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FACULDADES INTEGRADAS APARÍCIO CARVALHO

FIMCA VILHENA – NÚCLEO DE SAÚDE


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

FLÁVIO CASTILHO BUSNELLO

O QUE É SURFACTANTE PULMONAR

VILHENA/RO
2022
FLÁVIO CASTILHO BUSNELLO

O QUE É SURFACTANTE PULMONAR

Trabalho apresentado na disciplina de


Estágio Supervisionado II da Faculdades
Integradas Aparício Carvalho - FIMCA no
Curso de Enfermagem, como finalidade da
ampla visão para o conhecimento e
obtenção parcial de nota.

Docente: Enf° Esp. Ana Cristina Cechinel.

VILHENA – RO
2022
DEFINIÇÃO

O surfactante pulmonar seria uma substância que é fundamental para o


funcionamento dos pulmões em neonatos prematuros, a ausência deste elemento
pode acarretar a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), ou a doença da
membrana hialina que por sua vez causa um colapso nos alvéolos, edema e lesão
celular (DUARTE , MENDOÇA, et al., 2021).
Segundo (TERTO) com diz respeito ao surfactante pulmonar:

O surf actante é um complexo lipoprotéico, produzido pelos pneumócitos tipo


II, que atua reduzindo a tensão superf icial ao nível da interf ace ar-líquido
alveolar, ele estabiliza os alvéolos impedindo o seu colapso na f inal da
expiração e, além disso, possui f unções imunológicas de proteção dos
pulmões contra lesões e inf ecções causadas por partículas inaladas e
microrganismos.

Portanto é possível observa-se que esta substancia é um composto importante


para os RNs, pois o mesmo auxilia nas funções respiratórias e imunológicas desses
pacientes nas suas primeiras horas de vida extracelular.
Sobre surfactante pulmonar aonde é produzido (HILBERT, 2020), afirma que:

Quem secreta o surf actante é uma célula chamada pneumócito tipo II. A
produção se inicia por volta da 20ª semana de gestação, mas é em pequena
quantidade e tem baixa qualidade. Por volta da 34ª semana de gestação
estima-se que ocorra o pico da produção de surf actante e que a qualidade
seja ideal para garantir a vida extra-uterina.

Com diz respeito ao local aonde seria produzido esta substância, observou-se
que a mesma em certos momentos da gestação tem sua produção iniciada em
pequenas quantidades, entretanto chega a um certo ponto em que ocorre um aumento
da produção da mesma, em devido momento deste desenvolvimento o mesmo atinge
seu nível essencial para proporcionar uma vida fora do útero.
Conforme (SBP, 2017) Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) seria:

SDR do RN pré‑termo, antes ref erida como doença de membranas hialinas,


é a f orma clássica dominante de dif iculdade respiratória entre os RN
pré‑termo, sendo importante causa de morbimortalidade. A sua f isiopatologia
está relacionada à def iciência de surf actante intra‑alveolar, o que leva ao
colabamento dessas estruturas, alterando a relação ventilação‑perf usão e
provocando hipoxemia. Os sinais de desconf orto respiratório surgem logo
após o nascimento e intensif icam‑se se medidas adequadas não f orem
prontamente tomadas.

Segundo (TELES e CARVALHO, 2006) as circunstancias em ocorre ausência


de surfactante pode-se afirmar que:

As consequências clínicas da ausência de surf actante pulmonar f uncional


podem ser observadas em várias condições. O surf actante não é produzido
pelos pulmões f etais até aproximadamente o quarto mês de gestação, e ele
pode não ser totalmente f uncional até o sétimo mês ou mais. Neonatos
prematuros que não possuem surf actante pulmonar f uncional apresentam
grande dif iculdade para insuf lar os pulmões, especialmente nas primeiras
respirações. Mesmo quando seus alvéolos são insuf lados artif icialmente, a
tendência ao colapso espontâneo é grande porque seus alvéolos são muito
menos estáveis sem surf actante pulmonar. Por essa razão, a ausência de
surf actante f uncional em um neonato prematuro pode ser um f ator importante
na síndrome da angustia respiratória neonatal. O surf actante pulmonar
também pode ser importante na manutenção da estabilidade das vias aéreas
pequenas.

Com diz respeito aos sinais e sintomas da SDR conforme (BALEST, 2021)
pode-se afirmar que:

Os sinais e sintomas da SDR incluem respiração rápida, dif ícil e ruidosa, que
surge imediatamente ou poucas horas após o parto, acompanhados de
retrações supra e subesternal e batimentos das aletas nasais. À medida que
a atelectasia e a insuf iciência respiratória progridem, os sintomas pioram,
com surgimento de cianose, letargia, respiração irregular e apneia; por f im,
esses sintomas levam à insuf iciência cardíaca se não f or estabelecida
expansão, ventilação e oxigenação pulmonar. Os neonatos com peso < 1.000
g podem ter pulmões tão rígidos que eles se tornam incapazes de iniciar e/ou
manter respirações na sala de parto.

Observa-se que já nos primeiros minutos de vida extrauterina o RN já apresenta


alguns dos sinais e sintomas conforme citados acima, pois o mesmo terá dificuldade
para respirar em decorrência da ausência desta substância.
De acordo com (TELES e CARVALHO, 2006):

O diagnóstico é f eito levando em conta: avaliação da maturidade pulmonar,


dosagem de f osfolipídios no líquido amniótico no período pré-natal, quadro
clínico Raios – X no período pós-natal. Para o diagnostico diferencial temos
que observar: Taquipneia transitória do RN – alteração na reabsorção de
líquidos pulmonares, Pneumonia – streptococo grupo B, Persistência de
circulação f etal – mais f requente em RNT e pós-termo, Hipertensão pulmonar,
resistência vascular, pulmonar, shunt D-E quando existir ausência de Doença
cardíaca ou pulmonar.

Analisando este contexto (SBP, 2017) afirmam que para o tratamento de SDR
em RNs:

Administração à gestante com risco de parto prematuro de corticoide


antenatal é a principal medida preventiva para diminuir a prevalência desses
casos. Após o nascimento, a utilização de surf actante exógeno por via
endotraqueal e o estabelecimento de suporte respiratório com pressão
positiva contínua nas vias aéreas, por pronga nasal ou por entubação
traqueal, são medidas f undamentais no tratamento. Cada vez mais os
dispositivos para assistência respiratória via prongas nasais têm sido
utilizados, minimizando a necessidade da entubação traqueal, que está mais
associada a complicações

Segundo (HILBERT, 2020) com diz respeito a falta de produção do surfactante


no RN, afirma que:

Caso ocorra um parto prematuro eventualmente o bebê poderá ter dif iculdade
de respirar em f unção de ter pouco surf actante. Nestes casos o médico
poderá administrar surf actante exógeno. Nos casos aonde podemos
antecipar que o nascimento irá ocorrer em uma idade gestacional precoce é
possível administrar para mãe doses de corticoides. Os corticoides
administrados ainda durante a gestação aceleram a maturidade pulmonar,
f azendo com que o pulmão do bebê aumente a produção de surf actante.

Assim sendo, é visível de que se o nosso corpo não produzir esta substância
conforme a necessidade nossa, teremos problemas para respirar. Embora tenha o
surfactante exógeno como forma de tratamento para a SDR, viu-se que o mesmo é
bastante efetivo, pois alia-se a correção da deficiência quantitativa primaria de
surfactante, ou seja a principal responsável pela falência respiratória.

REFERÊNCIAS

BALEST, A. L. MANUAL MSD Versão para Profissionais de Saúde. Síndrome da


angústia respiratória em neonatos (Doença da Membrana Hiliana), 2021.
Disponivel em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-
respirat%C3%B3rios-em-neonatos/s%C3%ADndrome-da-ang%C3%BAstia-
respirat%C3%B3ria-em-
neonatos#:~:text=O%20surfactante%20pulmonar%20%C3%A9%20uma,Tamb%C3
%A9m%2C%20Professional.>. Acesso em: 13 set 2022.
BELTRAME, B. TUA SAÚDE. SURFACTANTE PULMONAR: O QUE É E
PRINCIPAIS FUNÇÕES, 2021. Disponivel em:
<https://www.tuasaude.com/surfactante/>. Acesso em: 13 set 2022.

DUARTE , B. et al. O USO DO SURFACTANTE PULMONAR NA SÍNDROME DO


RECÉM-NASCIDO: UMA REVISÃO NARRATIVA, Contagem, p. 24, Junho 2021.
Disponivel em:
<https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/14382/1/ANEXOS_TCC
_Surfactante_Barbara__assinados%20%282%29.pdf>. Acesso em: 14 set 2022.

HILBERT, L. F. M. FETALMED. O que é o Surfactante Pulmonar?, 2020. Disponivel


em: <https://www.fetalmed.net/o-que-e-o-surfactante-pulmonar/>. Acesso em: 13 set
2022.

SBP. TRATADO DE PEDIATRIA. 4. ed. Barueri: Manole, 2017.

TELES, D.; CARVALHO, R. INTERFISIO. SURFACTANTE PULMONAR, 2006.


Disponivel em: <https://interfisio.com.br/surfactante-
pulmonar/#:~:text=O%20surfactante%20pulmonar%20%C3%A9%20um,l%C3%ADpi
dos%20e%2012%25%20de%20prote%C3%ADnas.>. Acesso em: 14 set 2022.

TERTO, E. B. C. INTERFISIO. TERAPIA COM SURFACTANTE EXÓGENO NA


SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO EM RECÉM-NASCIDOS.
Disponivel em: <https://interfisio.com.br/terapia-com-surfactante-exogeno-na-
sindrome-do-desconforto-respiratorio-em-recem-nascidos/>. Acesso em: 12 set 2022.

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