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Técnicas de fisioterapia e reabilitação pulmonar na bronquiectasia não


fibrocística Techniques of physical therapy and pulmonary rehabilitation in
non-cystic fibrosis bronchiectasi...

Article · March 2016

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Evelim LFD Gomes Ana Gimenes


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Técnicas de fisioterapia e reabilitação
pulmonar na bronquiectasia não fibrocística
Techniques of physical therapy and pulmonary rehabilitation in
non-cystic fibrosis bronchiectasis
Evelim Leal de Freitas Dantas Gomes1, Ana Cristina Gimenes2, Fernanda de Córdoba Lanza3
1
Fisioterapeuta e Doutora em Ciências da Reabilitação pela Universidade Nove de Julho. Professora
do curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Nove de Julho.
2
Fisioterapeuta e Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo.
Professora do curso de graduação em Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo.
3
Fisioterapeuta e Doutora em Ciências Aplicadas à Pediatria pela Universidade Federal de São
Paulo. Professora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação da Universidade
Nove de Julho.

Resumo
A fisioterapia tem como objetivo auxiliar na remoção de secreções e reabilitar pacientes com bronquiectasias para
a recuperação da sua capacidade funcional. O objetivo desta revisão foi avaliar na literatura das últimas décadas
as terapêuticas adotadas para adultos e crianças com bronquiectasia não fibrocística em relação à higiene brônquica
e reabilitação pulmonar.

Palavras chave: fisioterapia, reabilitação pulmonar, bronquiectasia

Abstract
Physical therapy aims to facilitate secretions removal from airways and rehabilitate patients with bronchiectasis in
order to recover their functional capacity. The objective of this review is to evaluate the literature of the last decades
regarding bronchial hygiene and pulmonary rehabilitation directed to adults and children with non-cystic fibrosis
bronchiectasis.

Keywords: physical therapy, pulmonary rehabilitation, bronchiectasis

Introdução favorecendo a proliferação de agentes infecciosos


potencializando a agressão à árvore brônquica e
Bronquiectasia é uma condição patológica persistente perpetuando o ciclo2. Neste contexto, a remoção ou métodos
e progressiva que acomete adultos e crianças e é que favoreçam esta remoção de muco pulmonar se
caracterizada pela destruição da parede brônquica e tornaram parte importante da terapia de pacientes
dilatação anormal da via aérea detectada por exames de bronquiectásicos o que vem gerando nos últimos anos a
imagem como a tomografia computadorizada e associada necessidade de estudos e guidelines que avaliem a eficácia
a sintomas como tosse crônica e produção excessiva de das técnicas fisioterapêuticas nesta população3.
muco1. A fisiopatologia da bronquiectasia é caracterizada Outra questão importante para estes pacientes com
por um ciclo vicioso de infecção e inflamação associada bronquiectasia é o acometimento da musculatura
à resposta intrínseca do paciente em responder a esta esquelética periférica como ocorre nas demais doenças
pulmonares crônicas e inflamatórias. Esta disfunção
agressão infecciosa e inflamatória cursando com um
muscular é causada pela inflamação, anormalidade das
prejuízo da função mucociliar. A disfunção gerada no
trocas gasosas, distúrbios hidroeletrolíticos, inatividade,
transporte mucociliar favorece o acúmulo de muco
má nutrição e medicamentos4.
Evelim Leal de Freitas Dantas Gomes A fisioterapia tem como objetivo auxiliar na remoção
evelimgomes@uninove.br de secreções e reabilitar estes pacientes para a
recuperação da sua capacidade funcional. Portanto o

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objetivo desta revisão foi avaliar na literatura das últimas Ciclo ativo da respiração (CAR)
décadas as terapêuticas adotadas para adultos e crianças
com bronquiectasia não fibrocística em relação à higiene O CAR é um conjunto de técnicas que inclui controle da
brônquica e reabilitação pulmonar. respiração (respiração diafragmática) que se intercala com
exercícios de expansão pulmonar (exercícios fracionados,
Fisioterapia respiratória na criança e no adulto sustentados em tempos) com uma técnica de expiração
com bronquiectasia não fibrocística (BNFC) forçada (TEF). O número e frequência de cada componente
do CAR podem ser alterados, porém para ser considerado
A fisioterapia é baseada na resolução da disfunção CAR todos estes componentes devem estar presentes e
que a doença causa ao indivíduo. No caso específico da intercalados por respiração diafragmática8. É uma técnica
fisioterapia respiratória, a ausculta pulmonar é que precisa da colaboração do paciente para ser executada.
imprescindível para se determinar o local exato da via Vários mecanismos estão envolvidos no CAR. Os exercícios
aérea que está acometida pelo processo fisiopatológico de expansão com aumento de volume, o controle da
para uma indicação precisa do tratamento a ser aplicado5. respiração com baixo volume e fluxo lento e a TEF com
Na bronquiectasia o acometimento da via aérea é difuso, fluxo rápido/forçado. Todos estes mecanismos associados
ou seja, desde a via aérea de pequeno até grande calibre, conseguem agir em todas as regiões da árvore brônquica
além da excessiva produção de muco que pode levar ao (parênquima e vias aéreas de pequeno, médio e grande
comprometimento da área de troca como os alvéolos. calibres). Pryor9 em um dos seus estudos coloca que o
Diversas são as técnicas de higiene brônquica descritas controle da respiração tem a função de impedir/controlar
na literatura. Atualmente essas são divididas em técnicas um possível broncoespasmo e evitar uma dessaturacão, os
de higiene brônquica convencionais e não convencionais exercícios de expansão pulmonar auxiliam na eliminação
(ou novas técnicas de fisioterapia respiratória). 6 As de secreções e na otimização da ventilação colateral.
técnicas chamadas convencionais tem como princípio de A CAR tem sido utilizada com sucesso em diversas
ação as ondas mecânicas aplicadas no tórax do paciente condições patológicas incluindo a BNFC. Uma revisão
para promover o tixotropismo da secreção e assim facilitar sistemática e metanálise de Lewis et al 10, classifica a
o carreamento e eliminação. As novas técnicas de evidência do CAR como boa e que há eficácia imediata da
fisioterapia respiratória mobilizam secreção por variação técnica. Na comparação do CAR com TEF, com a OOAF e
de fluxo ou volume no sistema respiratório justificada com PEP não foi encontrada diferença na quantidade de
pelo princípio da equação de Rhorer7. Esta equação postula muco expectorada imediatamente após e 24 horas após a
que para haver movimentação de ar para dentro ou para aplicação da técnica. Em contrapartida na comparação
fora pulmões, e assim mobilizar secreção, a pressão do CAR com técnicas convencionais, o CAR apresentou
pleural deve vencer a resistência, a pressão elástica e a maior quantidade de muco expectorada. O CAR também
pressão inercial do sistema respiratório (Equação 1). foi superior na comparação com osciladores torácicos
externos e quando foi comparado a um grupo controle. A
Equação 1: Equação do movimento curto prazo o CAR demonstrou maiores benefícios em
especial na quantidade de muco expectorada em relação
as técnicas convencionais cujo mecanismo principal de
ação é o tixotropismo e a força da gravidade.

Drenagem autógena (DA)

A DA consiste em exercícios inspiratórios e expiratórios


realizados de forma lenta e ativa pelo paciente que variam
do volume de reserva expiratória (VRE) ao volume de
reserva inspiratória (VRI). É descrito que esta variação de
volume auxilia no carreamento de secreção das vias aéreas
distais para as proximais o que favorece a tosse 11. A
respiração inicia-se com baixo volume pulmonar o que
desloca a secreção, então se faz aumento no volume para
Onde: mobilizar secreção das vias aéreas médias, e por fim,
P: pressão transpulmonar; respira-se em alvo volume para mobilizar secreção das
R: resistência nas vias aéreas
V’: fluxo de ar medido na boca;
vias aéreas centrais. O paciente executará toda a técnica,
E: elastância dinâmica (1/Complacência) por isso é necessário ter coordenação e capacidade de
V: volume de ar; compreender o exercício.

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A DA também pode ser executada de forma passiva no sobre os benefícios do OOAF21,o mesmo tem sido utilizado
paciente pouco colaborativo, chamada de DA modificada. com eficácia e sem observação de efeitos colaterais.
Compressões abdominais ou torácicas serão aplicadas Para crianças, o OOAF auxilia de forma lúdica a
no paciente para modificar o volume pulmonar. Quanto realização da terapia, sem se tornar cansativa. Há um
maior for a compressão maior será o volume de ar pouco mais de uma década, Tsang & Jones22 compararam
mobilizado variando do VRE ao VRI. A DA favorece a a utilização do OOAF com drenagem postural (DP) com
eliminação de secreção, além de ser bem tolerada pelo técnicas respiratórias e tosse, e neste piloto não houve
paciente. Diversos autores descreveram o aumento da superioridade deste instrumento quanto a eficácia sobre
eliminação de secreção bem como a modificação nas os exercíocios respiratórios, em contrapartida para os
características da reologia do muco, caracterizando que pacientes houve a percepção de superioridade da OOAF
secreção de vias aéreas média havia sido eliminada em sobre as técnicas. Já Tamboscio et al 23. compararam a
pacientes com fibrose cística12,13. OOAF com PEP em pacientes bronquiectásicos e
encontraram que o OOAF no decorrer de 4 semanas de
Aumento de fluxo expiratório (AFE) tratamento conseguiu alterar as propriedades de
transporte mucociliar devido a alta frequencia de
A AFE foi proposta pela primeira vez por Joel Barthe em oscilação que o mesmo proporciona.
197314 É uma técnica passiva realizada pelo fisioterapeuta
no lactente ou na criança, que permanece em decúbito Exercícios respiratórios
dorsal. Uma mão será posicionada no abdômen e a outra
no tórax do paciente. No início da fase expiratória, o Os exercícios respiratórios têm como objetivo melhorar
fisioterapeuta inicia a compressão do tórax e abdômen ou redistribuir a ventilação, melhorar a troca de gases e a
com ambas as mãos até o final da fase expiratória do oxigenação, treinar os músculos da respiração e diminuir
paciente, quando interrompe a compressão15. Este mesmo o trabalho respiratório. Na década de 50, o russo Konstantin
movimento será iniciado nas expirações seguintes. Este
Buteyko criou um conjunto de exercícios respiratórios que
movimento rápido de compressão favorece a saída do ar
leva o nome de técnica de Buteyko. Essa técnica tem seu
dos pulmões carreando secreção das vias aéreas
foco na postura, ritmo e padrão respiratório, uso do
proximais, a exemplo da tosse. Esta técnica é realizada
diafragma, respiração nasal e tolerância à pausa
durante o volume corrente. Estudos têm demonstrado
respiratória com o objetivo de normalizar a respiração,
melhora na oxigenação de pacientes com hipersecreção
após realizar técnicas compressivas (AFE)16,17. Embora seja torná-la confortável, natural e nasal24.
observado benefício ao sistema respiratório, a aplicação
da AFE pode gerar complicações em outros sistemas18,19.O Pressão expiratória positiva (PEP)
tempo de aplicação da AFE dependerá do acompanhamento
da ausculta pulmonar. A PEP tem como princípio aumentar a pressão na fase
expiratória com auxílio de um equipamento. É necessária
Oscilador oral de alta frequência (OOAF) a colaboração do paciente e pode ser feita a auto-
administração. O paciente fará a inspiração fora da
O OOAF tem como objetivo mobilizar secreção e manter máscara, evitando o aumento do trabalho respiratório, e
as vias aéreas abertas20. O paciente expira pela boca no toda a fase expiratória acoplando a máscara na face.
equipamento que contém uma esfera pesada de metal A terapia com PEP envolve a expiração contra uma
sobre um cone. Esta esfera fará oscilações que serão resistência ao fluxo variável, o que mantém a pressão
transmitidas ao tórax do paciente e assim mobilizarão a positiva dentro dos pulmões. O aumento do volume
secreção. O OOAF favorece a manutenção de pressão pulmonar nesta fase ajuda a mobilizar as secreções devido
positiva expiratória devido à resistência que oferece. Há ao enchimento dos segmentos hipoventilados e a
necessidade de colaboração do paciente. O nome ventilação colateral, além de prevenir o colapso das vias
comercial é Flutter-VR1®, trata-se de um equipamento aéreas durante a expiração25,26.
importado. Entretanto, há similar nacional que tem como Revisão sistemática realizada por Mark e
nome genérico OOAF. Diversos autores têm estudado os colaboradores em 2006, a respeito de PEP em pacientes
benefícios do OOAF em pacientes com fibrose cística. A com fibrose cística identificou 25 estudos randomizados
principal conclusão é que a maior eliminação de secreção ou quase randomizados com critérios metodológicos
é resultante da movimentação torácica provocada pelas aceitáveis. As principais variáveis incluídas como
oscilações da esfera dentro do equipamento e pela pressão desfecho foram: função pulmonar, secreção eliminada,
positiva durante a fase expiratória, que aumenta o volume oxigenação, aderência ao tratamento e efeitos adversos.
nas áreas colapsadas e mobiliza a secreção. Embora Os autores concluem que não há evidências claras que a
revisão sistemática sobre o assunto não tenha concluído PEP melhora os desfechos avaliados, entretanto esta

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técnica não provoca efeitos colaterais27. Na BNFC o estudo da reabilitação pulmonar em pacientes com
de Tamboscio et al23 mostrou superioridade do Flutter em bronquiectasia não fibrocísticos, há evidência da melhora
relação a PEP. na tolerância ao exercício após o início da reabilitação
A maior parte dos estudos sobre PEP é realizada em quando comparado a pacientes controles 33 e que, a
pacientes com fibrose cística e a principal variáveis a magnitude e a duração da melhora da capacidade de
eliminação de secreção. Em sua maioria, estes estudos exercício e qualidade de vida são semelhantes às
concluem que os pacientes com doenças respiratórias observadas em pacientes com doença pulmonar obstrutiva
crônicas toleram bem esta atividade e preferem em relação crônica (DPOC)34,35.
a outras, por ser de fácil execução. Outros estudos apontam que os benefícios do programa
de reabilitação pulmonar podem ser potencializados
Reabilitação Pulmonar na bronquiectasia quando associado o treinamento muscular inspiratório
não fibrocística (BNFC) (TMI), principalmente no que diz respeito à melhora na
qualidade de vida35,36.
Pacientes bronquiectásicos não fibrocísticos, possuem Em relação ao programa de exercícios utilizados em
como característica a tosse com expectoração purulenta, pacientes bronquiectásicos, a duração é de
infecções pulmonares de repetição e queixa de dispneia28. aproximadamente 8 semanas, composto por exercícios
Além disso, a inflamação crônica experenciada por esses aeróbios e treino de força. Com sessões de 45 minutos de
pacientes está associada à diminuição da massa muscular exercício, a atividade pode ser realizada 3 vezes na semana,
periférica, redução da capacidade de exercício e da podendo ser de forma supervisionada ou duas vezes de
qualidade de vida 29. Especificamente a redução da forma supervisionada e uma não-supervisionada. A
capacidade de exercício tem sido associada às alterações prescrição do treino aeróbio pode ser realizada pela % da
estruturais do tecido pulmonar, à obstrução progressiva frequência cardíaca máxima (80%), % do VO2 pico (70 a
ao fluxo aéreo e ao nível de dispneia secundária à 80%) ou pelos sintomas referidos na escala de Borg. O treino
hiperinsuflação dinâmica nesses pacientes 29,30 . A aeróbio pode ser realizado em esteira, bicicleta ou subir
reabilitação pulmonar para pacientes com escadas. Em relação ao TMI, os exercícios são realizados
bronquiectasias não fibrocísticas tem como objetivo por 15 minutos, duas vezes ao dia, com dispositivos de
melhorar a capacidade de exercício, pelos efeitos positivos treinamento com carga linear. A carga aplicada inicialmente
sobre a capacidade aeróbica e aumento da força muscular é de 30% da PImáx, sendo aumentada em 5% a cada semana
periférica, bem como melhorar a gestão da doença e até atingir o máximo de 60% da PImáx32,34,35,37.
minimizar fatores psicológicos, melhorando portanto a Um outro estudo reporta que a associação do programa
qualidade da vida31. de exercícios físicos às técnicas de desobstrução brônquica
Na avaliação física, achados clínicos comprovam que é superior ao tratamento isolado de fisioterapia
esses pacientes evoluem com redução das pressões respiratória, resultando em aumento da capacidade de
inspiratórias (PImáx) e expiratórias (PEmax) máximas exercício, redução da dispneia nas atividades de vida diária
(<80% do valor previsto), redução da força e da endurance e na melhora da qualidade de vida38.
muscular do quadríceps (avaliada pela dinamometria Até o momento, não há evidências sobre os efeitos da
isocinética) e dos membros superiores (avaliada pela força reabilitação pulmonar nas exacerbações ou internações
de preensão palmar - Hand grip), bem como redução de pacientes bronquiectásicos. Entretanto, a realização
acentuada da distância percorrida no teste de caminhada de um programa de reabilitação pulmonar pode ser uma
de 6 minutos (TC6min)32. oportunidade ideal para iniciar ou otimizar a
A capacidade de exercício desses pacientes pode ser desobstrução das vias aéreas, manter a massa magra e
avaliada ainda pelo teste de exercício cardiopulmonar melhorar a qualidade de vida em pacientes
(TECP) e pelo Incremental Shuttle walk test (ISWT). Recente bronquiectásicos39.
estudo demonstrou que a distância percorrida no teste de
Shuttle teve correlação com o consumo de oxigênio pico Referências
(VO2 pico), com a carga pico do teste incremental (r=0,82)
e com o nível de dispneia avaliado pelo Medical Research 1. Fall A and Spencer D. Paediatric bronchiectasis in Europe:What now
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