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INTRODUÇÃO

O atual surto da doença coronavírus 2019 (COVID-19) teve origem na Província


de Hubei, na República Popular da China e em 11 de março de 2020, foi
declarada uma pandemia pelo Comitê de Emergência da Organização Mundial
da Saúde (OMS). (RIGHETTI, 2020, p.1) A expressão COVID-19 é definida por
uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2,
potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global.
(MINISTERIO DA SAÚDE, 2021)

Os sintomas mais comuns observados são febre, tosse, fadiga, produção de


escarro, perca de olfato e falta de ar. Boa parte da população com COVID-19
não necessitará de internação, pois apresentam uma forma leve ou
descomplicada da doença tendo um bom prognóstico de melhora. No entanto,
pacientes mais velhos e imunodeprimidos podem desenvolver doenças graves
e apresentar complicações como síndrome da doença respiratória aguda
(ARDS), sepse, choque séptico e insuficiência renal e cardíaca, necessitando de
tratamento em uma unidade de terapia intensiva (UTI) e de apoio invasivo.
(RIGHETTI, et. al, 2020)

O coronavírus é um vírus contagioso e ainda sujeito a descobertas. Ao contrário


das demais afeções virais comuns, não há uma forma de imunização prévia
conhecida, vacina ou tratamento específico, dificultando a abordagem dos
profissionais nessa patologia. (ARCHILES, 2021) A agressão do vírus ao epitélio
respiratório, a intensa resposta inflamatória, o acúmulo de fluido nos alvéolos e
a presença de trombos no microcirculação pulmonar, geram diferentes graus de
desconforto respiratório importantíssimos a esses pacientes. (GASTALDI, 2021,
p.1)

Os pacientes em ventilação espontânea também podem subitamente evoluir


para necessidade de intubação e de ventilação mecânica, o que pode perdurar
por um tempo precursor das afecções causadas pelas intubações. Por esse
motivo a grande maioria dos pacientes encontra-se sob oxigenoterapia ou
ventilação mecânica invasiva, necessitando de atenção da fisioterapia intensiva
como ponto de suma importância no tratamento desses pacientes.

Para Fernando Guimaraes professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro,


o profissional da fisioterapia está na linha de frente dos cuidados respiratórios de
forma efetivamente importante, respaldado pelas melhores evidências
científicas. Também são reconhecidos em diversos países como profissionais
que desempenham um papel fundamental em equipes multiprofissionais que
fornecem suporte ventilatório durante a fase de adoecimento agudo e
intervenções de reabilitação posteriores para promover a funcionalidade.

A ventilação não invasiva (NIV) na fisioterapia é usada principalmente para tratar


insuficiência respiratória aguda. No entanto, tem amplas aplicações para
gerenciar uma série de outras doenças com sucesso. A principal vantagem do
NIV está em sua capacidade de fornecer os mesmos efeitos fisiológicos que a
ventilação invasiva, evitando a colocação de uma via aérea artificial e suas
complicações associadas à vida.
De acordo com as orientações sobre o tratamento e o manejo dos pacientes com
COVID-19, controlar a duração da hipoxemia é importante para um desfecho
favorável.

Dentro desse contexto foi necessário repensar as estratégias de oxigenioterapia


e aplicação de ventilação não invasiva (VNI), conhecidas por serem eficazes
para evitar intubação e por isso, recomendadas como primeira opção de
tratamento. Diante disso, a OMS orienta sua utilização como precauções,
principalmente relacionadas à aerossolização, sugerindo que poderia haver uma
Intubação Orotraqueal (IOT) precoce e desnecessária de alguns indivíduos,
resultando em uma escassez de um recurso que poderia ser necessário para
pacientes mais graves.

No entanto, a manutenção da respiração espontânea por meio de suporte


respiratório não invasivo em pacientes hipoxêmicos com esforço espontâneo
vigoroso traz o risco de lesão pulmonar auto-induzida pelo paciente: o benefício
de evitar a intubação em pacientes bem sucedidos deve ser equilibrado com as
lesões de um desfecho pior em pacientes que serão intubados após falharem no
teste de apoio não invasivo. (MENGA, et. al, 2022)

O NIV pode ser um instrumento poderoso, pois são fornecidas


configurações ideais e interface adequada, mas seleção cuidadosa e
monitoramento clínico rigoroso dos pacientes são obrigatórios para reduzir
o risco de intubação retardada. (MENGA, et. al, 2022, p.3)

Tendo em vista as altas taxas de mortalidade por covid-19 decorrente da alta


necessidade do uso da ventilação mecânica invasiva, foi observado a urgência
em identificar uma estratégia que reduzisse a demanda pela VMI, tendo em vista
as avaliações e comprovações cientificas de estratégias protetoras. Foram
realizadas pesquisas que visam abordar a importância e relevância, baseada em
evidências, da ventilação mecânica não-invasiva com duas pressões em adultos
com covid-19 e os aspectos positivos que ajudam a prevenir futuras intubações
e consequentemente possíveis óbitos.

Nesse contexto, vale ressaltar a grande importância do fisioterapeuta


intensivista, atuando não só no tratamento da doença, como também na
prevenção e reabilitação desses pacientes. Visando utilizar a VNI com duas
pressões como tratamento, prevenindo a intubação e assim diminuindo o tempo
do paciente no leito. Este estudo tem por objetivo, analizar na literatura científica
a importância do tratamento fisioterápico com a VNI, diminuindo a superlotações
dos leitos e a grande taxa de intubação. (SILVA, et. al, 2020)

MÉTODOS
Esta pesquisa é uma revisão de literatura sistemática, realizada através da coleta
de informações por meio de banco de dados eletrônicos Scientific Eletronic
Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana
e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). (TEMPO DE PESQUISA). Não foi
realizada nenhuma restrição linguística ou temporal na procura dos artigos,
porém a maioria dos artigos se encontrava em inglês e a partir de 2019 a 2022.
As buscas foram realizadas principalmente através da BVS que mostra
concomitantemente artigos das bases de dados MEDLINE e LILACS. Para que
a amostra fosse escolhida adequadamente foram instituídos critérios de inclusão
que são: adultos com covid 19, (...) e de exclusão que foram : outro tipo de
literatura cientifica ( trabalho de conclusão de curso, tese e similares), e aqueles
artigos que não abordassem a temática e/ou o objetivo da pesquisa.Sendo assim
foram analisados (QUANTIDADE DE ARTIGOS), que englobavam os critérios
de inclusão... ) Assim a amostra foi reduzida a um total de (QUANTOS
ARTIGOS).

Os estudos inclusos foram os de revisão sistemática de ensaios clínicos, durante


a coleta de dados foram utilizados os descritores: Noninvasive Ventilation;
Artificial Respiration; covid 19; Intubyation; Continuous Positive Airway Pressure;
Positive-Pressure Respiration. Posteriormente foi submetido a uma seleção
amostral composta de 3 fases complementares, tendo como base os critérios de
exclusão. Onde na primeira fase deu-se por meio da leitura do título, excluindo
artigos que não tinham nenhuma semelhança com o tema. Na segunda foram
ultilizados o artigos que passaram pela 1 fase e foi realizada a leitura criteriosa
dos resumos, sendo assim eliminados aqueles que não corresponde com os
objetivos desta revisão. E na terceira ocorreu a leitura do conteúdo dos artigos
que foram selecionados nas fases anteriores, (...) Assim a amostra foi reduzida
a um total de (QUANTOS ARTIGOS).

RESULTADOS

Essa pesquisa cientifica literária é composta por uma amostra de 9 artigos


científicos originais publicados de 2020 a 2022 com títulos que fazem referência
ao tratamento fisioterápico no COVID-19, a importância do acompanhamento
pelos profissionais em fisioterapia, sendo esses associados ao tratamento
fisioterápico com a VNI, de maior incidência do método transversal composto de
outras abordagens metodológicas com população de indivíduos submetidos a
covid-19.

É possível observar que os principais achados sobre a temática evidenciam que


os pacientes com COVID-19 que utilizaram a ventilação mecânica invasiva,
obtenha uma alta taxa de mortalidade e superlotação de leitos. Com isso, foi
repensadas estratégias de outras formas de oxigenioterapia, entre elas a VNI
diminuindo os riscos infecciosos, taxas de mortalidade e superlotação dos leitos.
No entanto, considera-se que com a VNI os pacientes obtenham assim menos
riscos de infecções hospitalares, por reduzir o seu tempo em leitos, e uma melhor
qualidade de vida.

CONCLUSÃO
Analisando os achados desta revisão pôde-se inidentificável que a VNI é uma
boa escolha no tratamento da COVID-19 pois promove uma diversidade de
benefícios especialmente no que tange a qualidade de vida e de saúde dos
indivíduos com o coronavírus, desde que estes posteriormente possuam
também um adequado acompanhamento multiprofissional.

Concluindo-se que o profissional fisioterapeuta intensivista é de suma


importância no acompanhamento dos pacientes infectados com o COVID-19 ,
pois auxiliam em diversos âmbitos como, por exemplo, na prevenção e
reabilitação das sequelas ocasionadas pela doença nesses pacientes.

Diante disso, conclui-se que este estudo alcançou seu objetivo proposto que foi
objetivo analisar na literatura científica a importância do acompanhamento do
fisioterapeuta e da VNI no covid-19. Pois encontrou que essa importância é
elevada e primordial no tratamento do coronavírus e suas possíveis
complicações a saúde.

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