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CADERNÃO

DE
PERIO 2

RAMON FERREIRA

RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA


AULA 1 INTER-RELAÇÃO PERIODONTIA-ODONTOLOGIA RESTAURADORA:
Procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos para recuperação das distancias biológicas
Prof. Nelson Gnoatto
EVOLUÇÃO DA CIRURGIA PERIODONTAL
A cirurgia periodontal pode ter muitas finalidades e o aumento de coroa clinica se enquadra dentro de
uma gama de possibilidades chamada cirurgia plástica periodontal e é definida como toda cirurgia que
tenha por objetivo trabalhar a modificação da morfologia, seja dos dentes, seja do periodonto, pois são
interligados, que são reposicionamento, Alteração de formas, espessura, fenótipo do tecido periodontal.
olhe esse caso, será que a gengiva está no local certo? Tem alguma alteração?
Observe a gengiva mais a esquerda, cor rósea pálida, queratinizada, inserida, que
protege do atrito do alimento de agente externos, de colonização bacteriana através
da esfoliação dos ceratinócitos havendo descontaminação continua do tecido,
protegendo dos impactos térmicos, e a gengiva protege por isso a gengiva é o
periodonto de proteção. Observe agora o canino, há ausência de gengiva
ceratinizada, vemos apenas a margem gengival recebendo a tensão da brida sendo
desfavorável e contribuindo para a recessão gengival e desconforto na higienização
acumulando biofilme, que vai acabar degradando as fibras do LP levando a uma
recessão gengival ainda maior ou até mesmo levando a formação de uma bolsa. Nesse caso a única solução
é a cirurgia, pois teremos que reposicionar as inserções musculares mais apicalmente, bem como
recobrimento radicular cirúrgico enxertando um tecido que tem as mesmas características da gengiva
como mucosa mastigatória do palato, tuber, regiao retromolar ou substituto de enxertos de tecido
conjuntivo (matrizes de tecido conjuntivo suíno, etc).
então veja que o aumento de coroa clinica é apenas uma dentro do rol das cirurgias plásticas periodontal.

observe essa imagem mostrando enxerto de TC de


enxerto gengival livre removido na totalidade da
região do palato deixando o mucoperiosteo
recobrindo o osso, observe como ele é diferente do
tecido gengival, tanto em relevo, quanto coloração.
Isso vai formar um fenótipo novo onde não tem gengiva.
GENGIVOPLASTIA ESTÉTICAS
É sinônimo da técnica gengivectomia, onde há alteração da forma, é uma
cirurgia plástica da gengiva. Tem objetivo plástico, estético, funcional
removendo a margem gengival para não acumular biofilmes, reduzir falsas
bolsas sobre o esmalte coronário e que não deveriam existir.

Outras correções de forma: pode-se


enxertar tecido com objetivo de ganhar
rebordo, perda em fratura, avulsao de IC,
perda ossea periodontal antes de perder o
dente, podendo ter perda de osso e tecido
mole e aí dessa forma será enxertado osso
e num segundo momento enxerto de TC.

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Se o paciente não tiver muita perda de espessura pode apenas fazer enxertia de TC do palato, região
retromolar, túber, etc.

INFLUENCIA DA FASE INICIAL DA TERAPIA

Qualquer cirurgia periodontal precisa de um bom


controle do biofilme, do calculo e dos demais fatores
etiológicos pois vao recuperar o contorno definitivo
da gengiva, define as verdadeiras profundidades de
sondagem e torna a gengiva menos inflamada, mais
fibrosa, firme com vasculatura neoformada e menos hemorrágica.
Observe que o edema após desinchar vai mostrar áreas com reabsorção, isso ocorre pelo fato de já estar
com perda de inserção e o edema ter ocultado. Jamais fazer cirurgia periodontal na primeira situação,
onde a gengiva está inflamada, inicialmente deve-se fazer o tratamento não cirúrgico, que é a profilaxia,
limpeza, RAR e só dessa forma, após eliminar inflamação e cálculos, realizar a cirurgia periodontal. Pois se a
cirurgia fosse feita numa gengiva já inflamada, cheia de células inflamatórias e de defesa, com fatores
imunológicos, prostraglandinas, macrófagos, osteoclastos, etc, iria ocorrer maior trauma e gerar maior
reabsorção ossea, e o que queremos é cessar a reabsorção ossea e reabilitar a região através de enxertia
de TC; outro detalhe é um sangramento no pós operatório pois uma incisão numa gengiva inflamada vai
sangrar muito além da gengiva ser muito friável e dificultar na sutura.

1.GENGIVECTOMIA DE BISEL EXTERNO


Será que isso é gengivite induzida por biofilme apenas?? O que há é uma hiperplasia
gengival que pode ter sido causada por: biofilme que nesse paciente pode ter
ocorrido uma inflamação exacerbada, ou um trauma simultâneo ou gengivite
gravídica, granuloma gravídico localizado estimulado por hormônios, por
medicamentos. Nesse paciente houve o fator genético onde o biofilme inicia a
inflamação e a gengiva hiperplásica dificulta a higienização causando um aumento do
numero de biofilme e uma inflamação maior
Nesse 02 caso o paciente precisa de um aumento de coroa clínica. onde
essa coroa ficou diminuta devido a uma proliferação tecidual.
Nesse 2º caso o crescimento foi medicamentoso diferente do caso 01 que
foi genético. Em ambos os casos realizamos a gengivectomia de bisel
externo e ela é pouco usada hoje em dia. Ela se faz necessário nesses
casos.
Em ambos esses casos de hiperplasia gengival eu não posso fazer uma cirurgia externa, pois a deformidade
tecidual é tão grande que levaria horas para tentar tirar uma quantidade homogênea de tecido e mesmo
assim não se conseguiria resolver.
O bisel externo é uma faixa que é removida externamente com o bisturi vindo de apical ate a cervical do
dente com objetivo de remover o excesso de tecido proliferativo sem chegar perto da crista ossea,
deixando a camada de mucoperiosteo protegendo o osso, nenhuma gengivectomia, seja de bisel externo
ou interno poderá deixar osso visível e exposto. Logo deve haver uma camada TC sem o epitélio, onde
haverá formação de coagulo e que deverá aguardar 07 dias para observar a
reepitelização. Depois esse tecido vai cicatrizar e haverá aumento da coroa
clinica.

RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA


esse paciente tinha hiperplasia gengival não causada por biofilme ou
medicamento ou fator genético e sim por não ocorrer a erupção
passiva, que é a recessão fisiológica durante o processo eruptivo.
Nesse tipo de caso poderia ser bisel externo ou interno.

o primeiro passo é a demarcação das bolsas falsas.


Então sera localizado a JCE. Se houvesse recessão
colocaríamos quanto deu, +1, +2, ocorre que esse paciente
tem hiperplasia, logo eu vou com a sonda tentando localizar
a JCE com a sensação tátil, tentando sentir a aspereza do
cemento e a lisura do esmalte e é nesse ponto que ficará a
JCE. Vou observar quanto deu entre a distancia da JCE e MG
(supondo que deu 3), depois vou até o fundo de sulco e vejo que deu 4 mm, logo anoto que o NIC é -1, pois
os 3 mm era de uma bolsa falsa, não patológica, pois abaixo teremos esmalte e não raiz e por isso marca
como -3. E essa distancia da MG até a JCE é o que eu ire remover (3 mm)

Então pegamos a sonda de Williams e vamos marcar os 03 mm fazendo o ponto


sangrante com a ponta da sonda. Essa marcação faz tanto com bisel externo
quanto por bisel interno.

Variação da técnica. Existe a pinça demarcadora de Crane-Kaplan que serve para demarcar

Incisão de kirkland

É feita com o gengivótomos de Kirklan; Orban; Goldman-Fox.


Ele é colocado de apical para cervical e faz a incisão terminando onde você marcou os pontos sangrantes
que é na JCE, fazendo o movimento a deixar o desenho dos arcos das cervicais dos dentes. Observe que na
incisão não há exposição da crista ossea alveolar ela fica intacta deixando uma faixa de TC e essa faixa
inclinada em 45° faz esse bisel externo.

por que não usar um cabo de bisturi reto ao invés do


gengivótomo? Porque a angulação dele facilita na incisão, sem o
óculos de proteção, lábio, nariz, lábios atrapalharem.

gengivotomo de Orban tem uma ponta de lança. Ele é


posicionado onde a ponta da lança sempre será direcionada para
tocar o ponto de contato entre os dentes dando o contorno
concavo, regular, padronizado nas proximais dos dentes.

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ele é inserido após a incisão de Kirkland, o objetivo dele é descolar a incisão,
removendo toda a margem gengival cirúrgica.

Scraping: observe o bisel cruento. Essa


abrasão não funciona com o bisturi e lamina
15, ele é feito com o gengivótomo de kirkland
colocando ele perpendicular a superfície da
mucosa, encostando o gengivótomo e ir
raspando sem fazer muita força eliminando o
degrau entre o tecido integro e conjuntivo
cruento, remover pontas de feixes colagênicos mais calibrosos, de bridas de tecido, estabelecer
arquitetura homogênea e levemente concava em todas as próximais e uma rápida e leve abrasão
superficial.
Variação da técnica: pode-se usar alicate de cutícula e instrumentos rotatórios. O alicate de cutícula pode
ser usado mas uma broca pode ser perigoso e contraindicado.

Espessura do coágulo. Após a incisão e o scraping há a formação do


coagulo. Nesses casos também pode ser usado cimento cirúrgico
que protege a área e que pode ser removido no dia seguinte fazendo
uma hemostasia local, aliviando dor, funcionando como protetor de
alimento e temperatura.

e assim ficou o resultado.

CIMENTO CIRURGICO
Proteção e conforto no pós operatório imediato em áreas com TC exposto (cicatrização por segunda
intenção).
Em desuso na atualidade, é empregado apenas nas primeiras horas pós-operatórias, para hemostasia e
para impedir aumento da espessura do coagulo, garantindo a manutenção da morfologia ideal.
Estudos clínicos mostram que o cimento cirúrgico sem acompanhamento pós operatório precoce pode ser
prejudicial (acumulo de biofilme)
Bochechos de digluconato de clorexidina são necessários

2. GENGIVECTOMIA DE BISEL INTERNO


É de fácil execução e não deixa tecido cruento. Não precisa de cimento cirúrgico pois não deixa TC
exposto.
Tem a direção da incisão oposta a do bisele externo, enquanto a do
bisel externo vinha apical sentido cervical, a de bisel interno é da
cervical para apical

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sentido cervical para apical e a ponta do bisturi termina acabando na JCE. Como que sabe
onde esta a JCE para a ponta da lamina
chegar? Simples, você sonda, identifica
a medida e com a sonda você faz os 03
pontos sangrantes em cada dente.

Tem que existir faixa de gengiva queratinizada. Se a mucosa


alveolar estivesse próximo da MG teria que se pensar em
outro método, como descolar um retalho e reposicionar
apicalmente. Nesse caso não seria feito gengivectomia e sim
deslocamento de retalho e reposicionamento apicalmente.

Nessa segunda imagem vemos que a gengiva foi removida e


ficou pontos sangrantes com coagulo.

3-CUNHA DISTAL (ou proximal)


Sempre que tiver um dente sem um adjacente, sem contato com dente vizinho, fazer uma gengivectomia
circunferencial pode ter um resultado muito ruim, pois na região da face livre a gengiva tem uma certa
espessura, removendo o excesso de MG e fica uma cooptação boa do tecido remanescente com a JCE, mas
nas faces proximais tem uma altura mais elevada de gengiva, ai muitas vezes tem que fazer na região
retromolar por causa do capuz pericoronário, por exemplo.
Então a cunha distal é empregada na área desdentada adjacente a um determinado dente, que é para
aumentar a coroa clinica nessa face proximal, por isso chama cunha distal ou mesial.
As bordas vestibular e palatina são divergentes para apical e convergente para distal pois eu quero fazer
um triangulo.

Uso do gengivotomo de Goldman-Fox na distal.


Foi feito gengivectomia de bisel interno. Foi feito um retalho
gengival.
Incisão perpendicular ao longo eixo do dente e da cortical
óssea.

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após remover a camada de gengiva. Foi feito a incisão primaria de bisel interno, depois foi feito retalho
gengival.

RETALHO PERIODONTAL
Se quero acessar osso eu faço um retalho periodontal, alcançando o periodonto de sustentação. É
abrangido a crista ossea e descolar o periósteo para ter acesso a esse osso para remodelar essa cortical
ossea, ou para preservar o osso no local que ele está tendo o mínimo de contato com esse osso.
*Pode fazer um retalho onde contorno o osso e deixa o mucoperiosteo protegendo e a incisão divide pela
metade o TC e esse osso terá mucoperiosteo com menos chance de ter redução de altura. Caso as fibras de
sharpey do periósteo sejam rompidas na exposição ossea, haverá trauma dessa cortical óssea e ocorrer
uma possível perda de altura em 01 mm, 02 mm por isso deixar uma camada de mucoperiosteo protege.
Agora se quero fazer osteotomia eu descolo o periósteo e exponho osso, para ganhar os 03 mm
mandatórios do Espaço biológico.

Retalho de espessura total


É um retalho mucoperiosteal. Removo todo o tecido que protege o osso, removendo tecido conjuntivo
fibroso e tecido conjuntivo osteogênico (periósteo). Uso em osteotomia em cirurgia de aumento de coroa
clinica. Em cirurgia regenerativa colocando tecido ósseo (biomateral).

Retalho de espessura parcial


É um retalho que tem como objetivo preservar o periósteo protegendo o osso, evitando a perda óssea,
haja vista a cirurgia não demandar osteotomia. É chamado de retalho dividido, fazendo a divisão do tecido
mole em 02 partes. .quando não quero fazer osteotomia. Quando quero movimentar o retalho mucoso
gengival para apical e interpor enxerto de tecido conjuntivo ou encobrir a raiz, ou melhorar o fenótipo
do tecido nada queratinizado, pois o tecido conjuntivo do palato que tem muito colágeno vai determinar
o retalho que estou sobrepondo a ele e ajudar a queratinizar melhor o retalho.

Em amarelo temos o periósteo.


O RET. Descola o periósteo com descolador de molt, ou
cureta de molt.
REP. Incisão na metade da espessura do tecido mole gengival.
Nesse tipo de retalho eu ganho aumento da faixa de mucosa
ceratinizada, mas preciso ter também retalho.

INVASÃO DAS DISTANCIAS BIOLÓGICAS


Carie de raiz subgengival infra-óssea. Fratura infraóssea. Perfuração em cirurgia de acesso endodôntico
no limite ou apicalmente à união dentogengival. Lembrando que há um limite para se fazer um aumento
de coroa clínica.
Cirurgia periodontal ou tratamento ortodôntico (erupção
ortodôntica, ou extrusão ortodôntica)?

Os famosos 3 mm de distancia biológica.

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E m situações simples pode-se fazer aumento de coroa clinica .
Foi anestesiado e feito a osteotomia
Observe esse canino. Fez tratamento endodôntico porem antes de na região distal e palatina de 2mm.
colocar
Incisãoaem
PPF, a coroa
bisel fraturou.
interno Então
ao redor foi solicitado aumento de
do dente O paciente tinha muita mucosa
coroa clinica para se fazer uma núcleo fundido e colocar uma coroa. ceratinizada.

Uso do descolador para


Incisão intra-sucular para romper a inserção conjuntiva gengival na
exposição do osso
cervical em direção a entrada do LP. Incisão circunferencial intrasucular
marginal.
supra-cristal com a lamina de bisturi paralela a superfície dentaria dando a
volta.

Faz a osteotomia com a lima de Schluger 9-10. uso do minicinzel de Ochsenbein 1 e você
Coloca ela abaixo do ponto de contato como se fosse empurra por punção, por clivagem. É usado para
uma escova interdentaria com cuidado e depois puxa quebrar ângulos retos, dar contorno de arcos
clivando a crista óssea. concavos regulares e também para clivar o osso

E com uma sonda milimetrada você sonda. As vezes é bom ter


broca de prótese para fazer um preparo antes. Na radiografia é
feito a observação de quanto iremos remover de tecido ósseo.

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Assim é feito ao aumento de coroa clinica, às custas de tecidos nobres como tecido mole e osso, pois o
objetivo é deixar a MG cortada na crista óssea para aumentar a coroa clinica.

SUTURAS.
Sutura interdental (ou sutura simples). Sutura colchoeiro Horizontal. Sutura colchoeiro Vertical. Sutura no
periósteo.

AULA 2 REVISANDO CONCEITOS EM PERIODONTIA


Prof. Nara Araujo
**1930. Trabalho sem parâmetros.
Messner (1936)- 1 milhao de adolescentes americanos apenas 8,6% tinham gengivite.
Westin (1937), faz os mesmos estudos e comprovou que 86,5 % dos pacientes apresentavam gengivite.
Logo faltava critérios de avaliação.

**1940. Criação dos índices


Avaliação da carie dental. Maloclusões.

**1955. Marshall-day- India.


Periodontite x gengivite. A gengivite progride para periodontite, que progride para perda dentaria.
Perda de inserção – progressão da doença. 100% da população com periodontite destrutiva após os 40
anos.

**1964. Scherp. Revisão de literatura. Importante problema mundial de saúde publica. Afeta a maioria da
população -35 a 40 anos. Gengivite não tratada progride para periodontite. Mais de 90% da doença pode
ser explicada pela idade ou má-higiene.

**1970. Susceptibilidade para a doença periodontal. Extensão, severidade e frequencia. Falha: valores
médios ofereciam uma descrição imperfeita.
DP varie em diferentes populações. Mudança de critérios de avaliação, não sendo mais a PIC e sim a
extensão e severidade da doença.

**1978. Lȫe.
Fez um estudo com 565 estudantes e professores noruegueses de 17 a 30 anos e gênero masculino, inicio
ano de 1969.
Fez um estudo comparatório com 480 lavradores de uma plantação de cha do Sri Lanka, homens de 17 a
30 anos. Inicio em 1970.
observou a diferença cultural, socio econômica. Geográfica. Racial. Educacional. Acesso a programas
preventivos.
Resultados: no Sri Lanka detectou-se higiene oral precária. Muito calculo supra e subgengival. Gengivite
generalizada moderada a severa. pouca PIC aos 17 anos. PIC de 3mm aos 30 anos. Alguns dentes com PIC
de 10 mm.
Existia 03 padroes de progressão da doença:
8% das DP eram de progressão rápida. PIC de 09 mm até os 35 anos, aumentando para 13 mm aos 45 anos
81% das DP eram de progressão moderada. PIC de 4 mm até os 35 anos e 7 mm aos 45 anos.
11% apenas com quadro de gengivite. PIC de 1 mm até os 35 anos.
Resultados demonstram que pode haver indivíduos menos susceptíveis à DP e diferentes formas de
progessao da doença de indivíduos para individuo.

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** 1986. Baelum
Indivíduos da tanzania com idade entre 38 e 69 anos. Onde foi avaliado placa bacteriana, calculo, gengivite,
PIC, bolsas periodontais, perda de dentes.
* foi identificado: Alto índice de PS e calculo. PS maior que 3 mm e PIC menor que 6 mm em menos de 10
% da população.
Sem casos de edentulismo ou perda dental maior.
75% dos sítios com PIC menor ou igual a 7mm encontrados em 31% dos indivíduos.

Fatores etiológicos das DP


Diagnostico- anamnese – prevenção do aparecimento da doença – tratamento precoce – melhor
prognóstico.

*Fatores locais: fator etiológico principal é o biofilme. Restaurações mal adaptadas, sob e subcontorno. O
cigarro interfere no processo imune, na circulação local onde a gengiva é mais rósea e com pouco
sangramento, bolsas periodontais profundas com muita PIC.
*Condições sistêmicas. Questoes hormonais (indivíduos adolescentes ou na puberdade). Gestação também
influencia, como a progesterona. A menopausa pode gerar osteoporose e interferir na qualidade óssea.
*Desordens sistêmicas ou genéticas. Diabetes melitus 2 onde tem menor produção de insulina pelo
pancrea causando um aumento de açúcar circulante no sangue e esse açúcar pode servir de substrato para
bactérias orais, também haverá exacerbação do processo inflamatório.
*Indicadores de risco. Estresse e condições psicossociais. Osteopenia e osteoporose. Nível socio-
economico. Alterações nutricionais. Álcool. Obesidade. Medicina periodontal (doença cardiovascular,
artrite reumatóide, doenças respiratórias.)
Fator de risco  é um fator, exemplo o fumo que tem relação e influencia na progressão da DP
Indicador de risco  é um estudo de controle para comparação, avaliação do individuo na linha do tempo
onde não há certeza do mecanismo.

Polígono de risco

progressão da doença
% de perda óssea / idade.
Paciente tem 9mm de
distancia da JCE até a crista
ossea, só que a distancia
normal da JCE ate a crista
óssea são de 3mm, logo
6 mm x 100% / 9mm = 66%
66% / pela idade, ex 37 anos =
66/37= 1,8, logo é grau C (alto
risco)
Grau A
< 0.25

Grau B
0,25 a 1

Grau C
>1

RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA


1989 1999 2017
SOBREPOSIÇÃO DE CATEGORIAS DEFASADA E GRANDES NUMERO DE REDUZIDA
CATEGORIAS
AUSENCIA DE CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS AUSENCIA DE DIAGNOSTICOS PARA SAUDE
GENGIVAIS
ENFASE IMPROPRIA DA IDADE CLASSFICAÇÃO SUBJETIVA
CRITERIOS OBSCUROS FALTA DE CRITERIOS OBJETIVA

CLASSIFICAÇÃO 2017
ADIÇÃO DA CONDIÇÃO DE SAUDE
GENGIVITE EM APENAS 02 CATEGORIAS: INDUZIDAS OU NÃO POR BIOFILME
PERIODONTITE CRONICA E AGRESSIVA FORAM ELIMINADAS. SURGIRAM: PERIODONTITE (ESTAGIO E
GRAU), PUN, PERIODONTITE COMO MANIFESTAÇÕES DE DOENÇA SISTEMICA.
TERCEIRA CATEGORIA NA QUAL SE ENCONTRAM OUTRAS CONDIÇÕES QUE AFETAM O PERIODONTO
(FORÇAS OCLUSAIS TRAUMATICAS, ABSCESSOS, LESOES ENDO-PERIO_
NOVO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DAS RETRAÇÕES
TERMINOLOGIA DA DISTANCIA BIOLOGICA  INSERÇÃO SUPRACRESTAL.

CONDIÇÕES E DOENÇAS PERIODONTAIS


SAUDE 1. SAUDE PERIODONTAL E SAUDE GENGIVAL
PERIODONTAL, 2. GENGIVITE INDUZIDA PELO BIOFILME DENTAL
CONDIÇÕES E 3. DOENÇAS GENGIVAIS NÃO INDUZIDAS PELO BIOFILME DENTAL
DOENÇAS GENGIVAIS
PERIODONTITE 1. DPN
2. PERIODONTITE
3. PERIODONTITE COMO MANIFESTAÇÃO DE DOENÇAS SISTEMICAS

OUTRAS CONDIÇÕES 1. DOENÇA SSISTEMICAS OU CONDIÇÕES QUE AFETAM OS TECIDOS PERIODONTAIS DE


QUE AFETAM O SUPORTE
PERIODONTO 2. ABSCESSOS PERIODONTAIS E LESOES ENDODÔNTICO-PERIODONTAIS
3. CONDIÇÕES E DEFORMIDADES MUCOGENGIVAIS
4. FORÇAS OCLUSAIS TRAUMÁTICAS
5. FATORES RELACIONADOS AO DENTE E ÀS PRÓTESES

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TERAPIA PERIODONTAL
1. interromper a progressão da doença.
2. Eliminar a doença por completo
3. Recuperar estruturas perdidas.

PLANO DE TRATAMENTO
OBJETIVOS A CURTO PRAZO  eliminação de todo processo infeccioso e inflamatório. Permitir que a
cavidade oral retorne ao estado de saúde. Encaminhar o paciente a outras especialidades odontológicas /
médicos.
OBJETIVOS A LONGO PRAZO  Reconstruir uma dentição saudável com função e estética. Levar em
consideração a idade e condição de saúde do paciente.

EXTRAIR OU MANTER O DENTE?? Quando vemos um paciente Grau II ou Grau III temos que ter um pouco
de cautela ao querer pensar em extrair para colocar implantes. Devemos pensar pois nem sempre o
implante ou a prótese é o melhor para o paciente.

FASES DO TRATAMENTO PERIODONTAL


Fase preliminar
Fase não cirúrgica (fase I da terapia)
Avaliação da resposta da fase não cirúrgica
Fase cirúrgica (fase II da terapia)
Fase restauradora (Fase III da terapia)
Fase de manutenção (Fase IV da terapia)

CONDUTA DE ATENDIMENTO
**História medica + Historia dental + Exame periodontal.
**Identificação do fator / determinante de risco.

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**Terapia periodontal cirúrgica e não cirúrgica.
**Manutenção periodontal apropriada
** Reavaliação fator / determinante de risco

TABAGISMO. ESTRATEGIA DE CESSAÇÃO.


DIABETES. CONSULTA MEDICA E MONITORAR O CONTROLE GLICÊMICO.
DEÓSITOS DENTÁRIOS: MICROBIANOS / BACTÉRIAS PATOGÊNICAS: AMOSTRAS MICROBIANAS, TESTE DE
SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA.
FATORES GENÉTICOS: DETERMINAÇÃO DA HISTÓRIA FAMILIAR DA DOENÇA.
IDADE: TEMPO DE EXPOSIÇÃO AOS ELEMENTOS DE RISCO, EVIDÊNCIA DA DOENÇA AGRESSIVA, MULHERES
NA PÓS-MENOPAUSA.
GÊNERO: QUESTÕES HORMONAIS.
NIVEL SOCIO-ECONÔMICO: FREQUENCIA DE VISITAS AO DENTISTA, CONSCIÊNCIA DENTAL.
ESTRESSE: EVENTOS DA VIDA, ENFRENTAMENTO.

TERAPIA PERIODONTAL. O OBJETIVO É O REPARO TECIDUAL


EPITELIO  RESTAURA A CONTINUIDADE SUPERFICIAL.
TC  INSERE O OSSO NO CEMENTO E ESTABELECE ALTURA ÓSSEA.
OSSO  RESTAURA O EQUILÍBRIO ENTRE FORMAÇÃO E REABSORÇÃO.
CEMENTO  INSERE FIBRAS PERIODONTAIS.

RESULTADOS CLINICOS
ELIMINAÇÃO DA INFLAMAÇÃO
PARALISAÇÃO DO SANGRAMENTO GENGIVAL
ELIMINAÇÃO DA BOLSA PERIODONTAL E INFECÇÃO
PARALISAÇÃO DA PERDA ÓSSEA
REDUÇÃO DA MOBILIDADE
ESTABELECIMENTO DE RELAÇÕES OCLUSAIS IDEAIS
RESTAURAÇÃO DOS TECIDOS DESTRUÍDOS
PREVENÇÃO DA RECORRÊNCIA DA DOENÇA

AULA 3 FUNDAMENTOS TECNICOS EM CIRURGIA PERIODONTAL FUNDAMENTAL


Prof. Marcelo Rios
INCISÕES. RETALHOS. SUTURAS
1.INCISOES.

Essa incisão é a de BISEL EXTERNO, observe a posição da lamina em 45° inclinado no sentido apico-cervical.
A incisão é feita levemente apical aos pontos sangrantes. Para que eu tenha certeza de que eliminei toda
a bolsa supra-óssea. Na incisão em bisel externo a parte sangrante fica do lado de fora e fica uma “rampa”

RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA


que é o bisel externo. Usamos muito em grandes massas gengivas, em crescimento gengival
medicamentoso onde a gengiva cresce muito.

BISEL INTERNO. Observe os pontos sangrantes onde a incisão é feita antes dos
pontos sangrantes!!
Em bisel interno eu faço a incisão antes dos pontos sangrantes
Em bisel externo eu faço a incisão após os pontos sangrantes.
E quando eu passo, deve ser sutil, +- 0.5 mm.
Usando em gengivectomia em geral.

observe a diferença entre bíseis.


No bisel interno o bisel esta DENTRO DA
FERIDA e quando empurrar para o dente,
essa zona cola e a cirurgia termina SEM
ÁREA CRUENTA E SEM ÁREA DE SEGUNDA
INTENÇÃO.

No bisel externo. O bisel está FORA DA


FERIDA e quando eu empurrar a gengiva
para o dente terei tecido exposto
sangrante

2. RETALHOS
2.1 QUANTO À ESPESSURA.
Retalho total ou mucoperiosteal. É o retalho que quando eu rebato dou de cara com o osso.
Retalho parcial ou dividido ou mucoso. É o retalho que não expõe osso, eu visualizo o periósteo.
2.2 QUANTO AO POSICIONAMENTO.
Reposicionados. Quando rebato o tecido e coloco de volta na posição de antes.
Deslocados (apicalmente, coronalmente ou lateralmente). Quando rebato o retalho e reposiciono em
outra posição. Pode ser apical, coronal ou lateral.

RETALHO TOTAL. MUCOPERIOSTEAL

Quando eu rebato exponho osso alveolar.

RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA


RETALHO PARCIAL.

Quando rebate o periósteo encontra periósteo embaixo.

RETALHO REPOSICIONADO

Retalho foi rebatido e reposicionado no


mesmo local.

RETALHO DESLOCADO APICALMENTE

A gengiva foi
incisada, rebatido o
retalhado e
reposicionada mais
abaixo (apicalmente)

RETALHO DESLOCADO CORONALMENTE

Olhe essa recessão


gengival. Foi feito
um retalho com
reposicionamento
coronal havendo
cobertura radicular.

RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA


RETALHO DESLOCADO LATERALMENTE
Tenho uma recessão
num dente, faço o
retalho no dente ao
lado e consigo cobrir
essa recessão.

ORIENTAÇÕES GERAIS EM INCISÕES E RETALHOS


*Incisão firme de distal para mesial
*Em casos de relaxantes: incluir ou excluir a papila. Desenho obliquo, livrando a área central do dente e da
papila. Atingir apicalmente a Junção muco-gengival.
*Deslocamento do retalho. Iniciar pela região da papila. Apoiar o tecido mole durante o afastamento.

SUTURAS. Finalidades, bases operatórias e técnicas.


*Perfurar a base da papila, nunca o ápice.
*Fazer o fio de sutura passar no longo eixo da papila ou tecido.
*Fechar o nó em cruz, sempre que possível. Um nó no longo eixo e um nó na transversal.
*Tentar usar mucosa ceratinizada para sustentar a sutura. Pois ela resiste melhor ao nó sem lacerar.
* Tentar fazer as suturas na mesma altura. Bite size

Bite size.
Bite é o local onde a agulha entra e sai.
Size é a distancia entre a mordida e a ferida cirúrgica.
O ideal é assim que após dar o no as forças de sutura vao ser exatamente iguais.
Se eu erro e dou um no num size maior do que o outro, quem tem maior size vai puxar o de menor size e
causar rasgamento da sutura.

olha como essa sutura foi bem feita, na base da papila, respeitou bite-size
um bom bite size tem uma distancia de no mínimo 3 mm da Margem gengival.

FIOS DE SUTURA

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Partes da agulha.
Estampa. Corpo. Ponta
Em perio o ideal é uma agulha de ½ e de comprimento de 17 mm. Secção transveral em forma de triangulo.
Jamais pegue na agulha com o porta agulha na parte da estampa pois tem menos metal e é oca. E ao
passar a agulha prefira pega no meio do corpo para trás, jamais pegue na ponta.

Em perio preferimos o fio de nylon


monofilamento.
Mas no mercado tem de origem animal, sintético,
reabsorvível, vegetal.

Os fios de sutura em perio deverá ser 5.0. em algumas cirurgias pode usar o 4.0, e em cirurgias refinadas
pode-se usar o 6.0

*Caracteristicas do fio de sutura: elasticidade. Plasticidade. Tenacidade


ELASTICIDADE. É a capacidade de retornar à forma original. Nylon
PLASTICIDADE. Capacidade de manter a forma. Fio de seda
TENACIDADE. Força necessária para romper o fio de sutura. Nylon

ENVOLVIMENTO DE FURCA
Elementos anatômicos de interesse cirúrgico
Interfurca. Bifurcação. Trifurcação. Pré-furca

INTERFURCA. Termo usado para descrever a área entre 03 ou mais raízes anatomicamente divididas na sua
base.

Não existe furca em molares com 02 raizes ou PM.

BIFURCAÇÃO E TRIFURCAÇÃO

Área de encontro de 02 ou 03 raízes.


Cada furca terá o seu teto da furca e entrada da furca.

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Quando for operar Molar terá 02 contextos
1. Aumentar a coroa clinica de um molar
2. Entrar na furca, limpar, raspar e tratar lesao de furca.

O que é melhor? Uma bifurcação ou trifurcação de teto baixo ou teto alto?


*Teto alto é ruim pra aumentar a coroa clinica pq pode expor a furca mas é bom para acessar, tratar e
limpar
*Teto baixo é bom para aumentar coroa clinica pois vai expor a furca facilmente mas é ruim para acessar
e limpar.

É melhor limpar uma interfurca ampla ou pequena?


Uma interfurca de qualquer tamanho é boa desde que a entrada de furca seja larga.

Furca é acesso. Para o cirurgião instrumentar e acesso para o paciente higienizar.

PRÉ-FURCA
Área compreendida entre a JCE e a entrada da furca

Uma grande pré-furca é boa para aumentar coroa e ruim para acessar e higienizar
O que é melhor, uma grande pré-furca com teto alto ou baixo? Com teto baixo é melhor.
Observe esse MS (46)
Qual desses é o melhor para aumento de coroa clinica.
Na vestibular, pois tem uma pre furca grande e um teto baixo.
O pior é a distal.
Qual desse é o melhor para acesso.
A Distal. Pois tem teto alto. Pois vou descolar menos retalho

Observe esse MI (46)


O da direita é o melhor para aumentar coroa clinica pois tem uma
interfurca grande
O da esquerda é melhor para acessar e tratar furca, pois tento
interfurca um pouco menor, teto um pouco mais alto, entrada ampla

FORMA TRIDIMENSIONAL
Aspectos da circunferencia radicular em diversas alturas.

olha a forma dessa furca, o fio dental entra mas não consegue higienizar bem aquela
região. Dessa forma deve haver uma escova que possibilite entrar e que limpe essa
região.

ESTRATEGIAS E TECNICAS DE TRATAMENTO DE DENTES COM ENVOLVIMENTO DE FURCA


FURCA GRAU I. quando coloco a Naber e já sinto a furca. Se ela também entrar e não percorrer mais do
que 1/3 ainda é grau I.
Faço a RAR em furca grau I rasa ou plastia de furca

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FURCA GRAU II.
Faço a plastia de furca quando é rasa. Tunelização. Regeneração tecidual guiada.

FURCA GRAU III.


Tunelização. Separação radicular (onde sera separado as raízes). Remoção radicular seletiva ou
ressecção (onde um dente com 03 raizes sera sepultada uma das raízes). Exodontia.

As terapias são diversificadas, mas podem variar substancialmente de resultados, nos mais variados dentes
e nas mais diversas variações anatômicas.

PLASTIA DE FURCA
Procedimento cirúrgico para eliminação do defeito interradicular. Pego uma broca e desgasto dente e
osso. Odontoplastia e osteoplastia. Indicada formalmente para furcas de faces livres, a exceção é a distal
dos 3 molares.
Como fazer:
Confecção de rebatimento de retalho de espessura total. Remoção de teciduo de granulação e raspagem.
Desgaste corono-radicular para alargar a entrada de furca. Recontorno da crista ossea alveolar.
Posicionamento e sutura do retalho ao nível da crista.

na imagem vemos furca GRAU I. será rebatido retalho de espessura


total, visualização da entrada da furca e odontoplastia e depois
osteoplastia e assim ficara a furca -------------------------------------
observe que é possível ver crista óssea preenchendo a furca.
Sera feito a sutura e após cicatrizar o paciente vai conseguir
higienizar a furca.

TUNELIZAÇÃO
Procedimento cirúrgico para criação de um espaço interradicular acessível para higienização, ou para seu
modelamento anatômico.
Como fazer:
Confecção de rebatimento de retalho de espessura total. Remoção de tecido de granulação e raspagem.
Desgaste ósseo interradicular com ampliação de furca. Recontorno da crista ossea alveolar.
Posicionamento e sutura do retalho ao nível da crista.
O objetivo é que permita a passagem de uma unitufo para limpeza
Agora em furcas Grau III o objetivo é deixar o formato da furca anatômico onde a escova possa entrar e
sair limpando sem machucar.

Observe a lima de Schluger passando entre as raízes. Agora sem osso abaixo a escova unitufo pode passar
entre as furcas

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HEMISSECÇÕES
Procedimento cirúrgico para separação radicular e manutenção de todas as raízes.
Como fazer:
Confecção e rebatimento de retalho de espessura total. Separação das raízes ao nível da furca. Desgaste
seletivos nos remanescentes (RAI que é pegar uma broca e tirar o contato de dente dos vizinhos, é tipo um
preparo de prótese). Recontorno da crista ossea alveolar. Posicionamento e sutura do retalho ao nível da
crista.

RESSECÇÕES
Procedimento cirúrgico para separação radicular e remoção seletiva de raízes
Como fazer:
Confecção e rebatimento de retalho de espessura total. Separação das raízes ao nível da furca. Remoção
da raiz escolhida. Reanatomização dos remanescentes. Recontorno de crista ossea alveolar.
Posicionamento e sutura do retalho ao nível da crista.

ideal um dente com pré furca


pequena.

REGENERAÇÃO TECIDUAL GUIADA


Podem ser usadas em Furcas Grau I profundas. Grau II rasas e profundas.
Vou fazer retalho e colocar algo que faça o osso crescer de novo, pode ser coagulo ou até proteínas que
estimulem o crescimento ósseo. Mas para impedir que a gengiva entre no espaço onde eu quero que
cresça osso, eu coloco uma membrana para cobrir

A molécula de escolha é a amelogenina.


Formação do tecido de granulação reparacional. A remoção da membrana demora em torno de 06
semanas.
Depois terei formação de osso completando a furca.
A indicação é para furcas em Grau II que possuem mucosa ceratinizada ao seu redor.

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AULA 4 TERAPIA CIRURGICA DA BOLSA PERIODONTAL
Prof. Nara Araujo
Cap 39-Lindhe
Protocolo de atendimento.
Anamnese Exame clinico e radiográfico Diagnostico (saúde-doença), é gengivite, periodontite?
Promoção de saúde  reavaliação manutenção  cirurgia periodontal.
Em relação a promoção de saúde: debridamento, RAR. Técnica de higienização oral. Eliminação de fatores
de retenção. Exodontia. Endodontia. Ortodontia. Oclusao. Provisórios. Controle do biofilme.
Controlar/eliminar fatores de risco.
Para um paciente realizar cirurgia periodontal deve estar com controle de fatores local favorável, como
eliminação ou diminuição do tabagismo, deve estar com controle sistêmico estabilizada, como na diabete.

Metas do tratamento periodontal.


Sangramento a sondagem. Redução ou resolução da inflamação gengival.
Se após eu tratar o paciente estiver com mais de 10 a 30% eu não posso enviar para cirurgia.
Profundidade de sondagem. Redução na profundidade da bolsa à sondagem. Sem bolsas residuais
com redução na PS maior ou igual a 4mm. Bolsas acimas disso utilizo métodos cirúrgicos.
Furcas. Eliminação de furcas abertas em dentes multirradiculares. Não posso ter furcas que exceda 2
a 3 mm horizontalmente.
Sintomas. Ausência de dor. Satisfação individual de estética e função.

TERAPIA RELACIONADA À CAUSA


Atingir boas condições de higiene bucal e eliminar infecções da cavidade bucal, removendo deposito
microbiano, como fatores de retenção (prótese sobre e subcontorno, próteses mal adaptadas, lesao
cariosa) e manter o paciente sempre motivado em relação ao controle de placa.
Então nessa fase sera feito instrumentação da bolsa e raiz bem como medidas protetivas contra o controle
de placa gengival realizado pelo próprio paciente.
Pode ser feito em 03 etapas diferentes:
Debridamento e RAR. Chave para interrupção da progressão da doença e retorno da dentição a um estado
de saúde, conforto e função.
1. debridamento. Instrumentação para ruptura e remoção do biofilme microbiano.
2. Raspagem. Instrumentação para remoção dos depósitos mineralizados.
3. alisamento radicular. Instrumentação para remover o cemento e a dentina contaminados.

Técnicas de raspagem subgengival. Revisar empunhadura das curetas, bem como numeração e utilização.

Full mouth desinfection


1. Raspagem da boca toda em até 24 horas. Até 02 sessoes
2. Bochecho com CHX a 0,2 %. Antes e depois das raspagens.
3. Bochecho com CHX 0,2 %. 2 vezes ao dia por 02 semanas
4. Irrigaçoes subgengivais com gel de CHX a 1%, 3 vezes por 10 minutos.
5. Escovar línguas com gel CHX 1%
6. Spray com CHX 0,12% nas tonsilas
A proposta é: evitar a transmissão bacteriana. Erradicar e diminuir patógenos periodontais. Modulação do
hospedeiro.
Não há comprovação de que o protocolo Full mouth desinfection seja superior à raspagem convencional
a longo prazo. A curto prazo você ate consegue observar.

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Raspagem convencional
Sessões com intervalo de 01 semana
Raspagem dividida por quadrante ou sextante

Todas as modalidades de tratamento não cirúrgico para o controle da infecção periodontal (RAR
convencional em etapas por quadrante, instrumentação de boca toda e desinfecção de boca toda)
resultam em melhores acentuadas nas condições clinicas.
O melhor desempenho das praticas de higiene oral é um princípio inseparável a ser observado com
qualquer protocolo de debridamento mecânico.

Terapia relacionada à causa


Inspeção. Visual, auditiva, tátil.
Reavaliação. 30 a 90 dias. Restabelecimento do Epitelio juncional em 1 a 2 semanas. Reparo do TC em 4 a
8 semanas. Perfil de higiene oral, tempo para motivação. Colonização das bolsas periodontais tratadas na
ausência de adequado controle de placa: 2 meses.

O que será que pode ser visto


após uma Terapia convencional?
Note a imagem A tem
concentrado de tecido
inflamatório nela (ICT). A seta azul
indica uma PS aumentada, os
pontos pontilhados indica o NIC.
Observe que o NIC A esta igual ao
NIC B, o que muda após o
processo de RAR? Você terá
redução da PS e o tecido estará
mais saudável, com redução do
tecido inflamatório e possivelmente haja a recessão (devido a migração apical do EJ). Logo o esperado é
redução de bolsa e redução do sangramento gengival.

Reavaliaçao.
30 a 90 dias após o termino da terapia inicial. Vou fazer sondagem e observar se a DP esta controlada, se
reduzi sangramento, se houve redução de bolsas aí sim posso indicar a terapia cirúrgica.
Logo devo verificar:
Eliminação das infecções. PS, sangramento a sondagem, NIC, mobilidade, envolvimento de furca, fatores
locais, índice de placa e higiene oral.
Se vejo calculo dental subgengival, a chance de ter processo inflamatório é grande, ai devo observar qual é
a causa antes de fazer a cirurgia periodontal.

Limitações da RAR
Habilidade do operador Condições dos instrumentais Princípios de instrumentação
Profundidade de sondagem Desafios anatômicos (fissuras, concavidades radiculares, furcas, etc)

Terapia cirúrgica. É coadjuvante na terapia inicial relacionado à causa,


* Aumentar a acessibilidade à superfície radicular.
*Reduzir ou eliminar a profundidade da bolsa.
*Remodelar os tecidos moles e duros para obter uma topografia harmoniosa.

RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA RAMON FERREIRA


Lembre-se que o tempo entre a terapia convencional e a terapia cirúrgica deve ser de 30 a 90 dias. Pois
nesse período após remover calculo ou placa bacteriana eu consigo remover de forma satisfatória a células
inflamatória que ficam, dessa forma há redução da bolsa demonstrando as medidas corretas das bolsas
verdadeiras possibilitando o seu tratamento. Além de que o tecido inflamado é mais flácido e o tecido
saudável é mais fibrótico e esse facilita na hora do retalho e da sutura além de ter menos sangramento.

Existe 03 condições de bolsa.


A. gengiva inflamada, sangramento, mas sem
destruição dos tecidos de suporte (o periodonto de
inserção esta integro, sem perda ossea, sem
alteração do NIC)
B. Há migração do epitélio juncional e o osso já
começa a sofrer processo de remodelação.
Havendo comprometimento da gengiva bem como
do tecido de suporte havendo perda ossea
horizontal, nesse caso pode ser visto uma bolsa
periodontal supra-ossea.
C. nesse caso já há uma bolsa periodontal infra-
óssea onde a bolsa esta abaixo da crista ossea.
Quanto mais profundo a bolsa e quanto mais acometer osso mais complexo sera o tratamento.

REMOÇÃO CIRURGICA DA BOLSA PERIODONTAL


Em pseudobolsas eu posso fazer a RAR, orientação de higiene bucal.
Feito isso, se regredir a pseudobolsa, ok, mas se não reduzir eu parto
para a cirurgia periodontal.
Posso fazer uma gengivectomia. Remoção da bolsa proporcionando
uma maior visibilidade e acessibilidade para a completa remoçã do
calculo e um meticuloso alisamento radicular.
A gengivectomia é indicada para eliminação de bolsas supra-osseas com parede fibrosa e firme. Eliminação
de aumentos gengivais.
Contraindicada quando há necessidade de acesso ao osso. Zona estreita de tecido queratinizado. Estética.
Pacientes com alto risco de sangramento pos operatório.

gengivectomia de bisel externo

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gengivectomia de bisel interno. A ponta do bisturi toca na crista ossea.
Indicado para fazer descolamento de retalho, seja intrassucular, interdental.

Procedimentos a retalho
Quando se tem uma bolsa gengival faz gengivectomia, mas se tem uma bolsa invadindo ou próximo a crista
ossea tem que fazer retalho. Principalmente em região posterior onde é mais difícil higienizar, raspar e
instrumentar.
Então é indicado:
Acesso para instrumentação radicular
Ressecção gengival
Ressecção óssea
Regeneração periodontal

Técnicas cirúrgicas
Retalho modificado de Widman. É o mais utilizado
Retalho não deslocado
Retalho com deslocamento apical
Retalho com preservação da papila

Retalho de widman modificado


Facilitar a correta higienização da superfície radicular, porém, sem a realização do deslocamento apical e
do contorno ósseo, procurando preservar a altura gengival do retalho.
Esta técnica utiliza-se incisões horizontais que permite raspagem em campo aberto com o intuito de
ganhar inserção clinica. Há risco de recessão menor do que a técnica convencional e não deixa cicatriz na
gengiva.
1ª incisão. Em bisel interno. Não é a mesma da gengivectomia que inclina a 45º, essa é reta em direção a
crista ossea. A professora faz a incisão do dente antecessor ao dente sucessor do procedimento (1 dente
antes e 1 dentes depois, ex: dente 35, faço a incisão do 34 ao 36, isso é idealizado para não danificar ou
romper o retalho, além de dar maior visibilidade)
2ª incisão. Intrasucular, para separar e expor a raiz.
3ª incisão. Interdental. Remoção do tecido infectado
Sutura em colchoeiro horizontal. Após remover todo o tecido infectado e raspar e debridar a raiz, vou
rebater o retalho e suturar em posição, agora com tecido saudável.

Retalho não deslocado


quase nunca se usa essa técnica. Incisão abaixo da margem gengival em bisel interno para acesso da crista
óssea com base na distancia transgengival. Se tem 06
mm sera distancia de metade (3) ou 2/3. Além de
observar a distância, tb terei que observar quantidade
de mucosa ceratinizada para fazer a incisão. É feito a
sondagem no sulco gengival, epitélio juncional ate o
osso

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retalho com deslocamento apical
casos com a quantidade mínima (menos que 3mm) de gengiva inserida.
erradicação da bolsa e/ou ampliação da zona de gengiva aderida.

Faço incisão de bisel interno para ate crista óssea.


Remoção de tecido inflamado.
Rebato retalho apicalmente. Ao invés de ser
retalho total, pode-se dividir em relaxante 1mm
abaixo da junção mucogengival onde terei uma
quantidade maior de mucosa ceratinizada.

Olha a quantidade de gengiva


inserida conseguida após a
cirurgia de retalho com
deslocamento apical.

Retalho com preservação da papila


Usado principalmente em áreas estéticas para evitar
recessão futuramente. Usada principalmente qd o
paciente tem linha do sorriso alta.
Incisão sulcular 5 mm abaixo da papila e sera rebatido
retalho com a cureta, acessar a raiz, raspagem e
desbridamento, curetagem de tecido de granulação,
posição de retalho e sutura. Útil em raspagem em
campo aberto e onde a demanda estética é maior.

A incisão é evitando a
região de papila, diferente
das outras técnicas que
incisa papila (incisão
semilunar)
B- Com a cureta você
descola.
C- Rebate do retalho
D- Aceso à região cirurgica
Porem a técnica mais
utilizada ainda será a de
Widman modificado

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RASPAGEM EM CAMPO ABERTO
Reparo x regeneração.

**Reparo. Fornecer meios para o tecido periodontal ter uma cicatrização mais fácil.
Não há restituição da arquitetura e função dos tecidos.
Raspagem em campo aberto quando faço raspagem em campo aberto eu terei um epitélio juncional
longo. A raspagem em campo aberto pode formar inserção conjuntiva longa. Posso usar como método
complementar o Tratamento químico da raiz. Posso utilizar acido cítrico. EDTA. Tetraciclina. O que mais
usamos é o EDTA. Eles servem para fazer o condicionamento acido da raiz após a raspagem.

**Regeneração. Criar meios para conseguir criar cemento, osso, LP.


Restituição da arquitetura e função dos tecidos, como osso, cemento, LP.
Posso usar membranas associadas a biomateriais. Por qual motivo usar membranas?
Observe que no reparo eu terei formação de epitélio juncional longo, esse epitélio tende a migrar
apicalmente de forma muito rápida (lembre-se de Perio1 e do processo de reparo tecidual), para que eu
tenha tempo suficiente para formar osso, cemento e LP, preciso colocar uma membrana afastando o
epitélio da superfície do dente para ter tempo de formar essas estruturas. Essas membranas podem ser
semipermeáveis, reabsorvido ou não reabsorvível e ficar tempo suficiente para as estruturas se
formarem. Dessa forma as membranas também devem ser biocompativel e inerte, bem como ser
resistente.

defeito infra-osseos
são defeitos de bolsas que estão abaixo da crista óssea. Quanto mais complexo o defeito mais difícil tratar.
Defeito em 1 parede é mais fácil do que defeito em 04 paredes.

Influência do defeito ósseo na técnica é positivo quando:

Componente infra-ósseo Defeito radiográfico com Linha de base profunda do alveólo


profundo (maior que 3mm ) ângulo estreito

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Influência do defeito ósseo na técnica é negativo quando:

Componente infra-ósseo pouco profundo Defeito radiográfico com Mobilidade dental.


(menor ou igual a 3mm) ) é difícil do material ângulo largo O coagulo precisa está estável
ficar retido. Ex: defeito de cratera. para ter o processo de
cicatrização

observe essa imagem. Paciente tem


grande perda ossea, com bolsa supra
ossea. A primeira opção seria RTG, mas é
custoso, se o paciente não tiver dinheiro, o
que fazer:

1º passo. Terapia inicial. Controle de placa, raspagem. Antibiótico para controlar o pús.
2º passo. Terapia cirúrgica. 1 a 3 meses.

Retalho de widman modificado para expor raiz. O prognostico não é bom (defeito de 1 parede)

Depois foi feito raspagem em campo aberto, tratamento químico com EDTA e sutura em colchoeiro
horizontal e estabilização do dente

Considerações finais:
A decisão sobre o tipo de cirurgia periodontal a ser empregada e quantos sítios devem ser incluídos, deve
ser feita após a avaliação da resposta à fase inicial da terapia relacionada às causas.

Deve-se preferir as modalidades de terapia cirúrgica que preservem a formação de tecido periodontal e
não aquelas ressectivas e que eliminam tecido gengival, osso, etc.

O retalho de widman modificado é amplamente usado para a obtenção de um adequado acesso às


superfícies radiculares e ao osso subjacente, podendo auxiliar na manutenção do periodonto. O intuito é
remover todo o tecido inflamado de granulação e reposicionar o tecido na posição inciial para que o
paciente possa higienizar o periodonto.
O sucesso da terapia periodontal cirúrgica das bolsas depende do controle de biofilme pelo paciente e da
sua colaboração na terapia periodontal de suporte.

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