, Melanie J ; ROSENSTOCK, Julio; MANGHI, Federico C


Pérez; LANDÓ, Laura Fernández ; BERGAMAN, Brandon K ;CUI, Xuewei; BROWN,
Katelyn; SURPASS-2 investigators. Tirzepatide versus Semaglutide Once Weekly in
Patients with Types 2 Diabetes. The New England Journal of Medicine , 2021 aug
5;385 (6):503-515.

KARAGIANNIS, Thomas; AVGERINOS,Loannis ; LIAKOS, Aris; DEL


PRATO,Stefano, MATTHEUS, David R , TSAPAS,Apóstolos; BEKIARI,
Eleni.Manegement of Type 2 Diabetes with the dual GIP/GLP-1 receptor agonit
tirzepatide: a systematic review and meta- analysis. SpringerLink. 1251-1261, 17
May 2022.
European Medicines Agency (EMA). Mounjaro , INN-tirzepatide. Anexo 1 , Resumo
das características do medicamento. Novo Nordisk. Pág 22. Approved no 14 jul
2022. Disponível em
https://www.ema.europa.eu/en/documents/product-information/mounjaro-epar-produc
t-information_pt.pdf.

CORRER, Cassyano Januário; OTUKI , Michel Fleith; SOLER, Orenzio. Assistência


farmacêutica integrada ao processo de cuidado em saúde. Gestão clínica do
medicamento, Revista Pan-Amazonica de Saúde, v. 2, ed. 3, p. 2176-6223,
Setembro 2011.

EUROPEAN Medicines Agency (EMA). Saxenda, INN-liraglutide. Anexo 1, Resumo


das características do medicamento. Novo Nordisk.Pág 3. approved, 23 march
2015.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global


epidemic. Report of a World Health Organization Consultation. Geneva: World Health
Organization, 2000. 253 p. (WHO Obesity Technical Report Series, n. 894).
Disponível em: <http://www.who.int/nutrition/publications/obe-
sity/WHO_TRS_894/en/>.

DRUCKER, Daniel J. The biology of incretin hormones. Science Direct, [S. l.], v. 3,
n.3,p.153-165,mar.2006. Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1550413106000283?ref=cra_js_ch
allenge&fr=RR-1. Acesso em: 30 maio 2023.
NICOLETTI,Maria Aparecida ; ITO, Rosilene Kinue.Formação do farmacêutico :
Novo cenário de atuação profissional com o empoderamento de atribuições clínicas
. Revista saúde. V.11, n 3-4, 2017.

ANGONESI,Daniela;SEVALHO,Gil. Atenção Farmacêutica: fundamentação


conceitual e crítica para um modelo brasileiro. SciELO Brasil , [S. l.], p. 1, 19 nov.
2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/3GGQn9CxTy9NkS8VxwdRHtP/#.
Acesso em: 12 mai. 2023.

Você também pode gostar