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DE
PERIO 2
RAMON FERREIRA
Variação da técnica. Existe a pinça demarcadora de Crane-Kaplan que serve para demarcar
Incisão de kirkland
CIMENTO CIRURGICO
Proteção e conforto no pós operatório imediato em áreas com TC exposto (cicatrização por segunda
intenção).
Em desuso na atualidade, é empregado apenas nas primeiras horas pós-operatórias, para hemostasia e
para impedir aumento da espessura do coagulo, garantindo a manutenção da morfologia ideal.
Estudos clínicos mostram que o cimento cirúrgico sem acompanhamento pós operatório precoce pode ser
prejudicial (acumulo de biofilme)
Bochechos de digluconato de clorexidina são necessários
RETALHO PERIODONTAL
Se quero acessar osso eu faço um retalho periodontal, alcançando o periodonto de sustentação. É
abrangido a crista ossea e descolar o periósteo para ter acesso a esse osso para remodelar essa cortical
ossea, ou para preservar o osso no local que ele está tendo o mínimo de contato com esse osso.
*Pode fazer um retalho onde contorno o osso e deixa o mucoperiosteo protegendo e a incisão divide pela
metade o TC e esse osso terá mucoperiosteo com menos chance de ter redução de altura. Caso as fibras de
sharpey do periósteo sejam rompidas na exposição ossea, haverá trauma dessa cortical óssea e ocorrer
uma possível perda de altura em 01 mm, 02 mm por isso deixar uma camada de mucoperiosteo protege.
Agora se quero fazer osteotomia eu descolo o periósteo e exponho osso, para ganhar os 03 mm
mandatórios do Espaço biológico.
Faz a osteotomia com a lima de Schluger 9-10. uso do minicinzel de Ochsenbein 1 e você
Coloca ela abaixo do ponto de contato como se fosse empurra por punção, por clivagem. É usado para
uma escova interdentaria com cuidado e depois puxa quebrar ângulos retos, dar contorno de arcos
clivando a crista óssea. concavos regulares e também para clivar o osso
SUTURAS.
Sutura interdental (ou sutura simples). Sutura colchoeiro Horizontal. Sutura colchoeiro Vertical. Sutura no
periósteo.
**1964. Scherp. Revisão de literatura. Importante problema mundial de saúde publica. Afeta a maioria da
população -35 a 40 anos. Gengivite não tratada progride para periodontite. Mais de 90% da doença pode
ser explicada pela idade ou má-higiene.
**1970. Susceptibilidade para a doença periodontal. Extensão, severidade e frequencia. Falha: valores
médios ofereciam uma descrição imperfeita.
DP varie em diferentes populações. Mudança de critérios de avaliação, não sendo mais a PIC e sim a
extensão e severidade da doença.
**1978. Lȫe.
Fez um estudo com 565 estudantes e professores noruegueses de 17 a 30 anos e gênero masculino, inicio
ano de 1969.
Fez um estudo comparatório com 480 lavradores de uma plantação de cha do Sri Lanka, homens de 17 a
30 anos. Inicio em 1970.
observou a diferença cultural, socio econômica. Geográfica. Racial. Educacional. Acesso a programas
preventivos.
Resultados: no Sri Lanka detectou-se higiene oral precária. Muito calculo supra e subgengival. Gengivite
generalizada moderada a severa. pouca PIC aos 17 anos. PIC de 3mm aos 30 anos. Alguns dentes com PIC
de 10 mm.
Existia 03 padroes de progressão da doença:
8% das DP eram de progressão rápida. PIC de 09 mm até os 35 anos, aumentando para 13 mm aos 45 anos
81% das DP eram de progressão moderada. PIC de 4 mm até os 35 anos e 7 mm aos 45 anos.
11% apenas com quadro de gengivite. PIC de 1 mm até os 35 anos.
Resultados demonstram que pode haver indivíduos menos susceptíveis à DP e diferentes formas de
progessao da doença de indivíduos para individuo.
*Fatores locais: fator etiológico principal é o biofilme. Restaurações mal adaptadas, sob e subcontorno. O
cigarro interfere no processo imune, na circulação local onde a gengiva é mais rósea e com pouco
sangramento, bolsas periodontais profundas com muita PIC.
*Condições sistêmicas. Questoes hormonais (indivíduos adolescentes ou na puberdade). Gestação também
influencia, como a progesterona. A menopausa pode gerar osteoporose e interferir na qualidade óssea.
*Desordens sistêmicas ou genéticas. Diabetes melitus 2 onde tem menor produção de insulina pelo
pancrea causando um aumento de açúcar circulante no sangue e esse açúcar pode servir de substrato para
bactérias orais, também haverá exacerbação do processo inflamatório.
*Indicadores de risco. Estresse e condições psicossociais. Osteopenia e osteoporose. Nível socio-
economico. Alterações nutricionais. Álcool. Obesidade. Medicina periodontal (doença cardiovascular,
artrite reumatóide, doenças respiratórias.)
Fator de risco é um fator, exemplo o fumo que tem relação e influencia na progressão da DP
Indicador de risco é um estudo de controle para comparação, avaliação do individuo na linha do tempo
onde não há certeza do mecanismo.
Polígono de risco
progressão da doença
% de perda óssea / idade.
Paciente tem 9mm de
distancia da JCE até a crista
ossea, só que a distancia
normal da JCE ate a crista
óssea são de 3mm, logo
6 mm x 100% / 9mm = 66%
66% / pela idade, ex 37 anos =
66/37= 1,8, logo é grau C (alto
risco)
Grau A
< 0.25
Grau B
0,25 a 1
Grau C
>1
CLASSIFICAÇÃO 2017
ADIÇÃO DA CONDIÇÃO DE SAUDE
GENGIVITE EM APENAS 02 CATEGORIAS: INDUZIDAS OU NÃO POR BIOFILME
PERIODONTITE CRONICA E AGRESSIVA FORAM ELIMINADAS. SURGIRAM: PERIODONTITE (ESTAGIO E
GRAU), PUN, PERIODONTITE COMO MANIFESTAÇÕES DE DOENÇA SISTEMICA.
TERCEIRA CATEGORIA NA QUAL SE ENCONTRAM OUTRAS CONDIÇÕES QUE AFETAM O PERIODONTO
(FORÇAS OCLUSAIS TRAUMATICAS, ABSCESSOS, LESOES ENDO-PERIO_
NOVO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DAS RETRAÇÕES
TERMINOLOGIA DA DISTANCIA BIOLOGICA INSERÇÃO SUPRACRESTAL.
PLANO DE TRATAMENTO
OBJETIVOS A CURTO PRAZO eliminação de todo processo infeccioso e inflamatório. Permitir que a
cavidade oral retorne ao estado de saúde. Encaminhar o paciente a outras especialidades odontológicas /
médicos.
OBJETIVOS A LONGO PRAZO Reconstruir uma dentição saudável com função e estética. Levar em
consideração a idade e condição de saúde do paciente.
EXTRAIR OU MANTER O DENTE?? Quando vemos um paciente Grau II ou Grau III temos que ter um pouco
de cautela ao querer pensar em extrair para colocar implantes. Devemos pensar pois nem sempre o
implante ou a prótese é o melhor para o paciente.
CONDUTA DE ATENDIMENTO
**História medica + Historia dental + Exame periodontal.
**Identificação do fator / determinante de risco.
RESULTADOS CLINICOS
ELIMINAÇÃO DA INFLAMAÇÃO
PARALISAÇÃO DO SANGRAMENTO GENGIVAL
ELIMINAÇÃO DA BOLSA PERIODONTAL E INFECÇÃO
PARALISAÇÃO DA PERDA ÓSSEA
REDUÇÃO DA MOBILIDADE
ESTABELECIMENTO DE RELAÇÕES OCLUSAIS IDEAIS
RESTAURAÇÃO DOS TECIDOS DESTRUÍDOS
PREVENÇÃO DA RECORRÊNCIA DA DOENÇA
Essa incisão é a de BISEL EXTERNO, observe a posição da lamina em 45° inclinado no sentido apico-cervical.
A incisão é feita levemente apical aos pontos sangrantes. Para que eu tenha certeza de que eliminei toda
a bolsa supra-óssea. Na incisão em bisel externo a parte sangrante fica do lado de fora e fica uma “rampa”
BISEL INTERNO. Observe os pontos sangrantes onde a incisão é feita antes dos
pontos sangrantes!!
Em bisel interno eu faço a incisão antes dos pontos sangrantes
Em bisel externo eu faço a incisão após os pontos sangrantes.
E quando eu passo, deve ser sutil, +- 0.5 mm.
Usando em gengivectomia em geral.
2. RETALHOS
2.1 QUANTO À ESPESSURA.
Retalho total ou mucoperiosteal. É o retalho que quando eu rebato dou de cara com o osso.
Retalho parcial ou dividido ou mucoso. É o retalho que não expõe osso, eu visualizo o periósteo.
2.2 QUANTO AO POSICIONAMENTO.
Reposicionados. Quando rebato o tecido e coloco de volta na posição de antes.
Deslocados (apicalmente, coronalmente ou lateralmente). Quando rebato o retalho e reposiciono em
outra posição. Pode ser apical, coronal ou lateral.
RETALHO REPOSICIONADO
A gengiva foi
incisada, rebatido o
retalhado e
reposicionada mais
abaixo (apicalmente)
Bite size.
Bite é o local onde a agulha entra e sai.
Size é a distancia entre a mordida e a ferida cirúrgica.
O ideal é assim que após dar o no as forças de sutura vao ser exatamente iguais.
Se eu erro e dou um no num size maior do que o outro, quem tem maior size vai puxar o de menor size e
causar rasgamento da sutura.
olha como essa sutura foi bem feita, na base da papila, respeitou bite-size
um bom bite size tem uma distancia de no mínimo 3 mm da Margem gengival.
FIOS DE SUTURA
Os fios de sutura em perio deverá ser 5.0. em algumas cirurgias pode usar o 4.0, e em cirurgias refinadas
pode-se usar o 6.0
ENVOLVIMENTO DE FURCA
Elementos anatômicos de interesse cirúrgico
Interfurca. Bifurcação. Trifurcação. Pré-furca
INTERFURCA. Termo usado para descrever a área entre 03 ou mais raízes anatomicamente divididas na sua
base.
BIFURCAÇÃO E TRIFURCAÇÃO
PRÉ-FURCA
Área compreendida entre a JCE e a entrada da furca
Uma grande pré-furca é boa para aumentar coroa e ruim para acessar e higienizar
O que é melhor, uma grande pré-furca com teto alto ou baixo? Com teto baixo é melhor.
Observe esse MS (46)
Qual desses é o melhor para aumento de coroa clinica.
Na vestibular, pois tem uma pre furca grande e um teto baixo.
O pior é a distal.
Qual desse é o melhor para acesso.
A Distal. Pois tem teto alto. Pois vou descolar menos retalho
FORMA TRIDIMENSIONAL
Aspectos da circunferencia radicular em diversas alturas.
olha a forma dessa furca, o fio dental entra mas não consegue higienizar bem aquela
região. Dessa forma deve haver uma escova que possibilite entrar e que limpe essa
região.
As terapias são diversificadas, mas podem variar substancialmente de resultados, nos mais variados dentes
e nas mais diversas variações anatômicas.
PLASTIA DE FURCA
Procedimento cirúrgico para eliminação do defeito interradicular. Pego uma broca e desgasto dente e
osso. Odontoplastia e osteoplastia. Indicada formalmente para furcas de faces livres, a exceção é a distal
dos 3 molares.
Como fazer:
Confecção de rebatimento de retalho de espessura total. Remoção de teciduo de granulação e raspagem.
Desgaste corono-radicular para alargar a entrada de furca. Recontorno da crista ossea alveolar.
Posicionamento e sutura do retalho ao nível da crista.
TUNELIZAÇÃO
Procedimento cirúrgico para criação de um espaço interradicular acessível para higienização, ou para seu
modelamento anatômico.
Como fazer:
Confecção de rebatimento de retalho de espessura total. Remoção de tecido de granulação e raspagem.
Desgaste ósseo interradicular com ampliação de furca. Recontorno da crista ossea alveolar.
Posicionamento e sutura do retalho ao nível da crista.
O objetivo é que permita a passagem de uma unitufo para limpeza
Agora em furcas Grau III o objetivo é deixar o formato da furca anatômico onde a escova possa entrar e
sair limpando sem machucar.
Observe a lima de Schluger passando entre as raízes. Agora sem osso abaixo a escova unitufo pode passar
entre as furcas
RESSECÇÕES
Procedimento cirúrgico para separação radicular e remoção seletiva de raízes
Como fazer:
Confecção e rebatimento de retalho de espessura total. Separação das raízes ao nível da furca. Remoção
da raiz escolhida. Reanatomização dos remanescentes. Recontorno de crista ossea alveolar.
Posicionamento e sutura do retalho ao nível da crista.
Técnicas de raspagem subgengival. Revisar empunhadura das curetas, bem como numeração e utilização.
Todas as modalidades de tratamento não cirúrgico para o controle da infecção periodontal (RAR
convencional em etapas por quadrante, instrumentação de boca toda e desinfecção de boca toda)
resultam em melhores acentuadas nas condições clinicas.
O melhor desempenho das praticas de higiene oral é um princípio inseparável a ser observado com
qualquer protocolo de debridamento mecânico.
Reavaliaçao.
30 a 90 dias após o termino da terapia inicial. Vou fazer sondagem e observar se a DP esta controlada, se
reduzi sangramento, se houve redução de bolsas aí sim posso indicar a terapia cirúrgica.
Logo devo verificar:
Eliminação das infecções. PS, sangramento a sondagem, NIC, mobilidade, envolvimento de furca, fatores
locais, índice de placa e higiene oral.
Se vejo calculo dental subgengival, a chance de ter processo inflamatório é grande, ai devo observar qual é
a causa antes de fazer a cirurgia periodontal.
Limitações da RAR
Habilidade do operador Condições dos instrumentais Princípios de instrumentação
Profundidade de sondagem Desafios anatômicos (fissuras, concavidades radiculares, furcas, etc)
Procedimentos a retalho
Quando se tem uma bolsa gengival faz gengivectomia, mas se tem uma bolsa invadindo ou próximo a crista
ossea tem que fazer retalho. Principalmente em região posterior onde é mais difícil higienizar, raspar e
instrumentar.
Então é indicado:
Acesso para instrumentação radicular
Ressecção gengival
Ressecção óssea
Regeneração periodontal
Técnicas cirúrgicas
Retalho modificado de Widman. É o mais utilizado
Retalho não deslocado
Retalho com deslocamento apical
Retalho com preservação da papila
A incisão é evitando a
região de papila, diferente
das outras técnicas que
incisa papila (incisão
semilunar)
B- Com a cureta você
descola.
C- Rebate do retalho
D- Aceso à região cirurgica
Porem a técnica mais
utilizada ainda será a de
Widman modificado
**Reparo. Fornecer meios para o tecido periodontal ter uma cicatrização mais fácil.
Não há restituição da arquitetura e função dos tecidos.
Raspagem em campo aberto quando faço raspagem em campo aberto eu terei um epitélio juncional
longo. A raspagem em campo aberto pode formar inserção conjuntiva longa. Posso usar como método
complementar o Tratamento químico da raiz. Posso utilizar acido cítrico. EDTA. Tetraciclina. O que mais
usamos é o EDTA. Eles servem para fazer o condicionamento acido da raiz após a raspagem.
defeito infra-osseos
são defeitos de bolsas que estão abaixo da crista óssea. Quanto mais complexo o defeito mais difícil tratar.
Defeito em 1 parede é mais fácil do que defeito em 04 paredes.
1º passo. Terapia inicial. Controle de placa, raspagem. Antibiótico para controlar o pús.
2º passo. Terapia cirúrgica. 1 a 3 meses.
Retalho de widman modificado para expor raiz. O prognostico não é bom (defeito de 1 parede)
Depois foi feito raspagem em campo aberto, tratamento químico com EDTA e sutura em colchoeiro
horizontal e estabilização do dente
Considerações finais:
A decisão sobre o tipo de cirurgia periodontal a ser empregada e quantos sítios devem ser incluídos, deve
ser feita após a avaliação da resposta à fase inicial da terapia relacionada às causas.
Deve-se preferir as modalidades de terapia cirúrgica que preservem a formação de tecido periodontal e
não aquelas ressectivas e que eliminam tecido gengival, osso, etc.