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Alunos: Alex Nogueira – 210007700, Gabriella de Carvalho Faria - 2100221204, João Marcos
D. de Almeida – 210026518, Kaio de Souza Silva – 230020453, Layssa Albino da Silva –
210018489.
Professor: Marcelo Andrade
Disciplina: Odontologia Hospitalar
https://interfisio.com.br/complicacoes-da-pneumonia-associada-a-ventilacao-mecanica-uma-revisao-
sistematica/
A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) é uma das infecções hospitalares mais
prevalentes em pacientes internados em UTI, sendo caracterizada pelo desenvolvimento de infecção
pulmonar que ocorre entre 48 a 72 após a intubação orotraqueal, pode ser considerada precoce
quando ocorre até o quarto dia da intubação e ventilação, tardia quando ocorre após o quinto dia ou
até 48 horas após a extubação.
Sinais e sintomas
A suspeita clínica da presença de PAV, ocorre em funções do aparecimento de alguns critérios,
como: febre, alterações laboratoriais (leucocitose, leucopenia) aumento da secreção traqueal ou
presença de secreção purulenta, aparecimento de um novo infiltrado pulmonar (uma nova lesão
radiográfica) ou progressão de um infiltrado prévio (piora da lesão inicial).
É uma infecção grave, ela ocorre em funções de diversos fatores, podendo variar dependendo da
população, do hospital e tipo de unidade intensiva.
Há alguns fatores de risco específicos que predispõem o desenvolvimento da PAV, como: uso prévio
de antibióticos, antiácidos, necessidade de reintubação, posição supina, uso de cânula nasogástrica,
presença de traqueostomia e transporte dentro do hospital.
Os fatores de risco para o desenvolvimento de PAV podem ser divididos em modificáveis e não
modificáveis. Os não modificáveis são: idade, escore de gravidade quando da entrada do paciente na
UTI e presença de comorbidades. Os fatores modificáveis estão relacionados à microbiota da própria
UTI. Torna – se necessário entender e conhecer a microbiota local, para promover uma boa
prescrição antibiótica.
Diagnóstico
Para realizar o diagnóstico da PAV podem ser usados critérios clínicos com base em exames
laboratoriais, temperatura, gasometria arterial, exame físico e radiológicos que apontem novo
infiltrado sugestivo de pneumonia. Nesse caso, é considerado o período antecedente à suspeita de
PAV.
Prevenção
https://www.hospitalmetropolitano.pb.gov.br/stop-pav-acao-promove-praticas-de-cuidado-que-auxiliam-na-
prevencao-da-pneumonia-associada-a-ventilacao-mecanica/
É de suma importância para o cirurgião dentista, que atende e trabalha com odontologia hospitalar,
entender e compreender sobre os fatores de risco para o desenvolvimento de pneumonia associada
a ventilação mecânica.
Dentre os procedimentos possíveis de serem realizados, podem ser citados: exodontias, raspagem
periodontal, selamento de cavidades de cárie dentária, tratamento de infecções fúngicas e virais
com manifestações orais, tratamento de lesões traumáticas e de outras alterações bucais que
causem risco ou desconforto ao paciente.
Medidas de profilaxia devem ser orientadas de acordo com a patogênese. Atitudes de ação
preventiva envolvem a higienização constante das mãos, antes e depois do manuseio dos pacientes,
manter o decúbito (posição do paciente) elevada (30-45°), cuidados na administração da dieta
enteral adequar diariamente o nível de sedação e o teste de respiração espontânea, aspirar a
secreção subglótica rotineiramente, fazer a higiene oral com antissépticos, dar preferência pelo uso
de ventilação mecânica não-invasiva, realizar a utilização criteriosa de bloqueadores
neuromusculares, aspirar a secreção subglótica de forma periódica, evitar extubação não
programada e reintubação do paciente, estar atento às recomendações e cuidados com os
umidificadores e sistemas de respiração, e acompanhar os períodos de troca do circuito do
ventilador.
A PAV é uma das IRAS (infecção relacionada a assistência à saúde) mais comuns na UTI com
potencial para morbidade e mortalidade hospitalar, está diretamente relacionada à uma higiene oral
deficiente, destacando a necessidade de um protocolo terapêutico eficiente voltado para o combate
à infecção e confirmando a importância da interação entre Odontologia, Medicina e Enfermagem,
especialmente nas unidades de terapia intensiva.
Para que haja um entendimento único as medidas de prevenção a PAV devem ser dispostas em
protocolos de higiene oral para UTI, a ser repassados e aplicados como rotina a equipe de
enfermagem, sob supervisão do cirurgião dentista. O protocolo deve descrever em detalhes os
dispositivos necessários para a realização da higiene bucal, como: o uso de escovas, fio dental, gaze,
espátulas e abridores bucais. Deve conter ainda as substâncias antimicrobianas mais efetivas para
controle químico do biofilme e da saburra lingual, descrevendo o modo e a frequência da realização
do procedimento.
Com o protocolo de higiene oral criado, o cirurgião dentista deve ser responsável pela implantação
do protocolo, realizar treinamentos para a equipe de enfermagem com palestras e demonstrações
praticas a beira do leito, promovendo reciclagem periódica da equipe.
Referências Bibliográficas