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Desnutrição Proteico-Calórica

Sumario:

Conceito. Etiologia. Etapas da desnutrição.


Diagnóstico. Marasmo e Kwashiorkor.
Características clínicas.
Diferenças.
Manelho da malnutrição ligeira, moderada e grave.
ESTADO NUTRICIONAL

É UMA CONDIÇÃO INTERNA DO INDIVÍDUO


QUE SE REFERE À DISPONIBILIDADE E
UTILIZAÇÃO DA ENERGIA E OS NUTRIENTES A
NÍVEL CELULAR.
Desnutrição Proteico Energética.
A desnutrição proteico energética (DPE)
é um síndrome com afectação sistémica,
pluricarencial e potencialmente reversivel
que surge a partir dum desequilibrio no
aporte de nutrientes aos texidos, por uma
dieta não apropriada ou uma utilização
defeituosa por parte do organismo.
Factores Causáis:
I. Causa Primaria ou carencial: Deficiente aporte
alimentario, asociado freqüentemente a factores socio -
culturais e económicos.
 Em lactantes: suspensão precoce da lactancia materna,
insuficiente aporte, alimentação complementaria não
adequada.
 Lactancia artificial: fórmulas não adequadas, volume
insuficiente, dilução excesiva
 Em cualquer idade: insuficiente aporte dietético, regímes
caprichosos, maus hábitos alimentarios, tratamentos
médicos com dietas muito restrictivas.
 Outros riscos: baixo peso ao nascer, mãe adolescente,
familhas disfuncionais, baixo nivel económico e cultural,
maas condições de higiene.
II. Causas secundarias:

 Infeções agudas repetidas (otitis media),


inmunodeficiencia primaria ou secundaria
 Infeções crónicas: tuberculosis, HIV/SIDA,
paludismo, sífilis e parasitosis intestinal.
 Patologías digestivas: enfermidades
diarreicas crónicas, celiacas, fibrosis quística.
 Enfermidades com repercusão geral:
genéticas, hepáticas, renais, respiratórias,
cardiacas, neurológicas, metabólicas, etc
III. Causas Mixtas:

 Unem-se factores primarios e


secundarios, é a mais frequente.
Etapas da Malnutrição
Periodo pre- PERÍODO PATOGÉNICO PERIODO
patogénico POSTPATOGENICO

Bem nutrido Etapa Compensação Bem nutrido


Descompensação
Recuperação
Factores ambientais
desfavoravels
Morte Homeorresis

Situação de risco Estadio subclinico (marginal) Possivels sequelas


Estadio clínico

Acção: prevenção Acção:Tratamento Acção:Rehabilitação


Elementos a considerar no diagnóstico:

1. Avaliação clínica.
Interrogatório:
Antecedentes Patológicos:
a) Prenatais
b) Pessoais
c) Familiais
2. Exáme físico
3. Avaliação antropométrica
4. Avaliação dietética
5. Avaliação bioquímica e hematológica.
Formas clínicas:

 Marasmo

 Kwashiorkor
SINTOMAS MARASMO KWASHIORKOR

Idade mais frequente Entre 6 meses e 1 ano. Entre 1 e 4 anos.


Tipo de déficit > déficit energético > déficit proteico

Etiología Ingesta calórica não adequada Ingesta ou absorção insuficiente


devido a dieta insuficiente. de proteínas.
Retardo pondo-estatural Muito marcado Menos marcado
Atrofia Muscular Menos marcada Muito marcada
Tecido adiposo Muito diminuído ou ausente Pouco diminuído

Edemas No Sim, as vezes intenso


Albumina serica As vezes diminuído Diminuída
Cabelos Ralo (escasso) Despigmentado
Pele Pálida Dermatoses pelagroide
Apetite Aumentado Diminuído
Comportamento Mirada angustiada. Vivacidade, Apatia, letargo, tristeza.
irritabilidade.
Diarreia e desidratação Frequente Em ocasiões

Fígado Geralmente normal Hepatomegalia (Esteatosis).


Deficit Vitamínico Em ocasiones Frequente
Sinais de mau prognóstico:
• Idade menor de 6 meses sobre todo en crianças com
baixo peso ao nascer.
• Déficit de peso para altura, superior a 30%
• Desidratação severa com hiponatremia, shock e
oliguria.
• Hipoglicemia ou hipotermia.
• Infecção grave asociada.
• Edema ou lesões pelagroides.
• Anemia severa.
• Alterações da conciença.
A DPE com formas clínicas moderadas e
ligeras, sem complicações(podem
receber tratamento ambulatorio).
• Orientação nutricional nas mães.(sobre tipos
de alimentos, quantidades e frequências de
acordo a sua idade.)
• Alimentação frequente cada 2 ou 3 horas,
inclusive nas noites, nos lactentes. (evitando
vómitos e aparição de hipoglicemia e hipotermia)
• Os alimentos devem aportar as quantidades
suficientes de energía, proteínas, gorduras,
carbohidratos, vitaminas e micronutrientes.
Tratamento ambulatório
• A fonte de proteína deverá ser de alto
valor biológico (carnes de vaca, buffalo e
aves, ovos, leites ou iogurte)
• As mezclas de vegetais também tem
proteínas sendo necessario combinarlas
para que aportem os aminoácidos
esenciais.
• Dieta recomendada:
Proteína:20%, Grasas 25 % Hidratos de
carbono: 55 %
O tratamento da desnutrição grave deve
dividirse em tres etapas:

• Fase de Estabilização

• Fase de Recuperação

• Fase de Seguimento
I. Fase de Estabilização

• Prevenção ou tratamento da HIPOGLICEMIA


-Alimentar a criança cada 2 ou 3 horas, incluido
em horario nocturno
Tratamento.
- Vía oral: 50 ml de Dextrosa ao 10 % .
- Vía IV: (lentamente) Glucosa ao 10 %, a 10 ml
por Kg de peso.

• Manterlo abrigado para evitar a HIPOTERMIA.


Fase recuperação
• A alimentação inicial deve ter as
seguentes características:
- Oferecer alimentos frequentes cada 2
ou 3 horas, incluiendo as noites.
- Calculo de requerimentos:
Energía: 100 cal / Kg/dia
Proteínas : de 1 a 1.5 g/Kg/dia
• Emplear fórmulas baixas em lactosa
Quando o paciente inicie a ganhar peso e
tenha sinais de recuperação:

• Manter comidas frequentes, não menus de 6


refeições ao dia.
• Elevar o aporte de energía , considerando o
70% de alto valor biológico
• Considerar acima desto as necessidades de
vitaminas, minerais e outros elementos, sem
sobrepasar a dosis máxima recomendada.
Fase de Seguimento
• A frequencia e periodicidade das
consultas vam depender da propia
evoluçao nas fases anteriores e das
particularidades de cada paciente.
Estudio Independiente Avitaminosis .
BIBLIOGRAFIA

• Bibliografia Básica: Temas de Pediatria.


Dr. Valdés Martín.
Tomo I Cap. 24
• Bibliografia : Tratado de Pediatría,
Nelson

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