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Avaliação Psicológica

para
Cirurgia Bariátrica, Vasectomia e
Laqueadura

Fernando Padovan
Avaliação Psicológica
Avaliação Psicológica

Conselho Federal de Psicologia (CFP):

✔ Objetivo de orientar, fiscalizar e disciplinar a profissão de


psicólogo.

✔ Zelar pela fiel observância dos princípios éticos.

✔ Contribuir para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e


profissão.

(Lei nº 5.766, 1971)


Avaliação Psicológica

Compreender Técnicas e Interpretar


instrumentos
psicológicos

Solicitação / Avaliação Psicológica Análise


Perfil PROCESSO conjunta dos
psicológico resultados
...de constantes
avaliações

Apresentação
descritiva dos Laudo
Sintetizar
fatores psicológico
identificados e
analisados como
resposta à
solicitação
Avaliação Psicológica

1 – SOLICITAÇÃO / PERFIL PSICOLÓGICO

2 – TÉCNICAS E INSTRUMENTOS PSICOLÓGICOS

3 – RESULTADO – ANÁLISE CONJUNTA

4 – LAUDO PSICOLÓGICO
SOLICITAÇÃO – PERFIL PSICOLÓGICO
✔ Identifica e delimita quais aspectos psicológicos devem ser aferidos.

✔ No processo da Avaliação Psicológica é a primeiro etapa e norteará


todas as demais.

✔ Importante tê-la bem definida e recomenda-se que seja por escrito


(do solicitante).

✔ Compreender:
Aspectos psicológicos a serem aferidos.
Quem é o solicitante.
Quem é o avaliado.
Qual o contexto dos envolvidos e da avaliação.
Motivo para solicitar a avaliação .
Expectativa dos envolvidos.
Técnicas e Instrumentos Psicológicos

✔ Determinar a estratégia de psicodiagnóstico a ser adotada;

✔ Levantar os instrumentos adequados ao candidato e sua ordem


de aplicação:
Testes de personalidade;
Auto Conceito, Auto controle e Suporte Familiar;
Transtornos alimentares.

✔ Estabelecer o número de sessões necessárias para o processo de


avaliação.
Resultados - Análise Conjunta

Integração dos resultados dos testes com as informações


colhidas nas entrevistas iniciais;
✔ Adoção de entrevistas e instrumentos adicionais no caso de
pontos não esclarecidos;
✔ Supervisões, caso necessário.

✔ Elaboração da estratégia de devolutiva para o candidato;

✔ Execução das entrevistas devolutivas.


Laudo Psicológico

Elaboração do material escrito


Sempre adequando a redação aos receptores do material elaborado:
✔ Parecer simples, caso solicitado por uma instituição como convenio médico ou órgãos
judiciais, para autorização do procedimento cirúrgico;
✔ Laudo melhor elaborado, caso a avaliação for solicitada por serviço de acompanhamento
psicológico.
Obesidade

✔ Obesidade – latim:
obesus, ob – muito.
edere – comer.

✔ É o aumento da quantidade de gordura corporal (Halpern & Mancini,


1999).

✔ Autores a definem como o acúmulo de tecido adiposo no organismos


(Ades & Kerbauy, 2002; Cabrera & Filho, 2001; Halpern & Mancini,
2000).

✔ Segundo a Organização Mundial da Sapude – WHO (1998), é uma


doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que traz
prejuízos à saúde do indivíduo.
Obesidade

✔ Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, a


obesidade é uma doença caracterizada pelo excesso de gordura no corpo.

✔ Esse acúmulo ocorre quando a oferta de calorias é constantemente


maior que o gasto de energia corporal e resulta frequentemente em
sérios prejuízos à saúde. 

Brasil Mundo 2015 (OMS)


Obesos 30 milhões 600 milhões 700 milhões
Obesos e com sobrepeso 95 milhões 1,9 bilhão 2,3 bilhões
Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – SBCBM.
Obesidade
✔ Organização Pan-americana da Saúde (2003) - doença e fator de risco
de outras doenças crônicas.

✔ Causa multifatorial e tem sido caracterizada como epidêmica (pelo


seu crescente aumento nos últimos anos).

✔ É vista como um problema de saúde pública, levando-se em conta as


possíveis complicações médicas, psicológicas e de custos
relacionados ao tratamento (Porto et al, 2002).

✔ É considerada a mais importante doença nutricional do mundo


ocidental tendo em vista sua alta prevalência e das comorbidades
associadas (Nonino, 2002).
Obesidade – IMC
✔ A diferença entre a normalidade e a obesidade é arbitrária.

✔ Considerado obesidade quanto a quantidade de tecido adiposo


aumenta de tal forma que interfere na saúde física, psicológica e na
expectativa de vida (Mancini & Carra, 2001).

✔ Organização Mundial da Saúde (1998) utiliza o método IMC


(Índice de Massa Corpórea de Quatelet) para avaliar a obesidade.

✔ IMC é calculado pela divisão do peso (em quilos) pela altura (em
metros) elevada ao quadrado. 
Obesidade – IMC

Fórmula
peso
IMC =
(altura)²

Exemplo I Exemplo II
✔ Peso = 110 kg. ✔ Peso = 110 kg.
✔ Altura = 1,60m ✔ Altura = 2,15m

✔ IMC = 110 = 110 = 42,9 ✔ IMC = 110 = 110 = 23,8


(1,60)² 2,56 (2,15)² 4,62
Obesidade – IMC
IMC Classificação Grau Risco de comorbidade
< 18,5 Magreza Grau 0 Risco de doença elevado
18,5 a 24,9 Normal Grau 0 Risco de doença normal
25 a 29,9 Sobrepeso Grau I Risco de doença elevado
30 a 39,9 Obesidade Grau II Risco de doença muito elevado
> 40 Obesidade grave Grau III Risco de doença muitíssimo elevado
Exemplo I
✔ Peso = 110 kg.
✔ Altura = 1,60m

✔ IMC = 110 = 110 = 42,9 – Obesidade grave – Grau III – Risco de doença
(1,60)² 2,56 muitíssimo elevado
Exemplo II
✔ Peso = 110 kg.
✔ Altura = 2,15m

✔ IMC = 110 = 110 = 23,8 – Normal - Grau 0 – Risco de doença normal


(2,15)² 4,62
Obesidade – IMC
IMC Classificação Grau Risco de comorbidade
< 18,5 Magreza Grau 0 Risco de doença elevado
18,5 a 24,9 Normal Grau 0 Risco de doença normal
25 a 29,9 Sobrepeso Grau I Risco de doença elevado
30 a 39,9 Obesidade Grau II Risco de doença muito elevado
> 40 Obesidade grave Grau III Risco de doença muitíssimo elevado

✔ OMS (1998) classifica obesidade IMC igual ou acima de 30 kg/m².

✔ Literatura: obesidade severa = grave = mórbida = grau III.

✔ IMC igual ou acima de 40 kg/m² é classificado como obesidade


grave e adquire um caráter de morbidade:
Redução da expectativa de vida.
Aumenta a incidência de patologias concomitantes (hipertensão
arterial, cardiopatias, morte súbita, distúrbios hormonais, dentre
outras).
Obesidade – outras classificações
✔ Existem outras formas de se avaliar quantitativamente o nível de gordura corporal
(Mancini, 2002):
Somatória das medidas de pregas cutâneas.
Espectroscopia bioelétrica de frequência múltipla.
Tomografia computadorizada.
Ressonância nuclear magnética.
Entre outras.

✔ Quanto à distribuição de gordura (Benedetti, 2003; Loli, 2000;


Mancini, 2002; Mancini & Carra, 2001):
Difusa ou generalizada.
Androide, Superior, Central, Abdominal ou Maça
(correlação com complicações cardiovasculares e metabólicas).
Ginoide, Inferior, Periférica, Subcutânea ou Pera
(correlação com complicações vasculares, periféricas, problemas
ortopédicos e estéticos).

✔ Pode ser classificada quanto à sua origem (Mello, Luft & Meyer, 2004).
Exógena (mais frequente) – origina-se do desequilíbrio entre ingestão e gasto calórico.
Endócrina – resultante de alguma doença.
Obesidade – causas
✔ O peso corporal é regulado por vários mecanismos que procuram manter
um equilíbrio entre a energia ingerida e a energia gasta.

✔ Qualquer interferência nesses mecanismos, levando a um aumento da


ingestão energética ou à diminuição de seu gasto, pode levar à obesidade a
longo prazo (Barros Filho, 2004).

✔ É uma doença heterogênea e pode ser causada por fatores genéticos,


ambientais, sociais, econômicos, endócrinos, metabólicos e psiquiátricos (Benedetti,
2003; Organização Pan Americana da Saúde & Organização Mundial da
Saúde, 2003).

✔ São vários fatores que resultam da interação de fatores genéticos, ambientais e 


emocionais e também de estilo de vida (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica).
Obesidade – causas

Para fins didáticos, com base na literatura, as causas serão


apresentadas da seguinte forma:

✔ Tipo de Alimentação e Estilo de vida.

✔ Ambiental, Social e Econômico.

✔ Biológico, Hormonal, Genético, Endócrino, Metabólico.

✔ Psicológicos.
Tipo de alimentação e Estilo de vida
✔ Os hábitos atuais favorecem o consumo exagerado de alimentos de alto valor
calórico, mas com pobre qualidade nutricional (Sociedade Brasileira de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica).
 
✔ A alimentação tem cada vez maior proporção de gorduras saturadas e
açúcares (Oliveira, 2006).

✔ Falta de atividade física - O sedentarismo é outra causa indutora da


obesidade. O gasto energético vem diminuindo com os confortos da vida
moderna, como controles remotos de TV, elevadores, automóveis, escadas
rolantes etc. (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica)

✔ O estilo de vida atual exige menos esforço físico, além de contribuir para o
abandono das atividades físicas (Oliveira, 2006).

✔ Mudanças no estilo de vida e no ambiente na metade do século passado são


os fatores mais prováveis para a recente epidemia de obesidade na população
(Organização Pan Americana da Saúde & Organização Mundial da Saúde,
2003).
Ambiental, Social e Econômico

✔ A discriminação no ambiente de trabalho (maior dificuldade de ser


admitido), limitações físicas que impedem o desenvolvimento das atividades
rotineiras (como comprar roupas, andar de ônibus, encontrar acentos
adequados, entre outros) reforçam hábitos que mantém a obesidade.

✔ Assim como as consequências sociais e econômicas – perda da


produtividade, absenteísmo, deficiência funcional e incapacitação física
(Mello, 2001).
Biológico, Hormonal, Genético,
Endócrino e Metabólico
✔ A obesidade pode ser um problema de desequilíbrio energético (Organização Pan
Americana da Saúde & Organização Mundial da Saúde, 2003).
Obesos hiperfágicos – ingestão calórica excessiva (comem muito).
Obesos com calorigênese diminuída – não ingerem mais que a média da
população e engordam.

✔ Fatores genéticos podem influenciar o controle do apetite e do comportamento


alimentar (Francischi et al, 2000).

✔ Tendência genética – Pesquisas evidencia a relação entre herança genética e


obesidade (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica)

✔ O aumento significativo na obesidade (epidêmica) nos últimos tempos


dificilmente poderia ser explicado por mudanças genéticas na população. (Pereira,
Francischi & Lancha júnior, 2003).
Biológico, Hormonal, Genético,
Endócrino e Metabólico
✔ Desordens neuroendócrinas (Coutinho, 1998).:
Síndrome hipotalâmica.
Síndrome de Cushing.
Síndrome dos ovários policísticos
Hipogonadismo.
Deficiência de hormônio do crescimento
Entre outros.  

(Ainda que possam representar menos de 1% dos casos de excesso de peso -


Francischi et al., 2000)

✔Obesidade iatrogênica: uma vez que pode lesionar os núcleos reguladores da fome
e saciedade (Coutinho, 1998):
Uso de drogas - como psicotrópico e corticosteroides.
Procedimento cirúrgico na região do hipotálamo.
 
✔ Problemas hormonais - Alterações nas funções das glândulas tireoide,
suprarrenais e da região do hipotálamo também podem provocar a obesidade
(Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica).
Obesidade – Tratamento

✔ Tratamento clínico - dieta, exercícios, medicação e


acompanhamento de endocrinologista e nutricionista. A equipe
também pode ter um fisioterapeuta e um psicólogo.

✔ O objetivo é conscientizar o paciente da necessidade de trocar o


sedentarismo e a má alimentação por hábitos de vida mais
saudáveis que contemplem atividade física e dieta balanceada.
Obesidade – Tratamento

✔ Nos casos em que a obesidade traz prejuízos à saúde e o


tratamento clínico se mostra ineficaz, o tratamento cirúrgico deve
ser considerado.

✔ O método é conhecido popularmente como “redução de


estômago”.

✔ Existem vários tipos de cirurgias disponíveis e cabe ao médico


apresentá-los ao paciente e recomendar o mais apropriado para
cada caso.
Obesidade – Comorbidades

Muitas doenças podem vir associadas à obesidades, tais como;

✔ Hipertensão.
✔ Diabetes.
✔ Dislipidemia.
✔ Resistência à insulina.
✔ Síndrome Metabólica.
✔ Doenças cardiovasculares.
✔ Certos tipos de câncer.
✔ Doenças da vesícula biliar.
✔ Problemas respiratórios, musculares e esqueléticos.
✔ Doenças na pele.
✔ Infertilidade.
✔ Entre outras.
Interação entre Fatores Psicológicos e
Obesidade
Psicologia

✔ Depressão – as drogas usadas para tratar a obesidade agem


predominantemente no mesmo sistema neurotransmissor (como a serotonina)
que as drogas utilizadas no tratamento da depressão. Ambas podem resultar
em síndrome metabólica, forte aumento cardiovascular e morbidade
metabólica (Licinio & Wong, 2003).

✔ Ansiedade – aponta para dificuldades internas, afetivas e relacionais (Mello,


2001).

 
✔ Wadden (1999) – obesos sofrem mais de:
Depressão.
Baixa autoestima.
Outras complicações emocionais significativas.
Psicologia
✔ Sintomas psicológicos (Segal, 2003):
Ansiedade.
Depressão.
Transtornos alimentar.
Transtornos da personalidade.
✔ Oliveira (2006) aponta para os seguintes fatores psicológicos:
Distorção da imagem corporal.
Transtorno de compulsão alimentar periódica.
Síndrome do comer noturno.
Depressão.
Ansiedade.
Entre outras.
✔Almeida, Loureiro e Santos (2001) – estudo de obesidade mórbida em mulheres –
comparadas às mulheres com peso normal, o grupo de estudo relatou manifestações
frequentes de:
Nervosismos.
Desânimo.
Tristeza.
Infelicidade.
Sofrimento psicológico – resultante do excesso de gordura corporal, bem como
das tentativas de se adaptar aos padrões de aparência.
Psicologia

✔ Não há como falar em um perfil de personalidade obeso ou alguma


característica psicopatológica única (Mello, 2001).

✔ População geral de obesos não apresenta maiores níveis de psicopatologia,


quando comparada à população não obesa (Segal, 2003).

 
✔ Mesmo assim, os fatores que apareceram anteriormente foram:
Depressão.
Ansiedade.
Baixa autoestima.
Transtorno alimentar.
Distorção da imagem corporal.
Problemas emocionais.
Visão Psicológica
Psicologia
Psicanálise

✔ Obesidade é vista como manifestação de um sintoma produzido


por um conflito iniciado na história do indivíduo, geralmente
proveniente da relação mãe e filho e de como se deu a questão da
alimentação enquanto bebê.

✔ Por isso a literatura mostra que o início da obesidade faz


diferença no comportamento dos obesos.

✔ Quando se dá na infância, é provável que os indivíduos


apresentem maiores complicações emocionais do que quando a
obesidade aparece na fase adulta (Oliveira, 2006).
Psicologia

✔ Obesidade é expressão sintomática de conflitos internos e


externos, uma forma que o indivíduo encontra para lidar com
situações conflituosas com suas tristezas e ansiedades (Silva,
2000).

✔ A alimentação é uma das formas da criança se relacionar com a


mãe.

✔ Dependendo de como esse contato foi estabelecido, a criança


pode apresentar uma relação com o alimento de forma
inadequada.
Psicologia

✔ O alimento poderá se tornar a única fonte de prazer e o alívio


para as situações de tensão e ansiedade (Silva & Costa, 2003).

✔ As pessoas obesas tendem a ver a comida como fonte de conforte


que ajuda a dar conta de suportar eventos estressores, raiva,
solidão, depressão, entre outros (Fabricatore & Wadden, 2003).

✔ O comer simbólico é descrito como tendo vários significados , um


deles seria a comida usada para compensar a falta de afeto
(Liberman, 1994).
Psicologia

✔ Anaruma (2002) destaca os mecanismos de fome, apetite e


saciedade.

✔ A fome é mediada por sensações fisiológicas e entendida como


desejo de comer.

✔ O apetite tem sido descrito como desejo de comer, que envolve a


lembrança da sensação agradável de estar satisfeito.

✔ A autora aponta para o problema que os obesos podem ter


quanto ao apetite.
Psicologia
Cognitiva-Comportamental

✔ No tratamento, em geral, combina a instrução a respeito dos


transtornos alimentares com o emprego das técnicas da
psicoterapia cognitivo-comportamental.

✔ A meta é efetuar mudanças em cognições, afetos e


comportamentos.

✔ O foco é ajudar o paciente a desenvolver crenças realistas com


referência à alimentação, ao autoconceito e aos relacionamentos
interpessoais.

✔ Os métodos incluem identificar crenças disfuncionais a respeito


de comida, forma e peso corporal, examinar a associação entre
autovalor e aparência física, remodelar distúrbios da imagem
corporal e examinar a validade e a função adaptativa das crenças.
Psicologia
Comportamental

✔ Entende o comportamento alimentar como resultante de um


aprendizado: o comportamento é repetido à medida que é
reforçado pelas consequências que produz.

✔ O comportamento alimentar é compreendido através da análise


de contingências, ou seja, a relação dos estímulos que antecedem
o comportamento alimentar e as consequências que o seguem.

✔ No tratamento é utilizado métodos como automonitoração,


planejamento das refeições, controle dos estímulos e solução de
problemas.
Psicologia
✔A perspectiva psicológica da obesidade não deve ser reduzida a uma
única vertente teórica.

✔Corre-se o risco de se desconsiderar prematuramente aspectos que


podem ter relevância para o seu desenvolvimento e manutenção.

✔Assim, há necessidade de se buscar uma compreensão integrativa de


múltiplos fatores que estariam implicados nesta patologia.

✔ Especialmente quando se trata da obesidade de grau III, dadas as


consequências médicas, sociais e pessoais a ela relacionadas.

(Oliveira, 2006)
Transtornos Alimentares
Transtornos Alimentares

✔ Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM-IV) – Transtornos


Alimentares são severas perturbações no comportamento alimentar.

✔ Os mais específicos são:

Anorexia Nervosa.

Bulimia Nervosa.

Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica.


Transtornos Alimentares
✔ Compulsão alimentar – ingestão num curto intervalo de tempo (duas
horas ou menos) de quantidade de comida definitivamente maior do
que a maioria das pessoas consumiria em um período de tempo
similar.

✔Aparece um sentimento de perda de controle sobre esse episódio.

✔O indivíduo não consegue parar de comer ou controlar o que ou o


quanto come.

✔ Essa é a síndrome parcial da Compulsão Alimentar Periódica.

✔ Esse comportamento alimentar em excesso, em casos extremos, pode


levar até mesmo à morte.

(Matos, 2006).
Transtornos Alimentares
Diagnóstico – Transtorno da Compulsão Periódica:

✔ Ocorrer pelo menos dois dias por semana durante seis meses.

✔ Quando há acentuada angústia relativa aos episódios.

✔ E três ou mais dos seguintes critérios:


Comer muito mais rápido do que o usual.
Comer até se sentir mal.
Comer grandes quantidades de comida sem estar fisicamente
com fome.
Comer sozinho porque se sente envergonhado pela quantidade
que come.
Sentir-se aborrecido, muito culpado ou deprimido após o
episódio de excesso alimentar.
Transtornos Alimentares
✔ Todos os transtornos alimentares, em geral, estão associados a
doenças médicas e outros transtornos mentais.

✔ Os sintomas associados mais frequentes são:


Depressão.
Ansiedade.
Retraimento Social.
Depreciação corporal.
Irritabilidade.
Insônia.
Libido diminuída.
Semi-inanição (anorexia).
Sobrepeso ou obesidade (bulimia e Transtorno da Compulsão
Periódica).

(Matos, 2006).
Transtornos Alimentares
Os tratamentos utilizados para os Transtornos Alimentares e a
Obesidade são:

✔ Orientação Nutricional.

✔ Medicação.

✔ Atividade física.

✔ Procedimento cirúrgico.

✔ Intervenções psicológicas.

(Matos, 2006).
Cirurgia Bariátrica
Cirurgia Bariátrica
✔ Técnicas com respaldo científico destinadas ao tratamento da obesidade e das
doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele.

✔ Também é conhecida como cirurgia da obesidade ou mais popularmente por


redução de estômago.

Ano Cirurgias realizadas


2003 16.000
2004 18.000
2005 22.000
2006 29.500
2007 33.000
2008 38.000
2009 45.000 (25% por videolaparoscopia)
2010 60.000 (35% por videolaparoscopia)

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – SBCBM.


Cirurgia Bariátrica – Histórico

Anos 1970

✔ O médico clínico Salomão Chaib, da Faculdade de Medicina da


Universidade de São Paulo (FMUSP), divulgou os resultados de suas
cirurgias iniciais para tratamento de obesidade.

✔ Na época, ele utilizou as chamadas derivações jejuno-ileais do tipo


Payne, ou seja, o primeiro procedimento bariàtrico a ser aplicado
internacionalmente em grande escala.

✔ Mas a iniciativa pioneira não teve o sucesso esperado.


Cirurgia Bariátrica – Histórico
Anos 1980

✔ Nos Estados Unidos, o médico Edward Mason introduziu o conceito


de restrição gástrica.

✔ Ele descreveu as técnicas restritivas bypass gástrico, gastroplastia


horizontal e gastroplastia vertical com anel de polipropileno.

✔ Esta última foi amplamente utilizada por especialistas na década de


1980.

✔ No Brasil, o Dr Arthur Garrido foi o pioneiro dessas técnicas.


Cirurgia Bariátrica – Histórico
Anos 1990 

✔ Foram desenvolvidas novas intervenções cirúrgicas que passaram a


oferecer melhores resultados para a perda importante de peso no
médio e longo prazos.

✔ Derivação bilio-pancreática (ou Cirurgia de Scopinaro).

✔ Derivações gástricas em “Y de Roux”.

✔ Bandas gástricas ajustáveis.

✔ Cirurgia videolaparoscópica.

✔ Duodenal switch.
Cirurgia Bariátrica – Histórico
Anos 2000

✔ Em 2004, o médico italiano Francesco Rubino publicou importante


estudo sobre exclusão duodenal e controle da diabetes realizado com
animais, marcando o início do que hoje chamamos de cirurgia
metabólica. 

✔ Ao longo de 2005, foram publicados no Brasil os primeiros estudos


experimentais com animais e seres humanos diabéticos.

✔ Em 2006, o conceito metabólico foi incorporado à cirurgia bariátrica


em todo o mundo.

✔ O Brasil lidera pesquisas nessa área. Graças a essa série de estudos


brasileiros e estrangeiros, a cirurgia metabólica ficou definida como
qualquer intervenção cirúrgica no aparelho digestivo que leva a um
rearranjo de sua anatomia.
Cirurgia Bariátrica – Indicações gerais

Segundo a Resolução CFM 1942/2010 (que estabelece as normas


seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo
indicações procedimentos e equipes) as indicações gerais são:

✔ Em relação ao Índice de Massa Corpórea (IMC):


IMC acima de 40 kg/m².
IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades (diabetes tipo 2
apneia do sono, hipertensão arterial e outras).

✔ Em relação à Idade:
Maiores de 18 anos.
Idosos e jovens entre 16 e 18 anos podem ser operados, mas exigem
precauções especiais e o risco / benefício deve ser muito bem analisado.
Cirurgia Bariátrica – Indicações gerais

✔ Tempo do estabelecimento da obesidade:


Obesidade estabelecida há pelo menos dois anos conforme os
critérios acima e com tratamento clínico prévio insatisfatório.

✔ Outros critérios:
Não uso de drogas ilícitas e alcoolismo.
Ausência de quadros psicóticos ou demenciais graves ou
moderados.
Compreensão por parte do paciente e familiares dos riscos e
mudanças de hábitos inerentes à cirurgia e da necessidade de
acompanhamento pós-operatório com a equipe multidisciplinar a
longo prazo.
Cirurgia Bariátrica – Contra indicações

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, as


situações abaixo configuram condições adversas à realização de
procedimentos cirúrgicos para o controle da obesidade:

✔ Limitação intelectual significativa em pacientes sem suporte familiar


adequado;

✔ Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso de


álcool ou drogas ilícitas; no entanto, quadros psiquiátricos graves sob
controle não são contraindicativos à cirurgia;

✔ Doenças genéticas.
Tipos de cirurgia
Diferenciam-se pelo mecanismo de funcionamento:

Diminuem a quantidade de alimentos que o estômago é capaz de


comportar.

Restritivos ✔ Balão Intragástrico.


✔ Gastroplastia Vertical Bandada ou Cirurgia de Mason.
✔ Banda Gástrica Ajustável.
✔ Gastrectomia Vertical.

Reduzem a capacidade de absorção do intestino.

Disabsortivos Tendo em vista a alta incidência de complicações metabólicas e


nutricionais a longo prazo, o CFM afirma na Resolução 1942/2010
que tais cirurgias não devem ser mais realizadas.

Com pequeno grau de restrição e desvio curto do intestino com


discreta redução de absorção dos alimentos. 
Mistas
✔ Gastroplastia com reconstituição em Y de Roux.
✔ Duodenal Switch.
Balão Intragástrico

✔ Colocação de um balão intragástrico (com cerca


de 500 ml de líquido) por endoscopia.

✔ Visa diminuir a capacidade gástrica, provocar a


saciedade e diminuir o volume residual
disponível para os alimentos.

✔ É um método provisório e o balão deve ser


retirado no prazo recomendado pelo fabricante
(média geral de seis meses).

✔ Indicado para pacientes com sobrepeso e no


preparo pré-operatório de pacientes com
superobesidade (IMC acima de 50kg/m²) com
associação de patologias agravadas e/ou
desencadeadas pela obesidade mórbida.
Gastroplastia Vertical Bandada
ou Cirurgia de Mason

✔ Criado um pequeno reservatório gástrico


na região da cárdia, com capacidade em
torno de 20ml, cuja saída é regulada por
um anel de polipropileno.

✔ Provoca menor perda de peso que os


demais procedimentos cirúrgicos e
consequente melhoria das comorbidades
associadas.

✔ Utilização é reservada apenas para casos


excepcionais.
Banda Gástrica Ajustável

✔ Instala-se anel de silicone inflável ajustável ao


redor do estômago, que aperta mais ou menos o
órgão.

✔ O diâmetro interno da banda pode ser regulado


por injeção de líquido no reservatório de fácil
acesso.

✔ Método reversível, pouco agressivo e permite


ajustes individualizados no diâmetro da prótese.
Gastrectomia Vertical

✔ Restrição gástrica com remoção de 70% a 80% do


estomago proximal ao antro.

✔ O estômago é transformado em um tubo.

✔ É um dos novos procedimentos bariátricos .

✔ Gastrectomia em Manga, Gastrectomia


Longitudinal, Gastrectomia Sleeve.
Gastroplastia com reconstituição em Y de Roux

✔ Procedimento misto no qual é feito o grampeamento


de parte do estômago e um desvio do intestino inicial.

✔ Restringe a ingestão alimentar e modifica a produção


de hormônios que modulam a fome e a saciedade.

✔ A costura do intestino que foi desviado fica com


formato parecido com a letra Y, daí a origem do nome.
Roux é o sobrenome do cirurgião que criou a técnica.
Duodenal Switch

✔Associação entre gastrectomia vertical e desvio


intestinal.

✔ Cerca de 85% do estômago é retirado, porém a


anatomia básica do órgão e sua fisiologia de
esvaziamento são mantidas.

✔ O desvio intestinal reduz a absorção dos


nutrientes.
Cirurgia Bariátrica – Pré operatório
✔ O preparo pré-operatório otimiza a segurança e os resultados da
cirurgia bariátrica.

✔ Nessa fase, também é obrigatório o preenchimento do documento


Consentimento Informado, no qual o paciente reconhece estar
devidamente informado sobre os benefícios e riscos da cirurgia.

✔ No pré-operatório, o paciente deve realizar uma série de exames,


como endoscopia digestiva, ultrassom abdominal e exames
laboratoriais.

✔ Assim como passar em consulta com os profissionais obrigatórios:


cirurgião, cardiologista, psiquiatra, psicólogo e nutricionista.
Cirurgia Bariátrica – Pós operatório

✔  O paciente deve fazer consultas e exames laboratoriais periódicos no


pós-operatório, conforme o tipo de cirurgia e as rotinas estabelecidas
pela equipe responsável.

✔ Em caso de comorbidades, elas devem ser acompanhadas por


profissionais especialistas nessas doenças.

✔ No pós-operatório, recomenda-se ao paciente atividade física e


complemento vitamínico.
Cirurgia Bariátrica – Pós operatório
CUIDADOS RECOMENDADOS
Acompanhamento nutricional
✔ O nutricionista tem papel fundamental no acompanhamento do paciente
rumo à cura da obesidade.

✔ Prestar toda a orientação necessária para a dieta líquida pós-operatória, sua


evolução para a pastosa e, finalmente, sua transição definitiva para a
alimentação normal. 

✔ O paciente deverá aprender a comer pouco e bem, várias vezes ao dia, e


optar por alimentos pouco calóricos e com alto teor vitamínico, abandonando
hábitos nocivos.

✔ A reeducação alimentar ajudará não só a perder peso, mas também a


mantê-lo em patamares adequados por toda a vida.

✔ O paciente não está proibido de consumir doces, refrigerantes ou outras


guloseimas de vez em quando, porém esses alimentos não devem fazer parte
de sua rotina e a quantidade deve ser controlada.
Cirurgia Bariátrica – Pós operatório

CUIDADOS RECOMENDADOS

Acompanhamento psicológico

✔ O foco do acompanhamento psicológico deve ser sempre preventivo e


educativo.

✔ É necessário considerar o aparecimento de novos fatores de estresse, como


ansiedade, ciúmes do parceiro, desejo de liberdade etc., após a cirurgia. 

✔ O paciente pode criar expectativas que não serão atingidas com a perda de
peso, simplesmente porque dizem respeito a certas frustrações ou
imaturidade diante da vida.
Cirurgia Bariátrica

MITOS E VERDADES
Em um ano de pós-operatório, o paciente normalmente engorda.
Mito.
Na maioria dos casos, o ganho de peso ocorre quando o paciente não assume
hábitos saudáveis, como a adoção de dieta menos calórica e mais nutritiva e a
prática de exercícios físicos regulares.
 

Perde-se mais peso nos primeiros seis meses.


Verdade.
A perda mais significativa de peso ocorre nos primeiros seis meses. Daí a
importância de o paciente seguir com disciplina as recomendações médicas
nessa primeira etapa do pós-operatório.
 
 

A mulher pode engravidar no pós-operatório.


Verdade.
A paciente é liberada para engravidar sem riscos após 15 meses de
pós-operatório. Durante esse período, recomenda-se a anticoncepção. No
entanto, os anticoncepcionais orais (pílulas) devem ser evitados.
Cirurgia Bariátrica

MITOS E VERDADES
Sempre é possível fazer a cirurgia videolaparoscópica.
Verdade.
Somente em situações especiais não é possível realizar esse tipo de cirurgia. É
o caso, por exemplo, de pessoas submetidas a cirurgias abdominais prévias.

A depressão é uma consequência comum para quem faz a cirurgia.


Mito.
Não existe uma tendência. Se o paciente ficar deprimido, isso pode ocorrer
devido a fatores desconhecidos, que devem ser investigados por psicólogo ou
psiquiatra.

Há tendência à anemia no pós-operatório.


Verdade.
De fato isso ocorre. Entre os pacientes, as mulheres têm maior tendência à
anemia, por causa da menstruação, perda de ferro e pouca presença de carne
vermelha na dieta. Essa situação pode ser minimizada com a ingestão de
alimentos ricos em ferro, ou, se necessário, com a utilização de suplementos
vitamínicos.
Cirurgia Bariátrica

MITOS E VERDADES
O apoio da família e à família é indispensável. 
Verdade.
Deve-se prestar toda a assistência e orientação à família do paciente,
oferecendo o máximo de informações solicitadas e, quando necessário,
também consulta psicológica. Os novos hábitos a serem adotados pelo
paciente devem ser compartilhados e estimulados por todos que convivem
com ele.
 
 

O paciente sente muitas dores no primeiro mês do pós-operatório. 


Mito.
Normalmente, as dores se manifestam somente no primeiro dia do
pós-operatório. Isso acontece porque o abdômen precisa ser inflado com gás
carbônico na cirurgia por videolaparoscopia, para possibilitar a melhor
manipulação dos órgãos internos. 
 
Cirurgia Bariátrica

MITOS E VERDADES

Depois da cirurgia bariátrica, o paciente deve fazer cirurgia plástica


corretiva. 
Mito.
Nem sempre é necessário fazer cirurgia plástica após o procedimento
bariátrico. Cada caso deve ser avaliado criteriosamente pela equipe
multidisciplinar responsável pelo tratamento.

Durante a videolaparoscopia, há situações em que é preciso converter a


cirurgia em procedimento aberto. 
Verdade.
Algumas situações exigem que o cirurgião converta a videolaparoscopia em
procedimento aberto. Essa decisão é baseada em critérios de segurança e só
pode ser tomada durante o ato operatório.

 
Cirurgia Bariátrica

VIDEOLAPAROSCOPIA

✔ Minimamente invasiva e aplicável em todas as técnicas cirúrgicas, a


videolaparoscopia representa uma das maiores evoluções tecnológicas da
medicina.

✔ No tratamento da obesidade, as cirurgias do gênero se diferenciam da


convencional, aberta (laparotomia), em função do acesso utilizado.

✔ Na cirurgia aberta, o médico precisa fazer um corte de 10 a 20 centímetros no


abdômen do paciente, enquanto na videolaparoscopia são feitas de quatro a
sete mini-incisões de 0,5 a 1,2 centímetros cada uma, por onde passam as
cânulas e a câmera de vídeo.

✔ O registro fica gravado e o paciente pode levar uma cópia de DVD como um
documento da operação.
Cirurgia Bariátrica

VIDEOLAPAROSCOPIA – BENEFÍCIOS

✔ Menos tempo de cirurgia – a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia dura,


em média, pouco tempo, algo entre 40 minutos e 1 hora e 30 minutos.

✔ Menos invasiva – o cirurgião realiza de quatro a sete pequenas incisões de 0,5


a 1,2 centímetros. 

✔ Menos tempo de recuperação – no pós-operatório, os benefícios são maiores:


dor mínima por um dia ou quase inexistente (medida principalmente pela
quantidade de analgésicos consumida pelo paciente), alta hospitalar precoce
(36 horas) e retorno mais rápido às atividades laborais (7 a 10 dias). Na
cirurgia aberta, o paciente fica ao menos três dias internado e leva de 30 a 50
dias para voltar à rotina normal.

✔ Menos riscos – a videolaparoscopia ainda oferece menos risco de infecções.


Cirurgia Bariátrica - COESAS

✔ A Comissão das Especialidades Associadas (Coesas), da Sociedade Brasileira


de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), foi fundada em 2003. 

✔ Devido ao número crescente de profissionais dedicados à área e ao


reconhecimento da necessidade da participação de equipes multiprofissionais
nas cirurgias bariátricas, a SBCB defendeu a criação da Coesas – a Comissão
das Especialidades Associadas, durante o V Congresso Brasileiro de Cirurgia
Bariátrica, realizado pela SBCB na cidade de Fortaleza (CE).

✔ Com isso, os demais profissionais de outras especialidades – que, na época, já


eram sócios da SBCB –, puderam fazer parte de uma categoria específica
dentro da sociedade
Cirurgia Bariátrica - COESAS

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

✔ Anestesiologia.

✔ Cirurgia plástica.

✔ Educação física.

✔ Enfermagem.

✔ Fisioterapia.

✔ Nutrição.

✔ Psicologia.

✔ Psiquiatria.
ANTICONCEPÇÃO CIRÚRGICA
ESTERILIZAÇÃO
LEI DO PLANEJAMENTO FAMILIAR
ART. 10
Lei nº 9.263/1996

Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes


situações:

I. Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores


de 25 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos,
desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a
manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual
será propriciado à pessoa interessada acesso a serviço de
regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por
equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização
precoce;
ESTERILIZAÇÃO
LEI DO PLANEJAMENTO FAMILIAR

ART. 10 Lei nº 9.263/1996

II. risco à vida ou à saúde da mulher ou do


futuro concepto, testemunhado em relatório
escrito e assinado por dois médicos.
ESTERILIZAÇÃO
AS TAXAS DE ARREPENDIMENTO SÃO MAIORES:

✔ Entre mulheres cujas trompas foram ligadas


antes dos 30 anos de idade

✔ Solteiras ou em união conjugal recente

✔ Sem filhos do sexo masculino (para algumas


culturas)

✔ Quando o parceiro não apóia a decisão


ESTERILIZAÇÃO
ACONSELHAMENTO PRÉVIO

✔ Oferecer informações sobre todos os métodos


reversíveis

✔ Informar que trata-se de um método considerado


irreversível

✔ Informar sobre possíveis complicações e sobre o


risco anestésico

✔ Explicar que a esterilização cirúrgica não protege


contra DST/HIV
LAQUEADURA TUBÁRIA

Os dois procedimentos mais comuns para a


esterilização feminina são:

✔Minilaparotomia: uma pequena incisão (2-5 cm) é feita acima da


linha dos pelos pubianos. Cada trompa é ligada e seccionada, ou
bloqueada com um grampo ou anel.

✔Laparoscopia: Uma pequena incisão (2 cm) é feita logo abaixo da


cicatriz umbilical, através da qual se insere o laparoscópio. Cada
trompa é bloqueada com um grampo, um anel ou por
eletrocoagulação.
LAQUEADURA TUBÁRIA

A obstrução mecânica das trompas


impede que os espermatozoides
migrem ao encontro do óvulo.

COMPLICAÇÕES (raras)
✔ Infecção e sangramento no local da incisão;

✔ Infecção ou sangramento intra-abdominal;

✔ Lesão de órgãos pélvicos ou abdominais;

✔ Reação alérgica ao anestésico.


LAQUEADURA TUBÁRIA

RECANALIZAÇÃO TUBÁRIA

✔ O procedimento para reverter a ligadura é difícil, caro e não é realizado em


muitos lugares;

✔ Menos de 30% das mulheres que desejam reversão da ligadura são


elegíveis;

✔ Somente em cerca de metade dos casos nos quais a reversão é realizada, o


procedimento é bem sucedido;

✔ O risco de gravidez tubária após a reversão é 10 vezes maior do que entre


mulheres que nunca foram esterilizadas
Vasectomia
► Pontos Básicos para Profissionais de Saúde e Clientes

► Permanente. A intenção é que proporcione proteção muito eficaz, permanente e


pela vida toda contra a gravidez. De modo geral, não é possível revertê-la.

► Envolve um procedimento cirúrgico simples e seguro.

► Demora 3 meses para fazer efeito. O homem ou o casal deve utilizar preservativos
ou um outro método contraceptivo por 3 meses após a vasectomia.

► Não afeta o desempenho sexual masculino.


O Que É a Vasectomia?

► É a contracepção permanente para homens que não queiram mais ter filhos.
Através de uma punctura ou pequena incisão no escroto, o profissional
localiza cada um dos 2 tubos por onde o esperma é transportado até o pênis
(vaso deferente) e corta e bloqueia o mesmo, cortando e amarrando-o de
modo a fecha-lo ou aplicando calor ou eletricidade (cautério).
► Também conhecida por esterilização masculina e contracepção cirúrgica
masculina.
► Funciona por meio do fechamento de cada vaso deferente, fazendo com que o
sêmen não contenha espermatozoides. O sêmen é ejaculado, mas não pode
provocar uma gravidez.
Eficácia da Vasectomia

► Em locais onde não há meios de se verificar se o homem que passou pelo


procedimento ainda tem espermatozoides no sêmen, ocorrem cerca de duas
ou três gravidezes para cada 100 casais;
► Em locais que contam com exames para verificar o sêmen, ocorre cerca de
uma gravidez para cada 100 casais;
► Após 3 anos da cirurgia, costumam ocorrer 4 gravidezes para cada 100 casais,
devido a rara regeneração do duto.
Desfazendo Mitos

► Não remove os testículos. Na vasectomia, os tubos que transportam o


esperma vindo dos testículos são bloqueados. Os testículos permanecem
intactos;
► Não diminui o desejo sexual;
► Não afeta a função sexual. A ereção de um homem continua a mesma, dura o
mesmo tempo e ele ejacula tal como antes;
► Não faz com que um homem engorde ou fique mais fraco, menos masculino ou
menos produtivo;
► Não provoca quaisquer doenças mais adiante na vida;
► Não previne a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, entre elas
o HIV.
Quem pode fazer a Vasectomia
► Segura para Todos os Homens
► Mediante aconselhamento adequado e consentimento esclarecido,
qualquer homem pode submeter-se a uma vasectomia com
segurança, inclusive homens que:
► Tenham alguns filhos ou nenhum;
► Não sejam casados;
► Não tenham a permissão da esposa;
► Sejam jovens;
► Tenham anemia falciforme;
► Apresentem risco elevado de infecção com o HIV ou outra DST. Estejam
infectados com o HIV, estejam ou não em terapia anti-retroviral.

Em algumas destas situações, é importante haver um aconselhamento


especialmente cuidadoso a fim de se assegurar que o homem não se
arrependerá de sua decisão
Vasectomia para Homens com HIV

► Homens que estejam infectados com o HIV, tenham AIDS ou estejam em


terapia anti-retroviral (ARV) podem fazer uma vasectomia com segurança. São
necessárias medidas especiais para realizar a vasectomia num homem com
AIDS;
► A vasectomia não previne a transmissão do HIV;
► Incentive estes homens a utilizar preservativos juntamente com a vasectomia.
Quando usados de forma consistente e correta, os preservativos ajudam a
prevenir a transmissão do HIV e outras DSTs;
► Ninguém deve ser coagido ou pressionado a submeter-se a uma vasectomia,
Inclusive homens com HIV.
Cuidados com os seis pontos
“Consentimento Esclarecido”
► O aconselhamento deve abranger todos os 6 pontos do consentimento
esclarecido. Em alguns programas, o cliente e o aconselhador assinam um
termo de consentimento esclarecido. Para dar consentimento esclarecido à
vasectomia, o cliente deve compreender os seguintes pontos:
► Também há anticoncepcionais temporários à disposição do cliente;
► A vasectomia é um procedimento cirúrgico;
► Existem certos riscos, bem como benefícios, na execução do mesmo. (Tanto os
riscos quanto os benefícios devem ser explicados de uma maneira que o cliente
possa entender.);
► Se bem sucedido, o procedimento fará com que o cliente nunca mais possa ter
filhos;
► O procedimento é considerado permanente e provavelmente não poderá ser
revertido;
► O cliente pode mudar de ideia e decidir não mais fazer o procedimento a qualquer
momento antes da realização do mesmo (sem que, com isso, perca seus direitos a
outros serviços e benefícios médicos e de saúde).
Passos para a Avaliação Psicológica no
Contexto da Cirurgia Bariátrica
Passos para a Avaliação Psicológica no
Contexto da Cirurgia Bariátrica

Entrevistas iniciais:
✔ Em uma ou, no máximo, duas entrevistas levantar o Perfil
Psicológico do candidato.
Aplicação dos testes:
✔ Montar a Bateria de Testes Psicológicos necessários para comtemplar
os objetivos da avaliação.
Elaboração do material:
✔ Integração dos Dados levantados até o momento e ponderação sobre
a necessidade de outros instrumentos ou entrevistas.
Devolutiva:
✔ Entrevistas Devolutivas.
Laudo e/ou Parecer:
✔ Preparo do material escrito.
Perfil Psicológico
Aspectos psicológicos a serem aferidos:
✔ Psicopatologias tais como psicoses, depressões e ou distúrbios ansiosos;
✔ Fantasias e idealizações a respeito da imagem corporal;
✔ Determinação do candidato para aderência aos cuidados pós cirúrgicos.
Perfil Psicológico
Quem é o solicitante:
✔ Saber quem ou qual instituição procura pela avaliação ou indica um candidato para a
avaliação;
✔ Quais as expectativas dessa instituição ou pessoal sobre a avaliação.

Quem é o avaliado:
✔ Histórico do avaliado, tanto referente a obesidade como para qualquer outra patologia;
✔ Histórico de vida, hábitos e estilo de vida;
✔ Motivações.
Perfil Psicológico
Qual o contexto dos envolvidos e da avaliação:
✔ A avaliação envolve a relação entre instituições (convênios médicos) e candidatos;
✔ A avaliação foi solicitada diretamente pelo candidato a cirurgia.

Motivo para solicitar a avaliação:


✔ Determinar as condições psicológicas do candidato segunda a solicitações de uma
instituição;
✔ Levantar as condições psicológicas segunda a solicitação do próprio candidato;
✔ Esclarecer duvidas do candidato.
Perfil Psicológico
Expectativa dos envolvidos:

✔ Fantasia do candidato quanto a cirurgia, seus efeitos, o


pós cirúrgico e estilo de vida a ser adotado;
✔ Questões de auto imagem do candidato;
✔ Consciência do candidato sobre limites para os
resultados a curto e longo prazo;
✔ Resultados possíveis X objetivos de vida;
✔ Possibilidades de retorno a condições indesejáveis.
Bateria de Testes Psicológicos
Testes de Personalidade:

✔ HTP – Desenho da casa, arvore e pessoa;


✔ Rorschach;
✔ Zulliger;
✔ Pfister;
✔ Bateria Beck;
✔ Questionários específico para possíveis transtornos
alimentares;
✔ Escala de Pilares da Resilência;
✔ Neo pi-R – associado a outro instrumento projetivo;
✔ Demais instrumentos apoiados na teoria do “Big Five”
– associado a outro instrumento projetivo.
Bateria de Testes Psicológicos

Objetivos dos testes de personalidade:


✔ Levantamento de psicopatologias em geral;
✔ Levantamento de aspectos sobre a fantasia versos realidade;
✔ Auto imagem;
✔ Maturidade;
✔ Relação com o ambiente;
✔ Neuroticismo.
Bateria de Testes Psicológicos

Instrumentos para a avaliação de auto conceito,


auto controle e suporte familiar:

✔ EAC-IJ – Escala de autoconceito infanto-juvenil;


✔ EFAC & EMAC – Escalas feminina e masculina de autocontrole;
✔ IPSF – Inventário de Percepção de Suporte Familiar;
Bateria de Testes Psicológicos

Objetivos para os testes de autocontrole,


autoimagem e suporte familiar:
✔ Investigar a capacidade em aderir as novas exigências pós cirúrgicas, assim como as
possibilidades de mudança no estilo de vida em função dos objetivos de
emagrecimento;
✔ Levantar o apoio familiar para o sucesso da nova condição.
Bateria de Testes Psicológicos

Instrumentos para a avaliação de transtornos alimentares:


✔ Escala de Medida em Imagem Corporal – Souto (1999);
✔ Body Shape Questionnaire – Di Pietro (2001);
✔ Body Attitudes Scale – Scagliusi e cols. (2005);
✔ Escala de Silhuetas de Stunkard – Scagliusi e cols. (2006);
✔ Questionário de Evitação Corporal (BIAQ) – Campana (2007);
Bateria de Testes Psicológicos

Instrumentos para a avaliação de transtornos alimentares:


✔ Questionário de Checagem do Corpo (BCQ) – Campana (2007);
✔ Body Investment Scale – Gouveia e cols. (2008);
✔ Bulimic Inventory Teste of Edinburgh – Cordas e Hochgraf (1993);
✔ Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26) – Nunes (1994).
Escala dos Pilares
da Resiliência
Psicologia positiva

• Após a Segunda Guerra Mundial as pesquisas sobre doenças mentais passaram a


contar com o financiamento de alguns institutos.

• Houve maior incentivo para os psicólogos acadêmicos da época a pesquisarem sobre


tratamentos dos transtornos mentais que até então não eram tratáveis.

• Em 1948, começou a se estabelecer uma preocupação em criar um modelo de


saúde que buscasse a compreensão dos aspectos positivos do ser humano.

• Naquele mesmo ano a Organização Mundial da Saúde definiu esse modelo como
“um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não somente a
ausência de enfermidade” (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1948, p. 1).
• Estudos sobre otimismo, satisfação, alegria, autoconfiança, esperança começaram a surgir,
dando espaço à compreensão dos aspectos positivos do comportamento das pessoas
(SELIGMAN, 2004).

• Em 2001 o termo Psicologia Positiva ganha forças quando, na edição especial do periódico
American Psychologist, o termo foi definido por Sheldon e King (2001, p. 216) como

► “tentativa de levar os psicólogos contemporâneos a adotarem uma visão mais aberta e apreciativa dos
potenciais, das motivações e das capacidades humanas”.
Resiliência

• O termo resiliência surgiu da Física e Engenharia, em 1807.

• O cientista inglês Thomas Young introduziu pela primeira vez a noção de


módulo de elasticidade, buscando a relação entre a força que é aplicada
em um corpo e a deformação que essa força produz.

• Silva Jr. (1972) definiu resiliência de um material quando este absorve um


grau de energia máxima de deformação sem sofrer alterações
permanentes.

• Com esses construtos, a resiliência de materiais passou a ser medida em


laboratórios, e foi observado que cada tipo de material apresentava
módulos diferentes de resiliência, o que exigia muita cautela na análise
dos dados das experiências.
• Medicina: Capacidade de um indivíduo resistir a tratamentos
desgastantes, doenças, infecções, (...) e vencer os eventos
estressantes causado pela doença, às adversidades e às
consequências decorrentes da mesma (TAVARES, 2001).

• Sociologia: assume as estruturas e funções sociais como


elementos auxiliares ou restritivos de resiliência comunitária.

• Economia: é visto como uma estratégia contra a pobreza e um


caminho na busca de melhor qualidade de vida.
• Psicologia: “Capacidade humana para enfrentar,
(...) ser fortalecido ou transformado por
experiências de adversidade” (GROTBERG, 2005,
p.15).
• Alguns autores falam sobre a dinâmica da resiliência e quais fatores estão envolvidos,
como por exemplo, aspectos familiares, sociais, ambientais etc. e o comportamento
resultante da interação entre eles. (GROTBERG, 1995; BRONFENBRENNER, 1996; KUMPFER,
1999)

• Outros propuseram modelos que são compostos por características das pessoas
resilientes, tais como autoestima, bom humor, criatividade, empatia, capacidade de se
relacionar, dentre outros. (WOLIN, WOLIN, 1993; TAGLE, 1996; OJEDA, 1997;
RICHARDSON, 2002; GUAJARDO, 2005; MELILLO, 2008)

Fatores internos Fatores externos

Empatia Família

Independência Sociedade

Sociabilidade Cultura
Bom humor Ambiente
Os pilares da resiliência

• São características pessoais


e comportamentais de
sujeitos que ultrapassaram
situações adversas com
êxito, sem sofrer sequelas
(OJEDA, 1997; MELILLO,
2005).
• Escala dos Pilares da Resiliência – EPR

• Objetivo: Identificar, entre as características que favorecem uma


conduta resiliente, quais delas uma pessoa tem mais ou menos
desenvolvidas.

• Aplicabilidade: Auxiliar na identificação das características


comportamentais que tornam as pessoas capazes de enfrentar
com sucesso as adversidades e que lhes proporcionam condutas
flexíveis diante de problemas vivenciados no dia a dia.
• Público-alvo: Adultos com idade igual ou acima de 18
anos e com escolaridade a partir do Ensino
Fundamental (cursando).

• Aplicação: Individual ou coletiva e em papel ou online


– ambas são auto administrável (o próprio avaliando a
responde).

• Correção: A correção é realizada de acordo com as


respostas dadas para cada uma das subescalas.
Manualmente no Livro de Avaliação ou online.
• Estudos psicométricos:
✔ Validade: Análise Fatorial
✔ Precisão: Alfa de Cronbach
✔ Análise de itens: Correlação item-total

• Os resultados atenderam aos critérios exigidos pelo


CFP, embora não seja um instrumento restrito a
Psicólogos.
• Normas: Não foram constatadas diferenças
estatísticas nas médias das pontuações em
função da escolaridade;

• Os homens são mais resilientes do que as


mulheres;
mas ...

• A resiliência da mulher aumenta com o passar


do tempo (idade)!
• Interpretação dos fatores: A interpretação é
feita por subescala , não existindo um escore
bruto total.

• A EPR indicará quais características pessoais


favorecem mais ou menos a uma conduta
resiliente.
Os 11 pilares da resiliência
1. Aceitação positiva de mudança
• Capacidade de reconhecer que as mudanças e as situações difíceis
podem oferecer oportunidades de crescimento.
• Alto escore:  indica visão e capacidade de se adaptar positivamente
diante de situações adversas que alterem de alguma forma a rotina,
tais como perda de um emprego, doença que cause alguma sequela,
mudança de moradia para outro local ou para uma residência de
menor padrão que o habitual.
• Baixo escore: pode haver um desgaste emocional muito grande para
se adaptar ao novo e ao desconhecido. Pode ter maior dificuldade de
aceitação da mudança.
2. Autoconfiança
• Refere-se à pessoa que é segura, que acredita que pode se colocar
diante de qualquer situação com uma postura forte e eficaz .

• Alto escore:  indica uma pessoa que se coloca e diferentes


situações com confiança e com convicção de suas ideias e
pensamentos. Tende a se manter autoconfiante, mesmo diante de
críticas e questionamentos.

• Baixo escore: pode se abater e se sentir insegura frente às críticas


e questionamentos, seja na vida pessoal, seja na vida profissional.
3. Autoeficácia

• Crença e percepção do indivíduo sobre suas próprias


capacidades. Diz respeito à confiança da pessoa no poder que
seus atos têm de gerar os resultados desejados. Não está
relacionada às habilidades que o sujeito possui, mas ao seu
julgamento sobre elas.

• Alto escore:  indica uma pessoa que acredita ser capaz de trazer soluções para os problemas.

• Baixo escore: indica descrédito em relação às próprias capacidades, podendo se sentir incapaz
de trazer soluções para os problemas que enfrenta.
4. Bom humor

• É a habilidade de usar o bom humor para lidar com os problemas, não para
negá-los, mas para possibilitar-lhe alívio e uma forma de enxergar a vida de
maneira otimista.

• Alto escore:  tende a lidar de forma leve com os problemas, com preocupação
e esforço para tornar o ambiente agradável e alegre.

• Baixo escore: pode se preocupar demasiadamente com os problemas e ficar


remoendo uma situação desagradável, interferindo no seu humor habitual.
5. Controle emocional

• Capacidade de expressar adequadamente as emoções, sejam elas


positivas ou negativas.

• Alto escore:  tende a manter o controle sobre suas emoções, mesmo diante de
situações estressantes. Ainda estando com raiva, por exemplo, geralmente
consegue lidar de forma saudável com esse sentimento.

• Baixo escore: sente maior dificuldade para controlar as emoções diante de


eventos estressores. Pode mais facilmente se sentir nervosa e irritada pensando
nos problemas. Quando está irritada, por exemplo, pode agir de forma mais
rude com as pessoas.
6. Empatia
• Habilidade de se colocar no “lugar do outro”, perceber o
estado emocional (pensamentos e sentimentos) de outra
pessoa, sem que ela necessariamente o diga, e compreender
as razões que a levam a se comportar de determinado modo.

• Alto escore:  tende a se atentar e a perceber mais como as demais pessoas estão e procura
compreender as razões que as deixaram assim.

• Baixo escore: geralmente não se atenta a como as demais pessoas estão e o que pode ter
acontecido com elas. Isso pode levá-la a interpretar mal o comportamento dos outros.
7. Independência

• Capacidade de manter distância emocional e física de outras pessoas, sem cair


no isolamento.

• Alto escore:  indica que é capaz de buscar seus próprios recursos sem,
necessariamente, depender de outras pessoas. Pode gostar de ter amigos para
fazer algo, mas não depende deles para fazê-lo.

• Baixo escore: frente às dificuldades, sente maior necessidade e dependência de


outras pessoas. Pode, por exemplo, sentir-se isolada, por não saber lidar
positivamente com a solidão.
8. Orientação positiva para o futuro

• Refere-se à pessoa que pensa positivamente em relação aos acontecimentos de


sua vida, seja no campo profissional, familiar ou pessoal.

• Alto escore: mantém a positividade para agir mesmo quando um evento ruim


acontece. Indica maior crença de que os esforços trarão algo de bom para o
futuro.

• Baixo escore: pode sentir maior dificuldade em manter a positividade diante


dos problemas e assim é possível que não enxergue muito sentido em fazer
esforços no presente para atingir os objetivos.
9. Reflexão
• Capacidade de manter o auto distanciamento
diante de um problema para poder refletir sobre
a melhor solução com ponderação e crítica.

• Alto escore:  mesmo enfrentando situações estressantes, indica ser capaz de


parar para pensar em soluções, ou seja, fazer uma análise consciente de seus
problemas. Tende a ponderar seus atos e as suas consequências, evitando
decisões impensadas.

• Baixo escore: em momentos estressantes, pode sentir maior dificuldade para


fazer uma análise consciente de seus problemas. Assim, pode decidir no
impulso, sem ponderar as consequências, tampouco na identificação das causas
dos problemas enfrentados.
10. Sociabilidade

• Habilidade de se relacionar e de criar laços de intimidade com outras pessoas, com o intuito de
equilibrar a própria necessidade de afeto.

• Alto escore:  indica gosto de se comunicar, dialogar e interagir com os demais. Consegue mais
facilmente buscar ajuda para resolver algum problema.

• Baixo escore: indica pessoa mais reclusa nas interações e que pode sentir mais dificuldade em
buscar ajuda nos outros.
11. Valores positivos

• Qualidade de se comprometer com valores e de estender o desejo pessoal de bem-estar


aos outros. Anseio de viver uma vida pessoal satisfatória, ampla e com riqueza interior.

• Alto escore:  mesmo enfrentando momentos adversos, mantém sua preocupação habitual
com os princípios e valores das suas ações.

• Baixo escore: diante dos problemas, pode ter menor preocupação com seus valores e com
o bem-estar de outras pessoas.
• Resultados . . .

► . . . a interpretação é feita por subescala, não


existindo um escore bruto total.

► . . . a EPR indicará quais características pessoais


favorecem mais ou menos a uma conduta
resiliente
• Relatório online: gráfico e texto interpretativo.

Aceitação Positiva de Mudança (APM) Baixa


Autoconfiança (AC) Muito Baixa
Autoeficácia (AE) Muito Baixa
Bom humor (BH) Alta
Controle Emocional (CE) Média
Empatia (E) Alta
Independência (I) Baixa
Orientação Positiva para o Futuro (OPF) Baixa
Reflexão (R) Média
Sociabilidade (S) Muito Alta
Valores Positivos (VP) Muito Alta *ilustrativ
o
• Algumas considerações:

✔ Resiliência não é característica de personalidade!

✔ Pode ser desenvolvida, trabalhada, fortalecida.

✔ Resiliência é um processo que depende de fatores internos e


externos.
NEO-PI-R
• Inventário de Personalidade NEO Revisado.

• Origem norte americana.

• Desenvolvido por Paul Costa e Robert


McCrae no EUA no ano de 1985 e revisto
em 1991.

• Brasil: 2007 – Vetor Editora

• Objetivo: Avalia estilos de comportamento e da tomada de decisão baseado


na teoria de personalidade Big Five.
NEO PI-R

• Objetivo: Avalia estilos de comportamento e da tomada de decisão baseado


na teoria de personalidade Big Five.

• Público-alvo: Adultos com idade entre


18 e 60 anos.

• Aplicação: Individual ou coletiva, sem limite


de tempo (média de 30 minutos para o NEO PI-R
e de 15 minutos para o NEO FFI-R)).

• Descrição: Teste de personalidade composto por questões afirmativas às


quais o sujeito responde uma das cinco alternativas descritas.
NEO PI-R

• Fundamentação teórica: Modelo pentafatorial da personalidade – Cinco Grandes


Fatores - Big Five

• Avalia 5 domínios gerais da personalidade que fornece uma rápida ideia dos
aspectos principais:
✔ N – Neuroticism – Neuroticismo
✔ E – Extraversion – Extroversão
✔ O – Openness – Abertura
✔ A – Agreeableness – Amabilidade
✔ C – Conscientiousness – Conscienciosidade
• Os Cinco Grandes Fatores são:

✔ Neuroticismo: também chamado de instabilidade emocional.


Tendência a ser nervosa, altamente sensível, tensa e
preocupada.

✔ Extroversão: também chamada de expansão. Tendência a ser


ativa, entusiástica, dominante e sociável.

✔ Abertura: tendência a ser imaginativa, espirituosa, artística,


original.

✔ Amabilidade: tendência a ser agradável, amável, cooperativa,


afetuosa.

✔ Conscienciosidade: tendência a ser cautelosa, organizada,


responsável.

(Friedman & Schustack, 2007)


NEO PI-R

• Resultado:

✔ NEO PI-R: gráfico dos cinco domínios e das trinta facetas com textos
interpretativos.

Cada domínio é representado por 6 facetas específicas, o que permite


análises mais detalhadas das formas particulares da personalidade.

✔ NEO FFI-R: gráfico dos cinco domínios e das trinta facetas com textos
interpretativos.

• Critérios de validade: verificar se o protocolo está validado, invalidado ou se o


mesmo deve ser interpretado com cautela.
NEO PI-R

Neuroticismo Extroversão Abertura Amabilidade Conscienciosidade


(N) (E) (O) (A) (C)

Ansiedade Acolhimento
Fantasia (O1) Confiança (A1) Competência (C1)
(N1) caloroso (E1)

Raiva (N2) Gregarismo (E2) Estética (O2) Franqueza (A2) Ordem (C2)

Depressão Assertividade Sentimentos


Altruísmo (A3) Senso de dever (C3)
(N3) (E3) (O3)

Ações variadas Complacência Esforço por


Embaraço (N4) Atividade (E4)
(O4) (A4) realização (C4)

Impulsividade Busca de
Ideias (O5) Modéstia (A5) Autodisciplina (C5)
(N5) sensações (E5)

Vulnerabilidad Emoções Sensibilidade


Valores (O6) Ponderação (C6)
e (N6) positivas (E6) (A6)
Neuroticismo

Ajustamento
X
Instabilidade emocional

Tendência a experienciar
afetos negativos,
como raiva, embaraço,
culpabilidade, tristeza ou
desânimo diante de situações
de pressão, tensão ou estresse.
Neuroticismo

Escores Altos

Propensão a apresentar idéias irracionais,


pouco hábeis em controlar seus impulsos e
a reagir emocionalmente ao estresse.

Escores Baixos

Sujeitos calmos, moderados e tranqüilos;


Capazes de enfrentar situações de tensão
sem ficarem transtornados.
Extroversão

Intensidade das interações


interpessoais,
assim como da
busca de excitação
e estimulação.
Extroversão

Escores Altos
Preferem grupos amplos e reuniões, mantendo
uma postura sociável. Postura assertiva, ativa e
falante. Gostam de excitação e estimulação,
Encarando mais favoravelmente
situações competitivas.

Escores Baixos

Postura reservada;
Independentes;
Mais orientados para as tarefas.
Abertura

Tendência a procurar
mudança.
Cobrem aspectos
ou áreas de experiências
para as quais está
aberto.
Abertura

Escores Altos
Preferem a variedade e o novo. Tendência a ser
mais curioso, criativo e ter uma grande
diversidade de interesse. Disposição para considerar
novas idéias e valores não convencionais.

Escores Baixos

Postura conservadora e convencional;


Preferem a familiaridade e a rotina;
Tem uma gama de interesses mais limitados.
Amabilidade

Refere-se à qualidade
da orientação interpessoal.
Amabilidade

Escores Altos

Postura amável e simpática. Anseiam


ajudar os outros e a serem mais cooperativo.

Escores Baixos

Tendência a ser antagonista,


não cordial, egocêntrico e
cético sobre as intenções dos outros.
Conscienciosidade

Avalia o grau de organização, persistência e


motivação orientado a um objetivo. Disposição
para realização.
Conscienciosidade

Escores Altos

São mais propositados, com força de vontade


e determinados. Associado a pessoas escrupulosas,
pontuais e confiáveis.

Escores Baixos

Tendência a ser menos escrupuloso


e menos obstinado a atingir os objetivos.
Facetas avaliadas em cada fator
Neuroticismo
N1 - Ansiedade N4 - Embaraço
Relacionada à sensação de Tendência a sentir
apreensão, tensão e E vergonha e embaraço.
extrema preocupação. S Ansiedade social.
C A
O L
R T N5 - Impulsividade
N2 - Raiva
E O Refere-se à inabilidade de
Tendência a vivenciar raiva,
controle de anseios e ímpetos.
frustração e amargura, assim E B Assim como a ter baixa
como a não ser cordial. S A tolerância à frustração.
C I
N3 - Depressão
O X
Propensão a experienciar
R O N6 - Vulnerabilidade
afetos
E Suscetibilidade ao
negativos, como tristeza e
culpa. estresse e se sentir incapaz de
Além de sentir-se desanimo e lidar com situações difíceis.
desencorajado.
Extroversão

E1 - Acolhimento caloroso E4 - Atividade


Refere-se à Representa agilidade,
E energia, vigor e
proximidade interacional e
S necessidade de movimento.
a formar vínculos próximos.
C A
O L E5 - Busca de sensações
E2 - Gregarismo R T Caracteriza busca de
Preferência pela companhia E O excitação
das outras pessoas e a E B e estimulação. Tendência a
procurar pelo contato social. S A aceitar risco ou em ser mais
C I cauteloso.
O X
E3 - Assertividade R O E6 - Emoções positivas
Relacionada à dominância E Tendência a experienciar
e independência. Tendência animação e alegria ou a ser
a falar sem hesitação. mais sossegado e brando.
Abertura
O1 - Fantasia O4 - Ações variadas
Elaboram e desenvolvem suas
Disposição para atividades
fantasias e acreditam na
diferentes ou preferência
imaginação como contribuição
ou E pela rotina, pelo que é
tem preferência em manter suas S familiar.
mentes em tarefas concretas. C A
O L
O2 - Estética R T O5 - Idéias
Apreciação profunda pela E O Disposição para
harmonia estética e apreço E B considerar idéias novas
pelas diversas formas de S A e até não convencionais.
arte e beleza. C I
O X
O3 - Sentimento R O
O6 - Valores
Tendência a ser mais sensível e E
Disposição para reexaminar os
a valorizar os próprios
próprios valores ou tendência
sentimentos ou tendência a
a ser mais dogmático e
reagir de maneira mais
comedida.
conservador.
Amabilidade
A4 - Complacência
A1 - Confiança Tendência a deferir/inibir a
Disposição a acreditar que os agressão
outros são bons e honestos ou e esquecer (postura branda e
tendência a ser cínico e cético. E dócil)
S ou em ser mais agressivo e não
C A relutante em expressar raiva.
O L
A2 - Franqueza
R T A5 - Modéstia
Tendência a ser franco e sincero
E O Relacionada à humildade e
ou a ser mais comedido para
simplicidade ou em acreditar
expressar seus verdadeiros E B que é presunçoso e pode ser
sentimentos. S A considerado presunçoso.
C I
O X A6 - Sensibilidade
A3 - Altruísmo
R O Caracteriza atitudes de
Preocupação ativa com os E simpatia,
outros e disposição para compaixão e preocupação pelo
ajudar e cooperar. lado humano ou tendência a ser
menos motivado pela
compaixão.
Conscienciosidade

C1 - Competência C4 - Esforço por realização


Refere-se à própria Caracteriza a tendência
percepção de ser capaz, a aspirar altos níveis e
E em ser diligente no alcance
sensível, prudente e efetivo.
S dos resultados.
C A
O L C5 - Autodisciplina
C2 - Ordem R T Refere-se ao grau de motivação
Caracteriza atitudes de E O independentemente de tédio /
organização, planejamento, dificuldade ou tendência a se
preparação e metodismo. E B
desencorajar e a ansiar por
S A
desistir.
C I
C3 - Senso de dever O X
Tendência a aderir aos padrões R O C6 - Ponderação
e a cumprir com as obrigações E Tendência de pensar com
(morais, sociais, éticas, ...) cautela antes de agir ou em
com reagir sem considerar as
maior ou menor rigor. respectivas conseqüências.
Inventário de Ansiedade (BAI)

► Criado por Beck,Epstein,Bronw e Steer;


► Conceito de Ansiedade;
► Originalmente uso em pacientes psiquiátricos
► Versão em português;
► 21 itens.
Inventário de Ansiedade
(BAI)
► Escala de 4 pontos
1- Absolutamente não
2- Levemente: não me incomodou muito
3- Foi muito desagradável, mas pude suportar
4- Gravemente: Dificilmente pude suportar
ITENS

1) Dormência 12) Tremores nas mãos


2) Sensação de calor 13) Trêmulo
3) Tremores nas pernas 14) Medo de perder o controle
4) Incapaz de relaxar 15) Dificuldade de respirar
5) Medo que aconteça o pior 16) Medo de morrer
6) Atordoado ou tonto 17) Assustado
7) Palpitação acelerada do coração 18) Indigestão ou desconforto no
8) Sem equilíbrio abdômen
9) Aterrorizado 19) Sensação de desmaio
10) Nervoso 20) Rosto afogueado
11) Sensação de sufocamento 21) Suor (não devido ao calor)
Informações sobre os escores da escala
BAI

✔ Respostas de caráter qualitativo;


✔ Constituem uma série escalar de 0 a 3 pontos;
✔ Para cada item é atribuído um escore individual;
✔ A soma dos escores individuais representa o escore total,
podendo variar de 0 a 63.
Interpretação do BAI

ψ BAI :
✔ Ao verificar a intensidade da ansiedade em pacientes, é
conveniente considerar que:
✔ Em pacientes com ansiedade é freqüente a superposição
de sintomas;
✔ Depressão é sempre uma possibilidade;
✔ Beck e Steer indicam a utilização do BDI e BHS para
investigar a possibilidade de existir um potencial suicida;
✔ Examinar grupos específicos de sintomas, pode favorecer
a realização de um diagnóstico diferenciado.
Bateria de Testes Psicológicos

Instrumentos para a avaliação de transtornos


alimentares:
BSQ - Body Shape Questionnaire
► Gostaria de saber como é que se tem sentido em relação à sua figura nas
últimas quatros semanas.

1. Nunca 2. Raramente 3. Algumas vezes 4. Poucas vezes


5. Muito poucas vezes 6. Sempre
1. Quando se aborrece, preocupa-se com a sua imagem? 1 2 3 4 5 6
2. Preocupou-se tanto a imagem que pensa que teria de fazer uma dieta? 1 2 3 4 5 6
3. Pensa que sua cintura e nádegas são muito grandes em relação ao resto do 1 2 3 4 5 6
corpo?
4. Teve medo de engordar? 1 2 3 4 5 6
5. Preocupa-se que o seu corpo seja muito flácido? 1 2 3 4 5 6
6. Sentir-se “cheia” (após uma refeição pesada) faz sentir-se gorda? 1 2 3 4 5 6
7. Sente-se tão mal com a sua imagem que chega a chorar? 1 2 3 4 5 6
8. Evita correr para que seu corpo não balance? 1 2 3 4 5 6
BSQ - Body Shape Questionnaire (cont.)
9. Estar com pessoas magras faz pensar na sua imagem? 1 2 3 4 5 6
10. Ao sentar, preocupa-se com o “pneus” que possam aparecer? 1 2 3 4 5 6
11. Mesmo comendo pouco senti-se gorda? 1 2 3 4 5 6
12. Quando compara o corpo de outras pessoas com o seu corpo tende a 1 2 3 4 5 6
desvalorizar-se?
13. Pensar na sua figura tem interferido com a sua capacidade de concentração? 1 2 3 4 5 6

14. Estar nua (por exemplo quando toma banho) faz sentir-se gorda? 1 2 3 4 5 6
15. Evita usar roupa que marque as seu corpo? 1 2 3 4 5 6
16. Imagina-se cortando partes gordas do seu corpo? 1 2 3 4 5 6
17. Comer doces, pastéis, ou outros alimentos com muitas calorias faz sentir-se 1 2 3 4 5 6
gorda?
18. Evita ir a acontecimentos sociais (por exemplo, uma festa) por se sentir mal 1 2 3 4 5 6
com a sua imagem?
19. Sente-se muito gorda ou arredondada? 1 2 3 4 5 6
20. Sente-se complexada por causa do seu corpo? 1 2 3 4 5 6
21. Faz dieta devido a preocupação com sua imagem? 1 2 3 4 5 6
22. Senti-se melhor com a sua figura quando esta de estômago vazio (por 1 2 3 4 5 6
exemplo, de manhã)?
23. Pensa que a figura que tem deve-se à sua falta de autocontrolo? 1 2 3 4 5 6
BSQ - Body Shape Questionnaire (cont.)

24. Preocupa-a que outras pessoas possam ver “pneus” em sua cintura? 1 2 3 4 5 6

25. Tem pensado que não é justo que outras pessoas sejam mais magras do que 1 2 3 4 5 6
você?
26. Tem vomitado para se sentir mais magra? 1 2 3 4 5 6
27. Quando está com outras pessoas preocupa poder ocupar mais espaço (por 2 3 4 5 6
exemplo quando está sentada num sofá ou no carro)?

28. Preocupa-se que a sua pele tenha celulite ou estrias? 1 2 3 4 5 6


29. O reflexo do seu corpo no espelho faz sentir-se mal com a sua figura? 1 2 3 4 5 6

30. Tem beliscado partes do corpo para saber quanta gordura tem? 1 2 3 4 5 6
31. Evita situações em que as outras pessoas possam ver o seu corpo? (Por 1 2 3 4 5 6
exemplo, vestiários de piscinas ou praia)
32. Tem tomado laxantes para se sentir mais magra? 1 2 3 4 5 6
33. Quando está na companhia de outras pessoas repara mais na sua figura? 1 2 3 4 5 6
34. A preocupação com a sua figura faz pensar que precisa fazer mais exercício 1 2 3 4 5 6
físico?
BSQ - Body Shape Questionnaire (cont.)

► Faixas de classificação do escore bruto:

Escore Total Nivel de satisfação com o corpo


Até 110 pontos Ausencia de insatisfação
Entre 111 e 138 Leve insatisfação
Entre 139 e 167 Insatisfação moderada
Acima de 168 Grave insatisfação corporal
Integração dos Dados

Retomar todos os dados colhidos nas entrevistas iniciais e


correlacioná-los com as informações levantadas com os
instrumentos;

Elaborar a melhor compreensão possível sobre as questões


investigadas e se necessário incluir novos testes e entrevistas;

Construir uma estratégia de devolutiva e decidir sobre a


recomendação ou não do candidato a cirurgia.
Entrevista Devolutiva

No caso de recomendação negativa para a cirurgia, a devolutiva pode ser


realizada em mais de um encontro:
✔ Passar os pontos contra indicadores, levantados na avaliação, de como compressivo
para o candidato;
✔ Marcar novo encontro para dar tempo ao candidato na reflexão sobre o material
avaliado.

Etapa em que se busca a sensibilização do candidato para as questões não


plenamente compreendidas acerca da cirurgia, assim como esclarecimento de
quaisquer possíveis duvidas sobre os resultados e limites do procedimento;
Elaboração de Material Escrito

O material escrito deverá seguir as recomendações contidas na resolução CRF


07/2003:
✔ Adequação da linguagem ao destinatário final;
✔ As informações passadas restringem-se as necessárias para responder a solicitação
recebida;
✔ A todo o material gerado com a avaliação deve ser garantida a guarda pelo tempo
mínimo de cinco anos.
Aspectos Impreteríveis na Avaliação
Psicológica para a Cirurgia Bariátrica
Aspectos Impreteríveis na Avaliação Psicológica para a
Cirurgia Bariátrica

✔ Recomenda-se que a cirurgia bariátrica seja realizada como


último recurso após terem sido tentados “todas” as outras
estratégias possíveis para emagrecer;

✔ Transtornos alimentares constituem condições impeditivas se


não tratados corretamente e com adequada antecedência;

✔ Depressões e Transtornos de Ansiosos, devem ser investigados a


fundo, afim de verificar sua influência no estado de obesidade
mórbida;
Aspectos Impreteríveis na Avaliação Psicológica para a
Cirurgia Bariátrica

✔ Idealizações fantasiosas quanto a auto imagem devem ser


tratadas antes de se recomendar a cirurgia;

✔ Fantasias de que a cirurgia será a solução para questões de auto


imagem, tais como tornar-se magro ou belo, sugerem
encaminhamento psicoterápico e adiamento do processo
cirúrgico;

✔ Falta de apoio familiar ou suporte social deve ser tratado com


cuidado e se necessário incluir a família em processo
psicoterápico antes da cirurgia;
Aspectos Impreteríveis na Avaliação Psicológica para a
Cirurgia Bariátrica

✔ Candidatos com histórico de abusos, em qualquer tipo


de comportamento, são contra indicados;

✔ Histórico de drogadição deve ser investigado com muito


cuidado:
✔ Tempo em que esta sem consumir drogas;
✔ Vezes em que sofreu recaída;
✔ Intensidade do consumo.
Aspectos Impreteríveis na Avaliação Psicológica para a
Cirurgia Bariátrica

✔ Sempre perguntar sobre a vontade do candidato em


realizar a cirurgia, contudo cuidados devem ser tomados
quanto a essa indagação:

✔ Muitas vezes o candidato é seduzido pela ideia da cirurgia por


familiares ou médicos;

✔ Investigar a significância de sua relação com o corpo e futuro,


após ter estabelecido um vinculo com o candidato.

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