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A pneumonia associada à ventilação mecânica, também conhecida pela sigla PAVM, é uma
infecção que ocorre no parênquima pulmonar. Ela atinge bronquíolos e alvéolos respiratórios,
prejudicando as trocas gasosas. Em geral, a PAVM surge depois de 48 a 72 horas de intubação
orotraqueal, sendo a mais comum no contexto hospitalar.
Por isso, a PAVM é considerada de alta letalidade nas UTIs. Assim, temos como consenso que
ela deve ser prevenida por meio de intervenções multidisciplinares. Nesse contexto, a
capacitação da equipe é indispensável para a prevenção de infecções hospitalares (MARAN et
al., 2019).
Mas, quais são os fatores que aumentam o risco de ocorrência da pneumonia associada à
ventilação mecânica? Continue lendo para descobrir!
quadros de coma;
desnutrição;
choque;
colonização microbiana;
Sintomas da PAVM
Os sintomas apresentados por pacientes com casos de pneumonia associada à ventilação
mecânica são a febre (definida como temperatura axilar igual ou a superior a 37,8º), dispneia e
surgimento e/ou aumento da secreção traqueal purulenta.
Além disso, os achados radiológicos da doença incluem fatores como a infiltração, opacificação
e cavitação. Os achados laboratoriais, por sua vez, são a leucopenia ou leucocitose,
hemograma com hemocultura e cultura do líquido pleural positiva (MOTA et al., 2017).
Agentes patológicos
A PAVM, apesar de ser a infecção mais comum nas UTIs, apresenta um diagnóstico que
permanece desafiador. O diagnóstico é feito quando o paciente desenvolve um novo infiltrado
pulmonar em relação ao exame de imagem e isso vem acompanhado dos sintomas (MOTA et
al, 2017).
Diante disso, torna-se necessária a execução dos exames microbiológicos por meio da coleta
de amostras de material do trato respiratório inferior, com a realização de culturas
quantitativas. Isso deve ser feito para que seja estabelecido um diagnóstico mais preciso
(MOTA et al, 2017).
A pressão do cuff (balote que realiza a vedação da traqueia para evitar vazamento de ar e
microaspiração) é outro modo de prevenção. Para isso, sugere-se que ela esteja entre 20 e 30
centímetros H2O.
Segundo o III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica , a pressão do cuff deve ser
monitorada 3 vezes ao dia. Em outras palavras, ela deve ser conferida a cada 8 horas (MELO et
al., 2019; RODRIGUES et al., 2016).
A higiene oral com clorexidina, que possui efeito antimicrobiano, também é aconselhada, Isso
porque ela se mostra efetiva sobre as bactérias aeróbicas e anaeróbicas, reduzindo o acúmulo
de placa dentária sem necessidade de escovação dentária.
A higienização das mãos também é um fator muito importante, e deve ser realizado antes e
depois do contato com o paciente. Para isso, recomenda-se o uso de sabonete líquido com
antissépticos, não pulando nenhuma etapa da lavagem das mãos (MELO et al., 2019;
RODRIGUES et al., 2016).
A fisioterapia respiratória é altamente indicada para reabilitação ou cura dos pacientes com
quadros de pneumonia associada à ventilação mecânica. Além disso, ela também é indicada
para prevenção de complicações pulmonares.
Nesse sentido, a fisioterapia respiratória pode ser muito eficaz pois trabalha a função
pulmonar, obtendo a redução da infecção pulmonar, diminuindo o período de utilização da
ventilação mecânica e afastando o risco de uma possível realização da traqueostomia. Assim,
percebe-se que todos os indivíduos devem receber essa intervenção (MELO et al., 2019).
Ainda, temos que os exercícios físicos são grandes aliados no aumento da força muscular e
redução de quadro álgico. A melhora do condicionamento físico causada pela prática de
exercícios possibilita a redução da duração do uso de ventilação mecânica, bem como do
tempo de internação hospitalar. Estes dados exaltam a importância da mobilização precoce
dentro das UTIs para minimizar os efeitos deletérios do imobilismo (ROCHA et al., 2019).
Com isso, temos que a mobilização precoce traz consigo benefícios no processo de
recuperação dentro de uma UTI. Apesar disso, para sua realização é necessário que as
atividades sejam devidamente organizadas.
Conclusão
A partir das informações acima, é possível perceber a gravidade da pneumonia associada à
ventilação mecânica. Apesar disso, agora que você já está inteirado sobre o os fatores de risco,
o diagnóstico e seu tratamento, também está capacitado para lidar com casos da patologia da
melhor maneira possível.
Referências
MARAN, E.; SPIGOLON, D. N.; MELO, W. A.; BARRETO, M. S.; TOSTES, F. P.; TESTON, E. F.
Prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica sob a ótica de acadêmicos de
enfermagem. Rev Fun Care Online. v 11. n 1. p 118-123, 2019.
MOTA, E. C.; OLIVEIRA, S. P.; SILVEIRA, B. R. M.; SILVA, P. L. N.; OLIVEIRA, A. C. Incidência da
pneumonia associada à ventilação mecânica em unidade de terapia intensiva. Rev Usp Online.
v 50. n 1. p 39-46, 2017.
ROCHA, G. Q.; SANTOS, J. B.; OLIVEIRA, M. H. L.; AVILA, P. E. S.; ROCHA, R. S. B. Efeitos da
mobilização precoce em crianças com pneumonia associada à ventilação mecânica: efeitos
sobre variáveis não lineares da variabilidade da frequência cardíaca. Rev Bras Ci. E Mov. v 27.
n 3. p 93-98, 2019.
A broncopneumonia por aspiração é uma infecção pulmonar causada pela inalação de material
estranho, como secreções orofaríngeas, conteúdo gástrico ou alimentos, que podem provocar
inflamação, obstrução e infecção das vias aéreas inferiores 1. Os pacientes submetidos a
ventilação mecânica têm um risco aumentado de desenvolver essa complicação, que pode
agravar o seu estado clínico e aumentar a mortalidade 2.
Utilizar sondas nasogástricas ou nasoentéricas com balão de baixa pressão, para evitar
o refluxo gastroesofágico e a aspiração do conteúdo gástrico.
1. Posicionamento Adequado:
5. Monitoramento Contínuo:
9. Avaliação da Disfagia:
1. Avaliação
Realize uma avaliação completa dos pacientes sob ventilação mecânica para identificar
aqueles em risco de aspiração e broncopneumonia. Fatores de risco incluem:
Dificuldade na deglutição.
Refluxo gastroesofágico.
2. Diagnóstico de Enfermagem
Risco de aspiração.
Dificuldade na deglutição.
3. Planejamento
4. Implementação
Execute as intervenções de enfermagem de acordo com o plano de cuidados, incluindo:
5. Avaliação