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DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA

Admissão na uti 14/08/19:

#Prematura #Síndrome do desconforto respiratornio do recem nascido # CPAP


nasal # Mãe DM gestacional # Histórico de ITU (tardia) IG 34S5D P2930

RN nascido de parto vaginal, razoáveis condições ao nascer, evoluiu com


desconforto respiratório, gemencia, cianose necessitando de O2 inalatório, mae
portadora de diabetes gestacional e 3 episódios de ITU. Tratada e ultimo equ sem
sinais de infecção, idade gestacional estimada por USG de 17S 37S. Capurro
34S4D. Teste de micro bolhas demonstrou imaturidade pulmonar, coloca em CPAP
nasal com melhora.

Foi aguardo rx para administração de surfactatne.

1º dia de vida e UTI, peso 2930g.

Em CPAP nasal com melhora do quadro respiratório, febril. Evacuou 1x. Diurese:
2,44ml/kg/h. Temperatura axilar, freqüência cardíaca, SatO2, HGT dentro dos
limites de normalidade. Rx do dia anterior leve infiltrado sem sinais clássico de
membrana hialina.

Tentativa de retirar CPAP + Rx Controle+ inicio de antibiótico

2º dia de vida e UTI, peso 2930g .

Rn saturando bem em ar ambiente, aceitou bem dieta e também sugou seio.


Eliminações ok, afebril.

Exame: BEG, ATIVO AO MANUSEIO, HIDRATADA, FANT, BOA PERFUSÃO


PERIFÉRICA.

AP: MV + SRA. ACV: PULSO E PRECORDIO OK, RR, 2T, BNT, S/S

ABD: normotenso sem megalias, RHA presentes.

A tade com evolução favorável, retirado CPAP nasal, saturando bem em ar


ambiente, rx tórax controle ontem ainda infiltrado bilateral, melhor que anterior, não
necessitou de surfactatne, não ministrado antibiótico. Estimulo ao seio materno e
ver resposta

RELATÓRIO SOBRE DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA. 1


Alta da UTI di 18/08/19.

DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA

Aspectos gerais: A doença da membrana hialina ou síndrome do desconforto


respiratório, é a causada pela deficiência qualitativa e/ou quantitativa de surfactante
pulmonar e representa uma das principais causas de desconforto respiratório no
recém nascido pré-termo. Amote cerca de 50% dos RN pré-termo com peso inferior
a 1500g e 80% daqueles nascidos com enos de 25 semanas.
Fisiopatologia: A doenca da membrana hialina relaciona-se principalmente
com uma deficiência de surfactante. O surfactatne pulmonar e uma substancia
tomada por lipídios e proteínas produzida e decretada pelo penumócito tipo II. Sua
função é diminuir a tensão superficial da interface ar/líquido no alvéolo evitando seu
colapso ao final da expiração.
Entre a 20º e a 24º semana de gestação, o desenvolvimento pulmonar e
caracterizado pela formação dos saches alveolares. Neste período também ocorre o
indicio da diferenciação dos penumócitos do tipo I em tipo II que então irão produzir
surfactante, tal substancia e encontrada no pulmão fetal partir da 20º semana, mas
a maturação pulmonar ocorre após a 35 º semana.
A redução do surfactante, atelectasias, alteração da V/Q, vasoconstrição
pulmonar, hipoperfusao tissular e metabolismo celular prejudicado formam um
circulo vicioso que age perpetuando a hipóxia e a insuficiência resp. aguda.
Em muitos paciente a evolução pode ser mais branda e autolimitada. Nestes,
após um a dois dias de vida, a resposta ao estímulo gerado pelos glicocorticoides
para produção do surfactatne pulmonar reduz a deficiência inicial da substância.

Fatores de risco:
- Prematuridade (principal fator);
- Asfixia;
- Mãe diabética;
- Sexo masculino;

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- Etnia branca;
- Partos múltiplos
- Parto cesáreo;
- Gestações múltiplas.

Manifestações clínicas: A doença evolui com colabamento alveolar


progressivo o que se caracteriza, inicialmente, pela taquipneia e sinais de
desconforto respiratório. Tais manifestações surgem logo após o nascimento e vai
apresentar piora ao longo do primeiro dia de vida, atingindo um pico com 48 horas.
A melhora gradativa começa a ocorrer após 72 horas de vida, sendo que nos casos
de ma evolução ha crises de apeei e intensa deterioração. A morte pode sobrevir
pelo grave comprometimento das trocas gasosas, quadros de escape de ar
(pneumotórax), hemorragias pulmonares ou hemorragias intracranianas. Tal história
natural sera modificada pela assistência ventilatória e uso de surfactante.
Exames de imagem: O aspecto radiológico característico, embora não
patognomônico, é o infiltrado rediculogranular fino, chamado de ‘'vidro moído’' ou
‘’esmeriliado’’, associado aos brocogramas aéreos. Eventualmente a radiografia
inicial é normal, com paradas típico desenvolvendo se após algumas horas. Nos
casos graves a piora radiográfica evolutiva, em gral acompanhada por deterioração
clínica.
Em nossa paciente ocorreu melhora progressiva e as primeiras radiografias
não apresentavam padrão de vidro moído. O que fala a favor de ter ocorrido uma
taquipneia transitória do recém-nascido, diagnósticos que são difícil de diferenciar
entre si quando quadros brandos de doença da membrana hialina.
Alterações laboratoriais: A gasometria arterial mostra hipoxemia inicial, que
progressivamente será associada ao aumento da pCO2, com acidose respiratória
e/ou mista, conforme gravidade do caso.
Tratamento: Cuidados gerais, estabilização inicial, controle térmico (36,5 -
37,5ºC), hidratação venosa e suporte nutricional.
Suporte respiratório: Utilização do CPAP de forma mais precoce, desde a sala
de parto para prevenção do colapso alveolar e redução na necessidade de
ventilação mecânica invasiva na evolução da doença.
Os beneficios são: Estabilização da caixa torácica e mera da função do
diafragma;

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Prevenção do colapso alveolar com melhora da complacência pulmonar;
Aumento da capacidade residual funcional levando a uma diminuição do shunt
intrapulmonar e melhora a oxigenação arterial;
Redução da resistência inspiratória das vias aéreas, por aumento do seu
diâmetro.
O objetivo é manter uma PaO2 entre 50-70 mmHg, podendo ser necessário o
incremento gradual da FiO2 ofertada.
Surfactante pulmonar exógeno: O surfactante pulmonar exógeno pode ser
classificado em 3 tipos, o natural, proveniente da extração de pulmão de animais, os
tipo naturas modificados e ou artificiais, que possuem teoricamente como vantagem
um menor risco de antigenicidade e contaminação. por outro lado os naturais são
mais eficazes por apresentar maior analogia com as proteínas, obtendo-se assim
um início de ação mais rápido e menor risco de pneumotórax. A administração da
substancia é capaz de melhorar a capacidade residual funcional, pois promove a
estabilização dos alvéolos que ainda estão aberto e o recrutamento daqueles que se
encontram atelectasiados. Ainda que noas estratégias para administração da droga
sejam discutidas, tradicionalmente a instilação é feita pela cânula traqueal. Podem
se usadas cânulas com duplo lúmen ou, na ausência destas, por intermédio de
sonda traqueja pelo interior da cânula. As indicações estas para seu uso não são
consensuais, mas, em linhas gerais, deve ser considerado nos casos seis horas
deve ser feita avaliação da necessidade de doses acionais, podendo-se totalizar até
duas ou quatro doses.
Prevenção: A melhor forma de evitar a doença da membrana hialina é a
prevenção do parto prematuro. Mesmo quando todos os esforços forem
empreendidos, e ainda assim houver ameaça do trabalho de parto prematuro, o uso
de corticoide antenatal é uma deidade capaz de reduzir baste a incidência e a
gravidade de doença. Além disso, deve-se evitar a asfixia, pois neonatos que
sofrem hipóxia apresentam um aumento de incidência e gravidade da doença da
membrana hialina.
Atualmente recomenda-se que o CPAP seja a medida adotada ainda na sala
de parto para todos os RN pré-temo de maior risco. O CPAP iniciado precocemente
monstrou-se tão eficaz quanto uso do surfactante precoce.
Diagnóstico diferencial:

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Pneumonia neontal: A crianca com pneumonia apresenta sinais respiratórios,
sinais clinico de sepse , como intolerância alemntar, letargia, hipotoia,
hipo/hipernatreimia e distensão abdominal. Mesmo a radiografia de tórax podendo
apresentar-se de forma semelhante a doença da membrana hialina nosso paciente
apresentou uma melhora significativa apenas com o uso do CPAP, o que afasta o
diagnóstico de pneumonia.

Taquipneia transitória do recém-nascido: O desconforto respiratório ocorre


precocemente geralmente em bebês a termo ou próximo do termo, nas primeira
horas de vida e evolui quase exclusivamente com taquipneia com FR variando entre
60-100 rpm e, muito raramente, gemência e retrações. Em geral, as manifestações
clinicas são resolvidas com oferta de O2 em baixas doses, observado melhora do
quadro em 12-24hrs raramente pode prolongar até 72horas. No exame de imagem
apresenta transparência pulmonar, estrias radiopacas em direção ao hilo, cissuras
espessadas (derrame cisural), hiperaeração com diafragma achatado,
Eventualmente discreta cardiomegalia e/ou derrame pleural, as alterações são
simetrias com leve predominância pelo pulmão direito. Em nosso caso é o principal
diagnóstico diferencial, visto que nosso paciente teve melhora dos sintomas sem a
necessidade de utilizar o surfactate. Além de que o padrão radiológico não era
clássico de membrana hialina, mas também não apresentava todos os critérios para
taquipneia transitória do RN.
Síndrome da aspiração meconial: Geralmente o RN apresenta impregnação
meconial em cordão umbilical, pele seca, enrugada e sem vérnix. O RN apresenta
sinais de insuficencai respiratória nas primeiras horas de vida e hiperdistensão do
tórax pode ser proeminente. Nosso pcte não apresentou impregnação de mecônio
me cordão, a pele estava hidratada e apresentava vernix.

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