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EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE FUNCIONALIDADE E FISIOTERAPIA PÓS

COVID-19: REVISÃO DE LITERATURA

SCIENTIFIC EVIDENCE ON FUNCTIONALITY AND PHYSIOTHERAPY POST


COVID-19: LITERATURE REVIEW

GABRIELA CALÇADA PINHEIRO 1


ELENISE FESTINALLI2

RESUMO

Introdução: A COVID-19 é uma doença que causa deficiência, primeiramente de


estruturas do aparelho respiratório, levando a alterações de outros sistemas e
comprometendo a funcionalidade de grande número de pessoas. Objetivo: O
presente estudo objetiva apresentar, por meio de revisão de literatura, as evidências
científicas sobre funcionalidade e fisioterapia pós-COVID-19. Métodos: Revisão de
literatura nas bases de dados Pubmed, LILACS, SciELO e PEDro com os descritores:
Exercício, coronavírus, fisioterapia e limitação da mobilidade, publicados em
português, inglês e espanhol no período de 2019 a 2021. Conclusão: Os resultados
apontam efeitos benéficos dos diferentes programas de reabilitação funcional de
pacientes pós COVID-19, incluindo desfechos positivos para funcionalidade e indicam
a importância da fisioterapia nos programas de reabilitação, com o intuito de melhorar
a capacidade funcional e as atividades de vida diária desses pacientes.

Palavras-chave: Exercício; COVID-19; Coronavírus; Fisioterapia; Limitação da


mobilidade.

ABSTRACT

Introduction: COVID-19 is a disease that causes deficiencies in the structures of the


respiratory system, leading to changes in functionality. Objective: The present study
aims to present, through a literature review, the scientific evidence on functionality and
physiotherapy after COVID-19. Methods: Literature review in Pubmed, LILACS,
SciELO and PEDro databases with the descriptors: Exercise, coronavirus,
physiotherapy and mobility limitation, published in Portuguese, English and Spanish
from 2019 to 2021. Conclusion: The results point to beneficial effects of the different
functional rehabilitation programs for post COVID-19 patients, including positive
autocomes for functionality, and indicate the importance of physical therapy in
rehabilitation programs, with the aim of improving these patients functional capacity
and activities of daily living.
Keywords: Exercise, coronavirus, physiotherapy, mobility limitation

1
Acadêmica de graduação, Curso de Fisioterapia/ULBRA Torres-RS. Email:
gabriela.pinheiro@rede.ulbra.br.
2
Professora - Orientadora do Curso de Fisioterapia/ULBRA Torres-RS. Email:
elenise.festinalli@ulbra.br.
INTRODUÇÃO

Em dezembro de 2019, o primeiro caso de novo coronavírus (COVID-19) foi


confirmado em Wuhan, província de Hubei, China (LI Q. et al., 2020a). A Organização
Mundial da Saúde (OMS) definiu o surto como pandemia (WHO, 2020).
O SARS-CoV-2 é uma das espécies conhecidas de coronavírus capazes de
infectar humanos.( XU et al., 2020; ROSA et al., 2020). O SARS-CoV-2 é o agente
etiológico da COVID-19 (doença do coronavírus 2019) e cujo espectro de
apresentação varia de ausência de sintomas a pneumonia intersticial generalizada
associada à síndrome respiratória aguda grave (SARS), também podem apresentar
sintomas inespecíficos como febre, tosse, mialgia, expectoração e fadiga. resultando
em mortalidade de 5% a 10%.10%. (CESPEDE et al., 2020; CHEN et al., 2020
PEREIRA et al., 2020; PARASHER et al, 2020; SIMPSON et al., 2020)
Os sintomas pós-COVID-19 são persistentes mesmo nos casos leves (AHMED
et al., 2020; LI J., 2020), e as consequências decorrentes da infecção incluem fadiga,
dispneia, taquicardia, perda de massa muscular e diminuição da capacidade funcional.
Estudos demonstram que a reabilitação cardiopulmonar (RCP) pode melhorar a
capacidade funcional, a qualidade de vida e o prognóstico dos pacientes (AHMED et
al., 2020; LI J., 2020).
Espera-se que pacientes infectados com COVID-19 sofram consequências
musculoesqueléticas devido ao processo inflamatório agravado pela perda de massa
muscular decorrente do imobilismo, gerando incapacidades motoras ainda não
quantificáveis. Há uma grande necessidade de entender as implicações clínicas
causadas pelo COVID-19, para se ter melhores estratégias de reabilitação para esses
pacientes. Dessa forma, o presente estudo objetiva apresentar, por meio de revisão
de literatura, as evidências científicas sobre funcionalidade e fisioterapia pós COVID-
19.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do presente estudo foi realizada uma revisão de


literatura, nas bases de dados Pubmed, LILACS, SciELO e Physiotherapy Evidence
Database (PEDro), no período de fevereiro a maio de 2021, com os descritores:
Exercício, coronavírus, COVID-19, fisioterapia e limitação da mobilidade em
português, inglês e espanhol. Baseados nessa busca, foram incluídos artigos
completos de língua portuguesa, inglesa e espanhol, publicados entre 2019 e 2021,
tendo como população do estudo pessoas pacientes pós-COVID-19, onde a
funcionalidade fosse resultado primário e/ou associado a ele no tratamento
fisioterapêutico. Foram excluídos artigos incompletos ou duplicados, artigos de
revisão, bem como, aqueles que não discorriam inteiramente sobre o tratamento
fisioterapêutico e a funcionalidade pós-COVID-19. Todos os artigos selecionados
sofreram triagem através da leitura, primeiramente de título, em seguida, os resumos
dos estudos remanescentes foram considerados, e por fim leitura do texto completo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a inserção dos filtros nas bases de dados, identificou-se um total de 3.609
títulos, sendo 3.078 da Pubmed, 22 da PEDro, 312 da LILACS e 197 da Scielo.
Desses, 3.604 foram excluídos, tendo como motivo: 3.529 por título, 11 por serem
artigos duplicados, 49 após a leitura do resumo, 12 por serem artigos de revisão e 3
após leitura completa, onde suas temáticas não contemplavam o tema do estudo. Ao
final dessa análise, após leitura completa chegou-se então a uma amostra de 5 artigos
(ver figura 1).

Figura 1 – Fluxograma de filtragem de artigos


Fonte: Elaborado pela autora

Apesar da escassez de estudos, a tabela 1 resume as evidências científicas


quanto a funcionalidade e fisioterapia apresentando informações sobre:
estudo/autores, objetivo, tipo de intervenção, frequência das sessões e tempo total
das intervenções, e principais resultados obtidos.
O número total de amostras, considerando todos os estudos incluídos nesta
revisão, totalizou 285 indivíduos. As intervenções envolviam exercícios de higiene
brônquica, reexpansão pulmonar, treinamento muscular respiratório, cinesioterapia
passiva, alongamentos, posicionamento funcional, mobilidade funcional, equilíbrio,
fortalecimento muscular e exercícios aeróbicos.
Como forma de avaliação funcional dos pacientes, a maioria dos estudos dessa
revisão utilizaram o teste de caminhada de 6 minutos (TC6). O TC6 tem sido muito
utilizado como forma de avaliar a aptidão física em indivíduos pouco condicionados
fisicamente. (SOARES et al., 2004; ENRIGHT, 2004) O teste possui boa correlação
com o VO2 (consumo de oxigênio máximo), além de ser facilmente aplicado, melhor
tolerado e melhor refletir atividades de vida diária. Além disso, é uma forma prática,
de baixo custo, de avaliar a capacidade física em indivíduos com limitação funcional,
que ganhou grande importância tanto na prática clínica quanto em pesquisa nos
últimos anos. (SOARES et al., 2004; ENRIGHT, 2004; CAHALIN et al., 1995)
As sessões de treinamento tiveram duração em torno de 10 a 30 minutos, com
frequência de duas vezes semanais na maioria dos artigos. O tempo total de
intervenções variou de 10 dias a 3 meses.
Todos os estudos demonstraram melhora da capacidade funcional dos
indivíduos pesquisados, embora haja grande variabilidade de protocolos com relação
à reabilitação fisioterapêutica dos pacientes, conforme dados extraídos dos artigos
que resultaram na amostra final desta revisão e que serão apresentados na
sequência.
O estudo A1, apresenta dois casos de pacientes pediátricos em atendimento
hospitalar pela COVID-19. Um trata-se de uma criança de 10 meses, internada desde
o nascimento, devido a síndrome de Ondine e que já utilizava ventilação mecânica
(VM) via traqueostomia. A infecção pelo coronavírus levou a hipoxemia e acidose
respiratória com necessidade de ajustes nos parâmetros ventilatórios. O tratamento
fisioterapêutico focou na expansibilidade pulmonar, promoção da higiene brônquica
(HB), prevenção de regressão do quadro motor, já adquirido ao longo da internação.
Dezenove dias posteriormente ao diagnóstico de COVID a paciente recebeu alta
hospitalar (após mais de 300 dias de internação) apresentando pequeno atraso no
desenvolvimento motor e com escala funcional indicando comprometimento
moderado. (SCHAAN, et al., 2021)

Tabela 1 - Resumo sobre os estudos e descrição dos principais resultados da


recuperação da funcionalidade em pacientes com COVID-19.

Autores Objetivo Amostra Intervenção Escalas Resultado

Caso
1: Compressão/d
escompressão,
ELPr, HM, bag Em ambos os
squeezing e casos a
estimulação fisioterapia foi
motora diária por essencial para a
Avaliação
Relatar os dois meio da manutenção e
Caso 1: Paciente funcional:
casos de orientação do melhora do
feminino, dez Functional Status
A1: pacientes familiar. 3x/dia por quadro funcional.
meses de idade. Scale (FSS-
SCHAAN,, et pediátricos com 10 dias. Estudos futuros
Caso 2: Paciente Brasil).
al., 2021 COVID-19 em Caso 2: são necessários
masculino, nove Força muscular:
atendimento compressão/desc para fundamentar
anos e 11 meses. Medical Research
hospitalar. ompressão, as condutas
Council (MRC).
aspiração, fisioterapêuticas,
cinesioterapia pós-COVID-19 em
passiva, pacientes
alongamentos e pediátricos.
posicionamento
funcional no leito.
3x/dia por 22 dias.

Continua
Tabela 1 - Resumo sobre os estudos e descrição dos principais resultados da
recuperação da funcionalidade em pacientes com COVID-19 (continuação)

Autores Objetivo Amostra Intervenção Escalas Resultado

Duas sessões
fisioterapia por dia
(1 presencial e 1
remota)
Otimizar a
Sessões
frequência de
presenciais: foco O estado
fisioterapia Formulário de
nas AVDs. funcional medido
A2: hospitalar para mobilidade básica:
32 adultos Sessões de por AM-PAC
TURCINOVI pacientes Medida de
COVID-19 telerreabilitação: demonstrou
C, et al, isolados, prevenir Atividade de
positivos. focavam em melhora desde a
2021 a debilidade adqui Cuidados Pós-
exercícios admissão até a
rida no hospital e Agudos (AM-PAC)
terapêuticos nas alta.
minimizar o tempo
posições supina,
de internação.
sentada e/ou em
pé (dependendo
da capacidade
funcional durante
as presenciais).

Ambos os grupos
realizaram
Avaliar o impacto reabilitação
da reabilitação pulmonar Teste de Reabilitação
Grupo COVID-
pulmonar em consistindo em caminhada de 6 induziu grandes
19:21 pacientes
pacientes graves exercícios minutos (TC6). melhorias
graves
com COVID-19 e respiratórios , Teste de função funcionais em
reabilitados pós-
comparar seus fortalecimento pulmonar. pacientes com
A3: Y. Al UTI e Grupo não
resultados com muscular, COVID-19 pós-
CHIKHANIE COVID: 21
pacientes não equilíbrio e Avaliações UTI, embora
et al 2021 pacientes com
COVID-19 caminhada psicossociais deficiências
insuficiência
reabilitados após quando possível, Medidas de força físicas e
respiratória
admissão na UTI ciclismo e e Teste de psicossociais
reabilitados pós-
devido a ginástica. equilíbrio: Tinetti. significativas
UTI.
insuficiência Dispneia: Borg. permanecessem..
respiratória. O tempo de
intervenção foi de
5 semanas.

Sessões de
treinamento dos
músculos
respiratórios e
Investigar os A capacidade
diafragmático, Teste de
efeitos do funcional
72 participantes exercícios de caminhada de 6
treinamento de melhorou no
com COVID-19: tosse, minutos,
reabilitação grupo intervenção
36 pacientes alongamento de Avaliações de
respiratória de 6 com o TC6
foram submetidos músculos qualidade de vida
semanas na minutos. Os
A4: Kai Liu à reabilitação respiratórios e (SF-36),
função escores do SF-36
et al, 2020 respiratória e o exercícios Atividades diárias
respiratória, QV, melhoraram em
restante sem domiciliares vida (FIM), testes
mobilidade e ambos os
qualquer de estado mental
função psicológica grupos. Ansiedad
intervenção de O tempo de e
em pacientes e e depressão
reabilitação. intervenção foi de testes de função
idosos com diminuíram em
2x/semana pulmonar.
COVID-19. ambos os grupos.
durante 6
semanas, 1x/dia
durante 10 min.

Continua
Tabela 1 - Resumo sobre os estudos e descrição dos principais resultados da
recuperação da funcionalidade em pacientes com COVID-19 (continuação)

Autores Objetivo Amostra Intervenção Escalas Resultado

Exercícios
aeróbicos
(cicloergômetro
Caso 1: Mulher,
pra MSSS e MSII, O programa de
57 anos, com
step, com carga reabilitação
Apresentar HAS.
de 60 a 80% da melhorou a
experiência com 4 Caso 2: Homem,
FCreserva): 3x / Teste de capacidade
casos de 72 anos, com
semana, 30 Caminhada de 6 funcional apesar
diferentes níveis HAS, tabagismo,
A5: minutos) e Minutos (TC6). dos diferentes
de gravidade, HIV e câncer de
TOZATO C treinamento de Escala de Borg e níveis de
envolvidos em um próstata.
et al, 2021 força muscular DP gravidade pós-
programa de Caso 3: Homem,
(60% de 1RM COVID-19.
reabilitação 52 anos, com
para todos os Também
cardiopulmonar HAS.
grupos apresentou
pós-COVID-19. Caso 4:Mulher, 43
musculares): 3x melhora na FM e
anos, previamente
vezes / semana e DP
hígida.
3 séries de 10
repetições cada
por 3 meses.

Fonte: Elaborado pela autora.


Legenda: HAS - Hipertensão arterial sistêmica; QV- Qualidade de vida; TC6- Teste de caminhada
de 6 minutos; UTI- Unidade de terapia intensiva; RP- Reabilitação pulmonar; MSSS-
Membros superiores; MSII- Membros inferiores; DP- Duplo produto; FC: frequência
cardíaca; FM: força muscular.

Já o segundo caso, trata-se de um menino de 9 anos, com histórico de doença


psiquiátrica, transtorno de espectro autista (TEA), epilepsia e obesidade, que iniciou
com sintomas de COVID-19, progredindo para VM por rebaixamento de sensório. O
paciente evoluiu para síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) leve. A
fisioterapia visava a desobstrução brônquica, reexpansão pulmonar, mobilização
precoce e ajuste da VM. A posição prona também foi adotada por 4 momentos durante
a internação. Após a extubação foi instalada a ventilação mecânica não invasiva
(VMNI) e evoluiu-se a fisioterapia motora progressivamente sendo possível
cinesioterapia resistida e deambulação independente. Ao completar 41 dias de
internação o paciente teve alta, com condição funcional prévia à internação (disfunção
leve da funcionalidade e força muscular normal). (SCHAAN, et al., 2021)
Em ambos os casos os autores citam cuidados relacionados à dispersão de
aerossóis, bem como precauções de contágio, principalmente ao que se refere às
técnicas de HB, ventilação e oxigenioterapia. A escolha das técnicas foi baseada em
guidelines, com evolução progressiva de intensidade e frequência, conforme condição
clínica e tolerância do paciente. O estudo concluiu que a fisioterapia foi essencial na
melhora funcional dos pacientes e por ser uma doença nova e pouco prevalente em
crianças sugerem novos estudos para melhor entendimento e fundamentação de
condutas terapêuticas.
Os autores destacaram não haver estudos relatando o manejo fisioterapêutico
em pacientes pediátricos com COVID-19 nem as repercussões cinético-funcionais
após a internação hospitalar. Por outro lado, sabe-se que a fraqueza muscular
adquirida na UTI dificulta a ventilação espontânea e movimentação em geral, além de
manifestar-se na criança pequena com perda dos marcos motores e atraso no
desenvolvimento motor. (PANCERI et al., 2012; SCHWICKERT et al., 2016; VESZ et
al., 2018). No estudo A1, embora a internação de um dos pacientes tenha
ultrapassado 300 dias e cursado com VM e UTI, a reabilitação através da fisioterapia
permitiu que a funcionalidade de ambos, no momento da alta, apresenta-se mantida
baseada nas condições prévias. (SCHAAN, et al. 2021)
Diante do exposto e das recomendações apresentadas na literatura, fica
evidente a relevância da atuação do fisioterapeuta no tratamento e recuperação dos
pacientes pediátricos infectados por COVID-19, buscando minimizar as repercussões
decorrentes da doença. Dentre as abordagens propostas destacam-se:
oxigenoterapia, ventilação mecânica invasiva, manutenção da cabeceira elevada (30º-
45º), posição prona e mobilização precoce o que corrobora com a atuação descrita,
bem como pode justificar os benefícios apresentados pelos pacientes. (WEI, M. et al.,
2020; SILVA, M.F. et al., 2020)
O projeto A2 implementou uma combinação entre fisioterapia individualizada e
telereabilitação (TR) em 32 pacientes isolados e hospitalizados com coronavírus. Foi
realizada uma avaliação presencial, seguida de sessões de fisioterapia duas vezes ao
dia (1 presencial e 1 por meio de telereabilitação). As atividades eram realizadas de
acordo com a capacidade do paciente e incluíram movimento na cama, transferência
de sentar para ficar de pé, deambular ou subir escadas para maximizar a capacidade
funcional e a resistência. As sessões de TR foram conduzidas por vídeo com
orientações em tempo real e exercícios terapêuticos nas posições supina, sentada
e/ou em pé. Os exercícios se concentraram na respiração profunda, equilíbrio e
fortalecimento e foram adaptados às habilidades atuais do paciente. O estado
funcional medido por Medida de Atividade de Cuidados Pós-Agudos (AM-PAC)
demonstrou melhora desde a admissão até a alta. (TURCINOVIC, et al.,2021)
Já é bem determinado na literatura que a mobilidade funcional, além de
prevenir danos, atua na reabilitação do paciente. Dessa forma, independente do modo
de intervenção online ou presencial é possível observar ganhos funcionais com
atividades que envolvam trocas posturais. A exemplo podemos citar a mobilização
precoce O que corrobora com os resultados do projeto A2.
O estudo A3 avaliou os efeitos da reabilitação pulmonar (RP) pós-UTI em
21 pacientes graves com COVID-19. As avaliações foram realizadas na admissão e
alta e constavam de teste de função pulmonar, força, equilíbrio, avaliações
psicossociais e capacidade funcional, avaliada pelo teste de caminhada de seis
minutos, este realizado semanalmente durante o período de reabilitação. Para fins de
comparação dos resultados, os dados de um grupo de pacientes não COVID-19, após
admissão na UTI por insuficiência respiratória foram coletados em um estudo de
coorte em andamento.
Os resultados indicaram que pacientes COVID-19 apresentavam pelo menos
uma comorbidade, obstrução menos grave das vias aéreas, comprometimento grave
do exercício, bem como, maior tempo de internação em UTI, dessaturação e dispneia
grave durante o exercício. Estes achados concordam com os apresentados por Belli
et al. que demonstram o quanto a doença pode ser debilitante, comprometendo os
sistemas muscular e cardiorrespiratório. (BELLI S. et al. 2020)
Quanto ao programa de tratamento, ambos os grupos realizaram RP de acordo
com as recomendações atuais da ATS / ERS, consistindo em exercícios respiratórios,
fortalecimento muscular, equilíbrio e caminhada quando possível, ciclismo e ginástica.
A adesão à RP foi excelente, não houve efeitos adversos e os pacientes com
COVID-19 mostraram melhora significativa pós-RP em todas as avaliações físicas e
psicossociais. É importante destacar que segundo a ATS/ERS a RP consiste em uma
intervenção abrangente com base em uma avaliação minuciosa, seguida de terapias
específicas para cada paciente, que incluem, treinamento físico, educação e mudança
de comportamento destinados a melhorar a condição física e psicológica dos
pacientes. (SPRUIT et al., 2013). O protocolo de reabilitação do A3, ainda, induziu
uma melhora significativa de 112 metros na média da distância percorrida no TC6 em
pacientes com COVID-19. Embora, na alta, ambos os grupos ainda apresentavam
prejuízo significativo na função respiratória e desempenho físico. (CHIKHANIE, et al.,
2021)
Os autores atribuem a melhora funcional apresentada pelos pacientes COVID-
19 ao programa de RP e ao processo natural de recuperação da doença. Entretanto,
já é bem documentado que a prescrição de exercícios em RP provoca adaptações
fisiológicas que sugerem aumentar a eficiência da musculatura esquelético
contribuindo para a melhora do desempenho físico. (OSADNIK et al., 2019;
CASABURI et al., 2009) Outro fato importante apresentado pelo estudo A3, é que
quanto mais cedo for a RP pós UTI e mais tempo durar a recuperação melhor os
pacientes recuperam sua capacidade funcional. Essa observação corrobora
resultados anteriores em pacientes com DPOC e insuficiência respiratória,
enfatizando a necessidade de RP precoce após a UTI (CHOU et al., 2019 ).
O TC6min também foi utilizado no estudo quasi-experimental A4, para avaliar
a capacidade funcional de 72 pacientes, dos quais 36 pacientes foram submetidos à
reabilitação respiratória por 6 semanas e o restante não recebeu reabilitação. Além
da funcionalidade, os autores avaliaram qualidade de vida, mobilidade e função
psicológica em pacientes idosos com COVID-19. As intervenções incluíram:
treinamento dos músculos respiratórios (Threshold PEP, três séries com 10
respirações com 60% da pressão expiratória máxima, com um período de descanso
de 1 min entre as séries), exercícios de tosse (três séries de 10 tosses ativas),
treinamento diafragmático (30 contrações diafragmáticas em supino com peso médio
(1–3 kg) na parede abdominal anterior resistindo à descida diafragmática) ,
alongamento de músculos respiratórios e exercícios domiciliares (freno labial e
treinamento para tosse 30 séries por dia). (KAI et al., 2020)
A distância do TC6min após 6 semanas de reabilitação respiratória dentro do
grupo de intervenção foi significativamente maior em comparação com o grupo
controle. Esses resultados são semelhantes aos relatados por Giansanti [ 80 ], que
identificou uma melhora significativa na distância do TC6 após 6-9 semanas de
reabilitação respiratória, sugerindo uma melhora na capacidade de exercício. Uma
possível explicação para o fato é que os músculos que desempenham um papel
importante na manutenção respiratória sejam treinados. No entanto, o treinamento
físico é o método principal da reabilitação respiratória, seu efeito é afetado pela forma,
intensidade, tempo e local do treinamento.
Quanto ao tempo e frequência da intervenção, o relatório de Arbillaga et al.
(2020) realizado em março de 2020 pela Sociedade Espanhola de Pneumologia e
Cirurgia Torácica, aponta que um conjunto de estratégias de fisioterapia respiratória
de no mínimo 6 semanas, 2 a 3 sessões por semana, pode reeducar o padrão
respiratório e melhorar a ventilação, havendo assim uma melhor da funcionalidade,
justificando os achado de Kai. (KAI et al., 2020)
Em relação ao tempo total de intervenção, dentre os artigos selecionados para
esta revisão o estudo A5 foi o mais longo. O protocolo de reabilitação cardiopulmonar
teve duração de 3 meses e foi aplicado a quatro casos com diferentes graus de
gravidade e desfechos. (TOZATO et al., 2021)
O protocolo era composto por exercícios aeróbicos (cicloergômetro para
membros superiores e inferiores e exercícios de step, com carga de 60 a 80% da
frequência cardíaca de reserva, calculada pela fórmula de Karoven e intensidade
ajustada pela Escala de Borg (0 - 10) entre 4 e 6 e SpO2 ≥ 90%, 3 vezes/semana por
30 minutos) e treinamento de força muscular (carga determinada semanalmente pelo
teste de uma repetição máxima - 1RM - ajustada a 60% para todos os grupos
musculares, 3 vezes/semana com 3 séries de 10 repetições cada).Um dos quatro
casos exigia cuidados diferenciados, pois a paciente é tetraparética, sendo assim, foi
avaliada quanto à força muscular inspiratória e iniciou o treinamento com
POWERbreathe com ajustes semanais, a 30% da pressão inspiratória máxima. À
medida que a mobilidade progredia, iniciou-se o treinamento com cicloergômetro para
membros superiores e inferiores, associado ao treinamento resistido, até o alcance da
marcha independente. (TOZATO et al., 2021)
Após a aplicação do protocolo de reabilitação os paciente obtiveram
recuperação cardiovascular avaliada pelo duplo produto, redução da dispneia aos
esforços, aumento da força muscular periférica e melhora funcional observada ao
longo da reabilitação. A distância percorrida no TC6 foi aumentada de 16% a 94% , o
duplo produto diminuído de 8% a 42% e a dispnéia reduzida em todos os casos,
evidenciando aumento da capacidade funcional e melhora do prognóstico,
independentemente da gravidade da doença. (TOZATO et al, 2021)
Também observou-se que a força muscular periférica aumentou, variando de
20% a seis vezes os valores basais. Assim como no A3, os autores sugerem que a
melhora encontrada, nesses protocolos de curto prazo, pode estar relacionada à
evolução clínica natural da doença. Já o ensaio clínico randomizado de Lau et al.,
(2005) em 2005, que também investigou os efeitos de uma intervenção de exercício
na função física e aptidão física após a infecção por SARS-CoV, afirma este resultado
positivo. O protocolo consistia de duas sessões semanais de 30 a 45 minutos de
exercícios aeróbicos direcionados aos membros superiores e inferiores, durante 6
semanas. Após a intervenção, os autores relataram que a distância do TC6 aumentou
no grupo de intervenção. Sugerindo assim, que o exercício melhora o TC6 em pessoas
infectadas com SARS-CoV.
Tais resultados mostram a melhora da capacidade funcional e que o
treinamento físico é uma ferramenta valiosa para melhorar a funcionalidade ou manter
as atividades diárias de pacientes com COVID-19. Entretanto, a escassez de estudo,
a grande variabilidade de protocolos e a baixa qualidade metodológica dos artigos,
visto que a maioria trata de estudo de caso, não possuíam grupo controle e/ou
faltavam dados para comparação, limitam esta revisão de apresentar conclusões que
possam ser extrapoladas de forma generalizada. Além disso, as características
heterogêneas quanto aos sintomas, classificação e gravidade da COVID podem
interferir nos resultados.
Por fim, além dos benefícios físicos, os artigos desta revisão ainda trazem
resultados positivos com relação a fatores psicológicos, ansiedade, depressão e
qualidade de vida, o que é consistente com o efeito da reabilitação respiratória na
DPOC com Rebelo. et al. (2020) Além disso, sugere-se o tratamento de isolamento
necessário para COVID-19 leva à restrição de atividades, o que pode causar declínio
físico e psicológico.(UNGER et al., 1997; LIU et al., 2020) Também aumenta o risco
de depressão e ansiedade nesses pacientes (PURSSELL E., et al 2020), fato que
deve ser considerado pela equipe no processo de reabilitação. Diante desses
achados, ressalta-se a importância da implantação de programas de reabilitação
cardiorrespiratória voltados para essa população, a fim de reduzir os impactos e
funcionais e promover melhora na qualidade de vida, tanto nos aspectos físicos quanto
psicossociais.(SILVA et al., 2021)

CONCLUSÃO

São escassas até o momento as evidências científicas sobre fisioterapia e


funcionalidade na COVID-19. A presente revisão bibliográfica abordou diferentes
programas de reabilitação fisioterapêutica na função física dos pacientes pós COVID-
19. As intervenções envolveram exercícios de higiene brônquica, reexpansão
pulmonar, treinamento muscular respiratório, cinesioterapia passiva, alongamentos,
posicionamento funcional, mobilidade funcional, equilíbrio, fortalecimento muscular.
Os resultados sugerem efeitos benéficos dos diferentes programas de
reabilitação funcional de pacientes pós COVID-19, incluindo desfechos positivos para
funcionalidade e indicam a importância da fisioterapia nos programas de reabilitação,
com o intuito de melhorar a capacidade funcional e as atividades de vida diária desses
pacientes.
No entanto, é preciso haver mais pesquisas para determinar e estabelecer um
programa de reabilitação pós-COVID-19 e seus efeitos na funcionalidade, pois trata-
se de uma abordagem extremamente importante, porém o cenário ainda é novo onde
estão sendo feitas descobertas acerca da doença e suas consequências.

REFERÊNCIAS

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ANEXO A – PARECER DE ADMISSIBILIDADE PARA BANCA DE TCC 1 E 2
ANEXO B – REGISTRO DE ENCONTROS PARA ORIENTAÇÃO
ANEXO C – NORMATIVAS DO PERIÓDICO SELECIONADO

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE TRABALHOS


A Revista de Iniciação Científica editada pela Universidade Luterana do Brasil publica
artigos de Iniciação Científica selecionados durante o Salão de Iniciação Científica da
ULBRA que ocorre anualmente. Segue abaixo as normas para publicação desses
artigos:
1) O artigo de iniciação científica deve ser enviados através da plataforma eletrônica
pelo link submissão em formato DOC
2) O trabalho completo deverá ser digitado em espaço 1,5, fonte arial 12, em um
número máximo de 15 laudas A4 incluindo tabelas, quadros e figuras.
3) O artigo deverá conter os seguinte tópicos: Título (em caixa alta, negrito e alinhado
à direita); Nomes dos Autores (iniciando pelos alunos de iniciação científica); Resumo
(no máximo 10 linhas); Palavras-chave (no máximo cinco); Abstract; Key words;
Introdução (com revisão bibliográfica e objetivos); Material e Métodos (descrição da
metodologia utilizada para a execução da pesquisa); Resultados e/ou Discussão;
Conclusões e/ou Considerações Finais; Agradecimentos (quando houver) e
Referências (conforme indicado nos itens 7 e 8).
4) Para artigos de revisão bibliográfica, não é necessário as subdivisões citadas no
item anterior, mas no artigo, obrigatoriamente, deverá conter: Título, Nomes dos
Autores, Resumo, Palavras-chave, Abstract e Key words.
5) Os nomes dos autores deverão ser colocados por extenso, alinhados à direita, um
embaixo do outro, iniciando-se pelo(s) aluno(s) de iniciação científica, seguidos de
índice numérico, que será repetido no rodapé, onde
deve constar:
5.1) se o autor for aluno (Ex: Acadêmico do curso de Medicina Veterinária/ULBRA –
Bolsista PROICT/ULBRA;

5.2) se o autor for professor participante da pesquisa (Ex: Professor do curso de


Medicina Veterinária/ULBRA;
5.3) se o autor for de outra instituição deverá constar a profissão e a Instituição (Aluno
de Pós-Graduação e Anestesiologista da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de
Porto Alegre)
5.4) se o autor for professor – orientador(Ex: Professor – Orientador do Curso de
Engenharia Ambiental/ULBRA (inserir o e-mail do orientador para correspondência)
6) O significado das siglas e abreviações deverá estar explicito na primeira vez que
aparecerem no texto.
7) Quanto às citações bibliográficas no texto, a ordem vai depender se o(s) autor(es)
está(ão) sendo citado(s) como parte integrante da frase, nesse caso, somente o ano
da publicação deve vir entre parênteses, por exemplo: Coelho (2005). Se no final da
frase ou parágrafo, o(s) autor(es) será(ão) citado(s) juntamente com o ano da
publicação, somente entre parêntese, por exemplo: (COELHO, 2005) :
a) quando a citação for de um autor: Santos (2001) ou (SANTOS, 2001);
b) quando for com dois autores: Keep e Corrigan (2000) ou (KEEP; CORRIGAN,
2000);
c) quando for com três autores: Sanches, Pull e Reeve (2003) ou (SANCHES; PULL;
REEVE, 2003);
d) quando for com mais de três autores: Rename et al. (1997) ou (RENAME et al.,
1997).
e) quando houver, no mesmo ano, mais de um artigo de mesma autoria, acrescentar
letras minúsculas, após o ano (BACK et al., 1996a, 1996b).
f) quando, dentro de um mesmo parêntese, houver mais de uma citação, estas devem
ser colocadas em ordem cronológica de publicação (KLEIN, 1983; CARVALHO, 1994;
MARTINELLO et al., 1999)

8) Segue-se a ABNT 6023 quanto à citação dos autores em caixa alta ou caixa baixa
de acordo com a indicação dos mesmos ou fazendo parte do texto ou somente
referenciando-o no final do parágrafo.
9) A citação das referências no final do artigo deverá ser por ordem alfabética de
autores e sequência cronológica crescente, seguindo a ABNT 6023.
10) Os gráficos, fotos e desenhos, com enunciado na porção inferior, devem ser
citados como figuras numeradas com algarismos arábicos em ordem crescente e
corrida, conforme citadas no texto. As tabelas e quadros, com enunciados na parte
superior, devem ter sequência numérica corrida indicada com algarismos arábicos e
de acordo com a sua indicação no texto. O texto de legenda deve ser em fonte 10
justificado no tamanho da imagem/tabela, com as palavras gráfico e/ou tabela em
negrito. Ex: Gráfico 1: Vista aérea da região. Tabela 2: Informações dos pesquisados.
11) O trabalho será analisado pelos consultores da Comissão Editorial da Revista.
12) Os textos apresentados são de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es),
inclusive de digitação.
ISSN: 2317-4323
http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/ic/pages/view/normas
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – CAMPUS TORRES
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE FISIOTERAPIA

CORRELAÇÃO DA DOR CRÔNICA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE


IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Gabriela Calçada Pinheiro

Torres, RS 2019
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – CAMPUS TORRES
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE FISIOTERAPIA

Gabriela Calçada Pinheiro

CORRELAÇÃO DA DOR CRÔNICA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE


IDOSOSINSTITUCIONALIZADOS

Trabalho de Conclusão de Curso para


obtenção do título de Bacharel em
Fisioterapia do Curso de Fisioterapia
da Universidade Luterana do Brasil.
Orientador: Profª. Esp. Elenise
Festinalli
Co-orientador: Prof. Esp. Vicente
Almeida de Brito.

Torres, RS 2019
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4
PROBLEMA 6
HIPÓTESE 6
OBJETIVOS 6
Objetivo geral 6
Objetivos específicos 6
REVISÃO DE LITERATURA 6
IDOSOS 6
INSTITUCIONALIZAÇÃO 7
CAPACIDADE FUNCIONAL NO IDOSO 8
DOR 11
DOR CRÔNICA 12
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO IDOSO INSTITUCIONALIZADO 12
MATERIAIS E MÉTODOS 13
Delineamento do estudo 13
População, local e período de estudo 13
Critérios de elegibilidade 13
Critérios de inclusão: 13
Critérios de exclusão: 13
Cálculo da amostra 13
Instrumentos de Coleta de Dados: 14
Avaliação antropométrica 16
Procedimentos de Coleta de Dados: 17
Considerações éticas 17
Análise estatística 17
CRONOGRAMA 18
ORÇAMENTO 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21
APÊNDICE I 27
APÊNDICE II 30
ANEXO I 31
ANEXO II 32
ANEXO III 35
ANEXO IV 36
INTRODUÇÃO

A população idosa compreende o segmento de crescimento mais rápido


da população mundial. À medida que os pacientes envelhecem, a incidência e a
prevalência de certas síndromes dolorosas aumentam.1 A dor portanto é um
problema global sério e comum que pode causar incapacidade a longo prazo. 2,3

Pessoas que sofrem de condições dolorosas podem demonstrar vários resultados


clínicos. Na maioria dos casos, as condições que causam a dor desaparecem com
o tempo, à medida que o corpo passa pelo processo normal de cicatrização,
porém há casos que a dor evolui para uma condição crônica na qual a dor pode
persistir por muitos anos.4
A dor crônica pode ser definida como uma dor persistente, contínua ou
recorrente de duração mínima de três meses e não desaparece com o emprego
das terapêuticas convencionais. Para fins de pesquisa, a Associação Internacional
para Estudo da Dor preconiza a dor crônica como aquela com duração maior que
seis meses, de caráter contínuo ou recorrente (três episódios em três meses).5
Como uma de suas consequências, a dor crônica traz a diminuição
gradual da capacidade funcional, a qual é progressiva e aumenta com a idade.
Assim, as maiores adversidades de saúde associadas a síndromes dolorosas são
a incapacidade funcional e a dependência, que acarretam a perda de habilidades
ou incapacidade de executar funções e atividades relacionadas à vida diária. 2,3
Sabe-se que a perda ou diminuição da capacidade funcional resulta em
ausência da autonomia desses indivíduos para gerenciar a própria vida,
comprometendo sua qualidade de vida.6 Portanto, a demanda de idosos em
Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) aumentou devido à
dificuldade ou dependência dos mesmos na realização de atividades, às
dificuldades das famílias ou terceiros em atender às suas necessidades de saúde,
que nem sempre possuem recursos estruturais e socioeconômicos para assisti-
los da melhor maneira.7,8
A fisioterapia tem como objetivo desempenhar ações de caráter na
prevenção, promoção e reabilitação que auxiliem na melhora da capacidade
funcional e prevenir a imobilidade, minimizar ou retardar a dependência funcional
desses idosos.9
É de fundamental importância na promoção, prevenção e reabilitação da
saúde do idoso ter foco terapêutico na funcionalidade. Existe comprovação que
técnicas terapêuticas possam beneficiar o idoso na manutenção e reabilitação de
sua capacidade funcional. Entretanto são poucos os estudos que avaliam a
relação entre dor crônica e capacidade funcional nessa população. Sendo assim,
este estudo justifica-se por trazer esclarecimento quanto a essa temática podendo
contribuir no tratamento fisioterapêutico bem como direcionar as políticas públicas
e gestão das ILPIs.

PROBLEMA

Existe correlação da dor crônica com a capacidade funcional em idosos


institucionalizados?

HIPÓTESE

Idosos institucionalizados com dor crônica apresentam maior declínio na


capacidade funcional.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Avaliar a relação da dor crônica na capacidade funcional de idosos


institucionalizados.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Avaliar a correlação da capacidade funcional de acordo com a faixa etária.


• Avaliar a correlação da capacidade funcional de acordo com a idade e
sexo.
• Caracterizar sociodemograficamente estes pacientes.
• Caracterizar a funcionalidade de acordo com o número de sessões de
fisioterapia

semanal realizados nas instituições.


REVISÃO DE LITERATURA

IDOSOS
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. De acordo com a
Organização das Nações Unidas (ONU) a população com 60 anos ou mais é a
que mais cresce e de forma acelerada. No ano 2000 eram cerca de 400 milhões
de idosos em todo o mundo, entretanto dados mostram que em 2050 serão mais
de um bilhão e meio, representando assim mais de 20% de toda a população
mundial.10 No Brasil, as estimativas apontam que em 2025 a população idosa
poderá chegar aos 32 milhões de pessoas.11
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera idoso, sob o ponto de
vista cronológico, aquele indivíduo que possui 65 anos ou mais de idade em
países desenvolvidos, e em países em desenvolvimento, prevalece a idade de 60
anos ou mais.12
Envelhecer é um processo natural caracterizado por um conjunto de
consequências ou efeitos provenientes da passagem do tempo, que atinge cada
indivíduo de forma singular.13 O processo de envelhecimento é multifatorial e
universal e acontece de forma heterogênea.14 Com o envelhecimento humano
ocorre uma série de insuficiências fisiológicas e mudanças na atividade celular,
tecidual e sistêmica. Assim, os idosos têm alterações no sistema neuromuscular,
redução da massa e força muscular, da flexibilidade, da resistência, da mobilidade
articular, da coordenação, funcionalidade e do equilíbrio.15
O aumento populacional deste grupo é resultado da redução da taxa de
mortalidade e aumento da expectativa de vida. Isto em decorrência de alguns
fatores como: avanços da área médica, acesso a saneamento básico, alterações
alimentares e de higiene e prática de atividades físicas.16 Naturalmente o
envelhecimento é associado ao surgimento de dores e limitações funcionais,
sendo a dor uma das queixas mais comuns de idosos nas consultas médicas. 16
No envelhecimento ocorre enrijecimento dos ligamentos, cartilagens, discos
intervertebrais e capsulas articulares o que colabora com essa questão.17
IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Atualmente o Brasil possui, cerca de 21 milhões de idosos, ou seja,


pessoas com 60 anos ou mais de idade.18 Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS), o número de pessoas com 60 anos ou mais em todo o mundo
dobrou desde 1980 e está prevista para chegar a 2 bilhões em 2050. 19
Levantamentos estatísticos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mostram que, em 2010, 10,8% da população brasileira possuía
60 anos ou mais – aproximadamente 20.590.599 de idosos, sendo 9.156.112
(44,5%) homens e 11.434.487 (55,5%) mulheres.20
O Brasil vivencia uma mudança no perfil demográfico da população, com
aumento do número de idosos. Esse cenário requer estratégias imediatas de
prevenção de doenças associadas a essa fase da vida, as quais devem estimular
um envelhecimento ativo, saudável e independente.21

A perda funcional é um dos principais motivos de institucionalização de


idosos. O fenômeno global do envelhecimento populacional levou a um aumento
na demanda por instituições de longa permanência para idosos (ILPI). A
institucionalização do idosos geralmente ocorre em situações em que esses
sujeitos se tornam dependentes, implicando a necessidade de ajuda de familiares
e/ou terceiros, que nem sempre dispõem de recursos estruturais e
socioeconômicos para atender para eles da melhor maneira possível.22
No Brasil, existem diferentes modalidades de institucionalização do idoso,
desde aquelas em que o idoso permanece de forma integral e outras em que os
idosos possuem maior autonomia para o cuidado (Casas Lar).23Inquéritos
realizados em ILPIs têm mostrado elevada incidência de morbidades crônicas e
degenerativas entre idosos, estando, em sua maior parte, relacionada a relatos
de dor crônica.24,25 Os efeitos da institucionalização nos idosos causam maior
vulnerabilidade e dependência, o que influi negativamente na qualidade de vida e
no seu bem-estar.26
O idoso institucionalizado apresenta queda acentuada de mobilidade, por
exemplo, dificilmente eles caminham ou se exercitam. Isso faz com que esses
idosos percam autonomia mais rapidamente, afetando outras atividades de vida
diária, como tomar banho, levantar-se da cama, trocar de roupa, ir ao banheiro ou
alimentar-se.27
Portanto a prática regular de atividades físicas pode ajudar a prevenir ou
minimizar a perda das capacidades funcionais.28 Entretanto, em instituições ou
casas de repouso como são conhecidas, dificilmente são oferecidos programas
de atividades físicas específicas para esses idosos.29

CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS


A população mundial vem passando por um acelerado e gradual processo
de envelhecimento.30 À medida que a população envelhece, maior é a prevalência
de problemas crônicos de saúde. Entre as consequências que a transição
demográfica e a longevidade trazem para a sociedade, a dor é uma das mais
significativas; em muitos casos, a dor crônica é a principal queixa dos indivíduos,
interferindo consideravelmente na capacidade funcional e na qualidade de vida
dos idosos.31
O estado funcional pode ser medido em duas áreas: das atividades
básicas da vida diária (ABVD) e das atividades instrumentais da vida diária (AIVD).
A primeira se refere ao índice de independência em termos de cuidados pessoais
básicos (capacidade de banhar-se, alimentar-se, vestir-se, levantar-se da cama
etc.); a segunda engloba atividades funcionais mais complexas (telefonar,
manusear medicamentos, possuir controle das finanças etc.).32
A funcionalidade pode ser entendida como a capacidade da pessoa
desempenhar determinadas atividades ou funções, utilizando-se de habilidades
diversas para a realização de interações sociais, em suas atividades de lazer e
em outros comportamentos requeridos em seu dia-a-dia. De modo geral,
representa uma maneira de medir se uma pessoa é ou não capaz de
independentemente desempenhar as atividades necessárias para cuidar de si
mesma e de seu entorno.33
Os fatores identificados como responsáveis, diretamente, pela perda da
capacidade funcional dos idosos são os fatores individuais, como os
demográficos, socioeconômicos e as condições de saúde.34 Estudos demonstram
que a incapacidade funcional em idosos da comunidade está associada ao sexo
feminino, a baixa escolaridade, viuvez, baixa renda.35,36 Além disso, a
incapacidade funcional é forte preditora de mortalidade em idosos. 35 Sua
mensuração tem sido foco no exame do idoso e em um indicador de saúde mais
amplo que a morbidade, pois se correlaciona com a qualidade de vida. 34
O organismo idoso também sofre modificações funcionais que reduzem a
vitalidade e pode gerar algumas doenças, sendo as mais comuns: doenças
cardiovasculares, doenças ósseas, diabetes e alterações sensoriais.37
As atividades físicas são importantes para que se atinja o padrão desejado
em certos aspectos da qualidade de vida e autonomia funcional nesses
indivíduos.38 É importante o incentivo dos profissionais de saúde e gestores à
implementação de políticas públicas que atendam às necessidades dos idosos,
no planejamento de ações voltadas para promoção da saúde, reforçando a
divulgação dos benefícios da prática regular da atividade física, chamando a
atenção para a sua importância como fator predominante de proteção e promoção
à saúde, como forma não só de prevenção primária das doenças crônicas, mas
também da prevenção secundária nesses pacientes.39

DOR
A dor é um sinal clínico comum, muitas vezes subestimada e tratada pelos
profissionais da saúde.40 Portanto ela é o primeiro indicador de qualquer lesão
tecidual. Qualquer estímulo que resulta em lesão ou ferimento conduz a uma
sensação de dor, entre eles o calor, o frio, a pressão, a corrente elétrica, os
irritantes químicos e até mesmo os movimentos bruscos.41
A dor foi conceituada pela Associação Internacional para Estudos da Dor
(IASP) como "uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a
um dano real ou potencial dos tecidos, ou descrita em termos de tais lesões", é
um sinal subjetivo que necessita da atenção integral e diferenciada ao indivíduo
para que sejam compreendidas suas dimensões e causas.42,43
A necessidade de controlar a dor no paciente idoso vem se tornando cada
vez mais importante por causa de expectativa de vida crescente e um aumento
de condições dolorosas como artrose, osteoporose e câncer. Um estudo recente
mostrou que a dor persistente dobra o risco de desenvolver fragilidade em
idosos.44
Sabe-se que a sensação dolorosa tem papel fisiológico e funciona como
sinal de alerta para a percepção de algo que está ameaçando a integridade física
do organismo.45 Esta sensação ameaça a segurança de idosos, a autonomia e
independência, impedindo sua habilidade para a realização das atividades do dia
a dia e limitando a capacidade de interação e convívio social. 46 Assim, a dor
necessita ser diagnosticada, mensurada, avaliada e devidamente tratada pelos
profissionais de saúde, a fim de minimizar a morbidade e melhorar a qualidade de
vida desta população.47
A dor não depende somente da natureza e da intensidade do estímulo.
Ela sofre uma modulação no sistema nervoso central, e da interação entre os
estímulos nociceptivos e fatores moduladores é que resulta a experiência
neurosensitiva da dor. A qualidade e a quantidade da dor dependem (e varia de
pessoa para pessoa) do entendimento da situação geradora da dor. 48 Diferente
de outros sistemas sensoriais, todavia, o sistema sensorial para a dor é
extremamente amplo, uma sensação dolorosa pode ser iniciada em qualquer
parte do corpo ou no próprio sistema nervoso central.49 Os pacientes que sofrem
com dores podem se apresentar ansiosos, agressivos, deprimidos, discordarem
dos diagnósticos, manifestarem efeitos adversos inexplicáveis.50

DOR CRÔNICA

De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor 6, a dor


crônica pode ser definida como uma experiência sensorial e emocional
desagradável e causada por injúria real ou potencial de um tecido. Comumente
associada a processos patológicos crônicos, pode ser contínua ou recorrente, de
intensidade leve a intensa e durar mais que seis meses.51

Na maioria das vezes o envelhecer não se caracteriza como um período


saudável e de independência. Muitos desses quadros são acompanhados por dor
e, em grande parte deles, a dor crônica se torna a principal queixa do indivíduo,
fato que pode interferir de modo acentuado na qualidade de vida dos idosos.52

No Brasil, um recente estudo demonstra que 75% dos pacientes que


consultam serviços públicos de saúde relatam a presença de dor crônica e sua
alta prevalência torna-a um problema de saúde pública, com impacto
socioeconômico importante.3,4

É importante diferenciar as dores agudas das crônicas. 55 A dor aguda,


que é desencadeada pelo sistema nervoso central para alertar o organismo
quando ocorre uma lesão, por ser persistente. Podem ser provocadas inicialmente
por alguma lesão – infecções, escoriações, torções, pancadas – ou podem não
ter nenhuma causa visível ou identificável.56 Já as dores crônicas não têm a
finalidade biológica de alerta e sobrevivência. Com relação ao aspecto temporal,
as definições variam quanto sua conceituação, da duração de mais de seis
meses.55 Ela pode ser compreendida como uma doença e não um sintoma que
pode ter consequências na qualidade de vida.57

Estima-se que 7% a 40% da população mundial sofra de doenças


crônicas. 8,9As causas podem ser a classificação adotada, as condições em que
os estudos foram desenvolvidos e a localização da dor. 60

O envelhecimento da população global foi acompanhado por uma


crescente prevalência de doenças crônicas e degenerativas doenças61 e,
consequentemente, maior incidência de dor e incapacidade. 61,62 Estudos
nacionais e internacionais mostram que a prevalência de dor crônica entre idosos
da comunidade varia de 29,7% a 89,9%. 63.64 Frequentemente localizado nos
membros superiores e inferiores, costas (região lombar), pescoço e articulações,
rosto, abdome, joelho, quadril, tórax e reto.64-66

O manejo da dor crônica é frequentemente complexo, uma vez que


analgésicos atualmente disponíveis para e dor neuropática em adultos são
eficazes em menos 50% dos casos e o alívio da dor geralmente é apenas parcial. 67

MATERIAIS E MÉTODOS

Delineamento do estudo
O delineamento utilizado da pesquisa será de um corte transversal,
composto de apenas uma avaliação nos lares de idosos.
População, local e período de estudo
O estudo será realizado nas Instituições de Longa Permanência para
Idosos (ILPI) do litoral norte do Rio Grande do Sul. As avaliações acontecerão
no período de dezembro de 2019 a março de 2020. As demais etapas do projeto
serão concluídas até junho de 2019.
Critérios de elegibilidade
Critérios de inclusão: idosos institucionalizados com mais de 60 anos, que
deambulem mais de 10 metros e que aceitem participar do estudo com
assinatura do TCLE;

Critérios de exclusão: idosos que possuem alterações mentais, visuais ou


auditivas não corrigidas, doenças cardiovasculares graves, déficits motores que
impeçam a realização a realização dos testes de forma independente.
Instrumentos de Coleta de Dados:
● Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice I);
● Questionário Sociodemográfico (Apêndice II);
● Questionário de dor (Apêndice III);
● Escala modificada de Barthel(Anexo I);
● Miniexame do Estado Mental (MEEM) (Anexo II);
● Escala Visual Analógica da dor (EVA) (Anexo III)

Avaliação da Dor

Dados referentes à avaliação e mensuração da dor serão coletados


através da escala visual analógica (EVA). Para utilizar a EVA o idoso deverá
ser questionado quanto ao seu grau de dor sendo que zero significa ausência
total de dor e dez o nível de dor máxima suportável (Anexo III).

Para avaliação da localização, duração e frequência da dor será aplicado


questionário elaborado pelos autores, o qual será lido e explicado conforme a
necessidade de cada idoso. (Apêndice III)

Avaliação Cognitiva
O Mini Exame do Estado Mental é uma avaliação formalizada do estado
mental, útil para identificar deficiência cognitiva. Esta avaliação será proposta,
pois é uma escala simples que pode ser fácil e rapidamente aplicada em locais
clínicos e não clínicos.
MEEM é composto de questões tipicamente agrupadas em sete
categorias: orientação para tempo, orientação para local, registro de palavras,
atenção e cálculo, lembrança de palavras mencionadas, linguagem e
capacidade construtiva visual. O escore varia de 0 a 30 pontos e quanto maior a
pontuação obtida, menor é o comprometimento cognitivo. Como o MEEM sofre
influência da escolaridade, valores de referência foram propostos com objetivo
de distinguir indivíduos com possíveis déficits cognitivos. Os critérios de Brucki
e colaboradores serão utilizados para determinar o estado cognitivo, onde as
pontuações serão empregadas como critério de exclusão, conforme seguem:
para analfabetos, 20 pontos; de 1 a 4 anos de escolaridade, 25; de 5 a 8 anos,
26,5; de 9 a 11 anos, 28; e, para indivíduos com escolaridade superior a 11 anos,
29 pontos.68,69
Avaliação da Capacidade Funcional
O Índice de Barthel será utilizado para mensurar a independência
funcional avaliando quantitativamente se o indivíduo é capaz de desempenhar
determinadas tarefas independentemente. Este instrumento compreende itens
de mobilidade que constituem as atividades básicas da vida diária como: vestir-
se, banhar-se, alimentar-se, fazer a higiene pessoal, levantar-se da cama e
sentar-se numa cadeira, controlar bexiga e intestino, utilizar o banheiro,
caminhar e subir escadas. Os itens que constituem o índice são adaptados em
forma de questões para serem autorespondidas. O Índice de Barthel tem
demonstrado forte confiabilidade interexaminadores (0,95) e confiabilidade teste-
reteste (0,89), bem como fortes correlações (0,74 a 0,80) com outras medidas
de incapacidade física.70
A escala de Barthel é constituída de 10 itens e cada item recebe uma
pontuação de 0, 5, 10 ou 15 e o seu valor total varia de 0 a 100 pontos. Os itens
são pontuados diferencialmente de acordo com um sistema de contagem, que
determina pontos baseados em desempenho independente ou assistido. 70 Os
pontos de corte definidos para este índice serão: de 0 a 15 pontos – dependência
total; de 20 a 35 pontos – dependência grave; de 40 a 55 pontos – dependência
moderada; de 60 a 95 pontos – dependência leve e 100 pontos – independente.
Avaliação antropométrica
O índice de massa corporal (IMC) será verificado através da medição da
estatura e do peso corporal. O peso será aferido mediante a utilização de uma
balança digital portátil previamente calibrada, estando o indivíduo com roupas
leves e descalço. A medida de estatura será efetuada utilizando fita métrica. Para
medição com o indivíduo deverá estar descalço, braços estendidos ao longo do
corpo. Serão feitas três medidas da estatura e do peso, sendo registrada a
mediana destas. O Índice de Massa Corporal (IMC) será calculado através da
razão entre o peso e o quadrado da estatura (Kg/m2).

Procedimentos de Coleta de Dados:


Participarão de modo voluntário e após esclarecimento verbal e escrito
detalhado dos procedimentos, riscos, benefícios e finalidades do estudo os
idosos institucionalizados do município de Torres/RS que atenderem aos
critérios de elegibilidade.
As medidas utilizadas nesta pesquisa envolverão testes motores e
cognitivos, devidamente validados na língua portuguesa. A avaliação será
efetuada em uma única sessão de aproximadamente 60 minutos, tendo início
com o preenchimento dos dados de identificação do paciente em um breve
questionário demográfico, desenvolvido pelos pesquisadores e aplicado em
forma de entrevista, para caracterização da amostra (Apêndice II).
Imediatamente após serão aplicados o Mini exame do Estado Mental (MEEM), a
Escala Visual Analógica (EVA) e questionário da dor e a Escala de Barthel. A
aplicação das escalas e dos testes aos vários participantes será realizada por
pesquisadores e avaliadores previamente treinados conforme descritas
anteriormente e serão realizadas nas ILPIs onde os participantes residem.

Considerações éticas
Este projeto foi elaborado de acordo com as Diretrizes e Normas
Regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos e será apresentado
ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Luterana do Brasil e está
vinculado a um projeto maior intitulado A influência da dor crônica na
funcionalidade, sintomas depressivos e qualidade de vida de idosos
institucionalizados, através do qual será apresentado ao comitê . A realização do
estudo ocorrerá somente após autorização do Comitê de Ética do referido local
supra citado. Os participantes serão informados quanto aos objetivos do projeto
e após esclarecimentos, será solicitado autorização de participação no presente
projeto conforme Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (apêndice
I).

Análise estatística
Será utilizado o SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão
17.0 como pacote estatístico. Inicialmente será realizada uma análise descritiva
das variáveis dos estudos através de número absoluto, frequência, média e
desvio padrão. Após será analisada a normalidade de distribuição dos dados
através do teste de Shapiro-Wilk. Finalmente, os dados paramétricos serão
analisados estatisticamente pelo teste t de Student pareado para análises das
variáveis intragrupo. Para verificar a associação entre medo de cair com
capacidade funcional e cognitiva será utilizada correlação de Spearman. O nível
de significância estabelecido para o teste estatístico é de p<0,05.

CRONOGRAMA
Este projeto será desenvolvido no período de agosto de 2019 a junho de 2020.

2019 2020
8 9 1 1 1 1 2 3 4 5 5 7
8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7
Definição do Tema
Revisão Bibliográfica
Elaboração do Projeto
Entrega do Projeto
Comitê de Ética
Coleta de Dados
Análise
dos Resultados/Discussão
Elaboração Artigo
Entrega do Artigo
Apresentação do Artigo
Envio e submissão a Periódico

ORÇAMENTO
Não haverá ônus para os participantes estudados. Tais recursos não
implicarão em sobrecarga de gastos à instituição envolvida nem ao curso de
Fisioterapia ULBRA-Torres. Gastos extras que houver serão totalmente cobertos
pelos pesquisadores, os quais não receberão nenhum tipo de remuneração da
instituição.

Materiais de consumo
VALOR VALOR
DESCRIÇÃO DO ITEM QUANTIDADE
UNITÁRIO TOTAL
Pacote folhas A4 25,00 8 un. 400,00
Cartucho para impressora 50,00 4 un. 200,00
Envelopes pardos 0,50 50 un. 25,00
Canetas 1,50 5 un. 7,50
Gasolina (tanques) 180,00 2 un 360,00
Fita crepe 3,00 3 un. 9,00
TOTAL R$ 1001,50

Materiais permanentes
VALOR VALOR
DESCRIÇÃO DO ITEM QUANTIDADE
UNITÁRIO TOTAL
Fita métrica 3,25 1 un. 3,25
Cronometro technos® 170,00 1 un. 170,00
Notebook HP® 2.800,00 1 un. 2.800,00
Impressora HP® 600,00 1 um 600,00
Balança digital 70,00 1 un. 70,00
TOTAL R$ 3.643,25

DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS


Os resultados obtidos serão divulgados a banca examinadora do Curso
de Fisioterapia da ULBRA/Torres, RS como requisito para conclusão de Curso e
obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia, bem como submetidos à
publicação de artigo científico em periódicos de destaque na área, além da
apresentação dos dados em Simpósios, Congressos ou Encontros Científicos.
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APÊNDICE I
TERMO DE CONSCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA


Título do Projeto: CORRELAÇÃO DA DOR CRÔNICA NA CAPACIDADE
FUNCIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
Área do Conhecimento: Ciências da Número de No centro: Total:
Saúde participantes: 89
89
Curso: Fisioterapia Unidade: ULBRA –Torres
Projeto Si X Nã Nacion Internacio Cooperaçã Si X Nã
Multicêntrico m o al nal o m o
Estrangeir
a
Patrocinador da pesquisa: não se aplica
Instituição onde será realizado: Instituições De Longa Permanência Para Idosos
do Litoral Norte do RS
Nome dos pesquisadores e colaboradores: Elenise Festinalli, Vicente Brito,
Gabriela Calçada Pinheiro
Você está sendo convidado(a) para participar do projeto de pesquisa acima
identificado. O documento abaixo contém todas as informações necessárias sobre
a pesquisa que estamos fazendo. Sua colaboração neste estudo será de muita
importância para nós, mas se desistir, a qualquer momento, isso não causará
nenhum prejuízo para você.
2. IDENTIFICAÇÃO DO PARTICIPANTE DA PESQUISA
Nome: Data de Nasc.: Sexo:
Nacionalidade: Estado Civil: Profissão:
RG: CPF/MF: Telefone: E-mail:
Endereço:

3. IDENTIFICAÇÃO DO PESQUISADOR RESPONSÁVEL


Nome: Elenise Festinalli Telefone: (51)997286445
Profissão: Registro no Conselho Nº: E-mail:
Fisioterapeuta e 152688 elenise.festinalli@hotmail.
Professor Universitário com
Endereço: Rua do Bagre, 974, apto 3, Novo Passo, Passo de Torres – SC.
Eu, participante da pesquisa, abaixo assinado(a), após receber informações e
esclarecimento sobre o projeto de pesquisa, acima identificado, concordo de livre
e espontânea vontade em participar como voluntário(a) e estou ciente:
1. Da justificativa e dos objetivos para realização desta pesquisa
Esta pesquisa tem como objetivo Investigar a correlação da dor crônica
com a capacidade funcional de idosos institucionalizados O presente estudo
justifica-se pela necessidade compreender as consequências desse fato em
idosos institucionalizados e assim, contribuir para um melhor entendimento sobre
as alterações já impostas pelo envelhecimento associado ao processo de
institucionalização, visando beneficiar a prevenção e tratamento destas alerações.
2. Do objetivo de minha participação
A sua participação é voluntária e será muito importante para que possamos
coletar os dados necessários para definir se existe correlação da dor com a
capacidade funcional. Se não houver dados suficientes a pesquisa perde parte de
seu valor estatístico, o que faz com que os resultados tenham menos significado,
por isso a importância da sua participação.
3. Do procedimento para coleta de dados

Para sua participação nessa pesquisa, o Sr./Sra. será avaliado na


instituição onde reside. Para a coleta de dados, o Sr./Sra. terá que responder
algumas perguntas incluindo dados pessoais e também um instrumento que
avaliará a capacidade funcional, estado mental, dor, sintomas de depressão e
qualidade de vida. Para avaliar a sua capacidade funcional o Sr./Sra. respondera
algumas perguntas sobre seus cuidados pessoais, como pentear os cabelos,
higiene pessoal, entre outras perguntas associadas. Para avaliar sua cognição
será aplicado algumas tarefas como formar frases, dobrar um papel, entre outras.
Para avaliar sua qualidade de vida e sintomas de depressão será aplicado escalas
onde será feito algumas perguntas relacinadas a algumas situações, por exemplo,
por exemplo como percebe sua saúde, entre outros. A dor será questionada e
pediremos para dar uma pontuação para ela. Durante todos os teste e perguntas
terá uma avaliadora acompanhando o Sr. /Sra.
4. Da utilização, armazenamento e descarte de dados
Os dados serão analisados através de cálculos estatísticos para que se
possa verificar qual a relação da capacidade funcional e cognição com o medo de
cair de idosos institucionalizados. Esses dados serão armazenados e poderão ser
utilizados em pesquisas futuras com a autorização do pesquisador responsável
por este estudo.
5. Dos desconfortos e dos riscos
Se o Sr./Sra. sentir qualquer desconforto durante os testes, pedimos que
nos informe para que o procedimento seja interrompido. Vale lembrar, que podem
existir riscos mínimos decorrentes do medo de cair do participante, durante a
realização do teste de equilíbrio, mas o Sr./Sra. estará sempre acompanhado por
um pesquisador durante todos os testes, que se posicionará próximo para evitar
qualquer queda. A pressão arterial que também pode ser um fator de risco, será
aferida antes e depois dos testes, caso ocorrer desconforto o teste será
imediatamente interrompido sendo realizado um atendimento imediato do
paciente.
6. Dos benefícios
A pesquisa não trará benefícios ao paciente no momento, mesmo porque
serão apenas avaliados, não será realizado nenhum tipo de tratamento. Porém, a
partir dos dados obtidos nessa pesquisa esperamos contribuir para um tratamento
fisioterapêutico mais eficiente e adequado para os idosos institucionalizados,
melhorando podendo dessa forma beneficiá-lo futuramente.
7. Da isenção e ressarcimento de despesas
Conversei com o pesquisador responsável sobre a minha decisão em
autorizar a participação e estou ciente de que não está prevista nenhuma forma
de remuneração para a minha participação no presente estudo.
8. Da forma de acompanhamento e assistência
Por se tratar apenas de uma única avaliação não haverá acompanhamento
do paciente. O Sr./Sra. receberá assistência dos pesquisadores e da instituição
somente nos casos de eventuais danos à sua saúde causados em função da
realização dos testes.
9. Da liberdade de recusar, desistir ou retirar meu consentimento
Tenho a liberdade de recusar, desistir ou de interromper a colaboração
nesta pesquisa no momento em que desejar, sem necessidade de qualquer
explicação. A minha desistência não causará nenhum prejuízo à minha saúde ou
bem estar físico. Não virá interferir na obtenção dos dados até o momento da
desistência, nem na minha relação com o pesquisador ou com a instituição onde
moro.
10.Da garantia de sigilo e de privacidade
Os resultados obtidos durante este estudo serão mantidos em segredo, mas
concordo que sejam divulgados em publicações científicas, desde que meus dados
pessoais não sejam mencionados.
11. Da garantia de esclarecimento e informações a qualquer tempo
Tenho a garantia de tomar conhecimento e obter informações, a qualquer
tempo, dos procedimentos e métodos utilizados neste estudo, bem como dos
resultados finais, desta pesquisa. Por tanto, poderei consultar o pesquisador
responsável. Em caso de dúvidas não esclarecidas de forma adequada pelo(s)
pesquisador(es), de discordância com os procedimentos, ou de irregularidades de
natureza ética poderei ainda contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da ULBRA
Canoas(RS), com endereço na Rua Farroupilha, 8001 – Prédio 14 – Sala 224,
Bairro São José, CEP 92425-900 - telefone (51) 3477-9217, e-mail
comitedeetica@ulbra.br .
Declaro que obtive todas as informações necessárias e esclarecimento quanto às
dúvidas por mim apresentadas e, por estar de acordo, assino o presente
documento em duas vias de igual conteúdo e forma, ficando uma em minha posse.

_____________( ) de ____________ de ______.

________________________________ _______________________________
_ __
Pesquisador Responsável pelo Participante da pesquisa e/ou
Projeto responsável
APÊNDICE II
Questionário Sociodemográfico
Nome:
Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )
Idade: _________ anos
Estado Civil: Solteiro ( )Casado (a) ( ) Divorciado(a)/Separado ( )
Viúvo (a) ( )
Número de Filhos: Nenhum ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ou mais ( )
Escolaridade: Analfabeto (a) ( )Sabe ler e escrever ( )Ensino primário ( )
Ensino secundário ( ) Curso Superior ( )
Como classifica a sua situação económica: Má ( )Média ( ) Boa (
Qual o valor mensal da sua reforma?____________________
A iniciativa do institucionalização foi: Iniciativa própria ( ) Trazido(a) por
amigos ( )
Trazido(a) por familiares ( ) Trazido(a) por técnicos de ação social ( )
Tempo de institucionalização: _________meses; ____ anos
Gosta da instituição: Sim ( ) Não ( )
Realiza algum tipo de atividade: Sim ( ) Não ( )
Regularidade com que é visitado: ____
Como considera a sua saúde: Muito ruin ( ) Ruim ( ) Boa ( ) Muito boa ( )
Já caiu alguma vez ? Sim ( ) Não ( ) Teve alguma fratura? Sim ( ) Não (
)
MEEM:_________pontos. BARTHEL:______pontos.

Data da Avaliação:
Sinais Vitais:
PA: Sat: FC: FR:
TAX:
APÊNDICE III
Questionário de dor
1. Você está com dor neste momento?
( ) sim ( ) não

2. Identifique o local onde você sente a dor.

3. Há quantos meses você sente está dor?


( ) há três a seis meses
( ) há seis meses a um ano
( ) há mais de um ano

4. Qual é o horário que você sente mais dor?


( ) manhã
( ) tarde
( ) noite
( ) madrugada
( ) não há um horário definido

5. Qual a frequência que está dor aparece?


( ) o tempo todo
( ) todos os dias
( ) semanalmente
( ) todos os meses

6. Depois de aparecer quanto tempo leva para desaparecer?


( ) algumas horas
( ) alguns dias
( ) semanas
( ) meses
ANEXO I
Escala de Barthel
ANEXO II
MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL
(MEEM)

1. Orientação (1 ponto por cada resposta correta)


Temporal :
Em que ano estamos?
Em que mês estamos?
Em que dia do mês estamos?
Em que dia da semana estamos?
Em que estação do ano estamos?
Pontuação Total – 5 pontos
Ponto(s): _______
Espacial:
Em que país estamos?
Em que distrito vive?
Em que terra vive?
Em que casa estamos?
Em que andar estamos?
Pontuação Total – 5 pontos
Ponto(s):_______
2. Retenção (atribuir 1 ponto por cada palavra corretamente repetida)
"Vou dizer três palavras; queria que as repetisse, mas só depois de eu as dizer
todas;
procure decorá-las."
Pêra___ ; Gato___ ; Bola___
Pontuação Total – 3 pontos
Ponto(s):______
3. Atenção e Cálculo (1 ponto por cada resposta correta. Se der uma
resposta errada mas depois continuar a subtrair bem, consideram-se as
seguintes como corretas. Parar ao fim de 5 respostas)
"Agora peço-lhe que me diga quantos são 30 menos 3 e depois ao número
encontrado volte a subtrair 3 e repita o exercício até eu lhe dizer para parar."
27_ 24_ 21 _ 18_ 15_
Pontuação Total –5 pontos
Ponto(s):______
4. Evocação (1 ponto por cada resposta correta)
"Veja se consegue dizer as três palavras que pedi há pouco para decorar."
Pêra___ ; Gato___ ; Bola ___
Pontuação Total – 3 pontos
Ponto(s): ______
5. a) Linguagem (1 ponto por cada resposta correta)
"Como se chama isto?" Mostrar os objetos:
Exemplo: Relógio___ ; Lápis___
Pontuação Total –2 pontos
Ponto(s):______
b) "Repita a frase que eu vou dizer": “O RATO ROEU A ROLHA”
Pontuação Total –1 ponto
Ponto(s):______
c)"Quando eu lhe der esta folha de papel, pegue nela com a mão direita, dobre-
a
ao meio e coloque-a sobre a mesa"; dar a folha segurando com as duas mãos.
Pega com a mão direita___; Dobra ao meio ___; Coloca onde deve___
Pontuação Total –3 pontos
Ponto(s):______
d) "Leia o que está escrito neste cartão e faça o que lá diz."
Mostrar um cartão com a frase bem legível, "FECHE OS OLHOS"; sendo
analfabeto lê-se a frase.
Fechou os olhos___
Pontuação Total –1 ponto
Ponto(s):______
e) "Escreva uma frase inteira aqui."
Deve ter sujeito e verbo e fazer sentido; os erros gramaticais não prejudicam a
pontuação.
Frase:
______________________________________________________________
Pontuação Total –1 ponto
Ponto(s):______
6. Habilidade Construtiva (1 ponto pela cópia correta)
Deve copiar um desenho. Dois pentágonos parcialmente sobrepostos; cada um
deve ficar com 5 lados, dois dos quais intersectados. Não valorizar tremor ou
rotação.
Cópia:
Pontuação Total –1 ponto
Nota:______

TOTAL – 30 pontos
Somatório obtido:____ pontos.
ANEXO III

ESCALA VISUAL ANALÓGICA DE DOR (EVA)

A Escala Visual Analógica – EVA consiste em auxiliar na aferição da


intensidade da dor no paciente, é um instrumento importante para
verificarmos a evolução do paciente durante o tratamento e mesmo a cada
atendimento, de maneira mais fidedigna. Também é útil para podermos
analisar se o tratamento está sendo efetivo, e quais procedimentos têm
surtido melhores resultados, assim como se há alguma deficiência no
tratamento, de acordo com o grau de melhora ou piora da dor.

A EVA pode ser utilizada no início e no final de cada atendimento,


registrando o resultado sempre na evolução. Para utilizar a EVA o atendente
deve questionar o paciente quanto ao seu grau de dor sendo que 0 significa
ausência total de dor e 10 o nível de dor máxima suportável pelo
paciente.

Dicas sobre como interrogar o paciente:

• Você tem dor?


• Como você classifica sua dor? (deixe-o falar livremente, faça
observações na pasta sobre o que ele falar) Questione-o:

a) Se não tiver dor, a classificação é zero.


b) Se a dor for moderada, seu nível de referência é cinco.
c) Se for intensa, seu nível de referência é dez.
OBS.: Procure estabelecer variações de melhora e piora na escala acima
tomando cuidado para não sugestionar o paciente.

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