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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

ESCOLA MULTICAMPI DE CIÊNCIAS MÉDICAS DO RIO GRANDE DO NORTE


CURSO DE MEDICINA
MÓDULO SAÚDE DA CRIANÇA

Teste do Pezinho

Profa. Joelia Celeste V. Germano


2019-2
Teste do pezinho

Objetivo: identificar doenças no recém-nascido (RN) em tempo oportuno,


para intervenção adequada.

Os exames do teste do pezinho não são diagnósticos, mas uma triagem. Os


casos positivos necessitam confirmação.

A coleta deve ser feita entre o 3º e o 5º dia de vida, ou antes, se houver


necessidade de transfusões sanguíneas.

O prazo de coleta não deve ser superior a 30 dias de vida.


Tipos de teste do pezinho

Teste do pezinho do PNTN:


§ Fenilcetonúria (PKU)
§ Fibrose cística (IRT)
§ Hemoglobinopatias (HB)
§ Hiperplasia adrenal congênita (17-OH-P)
§ Deficiência de biotinidase (BIO)
§ Hipotireoidismo congênito (TSH).

Teste do pezinho plus: os exames do PNTN acrescidos de : T4, galactosemia , aminoacidopatias e toxoplasmose .
Teste do pezinho master: os mesmos do plus acrescidos de sorologia para: sífilis , D. de chagas, citomegalovirose e
rubéola congênita.

Teste do pezinho personalizado


FENILCETONÚRIA
Fenilcetonúria (PKU)

É um erro inato do metabolismo, de herança autossômica


recessiva, ocasionada pela ausência ou deficiência da enzima
hepática fenilalanina hidroxilase, levando ao acúmulo de
fenilalanina no sangue e em todos os tecidos, provocando
lesões graves e irreversíveis no SNC.

A prevalência estimada no Brasil é de 1:24.310 nascidos vivos.


Fenilcetonúria

A fenilalanina é um aminoácido essencial.

Em condições normais a fenilalanina alimentar que não for utilizada para a síntese
proteica é decomposta pela via da tirosina.

Não seguindo o caminho natural, a fenilalanina se acumula no organismo e dá origem ao


ácido fenilpirúvico ( causa “odor de rato” na urina e no suor).

O quadro neurológico da PKU parece ocorrer devido o excesso de fenilalanina no SNC,


causando desequilíbrio na concentração intracelular de aminoácidos, prejudicando a
síntese de neurotransmissores (dopamina e serotonina) e de melanina.
Fenilcetonúria

Os RNs portadores de fenilcetonúria são assintomáticos ao nascer.


Nos casos não tratados precocemente, a sintomatologia se
manifesta em torno do 3º ao 6º mês de vida:
At ra s o n o D N P M , m i c ro c efa l i a , co nv u l s õ e s , h i p e r t o n i a ,
hiperatividade, eczema, atraso no crescimento, odor característico
da urina e suor.
Frequentemente a criança portadora de PKU tem a pele, o cabelo e
os olhos mais claros que seus irmãos não afetados.
Tratamento da Fenilcetonúria

Restrição de alimentos que contenham fenilalanina


Utilização de fórmulas rica em aminoácidos para suprir as necessidades
de cada paciente.
TX Hepático

O diagnóstico precoce associado ao TTT apropriado possibilitam o


crescimento e desenvolvimento adequados.
DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE
Deficiência de Biotinidase

Doença hereditária, autossômica recessiva, por defeito no metabolismo da biotina.

Prevalência: 1:40.000 a 1:60.000 nascidos vivos.

A biotina é uma das vitaminas do complexo B (B7) e atua como um cofator


enzimático, auxiliando outras enzimas na quebra de lipídeos, carboidratos e
proteínas.

A biotinidase é responsável por separar e liberar a vitamina biotina dos alimentos.

A biotinidase também recicla a biotina, permitindo a reutilização da vitamina pelo


organismo. Assim, não é preciso ingerir grandes quantidades da biotina.
Deficiência de Biotinidase

Na deficiência de biotinidase, o paciente é incapaz de reciclar a biotina endógena ou


de usar a biotina ligada às proteínas da dieta, sendo a mesma eliminada pela urina.

A sintomatologia varia de acordo com o nível da atividade de biotinidase. O quadro


clínico completo já foi relatado a partir de 7 semanas de vida, sintomas neurológicos
discretos podem ocorrer ainda no período neonatal, enquanto alguns pacientes só
passam a ser sintomáticos na adolescência.

Pacientes com diagnóstico tardio, na maioria das vezes, têm retardo psicomotor e
outros sintomas neurológicos.
Deficiência de Biotinidase

Manifesta-se com distúrbios neurológicos e cutâneos: hipotonia, letargia,


crises convulsivas mioclônicas, ataxia, microcefalia, atraso do DNPM, alopécia
e dermatite eczematóide.

O tratamento é simples e de baixo custo: reposição VO de Biotina, 10-20


mg/dia por toda a vida (cápsulas ou comp 10 mg, ou solução 10mg/ml sendo
sua administração oral, 1 vez ao dia, fora das refeições.
FIBROSE CÍSTICA
Fibrose Cística (FC)

Doença genética autossômica recessiva caracterizada pela disfunção


do gene cystic fibrosis transmembrane conductance regulator (CFTR),
que codifica uma proteína reguladora de con dutância
transmembrana de cloro.

No Brasil, estima-se que a incidência de FC seja de 1:7.576 nascidos


vivos, com valores mais elevados na região Sul.
Fibrose Cística

A CFTR é encontrada na membrana apical de células epiteliais do trato


respiratório, glândulas submucosas, pâncreas exócrino, fígado, ductos
sudoríparos e trato reprodutivo, entre outros.

A principal função da CFTR é agir como canal de cloro, regulando o balanço entre
íons e água através do epitélio.
Alteração na CFTR

Transporte anormal de cloro através das células dos ductos

A água volta ao interior da célula, acompanhando a movimentação do sódio,


provocando um ressecamento do fluido

Produção de muco Obstrução dos Bloqueio da reabsorção


espesso nos ductos pancreáticos do cloro nas glândulas
brônquios sudoríparas

Comprometimento do Mal funcionamento Suor hipertônico


sistema respiratório. do sistema digestivo.
Apresentação clínica da Fibrose Cística

A sintomatologia da FC é uma consequência da diminuição ou da perda da


função da CFTR .

§ A forma clássica da FC, associada à ausência de função da CFTR, é


caracterizada por insuficiência pancreática exócrina.

§ Nas formas atípicas de FC os pacientes são oligossintomáticos ou


monossintomáticos e o diagnóstico, às vezes, acontece após a infância.
Fibrose cística

Pulmões, pâncreas, intestino, glândulas sudoríparas e canais deferentes


apresentam variações de sensibilidade ao déficit funcional da CFTR.

Nos canais deferentes há uma maior exigência do funcionamento adequado da


CFTR (mínimo 10% de proteína CFTR normal), seguidos das glândulas
sudoríparas e do pâncreas.

A agenesia bilateral dos canais deferentes ocorre quase universalmente em


homens com FC e a esterilidade pode ser a única apresentação de formas
atípicas da FC.
O pâncreas na Fibrose cística

§ Pacientes com mutações mais brandas, mantêm função pancreática,


podendo haver ↓ dessa função posteriormente.

§ Pacientes com insuficiência pancreática exócrina podem apresentar


disfunção do pâncreas endócrino, e desenvolver Diabetes.

§ Pancreatite aguda recorrente e pancreatite crônica ocorrem em 15 a 20%


dos portadores de FC que não têm insuficiência pancreática.
O aparelho respiratório na FC

O aumento da viscosidade das secreções promove obstrução da passagem do


ar, dificulta a ação do movimento ciliar e favorece a retenção de bactérias.

O quadro pulmonar inclui tosse e expectoração crônicas (broncoinfecção), que


levam ao desenvolvimento de bronquiectasia, cor pulmonale e ao óbito.

O quadro respiratório da FC faz parte do grupo de Doenças


Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC).
O fígado na Fibrose cística

No fígado, a CFTR localiza-se na superfície das células dos pequenos ductos


biliares, onde a secreção de cloretos, com saída passiva de água, mantém a
solubilidade dos sais e das proteínas biliares.
Se houver déficit funcional da CFTR, os ductos biliares tornam-se obstruídos
pela secreção viscosa, podendo ocasionar cirrose.

Cálculos biliares são mais prevalentes em


pacientes com FC
O intestino na Fibrose cística

§ No intestino, a diminuição da função da CFTR compromete a secreção


de cloretos para o lúmen intestinal.

§ O conteúdo fecal fica espesso, podendo levar a síndromes obstrutivas


intestinais: íleo meconial, obstrução intestinal e constipação.
FC no período neonatal

A obstrução dos ductos biliares extra-hepáticos por bile espessa leva à


estase intra-hepática, que pode se manifestar como icterícia prolongada.

Este quadro, conhecido como “Síndrome da bile espessa” assemelha-se,


clínica e laboratorialmente, à atresia de vias biliares.

O prognóstico é variável. Pode ocorrer cirrose precoce ou falência


hepática após alguns meses de vida.

Crianças que apresentam íleo meconial apresentam pior prognóstico.


Íleo meconial

Obstrução do íleo terminal por mecônio espesso.


Ocorre durante 15ª - 16ª semana, em 15 a 20% dos fetos com FC.

Pode ser observado à USG obstétrica: polidrâmnio, ascite, dilatação de alças


intestinais, calcificação peritoneal.

O RN com íleo meconial apresenta abdome distendido e vômito biliar ou


fecaloide.
Complicações: volvo do segmento ileal comprometido com possibilidade
de necrose; atresia segmentar ou áreas de estenose e perfuração
intestinal (peritonite meconial).
Íleo meconial

Alças intestinais dilatadas, ausência de gás distal, aspecto de “bolha de sabão”


e calcificação (peritonite) .
http://dx.doi.org/10.4067/S0370-41062011000300007
FC no recém-nascido

Íleo meconial
Peritonite meconial
Retardo na eliminação de mecônio
Desidratação hiponatrêmica (hiponatremia sem natriúria)
Distúrbios da coagulação por fatores vitamina k- dependentes
Icterícia prolongada
Atelectasia e hiperinsuflação pulmonar
FC no lactente FC no pré-escolar e escolar FC nos adolescentes e
adultos

Mesma sintomatologia dos


Síndrome do lactente lactentes acrescida de: Mesma sintomatologia dos
chiador Sinusopatia crônica escolares acrescida de:
Tosse crônica Bronquiectasia Polipose nasal
Pneumonias de repetição Pancreatite aguda ou crônica
Baquetamento digital
Atelectasia ou Atraso puberal
hiperinsuflação pulmonar Obstrução intestinal
Diabetes mellitus
Esteatorréia Cirrose hepática
Infertilidade (98% dos
Prolapso retal Hipertensão pulmonar homens e 60% das mulheres)
Desnutrição/ganho Hipovitaminose A, D, E e K
ponderal insuficiente
Diagnóstico da FC

História familiar de FC
Teste de triagem neonatal alterado
Sintomatologia compatível
Teste do suor alterado
Biologia molecular
Teste do suor

Estimulação da pele com pilocarpina (agonista colinérgico) e uso de


corrente elétrica de ↓ voltagem, para estimular as glândulas sudoríparas.
Coletar no mínimo de 150 a 300 mg de suor.
Valores de referência em crianças: 5 a 60 mEq/l para o Cloro
6 a 54 mEq/l para o sódio.
No RN os valores normais podem chegar a 115 mEq/l.

É recomendável três testes antes do diagnóstico definitivo.


1:1000 pacientes com FC apresentam teste do suor normal.
Teste do suor

http://gastropedinutri.blogspot.com/2013/07/
Tratamento da FC

Comprometimento pancreático:
Repor as enzimas pancreáticas;
Suplementar as vitaminas ADEK
Dieta hiperlipídica e hiperproteica

Comprometimento Pulmonar:
Medidas profiláticas: controle domiciliar, vacinas
Antibioticoterapia precoce e intensiva
Medicações de uso inalatório ( tobramicina, colistin, etc)
Fisioterapia respiratória
HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA
Hiperplasia adrenal congênita

A denominação hiperplasia adrenal congênita (HAC) engloba um


conjunto de síndromes transmitidas de forma autossômica recessiva
que se caracterizam por diferentes deficiências enzimáticas na síntese
dos esteroides adrenais.

A prevalência no Brasil: 1:7.500 - 1:10.000 nascidos vivos.


Defeitos enzimáticos na esteroidogênese adrenal

↓ concentração de cor sol plasmá co

↑ da secreção de ACTH

Estimulação das supra renais

Hiperplasia funcional, com desvio da produção


hormonal

Cada defeito 95% dos casos de


enzimático resulta HAC ocorrem por
em perfil hormonal deficiência da
e apresentação enzima 21 -
clínica distintos. hidroxilase
Hiperplasia adrenal congênita

http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1407/hirsutismo_e_virilizacao.htm
HAC por deficiência da 21 -hidroxilase

Classificada em duas formas clínicas:

1. Clássica: perdedora de sal (25% dos casos)


virilizante simples (75% dos casos)

2. Não clássica : forma leve início tardio


HAC por deficiência da 21 -hidroxilase

Forma virilizante simples:


§ Virilização pré -natal da genitália externa no sexo F (aumento de clitóris,
fusão labial).
§ Virilização pós-natal em ambos os sexos : (↑ do clitóris ou do pênis).
§ Os RN do sexo masculino são, frequentemente, identificados em idade
tardia por sinais de hiperandrogenismo: velocidade de crescimento
aumentada, pubarca precoce e avanço da IO com prejuízo na estatura
final.
HAC por deficiência da 21 -hidroxilase

Forma perdedora de sal:


§ Hiperprodução androgênica, ↓ na produção de aldosterona,
levando a baixo ganho de peso, vômitos, letargia, e desidratação
hiponatrêmica e hiperpotassêmica no 1º mês de vida.
§ Se não tratada, resulta em choque e óbito.
HAC por deficiência da 21 -hidroxilase

Importância do diagnóstico precoce:

§ Evitar erros na definição sexual ao nascimento;

§ Possibilidade da criança ser portadora da forma perdedora


de sal, com risco de morte por desidratação e distúrbios
hidroeletrolíticos;

§ O ↑ dos hormônios androgênicos pode levar à virilização


progressiva.
Hiperplasia adrenal congênita

http://www.humpath.com/spip.php?article10267 https://online.epocrates.com/diseases/868/Ambiguous-genitalia-in-neonates
Tratamento da HAC

Objetivos:

Suprir as deficiências hormonais, corrigir o distúrbio


hidroeletrolítico e evitar a crise adrenal, além de controlar as
manifestações do excesso de andrógenos, preservando a
altura final e a fertilidade.
Tratamento da HAC

Reposição Glicocorticoide:

§ Hidrocortisona VO, 10-15 mg/m2 /dia ( três tomadas diárias).

§ A dose deve ser duplicada ou triplicada em caso de doenças febris,


vômitos, participação em esportes competitivos, extração dentária única
e trauma leve.

§ Usar Hidrocortisona IM duas horas antes de cirurgias sob anestesia local


ou de extrações dentárias múltiplas.

§ Nos casos de cirurgia sob anestesia geral, recomenda-se a administração


em forma de bolus seguida de infusão contínua
Tratamento da HAC

Reposição Mineralocorticoide para as formas perdedora de sal :

§ Fludrocortisona: 0,05 a 0,2 mg/dia (até 0,3mg/dia);


§ Suplemento de cloreto de sódio-1 a 3 g/dia.

As crianças maiores desenvolvem um paladar por comidas mais salgadas, não


necessitando da reposição de cloreto de sódio
Tratamento da HAC

Tratamento cirúrgico:

A correção cirúrgica da genitália, quando necessária, deverá


ser feita, preferencialmente, nos primeiros meses de vida.
Tratamento pré-natal da HAC

Indicado quando o casal já teve um filho afetado, para evitar a


virilização da genitália externa de fetos do sexo F.

§ Droga de escolha: Dexametasona (transferência placentária


eficiente e meia vida mais longa) → supressão do ACTH.

§ Deve ser iniciado antes da 8ª. semana de gestação.


HIPOTIREOIDISMO
CONGÊNITO
Hipotireoidismo congênito

É o distúrbio endócrino congênito mais frequente e uma das principais


causas de retardo mental evitável.

Prevalência: 1 : 2.595 a 1 : 4.795 crianças nascidas vivas.

Maior prevalência no sexo feminino (2:1).

RN com S. de Down tem risco 35 vezes maior para Hipotireoidismo


congênito.
Hipotireoidismo congênito

A causa mais frequente (85%) de hipotireoidismo é a disgenesia


tireoidiana: agenesia, ectopia e hipoplasia

Os defeitos na produção hormonal (disormonogênese), representam quase


15% dos casos.

Causas raras de Hipotireoidismo Congênito:


§ Hipotireoidismo central: o RN pode apresentar hipoglicemia pela
deficiência de GH e ACTH/cortisol e, se for do sexo masculino,
apresentará micropênis.
§ Síndrome de resistência ao TSH
Hipotireoidismo congênito

O Hipotireoidismo neonatal pode ser permanente


(90% dos casos) ou transitório.
Hipotireoidismo congênito transitório

Causas:
Ingestão excessiva (ou deficiente) de iodo pela mãe;

Uso de drogas antitireoidianas pela mãe;

Passagem placentária de anticorpos maternos bloqueadores do receptor de TSH;

Mutações, em heterozigose, do gene DUOXA1 (enzima DUOX1 ) e do gene DUOX2


(enzima DUOX2);

Hemangiomas hepáticos de grandes dimensões (aumento da produção da desiodase

do tipo 3).
Hipotireoidismo congênito

Quando o teste do pezinho é feito antes do terceiro dia pode


haver resultados falso-positivos devido ao aumento
fisiológico do TSH

Quando alterado, a confirmação diagnóstica é obrigatória com as


dosagens de TSH e T4 livre ou T4 total.
Hipotireoidismo congênito

A maioria das crianças com Hipotireoidismo congênito (>95%) é


assintomática ou oligossintomática ao nascimento:

§ O T4 materno atravessa a barreira placentária;


§ A maioria das crianças afetadas apresentam algum tecido
tireoidiano funcionante.
QC do Hipotireoidismo congênito

Icterícia neonatal prolongada


choro rouco
constipação
macroglossia
hérnia umbilical
fontanelas amplas
hipotonia
pele seca
Livedo reticularis
QC do Hipotireoidismo congênito

Quando não tratada, a doença evolui e a criança pode


apresentar:
§ Pele seca, cabelos ralos e fácies típica com nariz em sela;
§ Atraso do DNPM;
§ Atraso do crescimento, além de proporções corpóreas
desarmônicas (MMII são curtos se comparados ao tronco).
Hipotireoidismo congênito

§ Alguns RN com disormonogênese podem


apresentar bócio ao nascimento ou
posteriormente, mesmo com tratamento.

§ O bócio pode também resultar do uso de


antitireoidianos ou substâncias contendo iodo
durante a gravidez.

§ Na maioria das vezes o bócio acompanha-se


de disfunção tireoidiana.

http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082011rc1891
Diagnóstico do Hipotireoidismo congênito

Quadro clínico
Teste de triagem neonatal
Dosagem de TSH e T4 livre para confirmação
USG da tireóide
Cintilografia com captação tireóidea de iodo radioativo.
RX de epífises dos joelhos poderá revelar atraso de ossificação
Diagnóstico do Hipotireoidismo congênito

USG da tireóide e a Cintilografia: podem ser usadas para determinar a


etiologia (85% dos casos , a origem é na própria tireóide).
§ Quando a realização desses exames retardar o início do TTT, adiá-los para
após os 2 anos de vida (suspender a medicação para sua realização).

Testes laboratoriais com estímulo de TRH : indicados nos casos


raros de etiologia secundária (Hipófise) ou terciária (Hipotálamo).
Tratamento do Hipotireoidismo congênito

Levotiroxina Sódica: isômero sintético da Tiroxina (T4)

§ No meio intracelular, T4 é convertido em T3, dessa forma disponibiliza-se


ambos os hormônios tireoidianos.
§ A Levotiroxina é apresentada em comprimidos de 25 a 300 µg.
§ A dose inicial é de 10 a 15 µg/Kg/dia.
Hipotireoidismo congênito

MCAS, 3 meses e 13 dias de vida


Hipotireoidismo congênito
Obrigada !!!

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