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Elaborado por:
Amanda Polin
Elisa Pedigoni
Grasiele Lozano
Hannah Gomes
Livia Manara
Marcela Merino
Terapia Ocupacional
FMRP - USP
SUMÁRIO
Referências 109
RCG 2028 – Cinesiologia e Biomecânica
Roteiro de Atividades Didáticas, Teóricas e Práticas
O termo Cinesiologia é uma combinação de dois verbos gregos: kinein, que significa
mover, e logos, estudar. Os cinesiologistas, aproveitam estudos da anatomia, ciência que
estuda o corpo humano, juntamente com a fisiologia que estuda o funcionamento
organizacional do corpo (PORTELLA, 2016).
Portanto, a Cinesiologia é uma ciência que tem como objetivo analisar os movimentos
realizados pelo corpo humano sob o ponto de vista físico, ou seja, da ação muscular e da
estrutura esquelética. Já a Biomecânica, é a ciência que estuda as forças internas e
externas que atuam sobre uma estrutura biológica e os seus efeitos produzidos (NIGG,
1994). A Cinesiologia e seus conceitos são fundamentais para entender a capacidade que o
corpo possui de produzir e modificar o movimento, por isso é muito importante conhecer a
anatomia do corpo humano, bem como os grupos musculares, os ossos e as articulações,
pois são esses elementos que compõe a estrutura física do corpo e permite que ocorra o
movimento.
Os PLANOS são formados pelo deslocamento dos eixos entre si, e são dois verticais
(Sagital e Coronal) e um horizontal (Transverso):
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Roteiro de Atividades Didáticas, Teóricas e Práticas
● Flexão e Extensão;
Plano Sagital
● Dorsiflexão e Flexão Plantar;
● Abdução e Adução;
● Flexão lateral;
Plano Frontal
● Desvio ulnar e radial;
● Eversão e Inversão
2. GONIOMETRIA
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Todo goniômetro possui um transferidor, um eixo e dois braços. O braço fixo estende-
se desde o transferidor, sobre o qual os graus estão marcados. O braço móvel possui uma
linha central com ponteiro, para indicar a medida do ângulo. O eixo é o ponto no qual ambos
os braços estão articulados, ele ficará sempre em cima do eixo de movimento que está sendo
analisado.
Figura 4 - Goniômetro
Eixo
Braço fixo
Braço
móvel
Todo goniômetro possui um transferidor, um eixo e dois braços. O braço fixo estende-
se desde o transferidor, sobre o qual os graus estão marcados. O braço móvel possui uma
linha central com ponteiro, para indicar a medida do ângulo. O eixo é o ponto no qual ambos
os braços estão articulados, ele ficará sempre em cima do eixo de movimento que está sendo
analisado.
Os quadros a seguir, trazem as informações sobre a aplicação do goniômetro:
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Flexão 0 - 180°
Extensão 0 - 45°
Abdução 0 - 180°
Ombro Adução 0 - 40°
Abdução horizontal 0 - 90°
Rotação Interna 0 - 90°
Rotação externa 0 - 90°
Flexão 0 - 145°
Cotovelo
Extensão 145 - 0°
Flexão 0 - 90°
Extensão 0 - 70°
Desvio radial 0 - 20°
Punho
Desvio ulnar 0 - 45°
Pronação 0 - 90°
Supinação 0 - 90°
Flexão 0 - 15°
Carpometacárpica do
Abdução 0 - 70°
polegar
Extensão 0 - 70°
Flexão 0 - 90°
Extensão 0 - 30°
Metacarpofalangeanas
Abdução 0 - 20°
Adução 0 - 20°
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Flexão 0 - 110°
Interfalângicas Proximais
Extensão 0 - 10°
Flexão 0 - 90°
Flexão Int. do polegar 0 - 80°
Interfalângicas Distais
Extensão Int. do polegar 0 - 20°
Extensão Int. 2 ao 5 dedo 0 - 10°
● ADM varia de pessoa para pessoa e pode ser limitada pela dor;
● Algumas causas que podem diminuir a ADM, são: dor, edema, fraqueza, aderência
cutânea, espasticidade, deformidade óssea e/ou contratura muscular.
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ativa passiva
OMBRO D E D E
Flexão
Extensão
Abdução
Adução
Abdução horizontal
Rotação externa
Rotação interna
ativa passiva
COTOVELO D E D E
Flexão
Extensão
ativa passiva
PUNHO D E D E
flexão
extensão
desvio radial
desvio ulnar
pronação
supinação
ativa passiva
POLEGAR D E D E
Flexão CM
Extensão CM
Flexão-extensão MF
Flexão-extensão IF
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3. TESTES DE GONIOMETRIA
Flexão:
● Posição inicial: Sujeito pode estar sentado ou em pé; pode-se considerar também a
posição em decúbito dorsal. Os braços devem estar posicionados ao longo do corpo.
● Movimento: Movimento do úmero para frente no plano sagital, ocorre na articulação
glenoumeral.
● Amplitude articular: 0 - 180°
Extensão:
● Posição inicial: Sentado, em pé ou em decúbito ventral, mantendo os braços ao longo
do corpo.
● Movimento: Movimento do úmero para trás no plano sagital, ocorre na articulação
glenoumeral.
● Amplitude articular: 0 - 45°
Abdução:
● Posição inicial: : Sentado ou em pé, de costas para o avaliador. Os braços devem ficar
em posição anatômica (palma da mão anteriormente).
● Movimento: O movimento ocorre pelo deslocamento lateral do úmero no plano frontal,
a abdução da articulação glenoumeral é acompanhada por elevação clavicular.
● Amplitude articular: 0 - 180°
● Braço móvel: Deve ficar sobre a superfície posterior do braço voltada para a região
dorsal da mão.
Abdução horizontal:
● Posição inicial: sentado ou em pé, de costas para o avaliador. Os braços devem ficar
paralelos (em 90°) ao eixo longitudinal do úmero.
● Movimento: o movimento ocorre pelo deslocamento medial do úmero no plano
transverso.
● Amplitude articular: 0 - 90°
Adução:
● Posição inicial: Sentado, podendo ficar em pé com o cotovelo, punho e dedos
estendidos.
● Movimento: O movimento é o retorno a partir da abdução e ocorre no plano frontal. A
adução horizontal ocorre no plano transverso.
● Amplitude articular: 0 - 40°
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Flexão - Extensão:
● Posição inicial: Sentada, em pé ou deitada em decúbito dorsal com o membro superior
posicionado junto ao tronco
● Movimento: Movimento do antebraço supinado anteriormente no plano sagital. Sendo
uma articulação em dobradiça uniaxial, o movimento de extensão é considerado o
retorno da flexão
● Amplitude articular: 0 - 145°
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● Posição Inicial: Sujeito sentado, cotovelo fletido a 90° com o braço junto ao corpo, o
antebraço neutro entre a pronação e a supinação. O sujeito deve segurar uma caneta
e manter o polegar para cima.
● Movimento: O ocorre no plano transverso
● Amplitude articular: 0°-90°
a b c
. . .
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Flexão - Extensão:
● Posição Inicial: Sentada ou em pé, com braço em pronação, cotovelo fletido a
aproximadamente 90°. Dedos em extensão.
● Movimento: Movimento do antebraço supinado anteriormente no plano sagital. Sendo
uma articulação em dobradiça uniaxial, o movimento de extensão é considerado o
retorno da flexão
● Amplitude articular: 0°- 90°
b.
a.
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● Braço Fixo: Deve ser colocado sobre a região posterior do antebraço, apontando
para o epicôndilo lateral.
● Braço móvel: Deve ser colocado sobre a superfície dorsal do terceiro metacarpal.
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Extensão Flexão
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Flexão Extensão
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Flexão interfalângica
● Posição Inicial: Sentada, antebraço apoiado, punho fletido em posição intermediária
entre a pronação e supinação ou na pronação.
● Movimento: Ocorre no plano sagital
● Amplitude articular:
○ Interfalângica proximal: 0° - 110
○ Interfalângica distal: 0° - 90°
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a. b
.
Extensão interfalângica
● Posição Inicial: Sentada, antebraço apoiado, punho fletido em posição intermediária
entre a pronação e supinação ou na pronação.
● Movimento: No plano sagital
● Amplitude articular: 0° - 10°
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3.2.1. Quadril
Flexão
- com o joelho fletido 0 - 125°
- com o joelho estendido 0 - 90°
Extensão 0 - 10°
Abdução 0 - 45°
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Adução 0 - 15°
Flexão do quadril:
● Posição Inicial: Decúbito dorsal, preferencialmente, podendo ser também decúbito
lateral.
● Movimento: Ocorre no plano sagital, entre o acetábulo do ilíaco e a cabeça do fêmur.
● Amplitude articular:
○ com o joelho fletido: 0°- 125° (Marques, 2003).
○ com o joelho estendido: 0 - 90° (Marques, 2003).
Observação: manter o membro oposto sobre a mesa, com o joelho fletido, para evitar
inclinação pélvica posterior.
Extensão de Quadril:
● Posição Inicial: Idealmente em decúbito ventral. Existe a possibilidade de realizar em
decúbito lateral.
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Abdução do Quadril:
● Posição Inicial: Decúbito dorsal
● Movimento: Plano frontal
● Amplitude articular: 0 - 45° (Marques, 2003)
Figura 30 - Goniometria Quadril: Abdução
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● Braço Fixo: Deve ser posicionado na linha entre as espinhas ilíacas ântero-
superiores, ou nivelado com as espinhas ilíacas ântero-superiores.
● Braço Móvel: Deve ser posicionado na região anterior da coxa, sobre a diáfise do
fêmur
Adução do Quadril:
● Posição Inicial: Decúbito dorsal
● Movimento: Ocorre no plano frontal
● Amplitude articular: 0 - 15° (Marques, 2003)
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Observação: Evitar rotação da pelve para o lado oposto. Evitar a adução do quadril. Evitar
a inclinação contralateral da pelve
Flexão-extensão:
● Posição Inicial: Indivíduo deitado em decúbito dorsal, com o joelho e o quadril fletidos.
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a b
. .
Flexão dorsal
● Posição Inicial: Sentado ou deitado em decúbito dorsal. Joelhos fletidos em torno de
25º ou 30º. Pé em posição anatômica.
● Movimento: No plano sagital
● Amplitude articular: 0° - 20° (Marques, 2003).
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Flexão plantar
● Posição Inicial: Sentado ou deitado em decúbito dorsal. Joelhos fletidos em torno de
25º ou 30º. Pé em posição anatômica.
● Movimento: No plano sagital
● Amplitude articular: 0° - 45° (MARQUES, 2003).
Eversão
● Posição Inicial: Decúbito ventral com os pés para fora da maca.
● Movimento: No plano sagital, transversal e frontal.
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Inversão
● Posição Inicial: Decúbito ventral com os pés para fora da maca.
● Movimento: No plano sagital, transversal e frontal.
● Amplitude articular: 0° - 40°
Figura 38 - Goniometria da articulação do tornozelo: inversão
4. EDEMA
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● "Sinal de Cacifo": Depressão do tecido com retorno lento após realizar compressão
digital;
● Aumento de volume e peso;
● Diminuição de consistência;
● Aspecto liso e brilhante;
● Palidez (consequência da compressão vascular), com vasos linfáticos acinzentados
(VASCONCELOS, 2000).
● Insuficiência cardíaca;
● Trombose venosa profunda ou obstruções venosas (ex: tumor);
● Infecções;
● Fraturas ósseas.
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4.3. Volumetria
Utiliza-se a volumetria para medir as alterações de uma parte do corpo através do
deslocamento de água; sendo geralmente mais utilizada para mensurar o edema da mão, por
ser uma região fácil de ser submergida.
Um recipiente com água que seja amplo o suficiente para permitir a submersão de
toda a mão é utilizado (Fig. 29).
Utiliza-se uma fita métrica para mensurar a circunferência de uma parte do corpo que
esteja edemaciada. É essencial fazer a medição exatamente no mesmo lugar a cada teste e
medir sempre o membro com edema e o não afetado da parte contralateral, para notar a
diferença entre ambos.
Especificamente para edemas de mão, em casos de feridas abertas ou problemas de
pele, existe a técnica da figura-do-oito (PELLECCHIA, 2004), demonstrada na figura 30.
Utiliza-se uma fita métrica, mantém-se o punho em posição neutra e os dedos
aduzidos, posicionando a fita na face medial do punho, distal ao processo estilóide da ulna.
Então, estende-se a fita pela superfície ventral do punho até o ponto mais distal do processo
estilóide do rádio.
Por fim, estende-se a fita diagonalmente ao longo do dorso da mão até a 5ª articulação
metacarpofalangeana e mede-se a distância que a fita percorreu.
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Local do Edema:
Características encontradas:
Pode ser realizada através de compressas frias e com uso de bolsas de gelo, onde o
membro deve ser observado a cada 2 minutos (PEREIRA, MELLO, SILVA E FONSECA,
2001). Também é possível realizar massagem com gelo, imersão em água gelada, unidades
compressoras e sprays congelantes (BRUNO et al.,2001).
c) Pressão intermitente: Boscheinen-Morrin, Davey e Conolly (2002), explicam que a
pressão intermitente aumenta a pressão intersticial, forçando o fluido linfático de volta para o
sistema venoso.
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O exercício não deve causar dor, pois perpetua o ciclo dor-edema-rigidez. Para que a
terapia seja eficaz, um programa domiciliar deve ser prescrito e realizado 1 a 2 vezes por
hora (BOSCHEINEN-MORRIN, DAVEY e CONOLLY, 2002).
g) Banho de contraste: consiste na imersão alternada da mão em água quente (38º a 48ºC),
por 3 minutos, seguido de água fria (10° a 18°C) por 1 minuto. Este ciclo é repetido por 20 a
30 minutos. Lembrando que o término do ciclo deve ser com água fria e, nos casos
inflamatórios, onde há rigidez matinal e dor, a indicação é que o término seja com água
quente.
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a. b. c.
Realiza-se uma linha no início de cada prega citada anteriormente. Após, deve-se
medir a distância da prega da axila até a prega do cotovelo e dividir o valor constatado na fita
métrica por 3.
Por exemplo: Se a distância entre os dois pontos for de 21 cm, então deverá ser
realizada uma linha de 7 em 7 cm (vide exemplo na figura 32). Após, é necessário medir a
distância entre a prega do cotovelo e a prega do punho e realizar o mesmo processo de
divisão explicado previamente (PEREIRA; VIEIRA & ALCÂNTARA, 2005).
0
Fonte: Próprio autor, 2022.
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Medida
Membro
Membro
não Membro lesado
Movimentos/Músculos lesado
lesado
Data Data
Membro Superior
PA cm cm cm
Cm cm cm cm
Cm cm cm cm
PC cm cm cm
Cm cm cm cm
Cm cm cm cm
PP cm cm cm
Nome do medidor, marca da fita métrica, posição do utente, hora
do dia, momento do tratamento.
Fonte: Próprio autor, 2022.
Legenda:
PA: prega axilar
PC: prega do cotovelo
PP: prega do punho
Observação: Na primeira coluna deverá ser colocado o membro não lesado e na segunda coluna o
membro lesado para que a leitura dos resultados seja mais fácil.
5. TESTES SENSORIAIS
Temperatura
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1) Inicie o teste com o filamento marcado por 0,07g (cor verde); segure o filamento
perpendicularmente à pele, aplicando-o até que o filamento se curve. Aplique em 1,5
segundo, mantenha por 1,5 segundo, e remova em 1,5 segundo.
Observação: Repita três vezes em cada local de teste, utilizando filamentos mais espessos
caso o paciente não perceba os mais finos (exceto para os filamentos marcados > 4,08, que
são aplicados uma vez em cada local).
2) O paciente diz sim quando sente o estímulo?
3) O paciente é preparado para o estímulo, então o filamento é lentamente aplicado à pele e
seguro por 1 segundo, então lentamente retirado. Testes falsos, consistindo em preparo sem
aplicação do filamento, são inseridos aleatoriamente na sequência do teste.
4) O paciente responde com sim ou não para indicar se o estímulo foi sentido, dependendo
da resposta, o terapeuta vai aumentando a gramatura do monofilamento (ou seja, se não
sentiu com o verde, vai para o azul e assim por diante). É importante ressaltar que o paciente
deve referir o local em que a sensação foi percebida com a outra mão.
5) Observação: Monofilamento verde (0,05g) e azul (0,2g) é aplicado três vezes e espera
a resposta do paciente.
6) Os demais filamentos são aplicados apenas uma vez (Semmes Weinstein Monofilaments
and Weinstein Enhanced Sensory Test (WEST))
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Definição: avalia a gnosia tátil, capacidade de tarefas delicadas e finas (como colocar
colar, dar corda em um relógio).
Figura 36: Teste de discriminação de dois pontos
1) A sua aplicação começa de distal para proximal, da maior distância para menor.
2) O examinador deve iniciar com uma separação de pontos de 5 mm. Levemente (apenas a
ponto de embranquecer a pele), ele aplicará um ou dois pontos (aleatoriamente sequenciado)
em uma direção transversal ou longitudinal na mão; mantendo por pelo menos 3 segundos
ou até que o paciente responda.
3) Gradualmente ajuste a distância de separação para encontrar a menor distância que o
paciente pode perceber corretamente.
4) O paciente deve responder com: ‘’1, 2 ou não consigo saber’’.
5) A pontuação é a menor distância na qual a percepção de um ou dois pontos não é apenas
um acaso. Quando as respostas do paciente se tornam hesitantes ou imprecisas, são
requeridas 2 em 3, 4 em 7, ou 7 em 10 respostas corretas.
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6. FORÇA MUSCULAR
Quando um indivíduo apresenta uma fraqueza muscular que limita ou incapacita a sua
funcionalidade ocupacional, é necessário determinar o grau e a distribuição dessa fraqueza
muscular, para que assim se estabeleça um plano de intervenção que seja apropriado às
necessidades do sujeito. A fraqueza muscular, é entendida como falta ou redução da potência
(capacidade de realizar algo) de um músculo ou de um grupo de músculos.
Para compreender sobre a capacidade de realizar um movimento que o músculo
possui, ou seja, entender sobre a sua potência, é preciso saber como a contração muscular
age, já que ela está relacionada à força muscular. O quadro abaixo, traz os tipos de contração
muscular e seus respectivos exemplos.
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Princípios para o teste muscular (Terapia Ocupacional para Disfunção Física, 2013, p.155):
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Escápula
ELEVAÇÃO
Trapézio superior (acessório) NC XI, C3-4
DEPRESSÃO
Trapézio Inferior (acessório) NC XI, C3-4
ADUÇÃO
Trapézio médio (acessório) NC XI, C3-4
ABDUÇÃO
Serrátil anterior (torácico longo) C5-7
Ombro
FLEXÃO
Deltoide anterior (axilar) C5-6
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EXTENSÃO
Grande dorsal (toracodorsal) C6-8
ABDUÇÃO
Supraespinhoso (supraescapular) C5-6
Deltoide médio
ADUÇÃO
Grande dorsal (toracodorsal) C6-8
Redondo maior (subescapular inferior) C5-6
Peitoral maior (peitoral) C5-T1
ABDUÇÃO HORIZONTAL
Deltoide posterior (axilar) C5-6
ADUÇÃO HORIZONTAL
Peitoral maior (peitoral) C5-T1
Deltoide anterior (axilar) C5-6
ROTAÇÃO EXTERNA
Infraespinhoso (supraescapular) C5-6
Redondo menor (axilar) C5-6
Deltoide posterior (axilar) C5-6
ROTAÇÃO INTERNA
Subescapular (superior, subescapular inferior) C5-7
Redondo maior (subescapular inferior) C6-7
Grande dorsal (toracodorsal) C6-8
Peitoral maior (peitoral) C5-T1
Deltoide anterior (axilar) C5-6
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Cotovelo
FLEXÃO
Bíceps (músculo cutâneo) C5-6
Braquiorradial (radial) C5-7
Braquial (músculo cutâneo) C5-6 (radial) C7-8
Antebraço
PRONAÇÃO
Pronador redondo (mediano) C6-7
Pronador quadrado (mediano) C8-T1
SUPINAÇÃO
Supinador (radial) C5-6
Bíceps (músculo cutâneo) C5-6
Punho
EXTENSÃO
Extensor radial longo do carpo (radial) C6-7
Extensor radial curto do carpo (radial) C7-8
Extensor ulnar do carpo (ulnar) C8-T1
FLEXÃO
Flexor radial do carpo (mediano) C6-7
Palmar longo (mediano) C7-8
Flexor ulnar do carpo (ulnar) C8-T1
Dedos
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ADUÇÃO
1º Interósseo dorsal (ulnar) C8-T1
2º Interósseo dorsal (ulnar) C8-T1
3º Interósseo dorsal (ulnar) C8-T1
4º Interósseo dorsal (ulnar) C8-T1
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Polegar
EXTENSÃO
Extensor longo do polegar (radial) C7-8
Extensor curto do polegar (radial) C7-8
FLEXÃO
Flexor longo do polegar (mediano) C8-T1
Flexor curto do polegar (mediano) C8-T1
ABDUÇÃO
Abdutor longo do polegar (radial) C7-8
Abdutor curto do polegar (mediano) C8-T1
ADUTOR
Adutor do polegar (ulnar) C8-T1
OPOSIÇÃO
Oponente do polegar (mediano) C8-T1
Oponente do dedo mínimo (ulnar) C8-T1)
Quadril
FLEXÃO
Iliopsoas (femoral) L2-3
EXTENSÃO
Glúteo máximo (glúteo inferior) L5-S2
Joelho
FLEXÃO
Tibial L5-S2
Tornozelo
DORSIFLEXÃO
Tibial anterior (peroneal profundo) L4-S1
Extensor longo dos dedos (peroneal profundo) L4-S1
Extensor longo do hálux (peroneal profundo) L4-S1
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FLEXÃO PLANTAR
Gastrocnêmio (tibial) S1-2
Reimpresso sob permissão de Pansky, B. (1996). Review of Gross Anatomy (6th ed.) New York: McGraw-Hill.
Elevação Escapular
Músculos movedores principais:
- Trapézio Superior
- Levantador da Escápula
Instrução do Movimento: elevar os ombros em direção às orelhas, fazendo força para que
os ombros não sejam empurrados para baixo.
Resistência: com as mãos sobre os ombros do paciente, o terapeuta vai pressioná-los para
baixo (movimento de depressão escapular).
Precauções: o paciente não deve colocar as mãos nos joelhos e empurrá-los para dar apoio
ao movimento, pois dará uma impressão de que os ombros estão sendo elevados.
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Posição Inicial: deitado de bruços (decúbito ventral) e com os braços ao lado do corpo; o
terapeuta apoia o ombro que será avaliado.
Estabilização: o tronco é estabilizado de encontro ao colchonete.
Depressão Escapular
Músculos movedores principais:
- Trapézio inferior
- Grande Dorsal
➢ Teste de Resistência
Posição Inicial: deitado de bruços com os braços ao lado do corpo; para esse teste é
necessário estar em posição com a gravidade eliminada.
Estabilização: o tronco é estabilizado de encontro ao colchonete.
Palpação Muscular:
a) Trapézio inferior: palpado lateralmente à coluna vertebral, em direção à espinha da
escápula.
b) Grande Dorsal: localizado ao longo da caixa torácica na região posterior (costas) da
axila, onde se insere ao úmero.
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Posição Inicial: deitado de bruços, o ombro deve ser abduzido em 90º, e o cotovelo
flexionado em 90º.
Estabilização: o tronco é estabilizado de encontro ao colchonete.
Instrução do Movimento: levantar o cotovelo para cima (em direção ao teto), indo contra o
movimento do terapeuta que o empurra para baixo.
Resistência: aplicada lateralmente na borda vertebral da escápula.
Observação: durante a aplicação da resistência, é importante perceber se a escápula do
paciente permanece aduzida (próxima da espinha vertebral).
Palpação Muscular:
a) Trapézio médio: entre a coluna vertebral e a borda vertebral da escápula.
b) Romboides: se encontram abaixo do trapézio, não sendo possível apalpá-los.
Posição Inicial: deitado de bruços com o ombro rotacionado internamente, e dorso da mão
sobre a região lombar.
Estabilização: o tronco é estabilizado de encontro ao colchonete.
Instrução do Movimento: tentar levantar a mão que está sobre as costas no sentido de
afastá-la do corpo, sem deixar que o terapeuta a empurre para baixo.
Resistência: é aplicada para baixo, indo contra a porção distal do úmero.
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Palpação muscular:
a) Rombóides (maior e menor): se encontram ao longo da borda lateral da escápula,
próximo ao seu ângulo inferior.
Posição Inicial: sentado ereto com a frente do corpo posicionada para o encosto da cadeira;
o úmero deve estar abduzido em 90º e apoiado pela mão do terapeuta.
Estabilização: o tronco é estabilizado pelo encosto da cadeira.
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Posição Inicial: deitado em decúbito dorsal (barriga para cima), com o úmero flexionado a
90º (cotovelo pode estar flexionado ou estendido).
Estabilização: o tronco é estabilizado de encontro ao colchonete.
Instrução do Movimento: empurrar o braço flexionado para cima (em direção ao teto).
Resistência: o terapeuta deve segurar a posição distal do úmero ou posicionar sua mão em
concha sobre o cotovelo do paciente, empurrando o braço para baixo ou para trás, no sentido
da adução escapular.
Observação: se a articulação do ombro estiver instável ou dolorida, não aplicar esse teste no
paciente.
Palpação Muscular:
a) Serrátil anterior: região lateral das costelas.
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Posição inicial: sentado com o úmero flexionado em 90º (para frente do corpo) e apoiado
pela mão do terapeuta.
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Flexão do Ombro
Músculos movedores principais:
- Deltoide anterior
- Coracobraquial
- Peitoral maior (feixe clavicular)
- Bíceps
Posição Inicial: sentado em uma cadeira com um dos braços abaixado ao lado corpo, em
posição e altura média.
Estabilização: feita sobre a clavícula e a escápula com a mão do terapeuta.
Instrução do Movimento: o braço em altura média, deve tentar ser levantado à frente do
corpo e na altura do ombro, tentando ir contra o movimento do terapeuta que o está
empurrando para baixo.
Resistência: sobre a extremidade distal do úmero, o terapeuta empurra o braço para baixo,
no sentido da extensão do braço.
Posição Inicial: deitado de lado (decúbito lateral), o braço que será avaliado (que não está
sobre o colchonete) deve estar em posição média ao longo da lateral do corpo.
Estabilização: lateralmente, o tronco é estabilizado de encontro ao colchonete; o terapeuta
sustenta o braço que será avaliado segurando-o por baixo.
Instrução do Movimento: mover o braço estendido até que a mão fique na altura do ombro.
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Palpação Muscular:
a) Deltoide anterior: em frente a articulação do ombro (articulação glenoumeral).
b) Coracobraquial: está medialmente ao tendão da porção longa do bíceps.
c) Bíceps: face anterior do úmero.
d) Peitoral Maior (feixe clavicular): abaixo da clavícula, seguindo seu trajeto até a sua
inserção no úmero (abaixo do deltoide anterior).
Extensão do Ombro
Músculos movedores principais:
- Grande Dorsal
- Redondo Maior
- Deltoide posterior
- Cabeça longa do Tríceps
Posição Inicial: sentado com o braço que será avaliado ao lado do corpo, o úmero deve
estar rotacionado para dentro.
Estabilização: mão do terapeuta sobre a clavícula e a escápula.
Instrução do Movimento: o braço na lateral do corpo, tem que ser movido reto para trás ao
máximo que o paciente conseguir; a palma da mão deve estar e se manter voltada para trás.
Resistência: sobre a extremidade distal do úmero, a mão do terapeuta o empurra para baixo
em direção a sua flexão.
Precauções: se atentar aos abdutores do ombro, que ao inclinar o ombro para frente, o corpo
se curva consequentemente; o corpo do paciente tem que se manter ereto o tempo de toda
a avaliação.
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Posição Inicial: deitado de lado, o braço que será avaliado deve estar estendido ao longo
da lateral do corpo e em rotação interna.
Estabilização: o terapeuta sustenta o cotovelo do braço em avaliação durante todo o
movimento.
Instrução do Movimento: o braço estendido tem que ser movido para trás.
Resistência: a mesma aplicada para o teste anterior.
Palpação muscular:
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a) Grande Dorsal e
b) Redondo maior: formam a borda posterior da axila.
c) Deltoide posterior: posicionado posteriormente à articulação do ombro.
d) Tríceps: palpado na face posterior do úmero.
Abdução do Ombro
Músculos movedores principais:
- Supraespinhoso
- Deltoide médio
Posição Inicial: sentado com o braço que será avaliado ao lado do corpo, estendido e em
posição e altura média.
Estabilização: com a mão do terapeuta sobre a clavícula e a escápula.
Instrução do Movimento: o braço que será avaliado tem que ser levantado até a altura do
ombro, indo contra a ação do terapeuta que o empurra para baixo.
Resistência: sobre a extremidade distal do úmero, o terapeuta o empurra para baixo, em
direção ao corpo.
Observação: movimentos acima de 90º, por envolver a escápula, não são mensurados.
Posição Inicial: deitado de bruços, o braço que será avaliado fica ao lado do corpo em
posição e altura média com a palma da mão voltada para cima (supinada).
Estabilização: o terapeuta sustenta o cotovelo do paciente durante todo o movimento,
segurando o punho do braço que está em avaliação.
Palpação Muscular:
a) Supraespinhoso: por estar situado muito profundamente, não é palpado.
b) Deltoide médio: abaixo do acrômio e lateralmente à articulação do ombro.
Adução do Ombro
Músculos movimentadores principais:
- Peitoral Maior
- Redondo Maior
- Grande Dorsal
Posição Inicial: deitado em decúbito dorsal (barriga para cima), úmero abduzido a 90º e com
o antebraço em posição média em relação ao corpo.
Estabilização: o tronco é estabilizado pelo colchonete.
Instrução do Movimento: trazer o braço para baixo e ao lado do corpo, sem deixar que o
terapeuta afaste-o.
Resistência: sobre o lado médio da porção distal do úmero, a mão do terapeuta vai tentar
empurrar o braço para longe do corpo do paciente.
Figura 51 (a) - Adução do ombro em posição com a gravidade eliminada
Palpação Muscular:
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Posição Inicial: deitado de bruços com o braço que será avaliado sobre a borda da mesa (a
partir do cotovelo, o restante do braço deve ficar livre); o ombro deve ficar abduzido a 90º e
o cotovelo flexionado a 90º.
Estabilização: a escápula e o tronco são estabilizados pelo colchonete.
Posição Inicial: sentado em uma cadeira, o úmero apoiado pela mão do terapeuta deve estar
flexionado a 90º com o cotovelo reto (estendido).
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Palpação Muscular:
a) Deltoide Posterior: localizado atrás do ombro; após apalpar o deltoide, em seguida,
apalpe a articulação do ombro (articulação glenoumeral).
Posição Inicial: deitado em decúbito dorsal, úmero abduzido a 90º com rotação neutra e o
cotovelo estendido.
Estabilização: a mesa (colchonete) estabiliza o tronco e a escápula.
Observação: se os músculos extensores do ombro estiverem fracos, o terapeuta pode
sustentar a extremidade distal do antebraço (região do punho) para que a mão do paciente
não caia sobre sua face ao realizar a adução horizontal do ombro.
Instrução do Movimento: o braço esticado deve ser movido até a frente do corpo do
paciente, indo em direção ao peito.
Resistência: sobre a superfície anterior da extremidade distal do úmero, o terapeuta puxa o
braço para fora, na direção da abdução horizontal.
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Posição Inicial: sentado em uma cadeira, tronco reto e com o braço abduzido a 90º.
Estabilização: o tronco é estabilizado pelo encosto da cadeira e o cotovelo é sustentado pelo
apoio da mão do terapeuta.
Instrução do Movimento: mover o braço em direção ao peito (mover ele em uma linha
contínua, à frente do corpo).
Observação: se atentar se o paciente está rotacionando o tronco durante a execução.
Palpação Muscular:
a) Peitoral Maior: ao longo da borda anterior da axila.
b) Deltoide anterior: anterior à articulação do ombro (articulação glenoumeral), abaixo do
processo acromial da escápula e acima do peitoral maior.
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Posição Inicial: deitado de bruços, com o úmero abduzido a 90º e apoiado sobre o
colchonete, o cotovelo é flexionado em 90º e fica livre sobre a borda da mesa para poder
realizar o movimento.
Estabilização: o úmero é estabilizado pela mesa e a mão do terapeuta o segura bem próximo
ao cotovelo para permitir apenas a rotação do ombro.
Instrução do Movimento: levantar o dorso da mão para cima (em direção ao teto).
Resistência: sobre a superfície dorsal da extremidade distal do antebraço (região posterior
do punho), o terapeuta empurra o antebraço em direção ao chão; o cotovelo se mantém
apoiado pela outra mão do terapeuta e flexionado a 90º grau, evitando a supinação.
Posição Inicial: deitado de bruços sobre a mesa, o braço fica por inteiro pendendo sobre a
borda da mesa, estando em rotação interna (palma da mão para dentro).
Estabilização: o tronco e a escápula são estabilizados pela mesa.
Instrução do Movimento: girar a palma da mão para fora, mantendo o braço esticado.
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Palpação Muscular:
a) Infraespinhoso inferior: palpado até a espinha da escápula.
b) Redondo Menor: situado entre o deltoide posterior e a borda axilar da escápula.
c) Deltoide posterior: situado atrás do ombro.
Posição Inicial: sentado em uma cadeira, tronco ereto, úmero aduzido ao lado do corpo com
o cotovelo flexionado a 90º.
Estabilização: a extremidade distal do úmero é mantida contra o corpo para permitir apenas
a rotação do ombro, o terapeuta apoia o cotovelo e o punho durante a execução do
movimento.
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Posição Inicial: deitado de bruços, com o úmero abduzido a 90º e apoiado sobre o
colchonete, o cotovelo é flexionado em 90º e fica livre sobre a borda da mesa para poder
realizar o movimento.
Estabilização: o úmero é estabilizado pela mesa, a mão do terapeuta o segura bem próximo
ao cotovelo para permitir apenas a rotação do ombro.
Instrução do Movimento: levantar a palma da mão para cima (em direção ao teto).
Resistência: sobre a superfície da extremidade distal do antebraço (região anterior do
punho), o terapeuta o empurra para baixo (em direção ao chão); o cotovelo se mantém
apoiado pela outra mão do terapeuta e flexionado a 90º grau, evitando a supinação.
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Posição Inicial: deitado de bruços sobre a mesa, o braço fica por inteiro pendendo sobre a
borda da mesa, estando em rotação externa (palma da mão para fora).
Estabilização: o tronco e a escápula são estabilizados pela mesa.
Instrução do Movimento: girar a palma da mão para dentro, mantendo o braço esticado.
Observação: a pronação pode ser erroneamente confundida como um movimento de rotação
interna do ombro estando em um posição com a gravidade eliminada.
Palpação muscular:
a) Subescapular: não é facilmente palpado, mas sua localização é na axila posterior.
b) Redondo Maior,
c) Grande Dorsal;
d) Peitoral Maior
e) Deltoilde anterior: são palpados como previamente já descritos.
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Posição Inicial: sentado em uma cadeira, tronco ereto, úmero aduzido ao lado do corpo com
o cotovelo flexionado a 90º.
Estabilização: a extremidade distal do úmero é mantida contra o corpo para permitir apenas
a rotação do ombro, o terapeuta apoia o cotovelo e o punho durante a execução do
movimento.
Figura 61 (c) - Rotação interna do ombro em posição alternativa com a gravidade eliminada
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Flexão do Cotovelo
Músculos movedores principais:
- Bíceps
- Braquial
- Braquiorradial
Posição Inicial: sentado em um cadeira, com o tronco reto, o braço que será avaliado fica
ao lado do corpo.
Observação: a posição do antebraço vai determinar qual músculo está sendo trabalhado
primordialmente:
- Antebraço em supinação (palma da mão para cima): bíceps braquial;
- Antebraço em pronação (palma da mão para baixo): braquial;
- Antebraço em posição média: braquiorradial.
Instrução do Movimento: enquanto o paciente estiver em cada uma das três posições do
antebraço, o paciente deve dobrar o cotovelo e levar o antebraço em direção ao ombro.
Resistência: para as três posições do antebraço, sobre o punho do paciente, o terapeuta
pressiona-o para baixo, em direção a sua extensão.
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Posição Inicial: sentado em uma cadeira, o braço abduzido a 90º sendo sustentado pelo
terapeuta e o cotovelo em flexão (antebraço para frente).
Observação: a posição do antebraço determina qual músculo está trabalhando, como descrito
no item anterior.
Estabilização: sobre o úmero distal, através da sustentação feita pelo terapeuta.
Palpação Muscular:
a) Bíceps: facilmente palpado na superfície anterior do úmero.
b) Braquial: com o antebraço em pronação (palma da mão para baixo) e o bíceps
relaxado, o braquial é palpado medialmente ao tendão distal do bíceps.
c) Braquiorradial: com o antebraço em posição média, o braquiorradial é palpado ao
longo do lado radial da porção proximal do antebraço.
Extensão do Cotovelo
Músculos movedores principais:
- Tríceps
Posição Inicial: deitado de bruços, úmero abduzido a 90º e apoiado sobre a mesa, o cotovelo
é flexionado (sobre a borda da mesa) deixando o antebraço suspenso.
Estabilização: sob a superfície anterior do úmero distal, o terapeuta faz a sustentação.
Instrução do Movimento: esticar o braço (estender o cotovelo) sem deixar que o terapeuta
o empurre de volta para baixo.
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Palpação Muscular:
a) Tríceps: facilmente palpados na superfície posterior do úmero.
Posição Inicial: sentado, braço abduzido em 90º e com o úmero e antebraço apoiados pelo
terapeuta, o cotovelo deve estar totalmente flexionado.
Estabilização: pelo apoio do terapeuta, o úmero é estabilizado.
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Pronação
Músculos movedores principais:
- Pronador Redondo
- Pronador Quadrado
Posição Inicial: sentado e com o tronco reto, o úmero é aduzido ao lado do corpo com o
cotovelo flexionado a 90º, antebraço supinado (palma da mão para cima); o punho e os dedos
devem ficar relaxados.
Estabilização: para manter a posição do braço ao longo do corpo (aduzido), a porção distal
do úmero é estabilizada pela mão do terapeuta.
Instrução do Movimento: girar a mão para baixo (em direção ao chão), sem deixar que o
terapeuta a gire de volta.
Resistência: sobre a região anterior do punho (punho volar), a mão do terapeuta a envolve
e coloca seu dedo indicador estendido ao longo do antebraço; a resistência será aplicada na
direção da supinação.
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Posição Inicial: sentado, com o úmero flexionado em 90º (em frente ao corpo, na altura do
ombro), o cotovelo é flexionado a 90º com o antebraço em supinação total (palma da mão
apontada para o rosto).
Estabilização: o úmero é estabilizado através do apoio dado pela mão do terapeuta.
Instrução do Movimento: girar a palma da mão para longe da face (dorso da mão aponta
para o rosto do paciente).
Palpação Muscular:
a) Pronador Redondo: palpado medialmente à inserção distal do tendão do bíceps, na
superfície volar (anterior; região do punho) do antebraço proximal.
b) Pronador Quadrado: por ser muito profundo, não é possível apalpá-lo.
Supinação
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Posição Inicial: sentado e com o tronco reto, o úmero é aduzido ao lado do corpo com o
cotovelo flexionado a 90º, antebraço em pronação (palma da mão para baixo); o punho e os
dedos devem ficar relaxados.
Estabilização: o úmero é estabilizado distalmente pela mão do terapeuta.
Instrução do Movimento: girar a palma da mão para cima (em direção ao teto), sem deixar
que o terapeuta a gire de volta.
Resistência: a mesma aplicada para a pronação, a diferença está na direção do movimento.
Posição Inicial: sentado, com o úmero flexionado em 90º (em frente ao corpo, na altura do
ombro), o cotovelo é flexionado a 90º com o antebraço em pronação (palma da mão para
fora), punhos e dedos relaxados.
Estabilização: o úmero é estabilizado através do apoio dado pela mão do terapeuta.
Instrução do Movimento: girar a palma da mão em direção a face do paciente (para dentro).
Figura 69 (b) - Supinação em posição com a gravidade eliminada
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Palpação Muscular:
a) Supinador: superfície dorsal do antebraço proximal, distal à cabeça do rádio (porção
do cotovelo).
b) Bíceps: facilmente palpado na porção anterior do úmero.
Dessa forma, as posições dos testes para os músculos individuais vai incluir maneiras
de minimizar os efeitos de outros músculos que cruzam tal articulação que está sendo
avaliada.
Como regra geral, para minimizar esses efeitos, posicione o músculo de tal forma que
vai contra à sua ação primária.
Por exemplo, para minimizar o efeito do extensor longo do polegar sobre a
extensão da articulação proximal do mesmo, flexione a articulação distal.
Extensão do Punho
Músculos movedores principais:
- Extensor Radial Longo do Carpo (ERLC)
- Extensor Radial Curto do Carpo (ERCC)
- Extensor Ulnar do Carpo (EUC)
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Posição Inicial: o antebraço é apoiado sobre uma mesa em pronação total (palma da mão
para baixo), os dedos e o polegar devem ficar relaxados ou levemente flexionados.
Estabilização: o antebraço é estabilizado pela mesa e segurado pela mão do terapeuta para
que se mantenha sobre a mesa.
Instrução do Movimento: levantar o punho até onde o paciente conseguir, indo contra a
ação do terapeuta que o empurra para baixo.
Resistência: aplicada opostamente ao extensor radial do carpo.
Posição Inicial: o antebraço é apoiado sobre a mesa, em posição média e com o punho
ligeiramente flexionado.
Instrução do Movimento: levar o punho para trás (em direção ao antebraço).
Resistência:
Para testar os músculos:
- Extensor Ulnar do Carpo (EUC): por estender o punho e desviá-lo ulnarmente, a
resistência é aplicada ao dorso da mão em seu lado ulnar, empurrando-o na direção
da flexão e do desvio radial (figura 71.b).
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Figura 71 (b) - Extensão do punho em posição contra a gravidade com a resistência aplicada
opostamente ao extensor ulnar do carpo (EUC)
Palpação Muscular:
a) ERLC: seu tendão é palpado na superfície dorsal da mão e do punho, na base do
segundo metacarpo (dedo indicador); seu ventre encontra-se no antebraço proximal
dorsal junto ao músculo braquiorradial.
b) ERCC: seu tendão é palpado na superfície dorsal da mão e do punho, na base do
terceiro metacarpo (dedo médio); seu ventre encontra-se distalmente ao ventre do
ERLC, na superfície dorsal do antebraço dorsal.
c) EUC: palpado na superfície dorsal do punho, entre a cabeça da ulna e a base do
quinto metacarpo (dedo mínimo); seu ventre está aproximadamente 5 cm distal ao
epicôndilo lateral do úmero, no cotovelo (RYBSKI, 2004).
Flexão do Punho
Músculos movedores principais:
- Flexor Radial do Carpo (FRC)
- Palmar Longo
- Flexor Ulnar do Carpo (FUC)
Posição Inicial: o antebraço apoiado sobre a mesa se encontra supinado (palma da mão
para cima) com o punho estendido, os dedos e o polegar ficam relaxados.
Estabilização: a mesa estabiliza o antebraço, o dorso da mão se encontra erguido da mesa
para permitir que o punho atinja a posição de leve extensão.
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Figura 72 (a) - Flexão do punho em posição contra a gravidade; o terapeuta está apontando
para o tendão do flexor radial do carpo (FRC) à medida que oferece resistência
Figura 73 (b) - Flexão do punho em posição contra a gravidade; o terapeuta está apontando para o
tendão do flexor ulnar do carpo (FUC) à medida que oferece resistência
- Palmar Longo: seu tendão cruza o centro da região anterior (volar) do punho (figura
73.c); por ser um flexor fraco do punho, não é aplicado resistência nesse músculo,
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pois ele pode não estar presente, seu tendão fica saliente quando a flexão do punho
sofre alguma resistência, ou quando a mão está em posição de concha.
Figura 74 (c) - Flexão do punho em posição com a gravidade eliminada; o terapeuta está apontando
para o tendão do palmar longo à medida que o paciente fecha sua mão em concha, num esforço
para ressaltar o tendão
Palpação Muscular:
a) FRC (figura 72.a): na superfície anterior do punho (volar) em linha com o segundo
metacarpo (dedo indicador) e radialmente ao músculo palmar longo, se presente.
b) FUC (figura 73.b): na superfície anterior do punho (volar) próximo ao osso pisiforme.
c) Palmar Longo (figura 74.c): seu tendão se encontra no centro da porção anterior
(volar) do punho, ficando saliente quando a mão estiver em concha.
Posição Inicial: apoiado sobre a mesa, o antebraço em pronação (palma da mão para baixo),
o punho é apoiado em posição neutra, as articulações metacarpofalangeanas (MF) e
interfalangeanas (IF) dos dedos estão flexionadas e relaxadas.
Estabilização: o punho e os ossos do carpo são estabilizados pela mão do terapeuta.
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Palpação Muscular:
a) Extensor dos Dedos (ED): seu ventre muscular pode ser palpado na superfície
proximal dorsal-ulnar no antebraço; os ventres musculares separados, podem
geralmente, ser identificados (os tendões desse músculo são prontamente
observados e palpados no dorso da mão).
b) Extensor próprio do Indicador: o seu tendão está ulnarmente posicionado ao tendão
do extensor dos dedos (ED); seu ventre pode ser palpado no antebraço em sua porção
dorsal média à porção distal, entre o rádio e a ulna.
c) Extensor próprio do Dedo Mínimo: localizado ulnarmente ao extensor dos dedos. Na
verdade, o tendão do extensor do dedo mínimo é o tendão que parece como se fosse
o tendão do ED para o dedo mínimo, porque o ED para este dedo é apenas uma
subdivisão do tendão ED para dedo anelar (quarto dedo).
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Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço é apoiado em posição supinado (palma da mão
para cima), o punho se encontra em posição neutra.
Resistência:
- Teste 1: o terapeuta segura a ponta do dedo testado e empurra-o na direção da
posição inicial.
- Teste 2: o terapeuta coloca um dedo sobre a unha do paciente e a empurra em direção
à flexão (figura 76).
Figura 76 - Extensão interfalangeana (ID) do dedo em posição contra a gravidade; a resistência está
sendo aplicada opostamente aos lumbricais, como descrito para o teste 2.
Palpação Muscular:
a) Lumbricais: são músculos muito profundos para serem palpados.
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Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço se encontra supinado (palma da mão para cima),
o punho e as articulações interfalangeanas (IF) estão relaxadas.
Estabilização: o terapeuta apoia firmemente a falange média de cada dedo da mão,
conforme ela é testada para que assim seja evitada a flexão da articulação IF proximal; o
punho deve permanecer em posição neutra.
Instrução do Movimento: o paciente deve dobrar a última articulação (IF distal) do dedo até
onde ele conseguir.
Resistência: sobre a polpa do dedo do paciente, o terapeuta posiciona o dedo indicador e
aplica a resistência em direção à sua extensão.
Palpação muscular:
a) Flexor profundo dos dedos (FPD): seu ventre pode ser palpado na superfície anterior
do antebraço, no seu terço proximal no sentido da ulna. Às vezes, os tendões podem
ser palpados sobre a superfície anterior (região palmar da mão) das falanges médias.
Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço em posição supinada (palma da mão para cima),
punho e articulações metacarpofalangeanas (MF) relaxadas (em posição zero).
Instrução do Movimento: o terapeuta vai apontar para a articulação IFP do dedo do paciente
e vai solicitar que ele dobre apenas a articulação solicitada.
Resistência: a resistência é aplicada na cabeça da falange média em direção a sua
extensão.
Palpação Muscular:
a) Flexor Superficial dos Dedos (FSD): palpado na superfície anterior (volar) do
antebraço proximal em direção ao lado ulnar.
b) Flexor Profundo dos Dedos (FPD): os tendões do FPD podem ser palpados no punho,
entre o músculo palmar longo e o flexor ulnar do carpo.
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Posição Inicial: sobre a mesa, antebraço apoiado em supinação (palma da mão para cima).
Estabilização: os outros dedos que não estão sendo testados, ficam em extensão.
Palpação Muscular:
a) Flexor do Dedo Mínimo: encontrado na eminência hipotenar da mão.
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Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço está apoiado em pronação (palma da mão para
baixo) e com o punho em posição neutra, os dedos estão estendidos e aduzidos; é importante
o terapeuta certificar se as articulações MF estão em posição neutra ou levemente
flexionadas.
Estabilização: o punho e o metacarpo são delicadamente apoiados pela mão do terapeuta.
Instrução do Movimento: afastar os dedos entre si (abdução) sem deixar que o terapeuta
os junte novamente.
Observação: como a linha média da mão se dá pelo terceiro dedo, para a abdução (afastar
da linha média) a ação de cada dedo é diferente, por isso, é importante conhecer cada
interósseo dorsal (abdutores - ABD) que está sendo testado.
- ABD 1: abduz o dedo indicador em direção ao polegar;
- ABD 2: abduz o dedo médio em direção ao polegar;
- ABD 3: abduz o dedo médio em direção ao dedo mínimo;
- ABD 4: abduz o dedo anelar em direção ao dedo mínimo;
- ABD do dedo mínimo: abduz o próprio em direção a ulna.
Resistência: com o polegar e o dedo indicador para formar uma pinça, o terapeuta aplica
resistência do lado radial ou ulnar da cabeça da falange proximal numa tentativa de empurrar
o dedo na direção da linha média. Fazendo isto do lado radial das cabeças dos dedos
indicador e médio, o teste é realizado para os ABDs 1 e 2. Aplicar resistência do lado ulnar
dos dedos médio, anelar e mínimo, testará os ABDs 3 e 4 e o abdutor do dedo mínimo.
Palpação Muscular:
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O ABD 1 preenche o espaço da rede dorsal e é fácil de ser palpado ali. Palpe o
abdutor do dedo mínimo na borda ulnar do quinto metacarpo. Os outros
interósseos se encontram entre os metacarpos na face dorsal da mão, onde
podem ser palpados; em algumas pessoas, os tendões podem ser palpados à
medida que penetram a expansão dorsal, próximo das cabeças dos metacarpos.
Quando os ABDs estão atrofiados, os espaços entre os metacarpos na superfície
dorsal parecem fundos.
Adução do Dedo
Músculos movedores principais
- Interósseos Palmares (3)
Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço está em pronação (palma da mão para baixo) e
as articulações MF estão abduzidas e em extensão.
Estabilização: a mesa estabiliza o punho e o antebraço.
Instrução do Movimento: juntar os dedos mantendo-os nesta posição sem deixar que o
terapeuta os afaste.
Ação: como a linha média da mão se encontra no terceiro dedo, a adução (aproximação) do
dedo deve ser feita em relação à linha média.
- ADP1 (Interósseo Palmar): aduz o dedo indicador na direção do dedo médio.
- ADP2: aduz o dedo anelar na direção do dedo médio.
- ADP3: aduz o dedo mínimo na direção do dedo médio.
-1
- ADP1: para os dedos indicador e médio;
- ADP2: para os dedos médio e anelar;
- ADP3: para os dedos anelar e mínimo.
Posição Inicial: sobre a mesa, antebraço apoiado em posição média, o punho deve ser
flexionado em 10º-20º (borda ulnar apoiada sobre a mesa), e as articulações MF e IF do
polegar flexionadas.
Estabilização: a falange proximal com a articulação MF flexionada.
Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço está em supinação com o polegar flexionado.
Estabilização: a mesa estabiliza o antebraço e o punho, o polegar é estabilizado pelos dedos
do terapeuta.
Palpação Muscular:
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Abdução do Polegar
Músculos movimentadores principais:
- Abdutor Longo do Polegar
- Abdutor Curto do Polegar
Posição Inicial: sobre a mesa, antebraço em supinação (palma da mão para cima) com o
punho em posição neutra, polegar aduzido.
Estabilização: o lado ulnar do punho é apoiado pela mão do terapeuta que o segura em sua
posição neutra.
Instrução do Movimento: afastar o polegar (abdução) da palma da mão, sem deixar que o
terapeuta o empurre de volta.
Resistência: o terapeuta com o seu dedo pressiona a cabeça do primeiro metacarpo em
direção da sua adução (aproximação da palma da mão).
Palpação Muscular:
a) Abdutor Longo do Polegar: seu tendão pode ser palpado na articulação do punho,
distalmente ao processo estiloide do rádio (punho) e lateralmente ao músculo
extensor curto palmar (ECP).
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Posição Inicial: sobre a mesa, o antebraço é apoiado em supinação (palma da mão para
cima), o punho está em posição neutra com o polegar aduzido.
Estabilização: a mão do terapeuta apoia o punho, segurando-o em posição neutra em sua
face dorsal e ulnar.
Instrução do Movimento: levantar o polegar para fora da palma da mão (para trás) sem
deixar que o terapeuta o empurre de volta para dentro.
Resistência: o dedo do terapeuta pressiona a cabeça do primeiro metacarpo em sua direção
de adução (para a palma da mão).
Figura 84 (b) - Abdução do polegar em posição contra a gravidade para o abdutor curto do polegar
Palpação Muscular:
a) Abdutor Curto do Polegar: palpado sobre o centro da eminência tenar.
Instrução do Movimento: dobrar a ponta do polegar até onde o paciente conseguir, sem
deixar que o terapeuta a estique de volta.
Resistência: o dedo do terapeuta empurra a cabeça da falange distal do polegar no sentido
da sua extensão.
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Palpação Muscular:
a) Flexor Longo do Polegar: palpado na superfície palmar da falange proximal do
polegar.
Figura 86 - Flexão da MF do polegar em posição contra a gravidade para o flexor curto do polegar
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Palpação Muscular:
a) Flexor Longo do Polegar: palpado na eminência tenar da mão, próximo à articulação
MF do polegar e medialmente, ao abdutor curto do polegar.
Adução do Polegar
Músculos movedores principais:
- Adutor do polegar
Posição Inicial: antebraço em pronação (palma da mão para baixo), punho e dedos em
posição neutra, polegar abduzido (afastado da palma da mão) com as suas articulações MF
e IF estendidas.
Estabilização: mantendo as articulações MF em posição neutra, os metacarpos dos dedos
são estabilizados pela mão do terapeuta.
Instrução do Movimento: levar o polegar até a palma da mão, sem deixar que o terapeuta
a puxe de volta.
Resistência: o terapeuta segura a cabeça da falange proximal do polegar, tentando afastá-
lo da mão em direção a sua abdução.
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Palpação Muscular:
a) Adutor do Polegar: palpado na superfície palmar do espaço da membrana do polegar.
Oposição do Polegar
Músculos movedores principais:
- Oponentes do Polegar
- Oponentes do Dedo Mínimo
Instrução do Movimento: com a polpa do polegar, tocar a polpa do dedo mínimo, sem deixar
que o terapeuta os separe.
Resistência: o terapeuta segura ao longo do primeiro metacarpo do polegar, desviando-o,
ou segura ao longo do quinto metacarpo, desviando o dedo mínimo; eles podem ser resistidos
simultaneamente se o terapeuta utilizar ambas as mãos.
Figura 88 - Oposição do polegar em posição contra a gravidade; o terapeuta aplica a
resistência tanto no polegar como no dedo mínimo
O teste muscular dos flexores e extensores das três maiores articulações do membro
inferior são descritos aqui, devido a sua importância relacionada às funções necessárias para
a finalização de certas atividades da vida diária, como subir escadas e guias, vestir-se,
banhar-se, sentar-se, levantar-se, e transferir-se.
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Flexão do Quadril
Músculos movedores principais:
- Iliopsoas
- Ilíaco
- Psoas Maior
Posição Inicial: sentado sobre a maca com a perna pendente e o tronco reto.
Estabilização: sobre a maca, a pélvis é estabilizada.
Instrução do Movimento: levantar o joelho em direção ao teto, mantendo ele flexionado sem
deixar que o terapeuta o empurre para baixo.
Resistência: sobre a porção distal da coxa (próxima ao joelho), o terapeuta pressiona a coxa
para baixo, na direção de sua extensão
Figura 89 - flexão do joelho em posição contra a gravidade; o terapeuta está tentando palpar o psoas
maior enquanto aplica uma resistência de oposição à flexão do quadril
Palpação Muscular:
a) Ilíaco: está muito profundo para ser palpado.
b) Psoas Maior: com o paciente sentado, esse músculo pode ser palpado se o paciente
se inclinar para frente, relaxando os músculos abdominais.
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Extensão do Quadril
Músculos movedores principais:
- Glúteo Máximo
- Bíceps Femoral
Posição Inicial: sobre a mesa, o paciente fica deitado de bruços, com o joelho flexionado em
90° ou mais (KENDALL et al., 2005).
Estabilização: a espinha lombar e a pélvis são estabilizadas pelo apoio da mesa.
Instrução do Movimento: levantar da mesa uma das pernas até onde o paciente conseguir,
o joelho deve ser mantido flexionado.
Resistência: sobre a porção posterior distal da coxa, o terapeuta a pressiona para baixo, na
direção da extensão.
Figura 90 (a) - Extensão do quadril em posição contra a gravidade para o glúteo máximo; o terapeuta está
aplicando uma resistência à extensão do quadril com o joelho flexionado para testar o glúteo máximo
Palpação Muscular:
a) Glúteo Máximo: por ser o grande músculo das nádegas, é facilmente palpado.
Posição Inicial: o paciente deita-se em posição supina (decúbito dorsal) com a perna a ser
testada em extensão total, mantém a outra perna em flexão no quadril e no joelho
(DIEKMEYER, 1978). O paciente segura o joelho da perna em flexão.
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Instrução do Movimento: o paciente não pode permitir que o terapeuta levante sua perna
da mesa.
Resistência: o terapeuta segura a coxa do paciente exatamente acima do joelho e tenta
erguer a sua perna
Figura 91 (b) - Flexão do quadril em posição para a ação conjunta do glúteo máximo e do bíceps
femoral; durante o teste conjunto desses dois músculos, o paciente deita-se em posição supina e segura
o quadril e o joelho da perna não testada, a terapeuta tenta levantar a perna estendida da maca.
Palpação Muscular:
a) Bíceps Femoral: palpado na face posterior da coxa, seu tendão margeia a fossa
poplítea lateralmente (KENDALL et al., 2005).
Flexão do Joelho
Músculos movedores principais:
- Semimembranoso
- Semitendinoso
- Bíceps Femoral
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Posição Inicial: paciente deitado em pronação (decúbito frontal) com os joelhos e o quadril
estendidos.
Estabilização: a coxa é estabilizada contra a mesa.
Instrução do Movimento: o paciente deve dobrar um dos joelhos, não permitindo que o
terapeuta o empurre de volta à mesa.
Palpação Muscular:
Os três músculos são palpados na superfície posterior da coxa.
a) Bíceps Femoral: seu tendão é palpado na porção lateral do espaço poplíteo e o tendão
do músculo semitendinoso na porção medial do espaço poplíteo; ambos os tendões
se tornam evidentes quando se aplica resistência.
b) Semitendinoso: para palpá-lo, isole o bíceps femoral dos outros músculos; o
semitendinoso se contrai mais acentuadamente se a região inferior da perna for girada
internamente.
c) Semimembranoso: se posiciona profundamente em relação ao semitendinoso, porém,
sua porção mais inferior é palpável em ambos os lados do semitendinoso.
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Extensão do Joelho
Músculos movedores principais:
- Quadríceps
- Reto Femoral
- Vasto Medial
- Vasto Intermediário
- Vasto Lateral
Posição Inicial: o paciente senta-se na mesa com o joelho flexionado e a porção inferior da
perna fica pendente.
Estabilização: sobre a mesa, a coxa é estabilizada.
Instrução do Movimento: o paciente deve esticar o joelho de uma das pernas, não
permitindo que o terapeuta o dobre.
Palpação Muscular:
a) Quadríceps: seu tendão é palpado próximo a patela.
b) Vasto Intermediário
c) Vasto Medial e
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d) Vasto Lateral: seus ventres musculares podem ser palpados na superfície anterior da
coxa.
e) Reto Femoral: se encontra no centro e está posicionado sobre o vasto intermediário.
Dorsiflexão do Tornozelo
Músculos movedores principais:
- Tibial anterior
- Extensor Longo do Hálux
- Extensor Longo dos Dedos
Instrução do Movimento: levantar o pé de modo que os dedos apontem para o teto (para
cima).
Resistência: sobre a porção anterior do pé, a mão do terapeuta o empurra na direção da sua
flexão plantar, sem permitir que o mesmo inverta ou everta.
Palpação Muscular:
a) Tibial anterior: o seu ventre é palpado lateralmente à diáfise da tíbia.; seu grande
tendão é palpado na superfície anterior do tornozelo, medialmente ao tendão do
extensor longo do hálux.
b) Extensor Longo do Hálux: seu tendão é palpado no meio da superfície anterior do
tornozelo.
c) Extensor Longo dos Dedos: está proeminente no lado lateral da face anterior do
tornozelo.
Observação: os tendões do extensor longo do hálux e do extensor longo dos dedos podem
ser acompanhados até suas inserções nos artelhos.
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Existem duas formas de testar a flexão plantar: com o paciente em pé (1) e, quando o
paciente não puder ficar em pé, o teste é feito com ele deitado sobre a mesa em pronação
(2), com o pé apontando para fora.
Estabilização:
- Teste em pé (1): o paciente pode se equilibrar se segurando em algum apoio para ter
a estabilização do corpo.
- Teste deitado em decúbito ventral (2): a porção mais inferior da perna, acima do
tornozelo, é estabilizada.
Instrução do Movimento:
- Teste em pé (1): o paciente deve ficar na ponta dos pés, fazendo esse movimento por
20 vezes.
- Teste deitado em decúbito ventral (2): pressionar o pé para baixo como se o paciente
estivesse ‘’pressionando o pedal do acelerador de um carro’’, não permitindo que o
terapeuta empurre o pé para cima.
Resistência:
- Teste em pé (1): o peso total do corpo resiste a esses músculos (figura 96.a).
- Teste deitado em decúbito ventral (2): o terapeuta aplica uma resistência manual
contra a porção distal do pé do paciente, empurrando-o na direção da dorsiflexão
(figura 96.b)
Palpação Muscular:
a) Sóleo: palpado na porção distal da perna (próximo à panturrilha).
b) Gastrocnêmio: é o músculo superficial da panturrilha; seus dois feixes podem ser
palpados em sua origem em cada um dos lados do fêmur posterior.
Observação: o Tendão de Aquiles é a inserção tanto do sóleo quanto do gastrocnêmio no
calcanhar, podendo ser palpado na porção posterior do tornozelo.
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Figura 96 (a) - Flexão plantar do tornozelo em posição contra a gravidade; esse teste
avalia a capacidade de permanecer na ponta dos pés (teste 1)
Figura 97 (b) - Flexão plantar do tornozelo em posição contra a gravidade com paciente deitado em
pronação (teste 2).
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Como é possível observar na figura 98, o dinamômetro jamar o qual faz a mensuração
da preensão palmar é composto por um “ponteiro” o qual irá marcar a força da preensão
empregada pelo paciente ao segurar e apertar as hastes do dinamômetro, assegurando-se
do posicionamento correto do paciente durante a avaliação, a marcação das medidas no
quadro abaixo e a média ao final do processo, onde se mede três vezes a força de preensão
manual e então faz-se a média de cada mão e as compara avaliando a força presente em
cada e em conjunto com as demandas apresentadas pelo paciente, analisar e propor uma
intervenção.
O paciente irá apertar o dinamômetro com o máximo de força que ele tiver, repetindo
esse processo três vezes, com um intervalo de descanso de 2 a 3 minutos entre as tentativas,
depois, com os resultados marcados na tabela apresentada anteriormente, através da média
das três tentativas, será obtido um resultado da aplicação do teste, onde poderá avaliar a
graduação de força das mãos direita e esquerda do usuário, sendo esse processo realizado
em ambas as mãos e comparado os resultados.
8.2. Dinamômetro de preensão em pinça: modelo Pinch Gauge
b) Pinça trípode (três pontas): O paciente irá pinçar o medidor entre a polpa do polegar e
as polpas dos dedos indicador e médio, seguindo as instruções anteriores. O terapeuta Irá
posicionar o aparelho nas mãos do paciente, quando ele estiver pronto se inicia a contagem,
com o terapeuta estimulando o paciente a usar o máximo de força e pressão aplicando no
teste, repetindo o processo três vezes e anotando o resultado, para no final fazer uma média,
a qual corresponde ao grau de pressão e força nos dedos.
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c) Pinça lateral: O paciente irá pinçar o medidor entre a polpa do polegar e a superfície
lateral do dedo indicador, seguindo as instruções e o procedimento do anterior, alterando
somente a posição dos dedos, os quais irão fazer o movimento de pinça lateral.
homens corresponde a 4,6 e para mulheres 3,0; já no DP médio para teste de pinça palmar:
os homens em média um score de força, 5,1 e as mulheres na média de 3,7. preensão
(RADOMSKI; LATHAM, 2013).
Figura 106 - Tabela de força manual normas do Dinamômetro: Média em Três Testes
8.3.1. Esfigmomanômetro
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MARQUES, A.P. Manual de goniometria. 2a ed. São Paulo: Manole; 2003CREPEAU, E. B.;
COHN, E. S.; SCHELL, B. A. B. Willard & Spackman – Terapia Ocupacional. 11.ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
PUTZ, R.; PABST, R. (editores). Extremidade Superior. In: ______. Sobotta, Atlas de
Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2000. Vol. 1 Cabeça,
Pescoço e Extremidade Superior, 21ª ed. p. 164-257.
THOMPSON, Andrea; SHEA, Michael J. Edema. Manual MSD Versão para Profissionais de
Saúde. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-
cardiovasculares/sintomas-de-doen%C3%A7as-cardiovasculares/edema#>. Acesso em: 17
abr. 2022
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