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ABSTRACT: The Hyaline Membrane Disease (HMD) or Respiratory Distress Syndrome (RDS) is a
disease caused by lung immaturity and is related to the primary deficiency of surfactant. Often affects
preterm infants (PN), weighing less than 1500g, males and manifests itself in the first weeks of life. The
SDR represents a serious complication of prematurity, causing significant morbidity and mortality of
newborns in Brazil. The clinical treatment of HMD is made by the administration of exogenous surfactant
for the newborn. Physical therapy proves increasingly widespread in the care of respiratory disorders of
neonates and aims to improve the mechanism of purification clearance, assisting the process of
mucociliary clearance, prevent and correct complications resulting from the accumulation of secretions.
The aim of this study is to review bibliographies that address the physical therapy for HMD in newborns.
This study was a systematic review of the literature, using scientific papers published in scientific search
engines, books and theses. Were selected texts published between 1998 to 2009. We conclude from this
review that the therapy has beneficial effects in the treatment of HMD, contributing to reducing the
incidence of respiratory complications in RNPT. However it is necessary to carry out further studies to
address the DMH and its associated physiotherapy treatment.
3.1 A DOENÇA DA MEMENBRANA HIALINA regras da SDR (OLIVEIRA et al., 2005; ARAÚJO,
A Doença da Membrana Hialina (DMH) 2007; MULLER et al., 2000; ALBUQUERQUE et
ou Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) al, 2002).
é uma patologia associada à deficiência primária Na SDR, a complacência pulmonar é
de surfactante, que afeta particularmente o baixa e múltiplas áreas de atelectasia se
RNPT, sendo sua incidência inversamente desenvolvem, de acordo com Kopelman (1998).
proporcional à idade gestacional (SARMENTO, Segundo Sarmento (2007) e Ribeiro et
2007; ARAÚJO, 2007; RIBEIRO et al., 2003; al. (2003), os fatores predisponentes para o
EGER, 2003; ABREU et al., 2006; OLIVEIRA et desenvolvimento da SDR envolvem a
al., 2005; CONSOLO et al., 2002; FREDDI et al., prematuridade, sexo masculino, anóxia perinatal,
2003; MULLER et al., 2000). hemorragia e diabetes materna, deslocamento
O surfactante é uma substância da placenta, eritroblastose fetal, asfixia perinatal,
fosfolipídea produzida pelos pneumócitos tipo II, parto traumático, cesariana, uso de anestésico
que recobrem os espaços alveolares e tem como e/ou analgésicos, gemelaridade. Os neonatos
propriedade diminuir a tensão superficial negros têm menor risco de virem a apresentar a
alveolar, prevenir atelectasias e edemas, SDR e, quando ocorre, é menos grave.
melhorar as trocas gasosas, diminuir o esforço O diagnóstico da SDR, além do quadro
respiratório, aumentar a complacência pulmonar, clínico, é realizado por meio da análise
facilitar o transporte mucociliar e manter a radiográfica, que evidencia um aspecto retículo-
estabilidade alveolar (SARMENTO, 2007; granular ou de “vidro moído” representado pelas
OLIVEIRA et al., 2005; MULLER et al., 2000; áreas atelectasiadas. Esse quadro varia em
FREDDI et al., 2003; RIBEIRO et al., 2003; quatro graus: grau I – leve (granulações finas);
ARAÚJO, 2007; EGER, 2003; CONSOLO et al., grau II – moderada (granulação bem evidente em
2002; ABREU et al., 2006). “vidro moído”); grau III – grave (broncograma
O surfactante começa a ser produzido na aéreo alcançando a periferias dos campos
24ª a 28ª semana de gestação, mostra-se em pulmonares, discreto borramento cardíaco) e
um nível quimicamente maduro grau IV (opacidade total dos campos
aproximadamente na 34ª semana e indica a pulmonares, área cardíaca imperceptível)
maturidade do pulmão ao permitir a manutenção (SARMENTO, 2007; ARAÚJO, 2007; EGER,
da respiração contínua. (SARMENTO, 2007; 2003; RIBEIRO et al., 2003; OLIVEIRA et al.,
ARAÚJO, 2007; RIBEIRO et al., 2003; OLIVEIRA 2005). Na gasometria nota-se acidose mista,
et al., 2005). hipóxia e hipercapnia (ARAÚJO, 2007; EGER,
As manifestações clínicas da DMH 2003; RIBEIRO et al., 2003). A ausculta pode
caracterizam-se por dispnéia, taquipnéia ou revelar ventilação pulmonar deficiente com
bradipnéia em casos graves, gemido expiratório, murmúrio vesicular diminuído (ARAÚJO, 2007;
cianose, batimentos de asas nasais, retração OLIVEIRA et al., 2005; BRUNHEROTTI et al.,
esternal, dificuldade em iniciar a respiração 2003; ALBUQUERQUE et al., 2002).
normal, edema de extremidades, tiragem Freddi (2003) relata que existe um
intercostal e subcostal e crises de apnéia. A intervalo de tempo para que o diagnóstico se
hipotensão, hipotonia e a hipoatividade são torne evidente, uma vez que nessa síndrome
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das secreções da periferia para vias aéreas muscular respiratória. (EGER, 2003).
centrais (OLIVEIRA et al., 2005). Aspiração: técnica utilizada para
Terapia expiratória manual passiva remoção das secreções, uma vez que o reflexo
(TEMP) promove a aceleração do fluxo aéreo de tosse pode encontrar-se imaturo e ineficiente,
expiratório, com isso, um maior deslocamento principalmente em RNPT. Previne a obstrução
das secreções traqueobrônquicas, facilitando a no tubo endotraqueal, evitando o aparecimento
limpeza das vias aéreas e aumentando a de atelectasias e infecções pulmonares
ventilação pulmonar (EGER, 2003). (OLIVEIRA et al., 2005). Por se tratar de um
Posicionamento: utilização de coxins procedimento estressante e desconfortável, a
para conter os movimentos de extensão aspiração pelas narinas deve ser feita somente
excessiva que facilitam as clonias e o reflexo de quando necessária baseada na ausculta
Moro. A posição mais utilizada é a fowler (semi- pulmonar e no desconforto respiratório
sentada), que induz a respiração diafragmática (SARMENTO, 2007).
pelo abaixamento das vísceras por ação Deve-se evitar a manipulação intensa do
gravitacional, melhorando a expansibilidade neonato que pode levar a fadiga, à demanda
(OLIVEIRA et al., 2005). excessiva de O2, ao estresse e desconforto. O
A posição prona oferece um apoio fisioterapeuta deve estar atento, procurar dosar
abdominal, otimiza o trabalho respiratório e as técnicas empregadas assim como o tempo de
melhora a saturação de O2. É a mais indicada realização da intervenção. (ARAÚJO, 2007;
para melhor estabilidade da caixa torácica e EGER, 2003).
movimento diafragmático, além de propiciar uma Segundo Araújo (2007), a vibração
melhor expansão e ventilação pulmonar. A associada à compressão deve ser evitada, em
posição supina é a mais utilizada para melhor razão da alta complacência torácica e maior risco
função pulmonar, estimulação sensorial e de deformidade. Eger (2003) afirma que a
prevenção de escaras. (OLIVEIRA et al., 2005; vibração deve ser associada com compressão
SARMENTO, 2007). vigorosa. E ambos relatam que a vibração
Estímulo diafragmático tem como torácica deve ser associada à drenagem
objetivo coordenar os movimentos respiratórios e postural.
melhorar a atividade diafragmática, promovendo A análise do comportamento da
propriocepção da musculatura de respiratória saturação de O2 em dois recém-nascidos com
(OLIVEIRA et al., 2005; ARAÚJO, 2007). DMH submetidos ao tratamento fisioterapêutico
Reequilíbrio toracoabdominal (RTA): evidenciou um aumento deste parâmetro,
técnica que trabalha o aumento do fluxo aéreo e favorecendo a ligação entre oxigênio e a
conseqüentemente a desobstrução brônquica. hemoglobina, através da melhora da ventilação
Nos bebês é realizada de forma passiva, através pulmonar. A fisioterapia mostrou ser um
de massagens musculares, alongamento e procedimento adequado para prematuros, não
fortalecimentos dos músculos respiratórios tem comprometendo sua estabilidade clínica e
como objetivo proporcionar um bom padrão de hemodinâmica, ao contrário, melhorando sua
respiração e desta forma, evitar situações de condição clínica (OLIVEIRA et al.; 2005)
desconforto respiratório intenso como a fadiga Ribeiro et al. (2007) em seu estudo
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comparou os RN’s com DMH atendidos pela hialina pós-reposição de surfactante exógeno.
fisioterapia e o grupo não atendido e constatou Arq Med ABC, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 5-11,
que os RN’s submetidos a fisioterapia 2006.
apresentaram um tempo maior de internação em
relação aos não atendidos, porém, a maioria dos ABREU, L. C.; PEREIRA, V. X.; VALENTINE, V.
RN’s encaminhados para o atendimento E.; et al. Uma visão prática da fisioterapia
fisioterapêutico apresentava muito baixo peso e respiratória: ausência de evidência não é
extrema prematuridade, comparados com o evidência de ausência. Arq Med ABC, São
grupo não encaminhado, justificando o maior Paulo, v. 32, n. 2, p. 76-78, 2007.
tempo de internação.
A fisioterapia demonstrou ser um ALBUQUERQUE, I. C. C.; AMORIM, M. M. R.;
procedimento terapêutico adequado para o MENESES, J.; et al. Avaliação do impacto da
tratamento dos RNPT com DMH. Abreu et al. corticoterapia antenatal para aceleração da
(2006) relataram em seu estudo o declínio da maturidade pulmonar fetal nos recém-nascidos
freqüência cardíaca dos RNPT pós- em maternidade-escola brasileira. RBGO,
procedimentos intervencionistas de fisioterapia Recife, v.24, n.10, p. 655-661, 2002.
com o aumento da fase diastólica do ciclo
cardíaco. Assim, recomendaram a realização da ARAÚJO, A. M. A importância da fisioterapia
fisioterapia como um dos recursos para o respiratória no neonato com doença da
tratamento dessa população neonatal. membrana hialina. 2007. 51 f Monografia –
Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade
4.0 – CONCLUSÃO Veiga de Almeida, Cabo Frio, 2007.