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CASO CLÍNICO
T.R.R., 29 anos, 92 kg, 163 cm, G1P0A0, diabética, realizou pré-natal a partir da
descoberta da gravidez (5 semanas) no Hospital e Maternidade Henrique Penido, localizado
em um município no interior de Minas Gerais. Desde a 16° semana de gravidez apresentou
hipertensão arterial, com máxima de 146/90 mmHg. Deu entrada à maternidade com 35
semanas e 3 dias de gestação referindo cólicas e perda de líquido. Após exame físico e
realização do toque, o obstetra constatou ruptura de membrana amniótica. Paciente foi levada
ao centro cirúrgico, onde foi feito o parto após cerca de 40 minutos.
Recém-nascido de parto cesariana, prematuro de baixa idade gestacional, com peso de
nascimento de 985 gramas, APGAR no primeiro minuto de vida de 7 e no quinto minuto de 8.
Na sala de parto, já apresentava respiração rápida, difícil e ruidosa, além de retração supra e
subesternal e batimento das aletas nasais. Foi levado ao compartimento pediátrico, onde foi
iniciada a ventilação mecânica com pressão positiva. Cerca de duas horas pós-parto,
apresentou progressão das atelectasias e da insuficiência respiratória, evoluindo com cianose,
letargia, respiração irregular e apneia. Foi necessária a intubação orotraqueal e a criança foi
encaminhada à UTI neonatal de um hospital do Centro Oeste de Minas Gerais.
Ao exame físico, já na UTI, apresentava sons pulmonares diminuídos e pulsos
periféricos fracos, com edema das extremidades periféricas e oligúria. Frequência respiratória
de 72 irpm, com frequência cardíaca de 149 bpm. Ausculta cardíaca normal. Foi realizada
radiografia de tórax e gasometria arterial, a saber: PaO2 41 mmHg, PaCO2 64 mmHg e SatO2
78%.
A equipe da unidade de terapia intensiva neonatal do hospital abordou as hipóteses
diagnósticas de Síndrome do Desconforto Respiratório do recém-nascido (SDR), além de
pneumonia inicial por estreptococo do grupo B e sepse. Devido à anamnese, ao quadro clínico
e aos achados dos exames de radiografia e de gasometria, o RN foi diagnosticado com SDR.
Paciente continuou em acompanhamento contínuo da equipe médica hospitalar e
apresentou melhoras significativas na gasometria e no raio X de tórax. Após 32 dias de
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM NEONATAL E PEDIÁTRICA
internação, o lactente apresentava-se eupneico, normotenso, com peso adequado para idade e,
então, recebeu alta, mantendo acompanhamento pediátrico adequado.
Com base no caso clínico acima exposto , responda as perguntas que seguem:
Prematuridade, que junto com ele trás o baixo peso (985 gramas) e, além disso, a
deficiência na produção de surfactante e da imaturidade dos alvéolos, a imaturidade
estrutural das vias aéreas, dos músculos respiratórios e da parede torácica influencia na
respiração desse recém-nascido que precisa de intervenção.
O outro fator esta relacionado à gestação, onde ocorreu à ruptura prematura das membranas
nas 35º semana de gestação, condição essa que tem grandes chances de desenvimento de
uma infecções potencialmente graves, como infecção intra-amniótica, endometrite ou
septicemia. Nessses caso evoluiu para o parto prematuro devido essa condição expor mae e
bebe.
Porque o surfactante tem a função de maturação dos pulmões do bebe que ira nascer,
ao não administrar, os pulmões do RN podem não estar desenvolvidos o suficiente
para a realização das primeiras trocas gasosas causando um mau funcionamento das
vias respiratórias. Assim, a sua administração diminuir o sofrimento e evitar que
outras complicações aconteçam.
5. Quais possíveis diagnósticos, intervenções e resultas esperados de enfermagem
para criança com quadro de SDR.