Você está na página 1de 52

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA HEMIMELIA FIBULAR APÓS

AMPUTAÇÃO TIPO SYME: RELATO DE CASO

PHYSIOTHERAPEUTIC PERFORMANCE IN HEMIMELIA FIBULAR AFTER


AMPUTATION TYPE SYME: CASE REPORT

Diane de Matos1, Vicente de Almeida Brito2

1
Acadêmica de graduação, Departamento de Fisioterapia, Universidade
Luterana do Brasil, Torres/RS.
2
Fisioterapeuta, Professor, Departamento de Fisioterapia, Universidade
Luterana do Brasil, Torres/RS.

Autor para correspondência:


Vicente de Almeida Brito – Fone: (51) 996497380
Email: vicentebrito09@gmail.com
Endereço: Rua Manoel Fortunato de Souza, 694. Torres/RS Cep 95560-000
RESUMO
Objetivo: Relatar os efeitos da atuação fisioterapêutica na reabilitação
de um indivíduo com amputação do tipo Syme por Hemimelia Fibular.
Métodos: Trata-se de um estudo de caso, composto por um indivíduo com
diagnóstico médico de Hemimelia Fibular e que realizou amputação do tipo
Syme, residente no município Torres – RS. O estudo foi aplicado na clínica
escola de fisioterapia da Ulbra Campus Torres no período compreendido entre
agosto e setembro de 2020.

Descrição do caso: Paciente masculino de 2 anos e 3 meses, com


diagnostico de Hemimelia Fibular, amputado com nove meses de idade,
amputação do tipo Syme, passando por fase de adaptação de prótese, sendo
que atualmente está adaptado.

Palavras-chave: Ectromelia, amputação, fisioterapia

ABSTRACT
Objective: Toreporttheeffectsofphysicaltherapy in therehabilitationofan
individual withamputationoftheSymetypeby Fibular Hemimelia. Methods: Thisis
a case study, composedbyan individual with a medical diagnosisof Fibular
HemimeliaandwhounderwentSymetypeamputation, residing in Torres - RS. The
studywascarried out atthe Ulbra Campus Torres
physiotherapyschoolclinicbetween August andSeptember 2020.

Case description: Male patient, 2 yearsand 3 monthsold, diagnosedwith


Fibular Hemimelia, amputatedatthe age of nine months, Symetypeamputation,
undergoingprosthesisadaptationphase, whichiscurrentlyadapted.
Keywords:Physiotherapy, amputation, ectromelia
INTRODUÇÃO
A Hemimelia Fibular é uma má formação congênita rara e complexa que
afeta aproximadamente 1:50.0000 nascidos vivos1. A Hemimelia Fibular
apresenta-se clinicamente com um espectro variável de fenótipos, mas
basicamente ocorre ausência da fíbula ou hipoplásica, agenesia de ligamentos
cruzados do joelho, deformidade em valgo do fêmur com rotação externa,
hipoplasia de côndilo femoral lateral, deformidade em valgo e antecurvato da
tíbia, membro acometido mais curto, ausência de raios no pé, coalisão tarsal
subtalar2.
Amputação de Syme (SA) é a desarticulação do tornozelo em que a
almofada do calcanhar é preservada. Esse tipo de amputação possui várias
indicações para a população pediátrica.3 O SA tem a vantagem de permitir a
sustentação de peso sem uma prótese, desde que não haja discrepância entre
os membros inferiores.3 Intervenções fisioterapêuticas no paciente amputado
antes e após a colocação de uma prótese são utilizadas em diversos serviços
de fisioterapia. No entanto, faz-se necessária a sistematização de evidências
sobre protocolos para condução da reabilitação3.
A fisioterapia desempenha um papel fundamental quanto à reeducação
funcional, acompanhando o paciente em todos os estágios do programa de
reabilitação do amputado.4 Os exercícios de alongamento de cadeia muscular
anterior e posterior de membros inferiores possibilitam desenvolver a
elasticidade das fibras musculares, diminuindo a sobrecarga articular. A
reeducação postural também possibilitará o alinhamento da postura, tornando
assim os movimentos mais coordenados e funcionais.4
Sendo assim, o tratamento fisioterapêutico deve ser realizado logo após
a amputação, atuando no posicionamento correto no leito, na dessensibilização
do coto, exercícios ativo-assistidos, ativo-livres e isométricos, uso de
bandagens, exercícios de propriocepção, trabalho do membro contralateral e
membros superiores e treino de marcha.5 Tendo como objetivo a manutenção
da amplitude de movimento, aumento de força muscular, equilíbrio e
adaptações da marcha de acordo com a possibilidade do paciente, envolvendo
orientação e condutas de prevenção e reabilitação.5
O presente estudo teve como objetivo relatar os efeitos da atuação
fisioterapêutica na reabilitação de um indivíduo com amputação do tipo Syme
por Hemimelia Fibular. Trata-se de um estudo de caso, composto por um
indivíduo com diagnóstico médico de Hemimelia Fibular e que realizou
amputação do tipo Syme, residente no município Torres – RS. O estudo foi
aplicado na clínica escola de fisioterapia da Ulbra Campus Torres no período
compreendido entre agosto e setembro de 2020. O projeto de pesquisa foi
submetido e aprovado junto ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres
Humanos da Universidade Luterana do Brasil com parecer 3.773.932

RELATO DE CASO

Paciente com 2 anos e 3 meses, sexo masculino, apresentava ausência


de dois raios no pé e displasia na articulação tibiotársica (Figura 1), portanto
submetido a amputação do tipo Syme com diagnostico com Hemimelia Fibular,
discrepancia de 12 cm em processo de adaptação de prótese em membro
inferior esquerdo. Encaminhado para tratamento fisioterapêutico na clínica
escola de fisioterapia da ULBRA-Torres-RS no período de agosto a setembro
de 2020. A avaliação foi realizada em dois momentos, antes das intervenções e
após as intervenções.

Figura 1: Ausência de raios no pé.

A avaliação do trofismo muscular foi realizada por meio de perimetria


adaptada para antropometria do paciente com marcação de 3 em 3 centímetros
a partir da base da patela para superior ou do ápice da patela para inferior,
sendo realizada com uma fita métrica e uma caneta nas regiões de perna e
coxa bilateralmente, apresentando hipotrofismo na perna esquerda quando
comparado com o membro sadio direito. Para descrever o nível de equilíbrio foi
utilizada a escala de equilíbrio de Berg, onde constatamos 32 na avalição e 36
na reavaliação indicativo de pouco equilíbrio estático. Podemos ainda verificar
que o paciente apresentava déficit de controle de tronco e de equilíbrio
dinâmico.
A avaliação da marcha foi feita através do Kinovea, programa que
permite a análise das fases da marcha, podendo ser analisadas as distâncias,
ângulos, coordenadas e parâmetros espaço-temporais quadro a quadro de
uma gravação de vídeo, que demonstrou alterações nas fase de contato inicial,
contato inicial, apoio médio, pré balanço, e balanço inicial. O banco de Wells foi
utilizado para mensuração da flexibilidade, sendo realizado com a prótese para
nivelar o comprimento dos membros inferiores, o qual apresentou 25
centímetros.
Para a avaliação da amplitude de movimento (ADM) de flexão e
extensão de joelho e quadril de forma passiva no membro inferior operado foi
utilizado um goniômetro da marca Carci®, que quantificou em 93º. A
funcionalidade foi investigada através da escala pediátrica PEDI sobre o
desempenho funcional em atividades da rotina diária da criança que totalizou
um escore de 109 sendo avaliados 132 itens, onde os dados foram coletados
através dos pais. Toda a avaliação foi feita de forma associada ao lúdico para
melhor aceitação e compreensão do paciente.
Após a coleta de todos os itens de avaliação, o paciente foi submetido a
três intervenções semanais, com duração de 45 minutos cada, durante quatro
semanas, totalizando 12 intervenções. Em cada intervenção o paciente realizou
um programa de cinesioterapia que consistiu em pedalar no cicloergômetro de
forma adaptada por 5 minutos, alongar os flexores e extensores de joelho de
forma passiva por 20 segundos em cada grupo muscular, treino de marcha
com obstáculos (Figura 2), treino de descarga de peso em bola do tipo feijão
realizando duas séries de dez repetições, chutar a bola no gol, agachamento
na cama elástica com arremesso de bola (Figura 3), senta e levanta na cadeira,
treino em tapete educacional para marcha, dessensibilização do coto com
algodão, bolsa de água quente, escova de dente, esponjas tanto macia quanto
outra áspera.
Após a intervenção, o paciente foi submetido a uma reavaliação com os
mesmos itens usados na avaliação. Através da reavaliação obtivemos um
resultado positivo nas fases de contato inicial e pré-balanço da marcha,
melhora do trofismo muscular de membro inferior esquerdo, aumento da ADM
para flexão de joelho, melhora da funcionalidade, melhora do equilíbrio e
diminuição do tempo para realizar as atividades.

Figura 2: Marcha com obstáculos Figura 3: Achamento com arremesso de bola

DISCUSSÃO

As má formações congênitas são alterações estruturais, funcionais ou


metabólicas, podendo gerar alterações físicas e/ou mentais.6 A amputação de
MMII na criança pode ser a melhor opção de tratamento para deformidade
complexa, evitando que o paciente realize várias intervenções, muitas vezes
não obtendo o resultado esperando, tornando-se frustante.7 A criança com
comprometimento pode ter agenesia total ou parcial do segmento do membro e
apresentar alterações de forma geral na ADM, força muscular, postura
corporal, alteração no centro gravitacional e por consequência no equilíbrio
estático e dinâmico8, conforme apresentou o caso em estudo.
O fisioterapeuta desempenha papel fundamental quanto à reeducação
funcional, acompanhando o paciente em todos os estágios do programa de
reabilitação, fazendo parte de uma equipe multidisciplinar, supervisionando e
tratando desde o estágio pré até o pós-operatório, atuando na educação de
mobilidade pré e pós-protética e, se necessário, em cuidados de manutenção
das funções músculo-esqueléticas6 São vários os fatores que devem ser
considerados para prescrição adequada de tratamento como: presença de
comorbidade, fatores congênitos, nível de dependência funcional, idade,
etiologia, nível de amputação, tempo de evolução entre amputação e início da
reabilitação.6
Devido a tais fatores, é fundamental um trabalho que vise o
desenvolvimento e participação ativa do paciente no seu tratamento.6-8 Por se
tratar de um participante pediátrico esperava-se pouca colaboração do mesmo,
mas ao invés disso houve participação ativa tanto desse quanto dos familiares.
Assim, favorecendo os resultados obtidos que certamente foram frutos das
atividades associadas ao trabalho lúdico.
Em relação à amplitude de movimento (ADM), que na avaliação era 93º
e passou a ser na reavaliação 98º de flexão passiva na articulação de joelho
esquerdo, ganho adquirido por meio de alongamentos diários da musculatura
anterior do joelho. O alongamento é uma técnica muito utilizada para aumentar
a ADM de uma articulação, por proporcionar o estiramento das fibras
musculares.9 Acredita-se que esse baixo resultado obtido na ADM seja em
vista do uso constante de uma joelheira de borracha da marca Companhia
DOPÈ®, para melhor fixação da prótese, também um outro fator é o tamanho
residual do coto pela agenesia da Tíbia, assim a prótese acomoda-se logo
abaixo da articulação do joelho.
Tratando-se de um caso pediátrico as atividades específicas de
fortalecimento muscular são desafiadoras sob a forma de trabalhos isométricos
e isotônicos, por isso resolvemos colocar no protocolo de intervenção o
exercício de senta e levanta, proporcionando fortalecimento de quadríceps e
junto treinamento funcional do paciente, sendo praticadas atividades de fácil
compreensão. Contudo, obtivemos um aumento muscular de 1,5 centímetros
na região superior da patela e 1,0 centímetros na região inferior da patela, onde
foi mensurado através da perimetria .
O enfraquecimento dos extensores e flexores do joelho influenciam
diretamente na marcha dificultando sua execução adequada.11,11 O treino de
força muscular para a independência funcional é importante para esses casos,
um dos fatores primordiais é o terapeuta descrever e instruir a melhor marcha
funcional para cada caso, fazendo-se necessária a reeducação da musculatura
utilizada em cada fase da marcha, logo no pós-operatório12,13

A fase de adaptação da prótese é de extrema importância, onde


passamos pela dessensibilização do coto com uma boa aceitação do
participante, associado a orientações sobre cuidados com este membro para
resultar numa melhor protetização. No presente estudo obteve-se um resultado
significativo para a melhora das fases da marcha após as intervenções, pois
em situações que não são resultantes de problemas metabólicos ou
circulatórios os princípios da ciência do treinamento esportivo deve ser aplicado
visando a melhora das habilidades físicas do paciente.14
Entre as técnicas mais indicadas para esses ganhos, destaca-se a
cinesioterapia no treinamento de marcha com uso de próteses, sendo
responsável pela melhora funcional dos músculos e articulações do membro
contralateral e do membro residual, ambos devem ser treinados a partir da
avaliação prévia realizada pelo fisioterapeuta.15,16 Os exercícios propostos
nesse estudo utilizaram atividades na cama elástica, de forma dinâmica e
estática, uso do feijão para descarga de peso e controle de tronco, além de
treino de marcha com obstáculos e treinos de propriocepção.
Tendo em vista que a amputação prejudica a capacidade de equilíbrio,
um estudo investigou a estabilidade postural e equilíbrio em amputados
unilaterais, este dividiu dois grupos, um com amputados recém protetizados e
outro com amputados protetizados ativos.17 No treinamento e avaliação
utilizou-se duas estratégias de adaptação de equilíbrio, com os olhos abertos
os amputados foram submetidos a excursões dinâmicas que consistia em fazer
descarga total de peso sobre uma perna e flexionar o joelho e quadril
contralateral.17 A estratégia de excursões dinâmicas para os amputados ativos
apresentou um menor desempenho devido à dor e a fadiga da perna afetada,
enquanto que o grupo dos amputados recém protetizados tiveram cerca de
28% além do membro protetizado tiveram oscilação postural sobre o membro
não afetado na posição unipodal estática.17
Independente se o paciente é recém protetizado ou paciente ativo que já
faz uso de prótese, é necessário dar enfoque no treinamento do equilíbrio
estático e dinâmico para que os mesmos possam ter maior confiança no
membro com prótese repercutindo numa marcha mais efetiva proporcionando
assim uma melhora na qualidade de vida e retorno às atividades de vida
diária.18 No presente estudo o paciente teve uma melhora significativa do
equilíbrio pelo fato das atividades fisioterapêuticas terem sido aplicadas
bilateralmente, assim conseguindo fazer a descarga de peso no membro
protetizado e melhorando manutenção da postura sobre essa.
Podemos relacionar a utilização da musculatura do membro
preservado e a sobrecarga na articulação do joelho como fatores que possam
alterar a flexibilidade muscular em amputados. Devido a ausência do membro
inferior ou parte dele, ocorre o apoio unilateral no membro preservado, que
corresponde a 85% do peso corporal (cabeça, braços e tronco) na
articulação do quadril e no membro existente.19O presente estudo manteve o
nível de flexibilidade preservado após a intervenção, isso se justifica pelo curto
período de intervenção e pelo uso frequente da musculatura do membro
existente, dificultando o aumento da flexibilidade em curto tempo.
Embora tenha sido referido pelos pais e notado durante os atendimentos
a melhora da funcionalidade do paciente ao realizar suas atividades, fomos
limitados a mensuração deste item porque a escala pediátrica PEDI não foi
respondida pelos responsáveis na reavaliação do paciente.

CONCLUSÃO
Conclui-se que através do protocolo de intervenção usado no presente
estudo houve melhora nas fases da marcha, no equilíbrio e no aumento do
trofismo muscular.
Notamos a importância das atividades associadas ao lúdico e que o
desenvolvimento de vínculo entre profissional e paciente é favorável ao melhor
resultado dos tratamentos pediátricos.

FINANCIAMENTO
O estudo não recebeu financiamento.

CONFLITO DE INTERESSES
Os autores declaram não haver conflito de interesses.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Changulani M, Ali F, Mulgrew E, Day JB, Zenios M.


Outcomeoflimblengthening in fibular hemimeliaand a functionalfoot. J
ChildOrthop2010;4:519-24.

2. Reggie C, Hamdy MD, MSc, FRCSC, et al Congenital Fibular


DeficiencyJournalofthe American AcademyofOrthopaedicSurgeons.
2014;22:246-55.

3. Morrison SG,Thomson L,Lenze Letal.SymeAmputation:Function, Sati


sfaction, andProstheses. J PediatrOrthopAug 2019

4. Vieira RI, Luz SCT, Santos KPB, Gonçalvez Junior E, Campos


PVC,Physiotherapyinterventionduringpreand post-
prostheticfittingoflowerlimbamputees: a systematicreview,Acta
Fisiatr.2017;24(2):98-104.

5. Pastre CM, Salioni JF, Oliveira BAF, Micheletto M, Netto Júnior J.


Physicaltherapyandtranstibialamputation. ArqCiênc Saúde abr-jun
2005;12(2):120-4.

6. Catagni MA, Radwan M, Lovisetti L, Guerreschi F, Elmoghazy NA:


LimblengtheninganddeformitycorrectionbytheIlizarovtechnique in type
III fibular hemimelia: Analternativetoamputation. ClinOrthopRelat Res
2011;469(4):1175-80.
7. William DB, Bruno L, Alessando JÁ, Michael D: Amputação dos
membros inferiores na criança. Relato e experiência em 21 casos.
Acta ortop. bras. 2001;9(3): 85-9.

8. Gyr BM, Colmer HG IV, Morel MM, Ferski GJ: Hemiepiphysiodesis for
correctionof angular deformity in pediatricamputees. J PediatrOrthop
2013;33(7):737-742

9. El-Tayeby HM, Ahmed AA: Anklereconstruction in type II fibular


hemimelia. Strategies Trauma LimbReconstr 2012;7(1):23-26.

10. Raya MA, Gailey RS, FiebertIM , Roach KE.


Impairmentvariablespredictingactivitylimitation in
individualswithlowerlimbamputation. ProsthetOrthotInt 2010; 34: 73–
84.

11. Nolan L. A training programmeto improve hip strength in


personswithlowerlimbamputation. J RehabilMed 2012; 44: 241–248.

12. Parker K, Kirby RL, Adderson J, Thompson K.


Ambulationofpeoplewithlower-limbamputations:
relationshipbetweencapacityand performance measures.
ArchPhysMedRehabil 2010;91: 543–549.

13. Miller WC, Deathe AB. The influenceof balance confidenceon social
activityafterdischargefromprostheticrehabilitation
forfirstlowerlimbamputation. ProsthetOrthotInt 2011; 35: 379–385.

14. Oberc A, Sułko J.Fibular hemimelia - diagnostic management,


principles, andresultsoftreatment. J PediatrOrthop B 2013;22:450-456.

15. Kisner, C.; Colby, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e


técnicas. Manole. São Paulo. 2001. p.708.
16. Sampol, A. V. Tratamento fisioterápico no amputado de membro
inferior no período ambulatorial. Nova Fisio. Vol. 2. 2000. p.16-30.
17. Mayer A, Tihanyi J, Bretz K, Csende Z, Bretz E, Horváth M.
Adaptationtoaltered balance conditions in unilateral
amputeesduetoatherosclerosis: a randomizedcontrolledstudy. BMC
MusculoskeletDisord. 2011;12:118
18. Rau B, Bonvin F, de Bie R. Short-
termeffectofphysiotherapyrehabilitationonfunctional performance
oflowerlimbamputees. ProsthetOrthot Int. 2007 Sep;31(3):258-70.
19. Brito DD, Isernhagen FC, Depieri TZ. Tratamento fisioterapêutico
ambulatorial em paciente submetido à amputação transfemoral
unilateral por acidente motociclístico: estudo de caso. ArqCiênc Saúde
Unipar. 2005;9(3):175-80
INSTRUCTIONS FOR AUTHORS
Target and policy TYPES OF PUBLISHED ARTICLES
• Original articles: epidemiological, clinical, or experi-
MISSION AND EDITORIAL POLICY mental studies. they mainly include epidemiological and
Revista Paulista de Pediatria [São Paulo Pediatrics Journal] is clinical studies. Experimental trials may be accepted,
a quarterly publication of São Paulo Pediatrics Society (SPSP, but they are not the Journal focus.
acronyms in Portuguese). Since 1982, it publishes original con- • Case reports: articles reporting cases reports of patients with
tributions, reviews and clinical case reports of methodological rare diseases or non-frequent or innovative interventions.
research, with discussions on the health and research field of • Review articles: critical or systematic analyses of litera-
newborns, infants, children, and adolescents’ diseases. The pur- ture about a theme chosen spontaneously by the authors.
pose is to disclose research with methodological quality related • Letter to the Editor: they reflect the author’s viewpoint
to themes about children and adolescent’s health. Full articles about other articles published in the Journal.
are electronically available in Portuguese and English, and can • Editorials: generally sent by the editors for discussing
be accessed at SciELO without paying charges, in electronic a theme or an original article with a controversial and/
format and for open access. The journal is indexed in the fol- or interesting subject and/or relevant theme, to be pub-
lowing databases: PubMed Central, Medline, Scopus, Embase lished in the Journal.
(Excerpta Medica Database), SciELO (Scientific Electronic
Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde), Index Medicus Latino-Americano Instructions for
(IMLA) BR, Sumários de Revistas Brasileiras, and Redalyc (Red original article
de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España
y Portugal Scientific Information System). GENERAL RULES
The article should be typed in A4 format (210x297 mm),
OPEN ACCESS with a 25mm margin in all sides, and double space in all sec-
Every peer-reviewed article, approved by the journal’s edito- tions. Use Times New Roman font, size 11, numbered pages
rial board, will be published with open access. This means in the right upper corner and Microsoft Word® text processor.
the text will be worldwide available via the Internet in perpe- Manuscripts shall have, at most:
tuity and without charges. The authors are not requested to • Original articles: 3000 words (without including:
pay charges. A Creative Commons license provides support abstract in English and Portuguese, tables, graphics,
regarding the reuse of the article. All articles will be published figures, and references) and up to 30 references.
with the following license: Creative Commons Attribution 4.0 • Reviews: 3500 words (without including: abstract in
International (CC-BY), which provides guidance in the reuse English and Portuguese, tables, graphics, figures, and
of this article. references) and up to 55 references.
• Case reports: 2000 words (without including: abstract
REVIEW PROCESS in English and Portuguese, tables, graphics, figures, and
Every submitted article is sent to the editor-in-chief, who checks references) and up to 25 references.
if it follows the minimum standards specified in the publica- • Letters to the Editor: 400 words at most. The letters should
tion standards and if it fits the Journal’s objectives. Then, the refer to articles published in the six months before the defi-
article is sent to two experts in the area, blind as to the article’s nite publications; up to 3 authors and 5 references; include
authorship, to be examined, with a specific form for review. 1 figure or 1 table at most. The letters are subject to pub-
After this review is done, the Journal’s editors decide if the lishing changes, without previous note to the authors.
article will be accepted without modifications, if it should be
refused or if it should be sent to the authors for modifications Note:
and for later reassessment. In case of the latter, the editors reas- Clinical trials shall only be accepted if they present the registra-
sess the article for a later decision regarding acceptance, refusal tion number and database, following the clinical trials standards
or need of new modifications. of PORTARIA No. 1.345, FROM July 2, 2008, Ministry of

iv
Rev Paul Pediatr.
Instructions for authors

Health of Brazil. Available on: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/ Portuguese, keywords in English and Portuguese, text, refer-
saudelegis/gm/2008/prt1345_02_07_2008.html ences, tables, figures, and graphics – Do not put the authors’
For registration, access: http://www.ensaiosclinicos.gov.br/about/ name in this file; 6) Additional files, if necessary.
• Information regarding support to the policies for regis- • For original articles, attach a copy of the project’s approval
tration of clinical trials: According to ANVISA resolution by the Committee for Ethics in Research from the insti-
– RDC 36, from June 27 2012, that amends the RDC tution where the research was developed. The Revista
39/2008, all clinical trials of phases I, II, III and IV should Paulista de Pediatria adopts the resolution 196/96 of the
present a proof of clinical trial registration in the database National Health Council from the Brazilian Ministry
of the Brazilian Registration of Clinical Trials (ReBEC) of Health, which approved the “New Guidelines and
(http://www.ensaiosclinicos.gov.br). This is a registration Regulating Rules of Research Involving Human Beings”
managed by Fundação Oswaldo Cruz of the clinical trials (DOU 1996 Oct 16; No. 201, section 1:21082-21085).
performed in human beings, publicly or privately funded, Only papers developed following these standards shall
carried out in Brazil. The registration number should be be accepted.
in parentheses at the end of the last abstract, before the • For case reports, it is also necessary to send the approval
introduction section (The clinical case registration num- from the Research Ethics Committee and, if the patient
ber is: -website). For cases before June 2012, proofs of can be identified, send a copy of the informed consent
other primary records from the International Clinical from the person in charge for scientific disclosure of the
Trials Registration Platform will be accepted (ICTRP/ clinical case.
OMS) (http://www.clinicatrials.gov). • For literature reviews, letters to the editor and editori-
• Sending the submission letter signed by all authors is als, this approval is not needed.
compulsory. In this letter, the authors should mention Revista Paulista de Pediatria checks for plagiarism.
that it is an original article, it has never been published,
and it was not or will not be sent to another journal,
while Revista Paulista de Pediatria is considering its pub- DETAILED STANDARDS 
lishing. In addition, the letter must contain each author’s The complete content of the original article must obey the
role in the study and article elaboration and a declara- “Uniform Requirements for Original Contributions Submitted to
tion stating that all of them agreed with the version sent Biomedical Journals,” published by the International Committee
for publishing. It must be declared in the letter that no of Medical Journals’ Editors (available at http://www.icmje.org/).
information about funds for research or connection Each of the following sections must begin in a new page: abstract
with people or companies that might be interested in and keywords in English and Portuguese; text; acknowledge-
the data discussed in the article or case was not omitted. ments, and references. Tables and figures must be in Arabian
Finally, it should include an indication that the authors numbers and placed at the end of the text. Each table and/or
are responsible for the manuscript’s content. figure must include a title and footprint notes.
• Transference of copyrights: after submitting the manu-
script to the process of evaluation of Revista Paulista de
Pediatria, all authors should sign the form available in
FRONT PAGE
the submission website, in which the authors acknowl- Format the paper with the following items:
edge that, after the acceptance of the article for pub- • Title of the article in Portuguese (avoid abbreviations),
lishing, the Associação de Pediatria de São Paulo starts with 20 words at most; followed by a short title (60
to be the withholder of the manuscript’s rights. characters at most, including spaces).
• The mandatory documents are available at: http://www. • Title of the article in English, with 20 words at most;
rpped.com.br/documents-requireds followed by the short title (60 characters at most, includ-
ing spaces).
• FULL name of each author, ORCID number (manda-
ATTENTION tory piece of information – its absence will not enable
Each of the items below should be uploaded in the system as the article publication), followed by the name of the
separate files: employment institution or educational institution
1) Submission Letter; 2) Opinion of the Institutional Ethics that they belong to (only one), city, state, and country.
and Research Committee; 3) Transference of copyrights; 4) The names of institutions and programs must prefer-
Front page; 5) Main document with abstract in English and ably be complete and in the original language of the
v
Rev Paul Pediatr.
Instructions for authors

institution; or in English when the writing is not Latin TEXT


(For instance: Greek, Mandarin, Japanese…). • Original article: divided into Introduction (short with 4
• Corresponding author: define the corresponding author to 6 paragraphs, it should only justify the paper and has
and put his/her complete address (address with zip code, the objectives in its end); Method (specify the study out-
telephone, fax and, mandatorily, email). line, describe the studied population and the selection
• Declaration of conflict of interest: describe any con- methods, define the used procedures, detail the statisti-
nection of the authors with companies that might be cal method. Declaring the approval of the procedures by
interested in disclosing the manuscript submitted to the Research Ethics Committee of the Institution is com-
publication. If there is no conflict of interest, write pulsory); Results(clear and objective – the author should
“nothing to declare.” not repeat the information provided in tables and graph-
• Financial support of the project: describe if the paper ics within the text); Discussion (interpret the results and
received financial support, the name of the source (full compare them with literature data, by putting emphasis
on the important aspects of the study and its implications,
writing), the country, and the number of the process.
as well as its limitations – this section must end with per-
Do not repeat the support in the acknowledgments section.
tinent conclusions regarding the objectives of the study).
• Total number of words: in the text (exclude abstract in
• Review articles: they do not obey a strict scheme of sec-
Portuguese and English, acknowledgments, references,
tions, but we recommend they contain an introduction
tables, graphics and figures), in the abstract in Portuguese
to emphasize the importance of the theme, its review, fol-
and English. Include the total number of tables, graph- lowed by comments and, if necessary, recommendations.
ics and figures, and the number of references. • Case reports: they are divided into Introduction (short
with 3 to 5 paragraphs, to emphasize the knowledge
ABSTRACTS regarding the discussed disease or procedure); Case descrip-
(PORTUGUESE AND ENGLISH) tion (do not include data that could identify the patient),
and Discussion (a comparison with other literature cases
Each of them must have 250 words at most. Do not use abbreviations. and the innovative or relevant perspective of the case).
They must be structured according to the following orientations:
• Original article: It must include the sections: Objective,
Methods, Results, and Conclusions (Resumo: Objetivo, TABLES, GRAPHICS AND ILLUSTRATIONS
Métodos, Resultados, Conclusões). Only 4 tables and 2 illustrations, including figures and graph-
• Review articles: It must include the sections: Objective, ics, are allowed in each article. They must be sent in the same
Data source, Data synthesis and Conclusions (Resumo: file of the article. In the event of approval, figures and graphics
Objetivo, Fontes de dados, Síntese dos dados, Conclusões). with a better resolution will be requested.
• Case report: It must include the sections: Objective,
Tables
Case description and Comments (Resumo: Objetivo,
To avoid tables on the horizontal position, Revista Paulista de
Descrição do caso, Comentários).
Pediatria recommends that authors use 100 characters at most in
each line of the table. However, if the table has two or more col-
For the abstract, it is important to obey English grammar
umns, the author should remove 5 characters per line. For example:
rules. A person fluent in English must do it. If there are two columns, the author should use 95 at most; if there
are three, 90; and so on. Up to 4 tables are allowed per article, which
KEYWORDS IN should be on the limits of one page each. Explanations should be
ENGLISH AND PORTUGUESE on the footprint of the table, instead in the title. Do not include
a space beside the symbol ±. Type the tables in the text processor
After the abstract in Portuguese and in English, provide from 3
Word by using lines and columns – do not separate the columns
to 6 descriptors that will help the proper inclusion of the abstract as tabulation marks. Do not import Excel or PowerPoint tables.
in bibliographic databases. Use descriptors exclusively from the
list included in the “Health Sciences Descriptors”, prepared by Graphics
BIREME and available at http://decs.bvs.br/. This list shows the Number the graphics according to the order they appear in
corresponding terms in both Portuguese and English languages. the text and add a title below them. Graphics should have

vi
Rev Paul Pediatr.
Instructions for authors

two dimensions, be in black/white (do not color them) and REFERENCES


be developed in PowerPoint. Send the .ppt file apart from the • In the text: They should be numbered and ordered accord-
text: do not import the graphics to the text. Revista Paulista ing to the order of appearance in the text. References
de Pediatria does not accept digitalized graphics. in the text must be identified with superscripted Arabic
numbers, without parentheses and after punctuation.
Figures • At the end of the text (list of references): They should
Figures should be numbered in the order they appear in the follow the recommended style from the International
text. Explanations should be in the subtitles (send the subti- Committee of Medical Journal Editors Uniform
tle together with the manuscript’s text file, in a separate page). Requirements, available at http://www.nlm.nih.gov/bsd/
Figures from other sources should indicate this piece of infor- uniform_requirements.html, as the following examples:
mation in the subtitle and have a written permission of the
source for its reproduction. The author must obtain permis- 1. Articles in Journals 
sion for the reproduction of images. The patients’ photos must
Up to 6 authors: list all authors: 
not contain any piece of information that would enable iden-
Jih WK, Lett SM, des Vignes FN, Garrison KM, Sipe PL, Marchant
tifying the subject – if there is a possibility of identification, a CD. The increasing incidence of pertussis in Massachusetts ado-
letter of consent is compulsory and it should be signed by the lescents and adults, 1989-1998. Infect Dis. 2000;182:1409-16.
photographed subject or his/her guardian, who should allow
the material’s disclosure. Images created in a computer should More than 6 authors: 
be attached in the formats .jpg, .gif or .tif with a minimum Rose ME, Huerbin MB, Melick J, Marion DW, Palmer AM, Schiding
resolution of 300 dpi. Revista Paulista de Pediatria does not JK, et al. Regulation of interstitial excitatory amino acid concen-
accept digitalized pictures. trations after cortical contusion injury. Brain Res. 2002;935:40-6.

Research groups: 
FUNDING a. Without defined author: 
Declare funding sources before the conflict of interests. The names Diabetes Prevention Program Research Group. Hypertension,
of CAPES, CNPq and other institutions should be written insulin, and proinsulin in participants with impaired glucose
without abbreviations with their country. Do not repeat the tolerance. Hypertension. 2002;40:679-86.
support in the acknowledgments section. If there was no fund-
b. With defined author:
ing source, write: “The study does not have a funding source.”
Vallancien G, Emberton M, Harving N, van Moorselaar RJ; Alf-One
Study Group. Sexual dysfunction in 1,274 European men suffering
DECLARATION OF from lower urinary tract symptoms. J Urol. 2003;169:2257-61.
CONFLICT OF INTERESTS
c. Without authors:
Describe any connection of the authors with companies that No-referred authorship. 21st century heart solution may have
might be interested in disclosing the manuscript submitted for a sting in the tail. BMJ. 2002;325:184.
publishing. If there is no conflict of interests, write: “The authors
declare no conflict of interests.” This statement should be in Volume with supplement: 
the front page before the funding source. Geraud G, Spierings EL, Keywood C. Tolerability and safety of frova-
triptan with short- and long-term use for treatment of migraine and
in comparison with sumatriptan. Headache. 2002;42 Suppl 2:S93-9.
ACKNOWLEDGMENTS
Thank people or institutions that contributed to the study, but Article published online, before the printed version: 
who are not the authors, in a concise manner. Acknowledgments Yu WM, Hawley TS, Hawley RG, Qu CK. Immortalization
should be placed when sending the second version of the arti- of yolk sac-derived precursor cells. Blood; Epub 2002 Jul 5.
cle, in order to avoid conflicts of interest with the reviewers.
Do not repeat the institution who financially supported the
Articles accepted for publishing still in press:
Tian D, Araki H, Stahl E, Bergelson J, Kreitman M. Signature of balanc-
project in the acknowledgments; it should only be mentioned
ing selection in Arabidopsis. Proc Natl Acad Sci U S A. In press 2002.
in the financial support section.
vii
Rev Paul Pediatr.
Instructions for authors

Articles in Portuguese:  Brazil - Ministério da Saúde. Secretaria de políticas de saúde - área


Follow the style mentioned above. técnica de saúde da mulher. Parto, aborto e puerpério: assistên-
cia humanizada à mulher. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.
2. Books and other monographies Brazil – Presidência da República. Decreto n° 6.871, de 4
de junho de 2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Books:  Abastecimento. Regulamenta a Lei n° 8.918, de 14 de julho de
Gilstrap LC 3rd, Cunningham FG, VanDorsten JP. Operative 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro,
obstetrics. 2nd ed. New York: McGraw-Hill; 2002. a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. Brasília: Diário
P.S.: it is not necessary to mention the edition if it is the Oficial da União; 2009. Available from: http://www.planalto.
first one. gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6871.htm
P.S.: If the material is available online, write: Available from:
Book chapters: http://www...
Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome alter-
ations in human solid tumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW, 4. Electronic Material
editors. The genetic basis of human cancer. 2nd ed. New York:
McGraw-Hill; 2002. p. 93-113. Article from electronic journal: 
P.S.: it is not necessary to mention the edition if it is the Abood S. Quality improvement initiative in nursing homes:
first one. the ANA acts in an advisory role. Am J Nurs [serial on the
Internet]. 2002;102(6) [cited 2002 Aug 12]. Available from:
Conference published in Congress annals:  http://www.nursingworld.org/AJN/2002/june/Wawatch.htm
Christensen S, Oppacher F. An analysis of Koza’s computa-
tional effort statistic for genetic programming. Proceedings of Monograph on the Internet or electronic book: 
the 5th European Conference on Genetic Programming; 2002 Foley KM, Gelband H. Improving palliative care for cancer
Apr 3-5; Kinsdale, Ireland. p. 182-91. [homepage on the Internet]. Washington: National Academy
Press; 2001 [cited 2002 Jul 9]. Available from: http://www.
Abstracts published in Congress annals: nap.edu/books/0309074029/html/
Blank D, Grassi PR, Schlindwein RS, Melo JL, Eckhert GE. The
growing threat of injury and violence against youths in southern Homepage/website: 
Brazil: a ten year analysis. Abstracts of the Second World Conference Cancer-Pain.org [homepage on the Internet]. New York:
on Injury Control; 1993 May 20-23; Atlanta, USA. p. 137-8. Association of Cancer Online Resources [cited 2002 Jul 9].
Available from: http://www.cancer-pain.org/.
PhD or Master’s degree thesis 
Afiune JY. Avaliação ecocardiográfica evolutiva de recém-na- Part of a homepage or website: 
scidos pré-termo, do nascimento até o termo [master’s thesis]. American Medical Association [homepage on the Internet]. AMA
São Paulo (SP): USP; 2000. Office of Group Practice Liaison [cited 2002 Aug 12]. Available
Aguiar CR. Influência dos níveis séricos de bilirrubina sobre a from: http://www.ama-assn.org/ama/pub/category/1736.html
ocorrência e a evolução da sepse neonatal em recém-nascidos Brazil - Ministério da Saúde - DATASUS [homepage on the Internet].
pré-termo com idade gestacional menor que 36 semanas [PhD Informações de Saúde- Estatísticas Vitais- Mortalidade e Nascidos
thesis]. São Paulo (SP): USP; 2007. Vivos: nascidos vivos desde 1994 [cited 2007 Feb 10]. Available from:
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvuf.def
3. Other published materials P.S.: Personal communications should not be mentioned as references.

Articles in newspapers, bulletins,


and other means of written press:  Online Submission
Tynan T. Medical improvements lower homicide rate: study sees Access https://mc04.manuscriptcentral.com/rpp-scielo to sub-
drop in assault rate. The Washington Post. 2002 Aug 12. p.1. mit your article.
To access the necessary documents: http://www.rpped.com.
Laws, regulations, and recommendations:  br/documents-requireds
Brazil - Ministério da Saúde. Recursos humanos e material mínimo Revista Paulista de Pediatria does not charge for evalua-
para assistência ao RN na sala de parto. Portaria SAS/MS 96, 1994. tion and/or publishing of articles.

viii
Rev Paul Pediatr.
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA

CURSO DE FISIOTERAPIA

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA HEMIMELIA FIBULAR APÓS


AMPUTAÇÃO TIPO SYME: RELATO DE CASO

Diane de Matos

Torres, RS

2019
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA

CURSO DE FISIOTERAPIA

Diane de Matos

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA HEMIMELIA FIBULAR APÓS


AMPUTAÇÃO TIPO SYME: RELATO DE CASO

Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina de


TCC I em Fisioterapia, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia da
Universidade Luterana do Brasil – ULBRA Campus
Torres.

Orientador: Prof. Esp. Vicente de Almeida Brito.

Torres, RS

2019
SUMÁRIO
1 TEMA ................................................................................................................................................... 4
2 PROBLEMA......................................................................................................................................... 4
3 OBJETIVOS ......................................................................................................................................... 4
3.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................................... 4
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................................. 4
4 ANTECEDENTES E JUSTIFICATIVA................................................................................................. 5
4.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 5
4.2 DESENVOLVIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS DE 1 A 3 ANOS DE IDADE ................................. 6
4.3 HEMIMELIA FIBULAR ...................................................................................................................... 7
4.4 AMPUTAÇÃO TIPO SYME ............................................................................................................... 8
4.5 FISIOTERAPIA.................................................................................................................................. 8
4.6 PALAVRAS CHAVE .......................................................................................................................... 9
4.7 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................ 9
5 MÉTODOS ......................................................................................................................................... 10
5.2 POPULAÇÃO, LOCAL E PERÍODO DO ESTUDO......................................................................... 10
5.3 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE................................................................................................... 10
5.3.1 Critérios de inclusão ............................................................................................................. 10
5.3.2 Critérios de exclusão............................................................................................................. 10
5.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DOS DADOS............................................................................... 10
5.6 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO ...................................................................................................... 11
5.6.1 Avaliação da Mobilidade ....................................................................................................... 11
5.6.3 Avaliação da funcionalidade................................................................................................. 12
5.6.4 Perimetria................................................................................................................................ 13
5.6.5 Avaliação do equilíbrio.......................................................................................................... 13
5.6.6 Avaliação da marcha ............................................................................................................. 13
5.6.7 Avaliação da flexibilidade ..................................................................................................... 14
5.7 PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO ................................................................................................ 15
6 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ............................................................................................................. 20
7 ANÁLISE DOS DADOS..................................................................................................................... 20
8 CRONOGRAMA ................................................................................................................................ 21
9 ORÇAMENTO .................................................................................................................................... 22
9.1 MATERIAIS DE CONSUMO ........................................................................................................... 22
9.2 MATERIAIS PERMANENTES......................................................................................................... 22
10 REFERÊNCIAS................................................................................................................................ 23
11 APÊNDICES..................................................................................................................................... 25
11.1 APÊNDICE I – Termo de consentimento livre e esclarecido ........................................................ 25
11.2 APÊNDICE II – Ficha de avaliação ............................................................................................... 28
4

1 TEMA
Atuação fisioterapêutica na hemimelia fibular após amputação tipo Syme.

2 PROBLEMA

A atuação fisioterapêutica favorece a reabilitação de um indivíduo com


amputação do tipo Syme por Hemimelia Fibular?

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Relatar os efeitos da atuação fisioterapêutica na reabilitação de um indivívuo


com amputação do tipo Syme por Hemimelia Fibular.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Examinar a marcha antes e após intervenções;

 Mensurar a mobilidade antes e após intervenções;

 Verificar o equilíbrio antes e após intervenções;

 Descrever a flexibilidade antes e após intervenções;

 Identificar a funcionalidade antes e após intervenções.


5

4 ANTECEDENTES E JUSTIFICATIVA

4.1 INTRODUÇÃO

A Hemimelia Fibular é uma malformação congênita rara e complexa que afeta


aproximadamente 1:50.0000 nascidos vivos (¹). A Hemimelia Fibular apresenta-se
clinicamente com um espectro variável de fenótipos, mas basicamente ocorre
ausência da fíbula ou hipoplásica, agenesia de ligamentos cruzados do joelho,
deformidade em valgo do fêmur com rotação externa, hipoplasia de côndilo femoral
lateral, deformidade em valgo e antecurvato da tíbia, membro acometido mais curto,
ausência de raios no pé, coalisão tarsal subtalar (2).
Uma das classificações utilizada para saber o grau da deformidade do
membro acometido é através dos critérios de Coventry e Johnson, onde é
subdividida em três tipos (³): a) Grau I, ausência parcial unilateral da fíbula, b) Grau
II, ausência total ou quase total e c) Grau III, é o tipo I ou II associada a outras
deformidades congênitas ou bilateral (³). Decorrente a ausência congênita da fíbula
se baseia na discrepância prevista do comprimento da perna e a gravidade da
deformidade do pé. Entre os meios de tratamento há a desarticulação do tipo Syme
(4)
.
Amputação de Syme (SA) é a desarticulação do tornozelo em que a almofada
do calcanhar é preservada. Esse tipo de amputação possui várias indicações para a
população pediátrica. O SA tem a vantagem de permitir a sustentação de peso sem
uma prótese, desde que não haja discrepância entre os membros inferiores5.
Intervenções fisioterapêuticas no paciente amputado antes e após a colocação de
uma prótese são utilizadas em diversos serviços de fisioterapia. No entanto, faz-se
necessária a sistematização de evidências sobre protocolos para condução da
reabilitação (5).
Desta forma, o presente estudo aborda uma patologia rara, de possível
incapacidade funcional em crianças que necessitam adaptar a marcha de maneira
adequada à suas limitações, bem como, promover interação social. No entanto,
ainda não são evidenciados tratamentos fisioterapêuticos específicos a esses casos.
Por isso, o objetivo desta pesquisa é relatar os efeitos da atuação fisioterapêutica na
reabilitação de um indivívuo com amputação do tipo Syme por Hemimelia Fibular.
6

4.2 DESENVOLVIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS DE 1 A 3 ANOS DE


IDADE

Os primeiros anos na vida da criança são fundamentais para a aquisição de


habilidades motoras, cognitivas e sociais. Desta forma, as oportunidades ofertadas
às crianças e as expectativas sociais podem interferir no desenvolvimento1.No
entanto os primeiros anos de vida da criança são marcados por importantes
formações motoras, físicas, mentais e sociais, sendo esse o período em que se
possui especial sensibilidade aos estímulos vindos do ambiente, que chegam a ela
por meio dos seus sentidos11.
Sendo assim a criança incluída nos serviços da atenção básica e
especializada da Rede de Atenção a Saúde do SUS possibilitará a conquista de uma
maior funcionalidade das crianças que apresentem alguma deficiência, permitindo
assim um futuro com mais autonomia e inclusão social13.
No período sensório motor de 0 a 2 anos, o desenvolvimento do recém
nascido é, 0 a 27 dias e do lactente, 28 dias a 1a11m29d. Havendo um predomínio
do desenvolvimento das percepções e dos movimentos. Apresenta um
desenvolvimento físico acelerado. Os desenvolvimentos ósseo, muscular e
neurológico permitem a emergência de novos comportamentos 13,14.
A estabilidade dinâmica da marcha (ED) compreende fatores biomecânicos,
23
de equilíbrio e de controle postural, que se subdividem em global e local . A ED se
relaciona com a versatilidade dos padrões espaço-temporais, bem como
comprimento de passada (CP), frequência de passada (FP), tempo de contato (TC),
23,24
tempo de balanço (TB) e a velocidade . A ED local se relaciona com a definição
23
da cinemática angular e a variação das amplitudes das articulações , ressaltando
que as oscilações dos fatores do espaço-temporais, possuem associação oposta
(23)
com a ED . Portanto, quanto maior a oscilação, menor será a ED da marcha,
aumentando assim o fator de risco de quedas 24,25.
O equilíbrio é um complexo que envolve os dados informativos dos sistemas
visual, sensorial e proprioceptivo, juntamente com a função vestibular e
24
neuromuscular, assim mantendo o controle postural . A preparação e a realização
dos movimentos que controlam o centro gravitacional em contato com a base de
suporte necessitam do sistema somatossensorial para ocorrer o controle postural
(25)
.
7

A definição de flexibilidade é caracterizada pela máxima amplitude fisiológica


26
passiva de qualquer movimento articular . A flexibilidade é conceituada como uns
dos aspectos de aptidão e desenvolvimento físico, sendo essencial para realização
de movimentos simples ou complexos, desenvolvimento esportivo, integração da
26
saúde e conservação da Qualidade de Vida . Contudo não há conceitos e padrões
de ótima flexibilidade, do mesmo modo que não há variabilidade quanto à idade,
26
gênero, raça e padrões de atividade física regulares . A diminuição ou perda da
flexibilidade limita o movimento articular, bem como eleva o índice de lesões
musculares 26.

4.3 HEMIMELIA FIBULAR

A Hemimelia Fibular (HF) é uma patologia congênita rara, sua incidência é de


um caso para cada 50.000/nascidos vivos 1. Toda condição congênita trata-se de
anomalia funcional ou estrutural do desenvolvimento do feto decorrente de fator
originado antes do nascimento, seja genético, ambiental ou desconhecido, mesmo
não sendo aparente no recém-nascido e só manifestar-se mais tarde 12.
A HF consiste na ausência parcial ou total da fíbula 2, que situa-se póstero-
lateralmente à tíbia e serve principalmente para fixação de músculos. A fíbula não
possui função de sustentação de peso e articula-se com a tíbia, proximalmente e
distalmente e o tálus distalmente 6. A HF trata-se de uma enfermidade que vai desde
uma lesão mínima, havendo somente hipoplasia fibular, até uma grave má-formação
do membro, com alterações morfológicas, encurtamento, angulações tibiais,
3
deformidade do pé, da coxa e de outras estruturas . Em casos graves, a
deformidade dos membros é retratada por encurtamento significativo dos membros,
inclinação anterior da tíbia e deformidade, incluindo coalizão do tarso, formação de
bola e articulação do tornozelo, ausência de raios 4.
A etiologia da HF é de causa desconhecida. A maioria dos casos é
esporádica, contudo, anomalias cromossômicas e autossômicas, disgenia vascular,
infecções virais, traumas e influências ambientais7,8. A deformidade ocorre no
período gestacional entre a 4ª e 7ª semana 8.
A classificação de Coventry e Johnson é utilizada para graduar a deformidade
do membro acometido, sendo subdividida em três tipos 9. O tipo, I ausência parcial e
unilateral da fíbula, ausência de deformidade grosseira do pé, tipo II ausência total
8

ou quase total da fíbula, deformidade do pé e o tipo III, ausência total da fíbula e


deformidades congênitas importantes e casos bilateral 3.

4.4 AMPUTAÇÃO TIPO SYME


James Syme descreveu pela primeira vez a desarticulação do tornozelo com
a preservação do calcanhar em 1843, escrevendo que "o risco para a vida seria
pequeno, que um coto mais confortável seria oferecido e que o membro seria mais
aparentemente e útil para o movimento progressivo" 27.
Essa amputação é realizada com a desarticulação tibiotársica e
posteriormente com uma secção óssea logo abaixo dos maléolos lateral e medial
(Fig. 1), conservando a sindesmose tibiofibular 16. O plano de secção das superfícies
cruentas da tíbia e da fíbula deve estar paralelo ao solo quando o paciente se
encontrar de pé, os nervos são tracionados e seccionados buscando uma retração
17
proximal . Quanto à sutura dos músculos plantares, do tecido subcutâneo e da
pele, a mesma deve estar anteriormente ao nível distal da tíbia, formando o coxim
do calcâneo18.
Amputação deve ser realizado entre 18 meses e dois anos pois ajudará na
reabilitação e protetização, e é o tipo de amputação mais indicado para HF 27.

Fig. 1: Amputação Syme.

4.5 FISIOTERAPIA

A fisioterapia desempenha um papel fundamental quanto à reeducação


funcional, acompanhando o paciente em todos os estágios do programa de
reabilitação do amputado. Os exercícios de alongamento de cadeia muscular
anterior e posterior de membros inferiores possibilitam desenvolver a elasticidade
das fibras musculares, diminuindo a sobrecarga articular. A reeducação postural
9

também possibilitará o alinhamento da postura, tornando assim os movimentos mais


coordenados e funcionais 15.

Sendo assim, o tratamento fisioterapêutico deve ser realizado logo após a


amputação, atuando no posicionamento correto no leito, na dessensibilização do
coto, exercícios ativo-assistidos, ativo-livres e isométricos, uso de bandagens,
exercícios de propriocepção, trabalho do membro contralateral e membros
19
superiores e treino de marcha . Tendo como objetivo a manutenção da amplitude
de movimento, aumento de força muscular, equilíbrio e adaptações da marcha de
acordo com a possibilidade do paciente, envolvendo orientação e condutas de
prevenção e reabilitação 19.
A hidroterapia facilita a execução de várias técnicas fisioterapêuticas dentre
elas o alongamento, fortalecimento, mobilização articular 28. O emprego do ultra-som
e do TENS tem diminuído eventuais problemas em relação à dor e à sensação
28
fantasma . Os alongamentos dos músculos de cadeia posterior e anterior
proporcionam um relaxamento das fibras musculares, diminuindo
31
consequentemente a sobrecarga articular .
Os recursos de cinesioterapia irão promover ganho de flexibilidade, melhor
aporte sangüíneo muscular e a manutenção da funcionalidade muscular, evitando
32
possíveis contraturas e perda de massa osteo-muscular . A dessensibilização do
coto, são estímulos sensitivos que começam com estímulos da superfície do coto
com estruturas finas e ásperas e de diferentes temperaturas que irão levar a
saturação ou adaptação dos receptores das vias aferentes sensitivas, nociceptores
responsáveis pela sensação da dor fantasma, visando uma normalização da
sensibilidade local, para que seja suportável a adaptação da prótese 33.
O tratamento será realizado em ambos os membros, para proporcionar
melhor função geral do paciente. Exercícios de resistência muscular à fadiga e,
posteriormente, de força, para flexão, extensão, adução e abdução do quadril e
joelho (28).
4.6 PALAVRAS CHAVE

Ectromelia, amputação, fisioterapia.

4.7 JUSTIFICATIVA
10

O presente estudo justifica-se na medida em que pretende buscar avaliar e


melhor elucidar a aplicabilidade da atuação fisioterapêutica na funcionalidade dos
indivíduos com Hemimelia Fibular submetidos à amputação tipo Syme a fim de se
obter um novo caminho para um tratamento eficaz para a patologia.

5 MÉTODOS

5.1 DESENHO DO ESTUDO

Relato de caso.

5.2 POPULAÇÃO, LOCAL E PERÍODO DO ESTUDO

Foi composta por um indivíduo com diagnóstico médico de Hemimelia Fibular


e que realizou amputação do tipo Syme, residente no município Torres – RS. O
estudo foi aplicado na clínica escola de fisioterapia da Ulbra Campus Torres no
período compreendido entre março e maio de 2020.

5.3 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE

5.3.1 Critérios de inclusão

• Ter Hemimelia Fibular ectopica diagnosticada;

• Já ter realizado amputação do tipo Syme;

• Haver prescrição médica para tratamento fisioterapêutico;

• Possuir idade entre 1 ano e 4 meses a 5 anos.

5.3.2 Critérios de exclusão

• Ausência em 2 sessões;

• Impossibilidade cognitiva de compreensão das atividades fisioterapêuticas;

• Sinais vitais instáveis;

• Cardiopatas;

• Pneumopatas;

• Patologias neurológicas associadas;

• Lesões epiteliais no membro inferior amputado.

5.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DOS DADOS


11

Para a coleta de informações pertinentes ao desenvolvimento do trabalho


foram utilizados os seguintes equipamentos:

• Knovea player de vídeo para análise de movimentos;

• Goniômetro da marca Carci®;

• Banco de Wells;

• Fita métrica;

• Escala de Berg.

5.6 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO

O paciente que preencher os critérios de inclusão será convidado a participar


do estudo e assinará o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice I). A
avaliação será realizada em dois momentos distintos: a primeira avaliação
acontecerá no período pós-operatório do paciente, antes do início das intervenções.
Enquanto que, a segunda avaliação, aqui denominada reavaliação, ocorrerá após o
fim do período de intervenções.

5.6.1 Avaliação da Mobilidade

Será avaliada a amplitude de movimento (ADM) de flexão e extensão de


joelho, de forma ativa e passiva do membro inferior operado, utilizando um
goniômetro da marca Carci®.

Para mensurar a ADM de flexão ativa de joelho o paciente será posicionado


em decúbito dorsal, a partir da extensão máxima de joelho, o eixo fixo do goniômetro
centrado na linha articular lateral, o braço fixo alinhado ao eixo lateral do fêmur, e, o
braço móvel alinhado no eixo lateral da perna. Será dado o comando “dobre o
joelho” arrastando o pé na maca (Fig. 2).
12

Fig. 2: Avaliação da amplitude de movimento ativa de flexão de joelho (Fonte: Autor).

A ADM de extensão ativa de joelho será quantificada com o paciente em


decúbito dorsal na mesa de exame, joelho fletido a aproximadamente 45 graus. Será
dado o comando “estenda o joelho” (joelho acometido) (Fig. 3). O posicionamento do
goniômetro será o mesmo utilizado para mensurar a flexão. A goniometria passiva
será realizada da mesma forma, porém pelo pesquisador e sem a necessidade do
comando.

Fig. 3: Avaliação da amplitude de movimento ativa de extensão de joelho (Fonte: Autor).

5.6.3 Avaliação da funcionalidade

O PEDI é uma escala pediátrica norte-americana traduzida para o português


por Mancini e adaptada para contemplar as especificidades socioculturais do Brasil
13

(34)
. A escala permite uma descrição detalhada do desempenho funcional da criança,
documentando suas mudanças longitudinais em três áreas funcionais: autocuidado,
35
mobilidade e função social . Os dados são fornecidos através dos pais ou
responsáveis que possam informar sobre o desempenho funcional em atividades da
rotina diária da criança 34.

5.6.4 Perimetria

A avaliação do trofismo muscular será realizada através da perimetria.


Utilizando uma fita métrica e uma caneta, o avaliador irá marcar os pontos para
mensuração da região femural. A marcação dos pontos será sinalizada de 7, 14 e 21
cm, a partir da base da patela, como ponto zero (referência óssea). O ponto zero
não será mensurado devido ao edema articular.
A perimetria da panturrilha o indivíduo a ser testado deverá estar de pé, de
frente para o avaliador, com os pés ligeiramente afastados, distribuindo o peso do
corpo em ambas as pernas, circundando a fita na borda inferior da patela e marca-
se um traço de 7 cm , 14 cm e 21 cm. Medindo a circunferência da panturrilha (29).

5.6.5 Avaliação do equilíbrio

A escala de equilíbrio de Berg (EEB) é utilizada na avaliação do equilíbrio


(20)
dinâmico e estático, assim como avalia o risco de quedas dos indivíduos . A
escala é composta por 14 testes que irá avaliar o desempenho do equilíbrio
(20)
funcional . Esses testes são dirigidos à capacidade de sentar do individuo,
permanecer de pé, alcançar, girar em volta de si próprio, olhar por cima dos próprios
20
ombros, permanecer em apoio unipodal e subir degraus . A EEB possui um escore
onde 56 pontos é a máximo e 0 é o mínimo, sendo que cada teste dispõe de cinco
opções que varia de 0 a 4 pontos 20,21.

5.6.6 Avaliação da marcha

O Kinovea é um programa que permite a análise das fases da marcha,


podendo ser analisadas as distâncias, ângulos, coordenadas e parâmetros espaço-
temporais quadro a quadro de uma gravação de vídeo. Essas medições podem ser
14

feitas de diferentes perspectivas, uma vez que o software realiza calibrações em


planos não perpendiculares à linha de objeto da câmera analsada 30.

5.6.7 Avaliação da flexibilidade

Para a realização do teste de flexibilidade da cadeia posterior utilizaremos o


Banco de Wells (Fig. 3), conforme descrito por Pitanga 34.

O avaliado posiciona-se sentado, com os pés apoiados no aparelho e com as


pernas estendidas. Em seguida iniciando uma flexão do tronco e do quadril, com as
mãos sobrepostas e apoiadas sobre a fita métrica instalada na parte superior do
Banco de Wells. A leitura da flexibilidade será feita pelo avaliador, quando o avaliado
atingir o ponto máximo de flexão do tronco e quadril à frente.

Banco de Wells: peça de madeira compensada de 61 X 20 cm, com linhas


horizontais desenhadas com intervalo de 1,3 cm, usado para a tomada da medida
de flexibilidade. A base da escala é feita de tábua de 27,94 cm colocada sobre a
borda com uma fita métrica para possibilitar a graduação do teste.

Fig. 3: Teste de flexibilidade no banco de Wells. (Fonte: Pitanga, 2008)


15

Tabela 1: Valores por sexo e idade para teste de sentar e alcançar. Banco de Wells.
Classificação Masc. Masc. Masc. Fem. Fem. Fem.
< 35 a 36-49 > 50 a < 35 a 36-49 > 50 a

EXCELENTE > 43 > 40 > 34 > 46 > 44 > 36

BOM 39-43 34-40 30-34 41-46 37-44 31-36

MÉDIO 34-38 26-33 24-29 37-40 33-36 26-30

FRACO 25-33 22-25 20-24 28-36 26-32 22-25

MUITO FRACO Até 24 Até 21 Até 19 Até 27 Até 25 Até 21


(Fonte: Pitanga, 2008)

5.7 PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO

O participante que preencher os critérios de elegibilidade e TCLE serão


submetidos a três intervenções semanais durante um mês, totalizando 12
atendimentos. Os atendimentos serão realizados em torno de 45 minutos, assim
previstos e calculados conforme atividade piloto de simulação.

O participante realizará um programa de cinesioterapia, baseado em estudos


regressos 17, 26, 28. Durante o período de intervenção o paciente realizará:

1) Pedalar no cicloergômetro: Paciente em sedestação em uma cadeira


adequada para seu tamanho, usará um cicloergômetro (Fig 4.) onde inicialmente o
terapeuta irá auxiliar no movimento, executado por 5 min.
16

Fig. 4: Cicloergômetro (Fonte: Autor).

2) Alongamentos:

2.1) Alongamento de flexores de joelho passivo: Posicionar a criança de


decúbito dorsal em uma posição confortável, com a perna elevada 45º uma mão
segura no joelho e com a outra mão empurra-se em direção ao joelho, realizar
passivamente por 20 seg, repetindo por três vezes.

2.2) Alongamento de extensores de joelho passivo: Posicionar a criança em


decúbito lateral com o joelho flexionado a 45º levando o pé próximo do glúteo, o
terapeuta realizará passivamente mantendo por 20 seg, repetindo por três vezes.

3) Treino de marcha com obstáculos: paciente iniciará o exercício


caminhando sobre obstáculos com a ajuda do fisioterapeuta para maior segurança
(Fig. 5 e 6). Irá fazer o percurso com as seguintes dificuldades, caminhar no step,
logo em seguida passar por cima do chapéu, ficar com os dois pés sobre o disco de
propriocepção.
17

Fig. 5: Treino de marcha com obstáculos (Fonte: Autor).

4) Cavalgar no feijão com os pés apoiados: O terapeuta colocará o paciente


em sedestação na bola feijão e será realizado movimentos de instabilidade fazendo
que haja o apoio do pé alternadamente, sendo realizada (2 x10) repetições.

Fig. 6: Treino de marcha com obstáculos (Fonte: Autor).

5) Chutar a bola no gol: Paciente em ortostase irá chutar a bola alternando os


pés em direção a goleira, será feito (2X10 rep) (Fig.7).
18

Fig. 7: Chutar a bola no gol (Fonte: Autor).

6) Agachamento na cama elástica com arremesso de bola: Paciente ficará em


ortostase em cima da cama elástica fará um leve agachamento e ao mesmo tempo
irá jogar a bola para o terapeuta, irá realizar dez repetições (Fig. 8).

Fig. 8: Agachamento na cama elástica com arremesso de bola (Fonte: Autor).

7) Senta e levanta na cadeira: Posição inicial será em ortostase de costas


para cadeira com tamanho adequado para o paciente, realizará o movimento de
ortostase para sedestação consecutivamente, fazendo ( 2X10 rep) (Fig. 9).
19

Fig. 9: Senta e levanta na cadareira (Fonte: Autor).

8) Treino em tapete educacional para marcha: Posição inicial será em


ortostase de frente para o tapete de EVA, onde irá realizar várias situações de
marcha, deslocamento lateral, andar em linha reta sobre o pontilhado, acompanhar
os passos desenhados no tapete, será realizado três vezes (Fig. 10).

Fig. 10: Treino em tapete educacional para marcha (Fonte: Autor).

9) Exercícios unipodal com agachamento: Posição inicial em ortostase, o


participante irá ficar em apoio unipodal e realizará um agachamento colocando o
chapéu no cone (Fig. 11).
20

Fig. 11: Exercício unipodal com agachamento (Fonte: Autor).

10) Dessensibilização do coto: O terapeuta realizará estímulos para


dessensibilizar o coto, com diversos materiais sendo eles , algodão, bolsa de água
quente,escova de dente, esponja macia e áspera.

6 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

O participante do estudo deverá assinar um Termo de Consentimento Livre


Esclarecido (TCLE) (Apêndice I). O projeto de pesquisa será submetido à aprovação
junto ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade
Luterana do Brasil.
O participante apresentará prescrição médica para tratamento
fisioterapêutico. Assim, participando nesta pesquisa, e, caso, esteja prescrito um
número maior ao qual essa pesquisa dispõe, será orientado dar continuidade dos
atendimentos na clínica escola de fisioterapia.

7 ANÁLISE DOS DADOS

Será descrito por meio de tabelas as características antropométricas do


participante, bem como, a apresentação dos dados coletados na avaliação e
reavaliação referentes a mobilidade, força muscular, equilíbrio e funcionalidade. A
21

descrição dos dados coletados na avaliação e na reavaliação sobre a análise de


marcha, será demonstrados através de gráficos.

8 CRONOGRAMA

2019 2020

8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Elaboração do Projeto

Revisão Bibliográfica

Encaminhar ao CEP

Coleta de Dados

Análise de Dados

Resultados e Discussão

Conclusão

Elaboração de Artigo

Apresentação

Encaminhamento para publicação


22

9 ORÇAMENTO
Não haverá ônus para as pacientes estudadas. Tais recursos não implicarão
em sobrecarga de gastos à Instituição envolvida nem ao Curso de Fisioterapia
ULBRA/Torres. Todas as despesas serão por conta dos pesquisadores.

9.1 MATERIAIS DE CONSUMO

ITENS VALOR UNITÁRIO UNIDADE VALOR (R$)

Folha A4 R$ 20,00 3 pacotes R$ 60,00

Cartucho de tinta para impressora R$ 50,00 2 unidades R$ 100,00

Transporte (gasolina) R$4,38 40 litros R$ 175,20

Canetas R$ 2,00 5 unidades R$ 10,00

Total R$ 345,20

9.2 MATERIAIS PERMANENTES

Itens Valor Unitário Unidades Valor R$

Computador R$ 3.000,00 1 R$ 3.000,00

Impressora R$ 650,00 1 R$ 650,00

Cicloergômetro R$ 119,00 1 R$ 119,00

Tapete para treino de marcha R$ 60,00 1 R$ 60,00

Valor Total R$ 3.829,00


23

10 REFERÊNCIAS

1. Changulani M, Ali F, Mulgrew E, Day JB, Zenios M. Outcome of limb lengthening in fibular
hemimelia and a functional foot. J Child Orthop 2010; 4:519-24.

2. Reggie C, Hamdy MD, MSc, FRCSC, et al Congenital Fibular Deficiency Journal of the American
Academy of Orthopaedic Surgeons. 2014; 22:246-55.

3. Vasconcelos JW, Faria JP, Rosembaum S, Leite JAD. Análise das deformidades do membro
inferior na ausência congênita da fíbula, Rev Bras Ortop 2000 Jun;35(6):

4. Calder P, Shaw S, Roberts A, et al. A comparison of functional outcome between amputation and
extension prosthesis in the treatment of congenital absence of the fibula with severe limb deformity. J
Child Orthop 2017;11:318-25

5. Morrison SG, Thomson L , Lenze L et al. Syme Amputation: Function, Satisfaction, and Prostheses.
J Pediatr Orthop Aug 2019

6. Sobotta J. Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan, 2000.

7. Revista Quadrimestral Volume 1 (1/2) jan-abr / maio-ago, 2003 São Luiís/ma issn 1677-4647.

8. Orphanet,2008

9. Conventry M, Einer J; Congenital Absence of the Fibula. The Journal of Bone & Joint Surgery. Oct
1952;34(4):941-55.

10. Venturella CB, Zanandrea G, Saccani R, Valentini NC. Motor development of children between 0
and 18 months of age: Differences between sexes; 2013, vol. 9, n. 2, pp. 3-12.

11. Rossetto BC, Winkelmann ER, Bonamigo E, Strassburger SZ, Stein BL. Avaliação do
desenvolvimento motor de bebês que frequentam uma escola municipal de educação infantil. In:
Salão do Conhecimento; 2015 Unjuí

12. Osório A, Madeira A, Tita B, Oka D, Sayro L, Carvalho LA. A Brief aproacht to congenital defects:
Club foot Equinovarus, Club foot calcaneovalgus and congenital deformation of the hip 2003.

13. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de estimulação precoce, crianças
de zero a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Brasilia; 2016

14. Furtado MCC, Desenvolvimento Infantil ;2013.

15. Vieira RI, Luz SCT, Santos KPB, Gonçalvez Junior E, Campos PVC, Physiotherapy intervention
during pre and post-prosthetic fitting of lower limb amputees: a systematic review, Acta Fisiatr.
2017;24(2):98-104.

16.Ebserh. Todos os direitos reservados Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares –


Ebserh. Fisioterapia Ambulatorial em Amputado de Membro Inferior, POP/UNIDADE DE
REABILITA-ÇÃO/002/2016

17. Luccia N, Silva ES. Aspectos Técnicos das Amputações dos Membros Inferiores; 2003.

18. Barnes, R. W. & Cox, B., Amputação Manual Ilustrado, Ed. Revinter; Rio de Janeiro; 2003.

19. Pastre CM, Salioni JF, Oliveira BAF, Micheletto M, Netto Júnior J. Physical therapy and transtibial
amputation. Arq Ciênc Saúde abr-jun 2005;12(2):120-4.
24

20. Souza ACS; Santos GM. Sensibilidade da Escala de Equilíbrio de Berg em indivíduos com
osteoartrite. Motriz 2012;18(2):307-18.

21. Benatti LC, Meneghetti CHZ. Functional evaluation instruments for classification of the risk of falls
in vascular cerebral accidents. Rev Cient da FHO|UNIARARAS 2016;4,(2): 21-9.

22. Minosso JSM; Amendola F; Alvarenga MRM et al. Validação, no Brasil, do Índice de Barthel em
idosos atendidos em ambulatórios. Acta Paul Enferm 2010;23(2):218-23.

23. Monteiro EP; Wild LB; Martinez FG et al. Aspectos biomecânicos da locomoção de pessoas com
doença de Parkinson: revisão narrativa. Rev Bras Ciênc Esporte 2017;39(4):450-7.

24. Anjos FR; Gonçalves AK; Griebler EM et al. Probability of falling and fear of falling after balance
workshop in elderly practioners of physical activity. Ras 2015;13(44): 5-10.

25. Silva JR; Camargo RCT; Nunes MM et al. Análise da alteração do equilíbrio, da marcha e o risco
de queda em idosos participantes de um programa de fisioterapia. Colloq vitae 2014; 6(3):11-8.

26. Fidelis LT; Patrizzi LJ; Walsh IAP. Influence of physical exercise on the flexibility, hand muscle
strength and functional mobility in the elderly. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol 2013;16(1):109-16.

27. Oppenheim WL. Fibular deficiency and the indications for Syme's amputation. Prost and Orth Int
1991;15:131-6.

28. Araújo RA, Andrade PKFL, Tôrres BR. Principais recursos fisioterapêuticos utilizados em
amputados transfemorais durante a fase de pré protetização. Centro de Ciências da
Saúde/Departamento de Fisioterapia/MONITORIA.

29.Rocha PE, Medidas e Avaliaçã em Ciência do esporte-Rio de Janeiro: 6 edição: Sprint,2004

30. Puige AD, et al, Validity and reliability of the Kinovea program in obtaining angles and distances
using coordinates in 4 perspectives.

31. Aguilar B, Gustavo H, Luciano L; A Physiotherapy in a patient lower limb amputees; Revista
Inspirar; movimento e saude; Vol 4; Junho 2012.

32. Pacheco R, Fraga DB. Tratamento fisioterapêutico em pós operatório de amputação transfemural
de membro inferior direito. 1º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense –
SICT-Sul ISSN 2175-5302; 2012.

33. Macedo HS, Macky CFST. Procedimentos fisioterapêuticos no tratamento de pacientes


amputados acometidos por dor. Anais da Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia 2017

34.Pitanga FJG. Teste, Medidas e Avaliação em Educação Física e Esportes. 5. ed. São Paulo:
Phorte; 2008.
25

11 APÊNDICES
11.1 APÊNDICE I – Termo de consentimento livre e esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA


Título do Projeto: ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA HEMIMELIA FIBULAR APÓS AMPUTAÇÃO
TIPO SYME: RELATO DE CASO
Área do Conhecimento: Saúde Número de participantes: 1
Curso: Fisioterapia Unidade: Torres
Projeto Multicêntrico Sim x Nã Naciona Internacional Cooperação Estrangeira Sim x Não
o l
Patrocinador da pesquisa: próprio pesquisador
Instituição onde será realizado: Universidade Luterana do Brasil – Campus Torres
Nome dos pesquisadores e colaboradores: Diane de Matos e Vicente de Almeida Brito

Você está sendo convidado (a) para participar do projeto de pesquisa acima identificado. O documento
abaixo contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa que estamos fazendo. Sua
colaboração neste estudo será de muita importância para nós, mas, se desistir, a qualquer momento, isso
não causará nenhum prejuízo para você.

2. IDENTIFICAÇÃO DO PARTICIPANTE DA PESQUISA


Nome: Data de Nasc.: Sexo:
Nacionalidade: Estado Civil: Profissão:
RG: CPF/MF: Telefone: E-mail:
Endereço:

3. IDENTIFICAÇÃO DO PESQUISADOR RESPONSÁVEL


Nome: Vicente de Almeida Brito Telefone: (051) 99649 7380
Profissão: Fisioterapeuta Registro no Conselho Nº: 80.169/F E-mail:
vicentebrito09@gmail.com
Endereço: Rua Manoel Fortunato de Souza nº 694 Torres -RS

Eu, participante da pesquisa, abaixo assinado(a), após receber informações e esclarecimento sobre o
projeto de pesquisa, acima identificado, concordo de livre e espontânea vontade em participar como
voluntário(a) e estou ciente:
26

1. Da justificativa e dos objetivos para realização desta pesquisa.


O presente estudo justifica-se na medida em que pretende buscar avaliar e melhor elucidar a
aplicabilidade da atuação fisioterapêutica na funcionalidade dos indivíduos com Hemimelia Fibular
submetidos a amputação tipo syme, a fim de se obter conhecimentos sobre um tratamento eficaz para a
patologia em questão e favorecer estes indivíduos que possuem está patologia de baixa prevalência.

2. Do objetivo de minha participação.


Minha participação vai ajudar a desenvolver a atuação da fisioterapia no indivíduo com amputação do tipo
syme e favorecer a reabilitação do participante desta pesquisa, pois são condutas que visão melhorar a
funcionalidade.

3. Do procedimento para coleta de dados.


Inicialmente, o indivíduo que for convidado irá passar por uma avaliação fisioterapêutica composta por
itens de identificação do indivíduo, avaliação da flexibilidade por meio de um banco de propicio para isto,
perimetria através de fita métrica, equilíbro com testes ao ficar em pé e analise de marcha por filmagem.
Será verificada a condição deste participante para completar os critérios de elegibilidade. Caso o
indivíduo enquadre-se nesses critérios de elegibilidade e aceite participar da pesquisa, será
disponibilizado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para preenchimento e assinatura do
responsável pelo participante. Estas intervenções serão realizadas através de exercícios fisioterapêuticos,
onde será feito dessensibilização do coto com esponjas e algodão, pedalar no cicloergômetro, exericios
de na cama elática ( Jump ), treino de marcha no tapete lúdico, chutar a bola senta e levanta na cadeira
e alongamentos. Serão realizadas 3 intervenções por semana durante um mês, totalizando 12
atendimentos. No fim das intervenções ocorrerá uma reavaliação, na qual o participante receberá
indicações para continuidade do tratamento para a reabilitação.

4. Da utilização, armazenamento e descarte das amostras.


Os dados coletados no estudo serão para uso exclusivo deste estudo e mantidos de forma sigilosa, para
conhecimento apenas dos participantes do estudo pelo período de 2 (dois) anos. Após, será descartado o
material de forma adequada.

5. Dos desconfortos e dos riscos.


O participante do estudo poderá apresentar algum desconforto muscular após o programa de exercícios,
bem como, sofrer alguma queda durante os treinamentos.

6. Dos benefícios.
O participante receberá um tratamento fisioterapêutico que possibilitará melhor reabilitação pós-
amputação, melhorando sua funcionalidade e a marcha. Na intervenção ocorrerá o tratamento adequado
para este caso de intervenção de amputação tipo syme. Somado a isto, os resultados do presente estudo
poderão dar novas diretrizes para reabilitação pós-amputação tipo syme, onde a intervenção do estudo
visa estabelecer a funcionalidade, marcha e fortalecimento após amputação.

7. Da isenção e ressarcimento de despesas.


A participação é isenta de despesas ao participante, bem como, não haverá ressarcimento de despesas
referentes a locomoção, realização de exames, medicamento etc.

8. Da forma de acompanhamento e assistência.


27

Durante as avaliações e tratamento o pesquisador estará sempre acompanhando os participantes. O


protocolo de exercícios ocorrerá conforme a tolerância do participante.

9. Da liberdade de recusar, desistir ou retirar meu consentimento.


Tenho a liberdade de recusar, desistir ou de interromper a colaboração nesta pesquisa no momento em
que desejar, sem necessidade de qualquer explicação. A minha desistência não causará nenhum prejuízo
à minha saúde ou bem-estar físico.

10. Da garantia de sigilo e de privacidade.


Os resultados obtidos durante este estudo serão mantidos em sigilo, mas concordo que sejam divulgados
em publicações científicas, desde que meus dados pessoais não sejam mencionados.

11. Da garantia de esclarecimento e informações a qualquer tempo.


Tenho a garantia de tomar conhecimento e obter informações, a qualquer tempo, dos procedimentos e
métodos utilizados neste estudo, bem como dos resultados finais desta pesquisa. Para tanto, poderei
consultar o pesquisador responsável (acima identificado). Em caso de dúvidas não esclarecidas de forma
adequada pelo(s) pesquisador (es), de discordância com os procedimentos, ou de irregularidades de
natureza ética, poderei ainda contatar o Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Ulbra
Canoas (RS), com endereço na Rua Farroupilha, 8.001 – Prédio 14 – Sala 224, Bairro São José, CEP
92425-900 - telefone (51) 3477-9217, e-mail comitedeetica@ulbra.br.

Declaro que obtive todas as informações necessárias e esclarecimento quanto às dúvidas por mim
apresentadas e, por estar de acordo, assino o presente documento em duas vias de igual conteúdo e
forma, ficando uma em minha posse.

_____________( ), _____ de ____________ de ______.

_________________________________ _________________________________
Pesquisador Responsável pelo Projeto Participante da Pesquisa e/ou Responsável
28

11.2 APÊNDICE II – Ficha de avaliação

FICHA DE AVALIAÇÃO

DATA: __ __/ __ __/__ __ HORA: __ __

NOME:

GÊNERO

(1) Masculino GÊNERO__


(2) Feminino

COR:
(1) Branco COR __
(2) Preto
IDADE: __ __ anos
DATA NASC: ____/___/_____
FLEXIBILIDADE – BANCO DE WELLS
FLEXIBILIDADE ____ cm CLASSIFICAÇÃO:
(1) MUITO FRACO
(2) FRACO
(3) MÉDIO
(4) BOM
(5) EXCELENTE

Goniometria

ATIVA DIREITO ESQUERDO

FLEXÃO

EXTENSÃO

PASSIVA

FLEXÃO

EXTENSÃO

Perimet
ria
Distância do ponto de Membro inferior direito Membro inferior esquerdo
referência
29

7cm

14cm

21cm

Escala de Berg

1. Sentado para em pé: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

2. Em pé sem apoio: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

3. Sentado sem apoio: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

4. Em pé para sentado: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

5. Transferências: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

6. Em pé com os olhos fechados: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

7. Em pé com os pés juntos: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

8. Reclinar à frente com os braços estendidos: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

9. Apanhar objeto do chão: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

10. Virando-se para olhar para trás: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

11. Girando 360 graus: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

12. Colocar os pés alternadamente sobre um banco: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

13. Em pé com um pé em frente ao outro: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

14. Em pé apoiado em um dos pés: (0) - (1) - (2) - (3) - (4)

Kinovea
30

Fases da marcha DIREITO ESQUERDO

Contato inicial SIM ( ) NÃO ( ) SIM ( ) NÃO ( )

Resposta à carga SIM ( ) NÃO ( ) SIM ( ) NÃO ( )

Apoio médio SIM ( ) NÃO ( ) SIM ( ) NÃO ( )

Apoio terminal SIM ( ) NÃO ( ) SIM ( ) NÃO ( )

Pré-balanço SIM ( ) NÃO ( ) SIM ( ) NÃO ( )

Balanço inicial SIM ( ) NÃO ( ) SIM ( ) NÃO ( )

Balanço médio SIM ( ) NÃO ( ) SIM ( ) NÃO ( )

Balanço terminal SIM ( ) NÃO ( ) SIM ( ) NÃO ( )

Escala PEDI

Formulário de Pontuação
Sobre a Criança Sobre o entrevistado (pais ou responsável)
Nome:______________________________ Nome:__________________________
Sexo: M F Sexo: M F
Idade: Ano Mês Dia Parentesco com a criança:_________________
Entrevista ______ _______ _______ Profissão (especificar):___________________
Nascimento ______ _______ _______
Escolaridade:___________________________
Id. Cronológica ______ _______ _______
Diagnóstico (se houver):________________________
_________ _________ _________
primário adicional
Situação Atual da Criança Sobre o examinador
Hospitalizada mora em casa Nome:_________________________________
Cuidado intensivo mora em instituição
Profissão:_______________________________
Reabilitação Instituição:______________________________
Outros (especificar): _________________________ Sobre a avaliação
Escola ou outras instalações:___________________ Recomendada
por:___________________
Série escolar:_______________________________ Razões da
avaliação:_________________
Notas:__________________________
______________________________
UNIVERSIDADE LUTERANA
DO BRASIL - ULBRA/ RS

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA HEMIMELIA FIBULAR APÓS AMPUTAÇÃO


TIPO SYME: RELATO DE CASO
Pesquisador: VICENTE DE ALMEIDA BRITO
Área Temática:
Versão: 1
CAAE: 26447219.7.0000.5349
Instituição Proponente: Universidade Luterana do Brasil Campos Torres
Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 3.773.932

Apresentação do Projeto:
INTRODUÇÃO: A Hemimelia Fibular é uma malformação congênita rara e complexa que afeta
aproximadamente 1:50.0000 nascidos vivos. HIPÓTESE: Não se aplica. METODOLOGIA: Relato de caso
onde o participante será avaliado antes e após uma intervenção fisioterapêutica, quanto a mobilidade,
funcionalidade, perimetria, equilíbrio, marcha e flexibilidade. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO:Ter Hemimelia
Fibular ectopica diagnosticada;Já ter realizado amputação do tipo Syme;Haver prescrição médica para
tratamento fisioterapêutico;Possuir idade entre 1 ano e 4 meses a 5 anos.CRITÉRIOS DE
EXCLUSÃO:Ausência em 2 sessões;Impossibilidade cognitiva de compreensão das atividades
fisioterapêuticas;Sinais vitais instáveis;Cardiopatas;Pneumopatas;Patologias neurológicas
associadas;Lesões epiteliais no membro inferior amputado.

Objetivo da Pesquisa:
Relatar os efeitos da atuação fisioterapêutica na reabilitação de um indivívuo com amputação do tipo Syme
por Hemimelia Fibular.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Adequados

Endereço: Av. Farroupilha, 8001 Prédio14- Sala 224


Bairro: São José CEP: 92.425-900
UF: RS Município: CANOAS
Telefone: (51)3477-9217 Fax: (51)3477-9239 E-mail: comitedeetica@ulbra.br

Página 01 de 03
UNIVERSIDADE LUTERANA
DO BRASIL - ULBRA/ RS

Continuação do Parecer: 3.773.932

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:


Sem comentários
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Sem considerações
Recomendações:
Recomendo que os pesquisadores revejam os itens 5.2 e 5.4 do projeto detalhado (word), pois lá a
liguagem está em tempo passado, dando a entender que o atendimento/avaliação já foi realizado,
difrentemente dos campos preenchidos na plataforma brasil que estão em tempo futuro. Tendo em vista que
o delineamento do estudo permite a realização prévia da atuação fisioterapêutica, não vejo motivos para
pendência, mas deixo sob a responsabilidade dos autores essas correções.
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
Não foram observados óbices éticos
Considerações Finais a critério do CEP:

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:


Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação
Informações Básicas PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P 02/12/2019 Aceito
do Projeto ROJETO_1482867.pdf 03:06:53
Outros curriculolattesvicentebrito.pdf 02/12/2019 VICENTE DE Aceito
03:05:47 ALMEIDA BRITO
Declaração de cartadeanuenciadiane.pdf 02/12/2019 VICENTE DE Aceito
Instituição e 03:05:06 ALMEIDA BRITO
Infraestrutura
TCLE / Termos de tclediane.docx 02/12/2019 VICENTE DE Aceito
Assentimento / 03:04:29 ALMEIDA BRITO
Justificativa de
Ausência
Projeto Detalhado / projetodiane.docx 02/12/2019 VICENTE DE Aceito
Brochura 03:04:14 ALMEIDA BRITO
Investigador
Folha de Rosto folhaderostodiane.pdf 02/12/2019 VICENTE DE Aceito
03:03:30 ALMEIDA BRITO

Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:

Endereço: Av. Farroupilha, 8001 Prédio14- Sala 224


Bairro: São José CEP: 92.425-900
UF: RS Município: CANOAS
Telefone: (51)3477-9217 Fax: (51)3477-9239 E-mail: comitedeetica@ulbra.br

Página 02 de 03
UNIVERSIDADE LUTERANA
DO BRASIL - ULBRA/ RS

Continuação do Parecer: 3.773.932

Não

CANOAS, 16 de Dezembro de 2019

Assinado por:
Arlete Beatriz Becker Ritt
(Coordenador(a))

Endereço: Av. Farroupilha, 8001 Prédio14- Sala 224


Bairro: São José CEP: 92.425-900
UF: RS Município: CANOAS
Telefone: (51)3477-9217 Fax: (51)3477-9239 E-mail: comitedeetica@ulbra.br

Página 03 de 03

Você também pode gostar