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Sabatine
ORGANIZADA POR RESIDENTES E
PLANTONISTAS DO MASSACHUSETTS
GENERAL HOSPITAL, A 5ª EDIÇÃO DE
“MEDICINA DE BOLSO” FORNECE
MEDICINA
INFORMAÇÕES IMPRESCINDÍVEIS E
SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS COMUNS
ENFRENTADOS NA PRÁTICA CLÍNICA.
MEDICINA
C comuns em cardiologia, pneumologia,
TRADUÇÃO DA 5a EDIÇÃO
M gastroenterologia, nefrologia, hematologia,
oncologia, doenças infecciosas, endocrinologia,
Marc S. Sabatine
Y
CM reumatologia e neurologia.
MY Listas, tabelas e quadros auxiliam médicos e
DE BOLSO
CY residentes a encontrar rapidamente as A Massachusetts General Hospital
CMY informações necessárias. O anexo ao final do livro Handbook
K mostra, em cores, radiografias normais e com
alterações, tomografias computadorizadas,
ecocardiogramas, esfregaços e exames de urina
vistos comumente na prática da medicina.
Original English edition published by Lippincott Williams & Wilkins/Wolters Kluwer Health.
Medicina
L I V RO D E
BOLSO
M E D I C IdeNbolso
A
Quinta edição
Editado por
Marc S. Sabatine, md, mph
Professor Associado de Medicina
Harvard Medical School
Lippincott Williams & Wilkins/Wolters Kluwer Health não participou da tradução deste
título.
Publicado em acordo com Lippincott Williams & Wilkins, USA
CARDIOLOGIA
Neal A. Chatterjee, Ada Stefanescu, William J. Hucker, David M. Dudzinski,
Marc S. Sabatine, Michelle O’Donoghue
Eletrocardiografia 1-1
Dor torácica 1-3
Avaliação Não Invasiva da DAC 1-4
Angiografia Coronariana e Revascularização 1-5
Síndromes Coronarianas Agudas 1-6
Cateterismo da AP e Terapia Personalizada 1-12
Insuficiência Cardíaca 1-14
Cardiomiopatias 1-17
Doença de Válvula Cardíaca 1-20
Doenças Pericárdicas 1-25
Hipertensão 1-28
Aneurismas da Aorta 1-30
Síndromes Aórticas Agudas 1-31
Arritmias 1-32
Fibrilação Atrial 1-35
Síncope 1-37
Aparelhos Intracardíacos 1-39
Avaliação de Risco Cardíaco para Cirurgia Não Cardíaca 1-40
Doença Arterial Periférica 1-41
PNEUMOLOGIA
Ian J. Barbash, Kathryn A. Hibbert, Atul Malhotra
Dispneia 2-1
Prova de Função Pulmonar 2-1
Asma 2-2
Anafilaxia 2-4
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 2-5
Hemoptise 2-7
Bronquiectasia 2-7
Nódulo Pulmonar Solitário 2-8
Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono 2-8
Doença Intersticial Pulmonar 2-9
Derrame Pleural 2-11
Tromboembolia Venosa 2-13
Hipertensão Pulmonar 2-16
Insuficiência Respiratória 2-18
Ventilação Mecânica 2-19
Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo 2-22
Sepse 2-23
GASTROENTEROLOGIA
Zachary A. Zator, Andrew S. de Lemos, Lawrence S. Friedman
Doenças Esofágicas e Gástricas 3-1
Hemorragias Digestivas 3-3
Diarreia, Constipação e Íleo 3-5
Doença Diverticular 3-9
Doença Inflamatória Intestinal 3-10
Isquemia Intestinal 3-12
Pancreatite 3-13
NEFROLOGIA
Andrew S. Allegretti, Andrew L. Lundquist, Hasan Bazari
Distúrbios do Equilíbrio Ácido-Base 4-1
Homeostase de Sódio e Água 4-6
Homeostase do Potássio 4-10
Insuficiência Renal 4-12
Doença Glomerular 4-16
Urinálise 4-18
Nefrolitíase 4-19
HEMATOLOGIA – ONCOLOGIA
Andrew M. Brunner, Sheheryar K. Kabraji, Mark M. Awad, Andrew J. Aguirre,
Daniel J. DeAngelo, David P. Ryan
Anemia 5-1
Doenças da Hemostasia 5-6
Doenças de Plaquetas 5-7
Coagulopatias 5-10
Estados Hipercoaguláveis 5-11
Doenças de Leucócitos 5-12
Terapia por Transfusão 5-13
Síndromes Mielodisplásicas 5-14
Neoplasias Mieloproliferativas 5-15
Leucemia 5-17
Linfoma 5-21
Discrasias de Plasmócitos 5-24
Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas 5-26
Câncer de Pulmão 5-28
Câncer de Mama 5-30
Câncer de Próstata 5-32
Câncer Colorretal 5-33
Efeitos Colaterais de Quimioterapia 5-34
Tumores Pancreáticos 5-35
Emergências Oncológicas 5-36
Câncer de Localização Primária Desconhecida 5-37
DOENÇAS INFECCIOSAS
Ana A. Weil, Emily P. Hyle, Nesli Basgoz
Pneumonia 6-1
Infecções Fúngicas 6-3
Infecções em Hospedeiros Imunodeprimidos 6-4
Infecções do Trato Urinário 6-5
Infecções de Partes Moles e de Ossos 6-6
Infecções do Sistema Nervoso 6-9
Endocardite Bacteriana 6-12
Tuberculose 6-15
HIV/AIDS 6-17
Doenças Originárias de Carrapato 6-20
Síndromes Febris 6-22
REUMATOLOGIA
Zachary S. Wallace, Eli Miloslavsky, Robert P. Friday
Artrite – Visão Geral 8-1
Artrite Reumatoide 8-3
Doença de Still do Adulto e Policondrite Recidivante 8-4
Artropatias por Deposição de Cristais 8-5
Espondiloartrite Soronegativa 8-7
Artrite Infecciosa e Bursite 8-9
Doenças do Tecido Conjuntivo 8-11
Lúpus Eritematoso Sistêmico 8-15
Vasculites 8-17
Doença Relacionada a IgG4 8-20
Crioglobulinemia 8-21
Amiloidose 8-22
NEUROLOGIA
Michael P. Bowley, Todd M. Herrington, Eyal Y. Kimchi, Sarah Wahlster,
Tracey A. Cho
Mudanças no Estado Mental 9-1
Convulsões 9-3
Abstinência de Álcool 9-5
Acidente Vascular Cerebral 9-6
Fraqueza e Disfunção Neuromuscular 9-8
Cefaleia 9-10
Doença das Costas e da Medula Espinal 9-11
CONSULTAS
Kiran H. Lagisetty, Jennifer F. Tseng, Katherine T. Chen, Stella K. Kim
Temas Cirúrgicos 10-1
Temas de Ob/Gin 10-3
Temas Oftalmológicos 10-4
APÊNDICE
Medicações de UTI e Tratamento de Hipotensão/Choque 11-1
Antibióticos 11-3
Fórmulas e Referência Rápida 11-4
ABREVIATURAS 12-1
ÍNDICE I-1
ACLS ACLS-1
FOTOS INSERIDAS
Radiologia P-1
Ecocardiografia e Angiografia Coronária P-9
Esfregaços de Sangue Periférico e Leucemias P-13
Urinálise P-15
ECG 1-1
• Anomalias de câmaras (? AAE e/ou AAD, ? HVE e/ou HVD)
• Mudanças de QRST (? ondas Q, progressão lenta de onda R V1-V6, ST ↑/↓ ou onda T Δs)
Figura 1-1 Eixo QRS Desvio do eixo p/ a esquerda (DEE)
• Definição: eixo além de -30o (S > R na derivação II)
−90°
• Etiologias: HVE, BRE, IAM inf, WPW
aVR aVL • Bloqueio fascicular anterior esquerdo: DEE (-45 a
−150° DEE −30° -90o) e qR em aVL e QRS <120 mseg e nenhuma outra
causa de DEE (ex. IMI)
±180° I 0° Desvio do eixo p/ a direita (DED)
eixo
DED normal • Definição: eixo acima de +90o (S > R na derivação I)
• Etiologias: HVD, TEP, DPOC (geralmente não > +110o),
defeitos septais, IML, WPW
• Bloqueio fascicular posterior esquerdo: DED (90 a
III II 180o) e rS em I e aVL e qR em III e aVF e QRS <120 mseg
+120° aVF +60° e nenhuma outra causa de DED
+90°
• Critérios (todos tendem a ser insensíveis, mas muito específicos, exceto DPOC)
R > S em V1 ou R em V1 ≥ 7 mm, S em V5 ou V6 ≥ 7 mm, queda na razão R/S pré-cordial
DED ≥ +110o (HVE + DED ou S proeminente em V5 ou V6 → hipertrofia biventricular)
Ddx de dominância de onda R em V1 ou V2
• Dilatação ventricular: HVD (DED, AAD, S profunda em I, V5, V6); CMPH
• Lesão do miocárdio: IM posterior (oR anterior = oQ posterior; frequentemente com IMI)
• Despolarização anormal: BRD (QRS >120 mseg, rSR’); WPW (↓ PR, onda δ, ↑ QRS)
• Outras: dextroversão; distrofia muscular de Duchene; colocação errada de eletrodo; variante nl
Progressão lenta de onda R (PLOR) (Am Heart J 2004; 148:80)
• Definição: perda de forças anteriores s/ francas ondas Q (V1-V3); onda R em V3 ≤ 3 mm
• Etiologias possíveis (não específicas):
cardiomiopatia por IAM antigo ântero-septal (geralmente c/ onda R V3 ≤ 1,5 mm, ± ST ↑ persis-
tente ou IOT V2 e V3)
HVE (LOR retardado com voltagem esquerda pré-cordial proeminente), HVD, DPOC (que tam-
bém pode ter AAD, DED, amplitude de QRS na derivação de membro ≤5, SISIISIII c/ razão R/S
<1 nessas derivações)
BRE; WPW; rotação em sentido horário do coração; colocação errada do eletrodo; PTX
Ondas Q patológicas
Definição: ≥30 mseg (≥20 mseg V2-V3) ou >25% da altura da onda R naquele complexo QRS
Ondas q (septais) pequenas em I, aVL, V5 e V6 são nl, como pode estar oQ isolada em III, aVR, V1
Padrão “pseudoinfarto” pode ser visto em BRE, doença infiltrativa, CMPH, DPOC, PTX, WPW
Supradesnivelamento de ST (SST) (NEJM 2003; 349:2128; Circ 2009; 119:e241 e e262)
• IAM (convexidade para cima ± IOT) ou IM anterior com SST persistente
• Espasmo de coronária (angina de Prinzmetal; SST transitório em uma distribuição coronária)
• Miopericardite (SST concavidade para cima difusa; a/c PR ↓; Tw geralmente reto)
• CMPH, CMP Takotsubo, aneurisma ventricular, contusão cardíaca
• Embolia pulmonar (occ. SST V1-V3; tipicamente associado com IOT V1-V4, DED, BRD)
• Anomalias de repolarização
BRE (↑ duração de QRS, SST discordante do complexo QRS)
dx de IAM c/ SST no estabelecimento do BRE; SST ≥1 mm concordante c/ QRS (S 73%, E
92%), IST ≥1 mm V1-V3 (S 25%, E 96%) ou SST ≥5 mm discordante c/ QRS (S 31%, E 92%)
(“critério de Sgarbossa”, NEJM 1996; 334:481)
HVE (↑ amplitude QRS); síndrome de Brugada (rSR’, SST de menor inclinação V1-V2)
Hipercalemia (↑ duração QRS, Ts alto, nenhum Ps)
• aVR: SST > 1 mm a/c ↑ frequente em IAM c/ SST; SST aVR > V1 a/c doença esquerda principal
• Repolarização precoce: mais frequentemente observada em V2-V5 e em adultos jovens (Ann
Emerg Med 2012; 60:45)
↑ ponto J 1-4 mm; indentação para baixo na onda R; concavidade para cima em ST; oT grande;
razão de STE/amplitude de onda T <25%; o padrão pode desaparecer com exercício
? repol precoce em derivações inf pode estar a/c ↑ risco de FV (NEJM 2009; 361:2529; Circ 2011;
124:2208)
Infradesnivelamento de ST (IST)
• Isquemia do miocárdio (± oT anl) ou IAM agudo posterior verdadeiro (V1-V3)
• Efeito de digitálicos (diminui a inclinação de ST ± oT anl, não correlaciona c/ níveis dig)
• Hipocalemia (± ondas U)
• Repolarização anl em a/c BRE ou HVE (geralmente nas derivações V5, V6, I, aVL)
Inversão de onda T (IOT; geralmente ≥1 mm; profunda se ≥5 mm) (Circ 2009; 119:e241)
• Isquemia ou infarto; sinais de Wellens (IOT profunda precoce pré-cordial) → lesão CE proximal
• Miopericardite; CMP (Takotsubo, CAVD, CMPH apical); PVM; TEP (esp. se IOT V1-V4)
• Repolarização anl em a/c HVE/HVD (padrão de tensão), BR
• Pós-taquicardia ou postpacing
• Distúrbios de eletrólitos, digoxina, PaO2, PaCO2, pH ou temperatura do corpo
• Sangramento intracraniano (“ondas T cerebrais”, geralmente c/ ↑ QT)
• Variante normal em crianças (V1-V4) e derivações nas quais o complexo QRS está
predominantemente (-)
Baixa voltagem
• Amplitude QRS (R + S) <5 mm em todas as derivações dos membros e <10 mm em todas as
derivações pré-cordiais
• Etiologias: DPOC (derivações pré-cordiais apenas), derrame pericárdico, mixedema, obesidade,
derrame pleural, CMP restritiva ou infiltrativa, DAC difusa
Disp/PFPs 2-1
Vascular Grandes vasos: TEP, êmbolo tumoral
(desequilíbrio V/Q) Pequenos vasos: HP, vasculite, DIP, enfisema, PNA
Doença pleurais: derrame grande, fibrose
Foles
Parede tor./diafragma: cifoescoliose, ↑ circunferência
(↑ resistência da parede tor./expansão
abdominal
do diafragma; fraqueza dos músculos
Doença neuromuscular
respiratórios)
Hiperinflação (DPOC, asma)
Quimiorreceptores: hipoxemia, acidose metabólica
Estímulo de receptores
Mecanorreceptores: DIP, edema pulmonar, HAP, TEP
Menor capacidade de transportar
Anemia, metaheglobinemia, envenenamento por CO
O2 (mas PaO2 nl)
Psicológico Ansiedade, ataque de pânico, depressão, somatização
Avaliação
• Histórico: qualidade da sensação, ritmo, dependência posicional, fatores de melhora/piora,
exercício
• Exame cardiopulmonar, SaO2, rx (ver Apêndice e Radiografias inseridas), ECG
indicadores de ICC: h/d ICC, DPN, B3, rx c/ congestão venosa, FA (JAMA 2005; 294:1944)
dispneia c/ rx nl → DAC, asma, TEP, HAP, DID inicial, anemia, acidose, doença NM
• Com base nos resultados da avaliação inicial: PFP, TC do peito, EcoTT, teste cardiopulmonar
• BNP e NT-próBNP ↑ em ICC (também ↑ em FA, tensão sobre VR devido a TEP, exacerbação
de DPOC, HAP, SDRA)
BNP <100 pg/mL para excluir ICC (S 90%), >400 para incluir (NEJM 2002; 347:161)
NT-próBNP <300 pg/mL para excluir ICC (S 99%); pontos dependentes de idade para incluir:
>450 pg/mL (<50 a), >900 (50-75 a), >1800 (>75 a) (EHJ 2006; 27:330)
↑ em insuficiência cardíaca crônica, \ necessário comparar c/ “BNP seco” conhecido
• Desencadeadores (gatilhos)
irritantes respiratórios (fumaça, perfume etc.) e alergenos (animais domésticos, ácaros de poeira,
pólen etc.)
infecções (IVAS, bronquite, sinusite)
drogas (ex. AAS e AINEs via leucotrienos, βB via broncoespasmo, MSO4 via histamina)
estresse emocional, ar frio, exercício (aumento de ventilação seca as vias aéreas)
Exame físico
• Chiado e fase expiratória prolongada
• Presença de pólipos nasais, rinite, coceira → componente alérgico
• Exacerbação → ↑ FR, ↑ FC, uso de músculos acessórios, diaforese, pulso paradoxal
Estudos diagnósticos
• Pico de fluxo expiratório (PFE): ≥60 L/min ↑ após broncodilatação ou ≥20% variação diurna
c/c asma, <80% máximo pessoal c/c pouco controle, <50% c/c exacerbação severa.
• Espirometria: ↓ VEF1, ↓ VEF1/CVF, curva fluxo-volume côncava; volume dos pulmões: ± ↑ VR e CPT
⊕ resposta a broncodilatador (↑ VEF1 ≥12% e ≥200 mL) fortemente sugestivo de asma
desafio com metacolina (↓ VEF1 ≥20%) se PFP nl: S 90% (AJRCCM 2000; 161:309)
• Escarro: eos >3% tem S 86%, E 88%; também pode ver espirais de Curschmann (muco proveniente
de vias aéreas distais) e cristais de Charcot-Leyden (lisofosfolipase de eosinófilos)
• Se suspeitar de alergia → considerar ü IgE no soro, eos, teste de pele/RAST
Ddx (“nem tudo que chia é asma...”)
• Hiperventilação e ataques de pânico
• Obstrução de vias aéreas superiores ou aspiração de corpo estranho; disfunção de laringe/cordas
vocais (ex. 2o DRGE)
• ICC (“asma cardíaca”); DPOC, bronquiectasia; DIP (incluindo sarcoidose); vasculite; TEP
Síndromes “asma plus” (Lancet 2002; 360:1313)
• Atopia = asma + rinite alérgica + dermatite atópica
• Asma induzida por AAS (síndrome de Samter) = asma + sensibilidade a AAS + pólipos nasais
• ABPA = asma + infiltrados pulmonares + reação alérgica a Aspergillus
• Churg-Strauss = asma + eosinofilia + vasculite granulomatosa
Medicações “de resgate” (usar se necessário para aliviar rapidamente os sx)
• β2-agonistas inalatórios de ação rápida: med de escolha albuterol
• anticolinérgicos inalatórios de ação rápida (ipratrópio) ↑ liberação de β2-agonistas → ↑
broncodilatação
Medicações “de controle” (tomadas diariamente para manter o controle) (NEJM 2009; 360:1002)
• Corticosteroides inalatórios (CI): tto de escolha (JAMA 2001; 285:2583). Se necess. ? tão bom quanto
uso diário para asma leve (NEJM 2005; 352:1519 e 2007; 356:2040). Esteroides VO podem ser necessários
para asma muito descontrolada, mas evitar se possível devido a efeitos colaterais sistêmicos.
• β2-agonistas de ação prolongada (LABA; ex. salmeterol): ↑ PFE quando adicionado a CI (Lancet 2009;
374:1754). Exceto para asma induzida por exercício, não deve ser usado s/ CI (pode ↑ mortalidade,
esp. em negros) (Chest 2006; 129:15; Annals 2006; 144:904). Relevância clínica de interação farmacogenética
do receptor β2 não validada (Lancet 2009; 374:1754)
• anticolinérgicos de ação prolongada (LAA, ex. tiotrópio): acrescentar se sx apesar de CI
(superior a ↑ CI, ≈ a adicionar LABA; NEJM 2010; 363:1715) ou se sx apesar de CI+LABA (NEJM 2012;
367:1198)
• Nedocromil/cromolina: uso limitado em adultos. Útil em pcts jovens, broncoespasmo induzido
por exercício; ineficiente a menos que usados antes do desencadeamento ou do exercício.
• Teofilina: útil se difícil de controlar os sx; VO conveniente, mas perfil de muitos efeitos colaterais.
• Antagonistas de leucotrienos (LTA): alguns pcts são muito responsivos, esp. os AAS-sens.
(AJRCCM 2002; 165:9) e os induzidos por exercício (Annals 2000; 132:97). Pode ser não inferior a tto inicial
CI e LABA adicionado ao tto (NEJM 2011; 364:1695).
• Anti-IgE: para asma alérgica moderada a severa descontrolada (↑ IgE) tomando CI±LABA (NEJM
2006; 354:2689; Annals 2011; 154:573); não há custo-benefício para a maioria dos pcts (JACI 2007; 120:1146)
Outros
• Mudanças comportam.: identificar e evitar o gatilho; IBP s/ benefício (NEJM 2009; 360:1487)
• Imunoterapia (ex. dessensibilização): pode ser útil se componente alérgico significativo
• Antagonistas de TNF podem ser úteis em pcts c/ asma refratária (NEJM 2006; 354:697)
• Anti-IL5 (mepolizumab) ↓ exac. c/ asma severa (Lancet 2012; 380:651), ainda não aprovado pelo FDA
• Anti-IL3 (lebrikizumab) ↑ VEF1 (NEJM 2011; 365:1088), ainda não aprovado pelo FDA
Esofágica 3-1
Videodeglutograma, inflamação
EDA ± EED Esofagite
eval ORL, ± EDA
Acalásia
• Etiologias: idiopática (mais comum), pseudoacalásia (devido a tumor na junção GE), Chagas
• Sx: disfagia (sólido e líquido), dor no peito (1/3 dos pcts), regurgitação
• Dx: EED → esôfago dilatado c/ estenose distal em “bico de pássaro”; manometria → contrações
simultâneas, de baixa amplitude, do corpo esofágico, relaxamento incompleto do esfincter
esofágico inferior (± hipertonia do EEI); EDA → excluir pseudoacalásia (retroflex)
• Tto: dilatação pneumática por especialista (≤4% perf eso) ≈ miotomia laparoscópica de Heller (NEJM
2011; 364:1868)
Dispepsia (“Indigestão”)
Definição
• Sx abdominal superior: desconforto, dor, plenitude, saciedade precoce, empachamento, queimação
Gástrica 3-2
Etiologias
• Funcional (“dispepsia não ulcerosa” ou DNU ~60%): combinação de hipersensibilidade visceral
aferente e motilidade gástrica anormal (Critério Roma III em Gastro 2006; 130:1377)
• Orgânica (~40%): DRGE, DUP, raramente câncer gástrico, outros (meds, gastroparesia diabética,
intolerância a lactose, dor biliar, pancreatite crônica, isquemia mesentérica)
• Características de alarme que sugerem causa orgânica e indicam EDA: ver lista acima em DRGE
Tratamento da dispepsia funcional (Gastro 2005; 129:1756; Alim Pharm Ther 2012; 36:3)
• Erradicação de H. pylori → Tto empírico se sorologia ⊕, NNT = 14 (Cochrane 2006(2) CD002096)
• IBP efetivo em alguns (? DRGE sem dx), outros: TCA, procinéticos, buspirona
Ácido-Base 4-1
↑ risco de arritmias ↑ risco de arritmias
Respiratório Hiperventilação, ↓ força muscular respiratória Hipoventilação
Metabólico ↑ K, resistência a insulina ↓ K, CaI, Mg, PO4
Neurológico Δ EM Δ EM, convulsões, tetania
(NEJM 1998; 338:26 e 107)
Conduta
• Determinar doença primária: ü pH, PaCO2, HCO3
• Determinar se o grau de compensação é adequado
Doenças Primárias
Doença primária Problema pH HCO3 PaCO2
Acidose metabólica ganho de H+ ou perda de HCO3 ↓ ò ↓
Alcalose metabólica ganho de HCO3 ou perda de H+ ↑ ñ ↑
Acidose respiratória hipoventilação ↓ ↑ ñ
Alcalose respiratória hiperventilação ↑ ↓ ò
60
120 110 100 90 80 70 60 50 40
56
Acidose
Metabólica
52 s/ comp.
Acidose
Respiratória Alcalose resp. 35
48 Metabólica esperada
e Alcalose
[HCO3] no Plasma Arterial (mEq/L)
Metabólica
44 Mista
Acidose 30
40 Respiratória
Crônica
36
25
32
28 20
Aguda
24 Normal
15
20
16
Ácido-Base 4-2
10
12
ose
Acid
8 Alcalose
Respiratória e PaCO2 (mmHg)
4 Acidose
Metabólica Mista
0
7,00 7,10 7,20 7,30 7,40 7,50 7,60 7,70 7,80
pH do Sangue Arterial
(Adaptado de Brenner BM, ed., Brenner e Rector’s The Kidney, 8. ed., 2007; Ferri F, ed., Practical Guide to the Care of the
Medical Patient, 7. ed., 2007)
• GSA vs. GSV: concordante para pH (~0,04), HCO3 (~2 mEq), mas não PaCO2 (~8±17 mmHg)
GSV pode ser usada para pesquisar hipercarbia c/ corte de PaCO2 em ≥45 mmHg (S 100%), mas
não avalia precisamente o grau de hipercarbia (Am J Emerg Med 2012; 30:896)
Acidose Metabólica
Conduta inicial (Nat Rev Nephol 2010; 6:274)
• ü anion gap (AG) = Na+ – (Cl- + HCO3-) = ânions não medidos – cátions não medidos
se ↑ glc, usar Na medido não corrigido
AG esperado é [albumina] x 2,5 (ou seja, 10 se albumina for 4 g/dL, 7,5 se albumina for 3 g/dL)
↑ AG → ↑ ânions não medidos como ácidos orgânicos, fosfatos, sulfatos
↓ AG → ↓ albumina ou ↑ cátions não medidos (Ca, Mg, K, Li, bromo, imunoglobulina)
• Se ↑ AG, ü delta-delta (ΔΔ = ΔAG/ΔHCO3) para verificar se existe desequilíbrio ácido-base
metabólico adicional; ΔAG = (AG calculado – AG esperado), ΔHCO3 = (24–HCO3)
ΔΔ = 1-2 → acidose metabólica c/ ↑ AG pura
ΔΔ <1 → acidose metabólica c/ ↑ AG e acidose c/ AG normal simultânea
ΔΔ >2 → acidose metabólica c/ ↑ AG e alcalose metabólica simultânea
Etiologias de Acidose Metabólica c/ ↑ AG
Cetoacidose Diabetes mellitus, alcoolismo, jejum
Acidose láctica Tipo A: problema na oxigenação dos tecidos, ex. insuficiência circulatória ou
respiratória, sepse, isquemia mesent., monóxido de carbono, cianeto
Tipo B: nenhum problema na oxigenação dos tecidos, ex. malignidade, alcoolismo,
meds (metformina, NRTIs, salicilatos, propileno glicol)
Acidose D-láctica: síndrome do intestino curto → desencadeada por ingestão
de glc → metabolizada por bactérias colônicas a D-lactato; não detectada por
ensaio-padrão para lactato
Insuficiência renal Acúmulo de ânions orgânicos como fosfatos, sulfatos, urato etc.
Ingestões Metanol (fluido de para-brisa, anticongelante, solventes, combustível):
metabolizado a ácido fórmico
Etileno glicol (anticongelante): metabolizado a ácidos glicólico e oxálico
Propileno glicol (solvente farmacêutico, ex. diazepam IV, lorazepam e
fenobarbital; anticongelante): acidose láctica
Salicilatos: acidose metabólica (de lactato, cetonas) + alcalose respiratória
devido a estímulo do centro respiratório no SNC
Paracetamol: depleção de glutationa → ↑ ácido orgânico endógeno
5-oxoprolina em hospedeiros suscetíveis (desnutridos, mulheres, insuficiência renal)
Anemia 5-1
Anemia
IPR <2% IPR >2%
↑ DHL
VCM VCM VCM sinais/sx de
↑ bilirrubina
baixo normal alto sangramento
↓ haptoglobina
Anemias Microcíticas
Figura 5-2 Abordagem das anemias microcíticas
Anemia Microcítica
Anemia sideroblástica
• Biossíntese defeituosa do heme nos precursores eritroides
• Etiologias: hereditária/ligada ao X (mutações ALAS2), idiopática, SMD-ARSA, reversível
(álcool, chumbo, isoniazida, cloranfenicol, deficiência de cobre, hipotermia)
• Manifestações clínicas especiais: hepatoesplenomegalia, síndromes de sobrecarga de ferro
• Dx: hx social, ocupacional, exp. a TB; pode ser microcítica, normocítica ou macrocítica; pop.
variável de hemácias hipocrômicas; ↑ Fe, TIBC nl, ↑ ferritina, pontilhado basofílico, corpúsculos
de Pappenheimer nas RBC (inclusões de Fe), sideroblastos em anel (c/ mitocôndrias
carregadas de ferro) na MO
• Tratamento: tratar causas reversíveis; piridoxina + transfusões de suporte para anemia grave em
estudo; piridoxina em alta dose para alguns casos hereditários
Anemias Normocíticas
Pancitopenia (ver abaixo)
Anemia de doença crônica (ACI; NEJM 2005; 352:1011; 2009; 361:1904)
• ↓ produção de hemácias devido a utilização prejudicada de ferro e deficiência funcional de ferro
por ↑ hepcidina; citocinas (IL-6, TNF-α) causam ↓ responsividade/produção de EPO
• Etiologias: doenças autoimunes, infecção crônica, inflamação, HIV, malignidade
• Dx: ↓ Fe, ↓ TIBC (geralmente sat. de transferrina normal ou baixa), ± ↑ ferritina;
geralmente normocrômica, normocítica (~70% dos casos), mas pode ser microcítica se
prolongada
• Comum coexistência de deficiência de ferro. Pistas dx incluem ↓ níveis séricos de ferritina,
ausência de coloração para ferro em bx de MO, resposta ⊕ a estudo com ferro oral e/ou ↑
receptor solúvel de transferrina/índice de ferritina (Blood 1997; 89:1052)
• Tratamento: tratar doença subjacente ± ferro e/ou agente estimulante de eritropoiese (AEE, ex.
EPO). Ferro se ferritina <100 ou Fe/TIBC <20%. Considerar AEE se EPO <500. Evitar AEE em
pct oncol. se o objetivo do tratamento for cura (Leuk Res 2012; 36:939). Não está claro se deve tratar
pcts muito sx c/ Hb alvo de 10-12 g/dL; pesar risco de trombose.
Anemias nas desordens sistêmicas
• Anemia por doença crônica (ver acima)
• Anemia por doença renal crônica: ↓ EPO; tratar c/ EPO (ver “Doença Renal Crônica”)
• Deficiências endócrinas: hipometabolismo e ↓ demanda de O2 com doença da tireoide, pituitária,
adrenal ou paratireoide → ↓ EPO; pode ser normocítica ou macrocítica
Anemia sideroblástica (ver acima)
Aplasia eritroide isolada
• Anticorpos ou linfócitos destrutivos → eritropoiese ineficiente
• Associada com timoma, LLC e infecção por parvovírus B19
• Estudos diagnósticos: falta de precursores eritroides em bx de MO, outras linhagens normais
• Tratamento: timectomia se o timo estiver aumentado; Ig IV se infecção por parvovírus;
imunossupressão se LLC ou idiopática; cuidado de suporte com transfusões de CH; ? agonista
do receptor de eritropoietina se devido a Ac anti-eritropoietina (NEJM 2009; 631:1848)
Pneumonia 6-1
• “Típica”: início agudo de febre, tosse c/ catarro purulento, dispneia, consolidação no rx
• “Atípica” (originalmente descrita como cult ⊝): início insidioso de tosse seca, sx extrapulmonar
(N/V, diarreia, dor de cabeça, mialgias, dor de garganta), padrão intersticial irregular no rx
• S/s e imagem não diferenciam confiavelmente entre “típica” (S. pneumo., H. flu) e “atípica”
(Mycoplasma, Chlamydia, Legionella, viral); ↑ aminotransferases e ↓ Na c/ Legionella
Estudos diagnósticos
• Coloração de Gram no escarro: utilidade discutível. Amostra adeq. (ou seja, escarro não
cuspe) tem <10 células escamosas/cpa. Amostra purulenta tem >25 PMNs/cpa.
• Cultura bacteriana de escarro: transportar para lab em 1-2 h da coleta
• Hemocultura (antes de antibióticos!): ⊕ em ~10% dos Pts hospitalizados, dependendo do patógeno
• RxTor (PA e perfil; ver Radiografias inseridas) → punção e drenagem de derrame pleural se >5
cm ou PNA grave
• Outros: SaO2 ou PaO2, pH arterial (se severa), HG c/ diferencial, Chem-20; teste HIV (se não souber)
• Outros micro com base em suspeita clínica (sorologia pareada disponível para a maioria dos atípicos):
Mycoplasma: PCR da garganta ou escarro/LBA antes da 1ª dose de ATB
Ag urinário Legionella (detecta L. pneumophila sorotipo L1, 60-70% das doenças clínicas)
Ag urinário S. pneumoniae (S 50-80%, E >90%)
MTb: escarro induzido para coloração BAAR e cx de micobactérias (isolamento respiratório empí-
rico enquanto pendente); evitar quinolonas se suspeitar de TB; requer sonda de DNA rapida-
mente se coloração ⊕
Escarro induzido para PPJ se HIV ⊕ ou ↓ imunidade celular conhecida
• Teste viral (IFD ou PCR) em swab nasofaríngeo ou escarro; raramente cult viral
• Broncoscopia: considerar se imunossupressão, criticamente doente, incapaz de responder ou
pneumonia crônica. Também se suspeitar de TB ou PPJ, mas cult escarro inadequado ou ⊝.
Alguns patógenos precisam de cult específica (ex. Legionella em BCYE); colaborar com lab.
• Razões para insucesso do tto inicial:
Tempo insuficiente: pode demorar ≥72 h para ver melhora clínica
Níveis insuficientes de drogas: ex. vanco entre <15-20 μg/mL (necessário para penetrar no pulmão)
Resistência dos organismos (ou superinfecção): ex. MRSA, Pseudomonas; considerar broncoscopia
Dx errado: fúngica/viral, pneumonite química, TEP, ICC, SDRA, HAD, DIP; considerar TC
Derrame parapneumônico/empiema/abcesso: esp. visto c/ strep; se rx ⊝, considerar TC (dre-
nagem dx ± dreno torácico se derrame presente, esp. se loculado)
Infecção metastática (ex. endocardite, meningite, artrite)
Prognóstico
• Pneumonia e influenza são a 8ª causa de morte nos EUA
• Para pcts de baixo risco, pode dar alta após mudar para ATB VO (CID 2007; 44:S27)
• Rx resolve na maioria em 6 sem; considerar seguimento para excluir malignidade subjacente (esp.
se idade >50 a ou fumante; Archives 2011; 171:1192) ou outro dx
• PAC grave (geralmente necessitando UTI) definido como: choque séptico, insuficiência
respiratória, ou ≥3 de: FR ≥30, PaO2/FiO2 ≤250, <36 ºC, hipoten., ΔEM, multilobar, leuco <4k, plq
<100, Ur ≥19,9, acidose metabólica, ↑ lactase (critérios ATS/IDSA, CID 2007; 44:S27)
Tratamento*
Cenário clínico Orientação para tratamento empírico*
Paciente ambulatorial Nenhum ATB recente: macrolídeo ou doxiciclina
ATB recente ou comorbidades (ex. cardiopulmonar, hepatorrenal, DM,
EtOH): FQ respiratória ou (macrolídeo + [amox alta dose ± clav ou
cefalosporina de 2ª geração])
Adquirida na comunidade, (Cefalosporina 3ª geração + macrolídeo) ou FQ respiratória
paciente hospitalizado Cobertura para MRSA, se necrotizante ou com empiema (raro)
Adquirida na comunidade, (Cefalosporina 3ª geração ou amp-sulbactam) + (macrolídeo ou FQ)
UTI (supondo sem risco de Pseudomonas)
Adquirida em hospital e (PCN antipseudomonas ou cefalosporina ou carbapenem) + (FQ ou
risco de patógenos RMD [gentamicina + azitromicina]) + cobertura MRSA
Imunodeprimido Como acima ± TMP-SMX ± esteroides para cobrir PPJ
Aspiração (cefalosporina 3ª geração ou FQ) ± (clindamicina ou metronidazol)
Rota da terapia Para pacientes hospitalizados considerar tto inicial c/ ATB IV
Δ para VO quando responder clinicamente e capaz de tomar VO
Duração da terapia Adquirida na comunidade: 5-7 d se melhora clínica e afebril por 48-72 h
Adquirida hosp./vent: 8 d; 15 d se PsA ou outro BGN não fermentador
* Quando possível, diminuir antimicrobianos para tto organismo-dirigido guiado por sensibilidade in vitro ou padrões de
localização de resistência ao tto (AJRCCM 2005; 171:388 e 2011; 183:157; CID 2007; 44:S27 e 2010; 51:S48). Para MRSA,
vancomicina e linezolid; daptomicina inativa devido a surfactante; individualizar duração do tratamento (CID 2011; 52:285)
Pneumonia 6-2
Prevenção
• Vacina contra Pneumococcus (PPSV23): todas as pessoas >65 a de idade. Se alto risco de
comorbidade, dar em idade mais precoce e considerar vacinação adicional com PCV13.
• Precauções na PAVM: cabeceira >30º, lavagem com clorexidina; precauções na aspiração de pcts
de alto risco
• Tríplice (dTp): 1 dose em adultos com histórico de vacinação incerto (MMWR 2012; 61:468)
Pituitária 7-1
• Hipotireoidismo central semelhante a 1º (ver “Doenças da Tireoide”), exceto ausência de bócio
• Dx com T4 livre além de TSH, porque TSH pode estar baixo ou inadequadamente normal
↓ PRL
• Incapacidade de produzir leite
↓ GH
• ↑ risco crônico de osteoporose, fadiga, ganho de peso
• Dx c/ falência de ↑ GH c/ estímulo apropriado (ex. teste de tolerância a insulina, estímulo com
glucagon)
• Reposição de GH em adultos é controversa (Annals 2003; 35:419)
↓ FSH e LH
• Manifestações clínicas: ↓ libido, impotência, oligomenorreia ou amenorreia, infertilidade
• Exame físico: ↓ tamanho testicular; perda de pelos das axilas, pubianos e corporais
• Dx com: ↓ testosterona ou estradiol durante a manhã (também avaliar SHBG, esp. em obesos) e
FSH/LH ↓ ou normal (todos os níveis ↓ na doença aguda, \ não medir em pcts hospitalizados)
• Tratamento: reposição de testosterona ou estrógeno vs. correção da causa subjacente
↓ ADH (doença hipotalâmica ou da haste): diabetes insipidus
• Tipicamente por lesão por massa extrínseca à sela; tumor de pituitária não tipicamente se
apresenta c/ DI
• Manifestações clínicas: severa poliúria, leve hipernatremia (severa se ↓ acesso a água)
• Estudos diagnósticos: ver “Homeostase de Sódio e Água”
Síndromes de Hiperpituitarismo
Tumores da pituitária
• Patofisiologia: adenoma → excesso de hormônio trópico (se tumor funcionante, mas 30-40% não
são) e potencialmente deficiências em outros hormônios trópicos devido a compressão;
cossecreção de PRL e hormônio de crescimento em 10% dos prolactinomas
• Manifestações clínicas: síndromes devido a supersecreção de hormônios (ver abaixo) ± efeito de
massa: cefaleia, Δs visuais, diplopia, neuropatias cranianas
• Investigação: RM, níveis hormonais, ± teste de campo visual, considerar MEN1 (ver abaixo) se <10
mm, Ø efeito de massa, sem efeitos hormonais, pode acompanhar a cada 3-6 m
↑ FSH e LH: geralmente não funcionantes, presentes como hipopituitarismo devido a efeitos de
compressão
Síndromes de Neoplasia Endócrina Múltipla (MEN)
Tipo Características principais
1 Hiperplasia da paratireoide/adenomas → hipercalcemia (~100% penetrância)
(inativ MENIN) Neoplasia de células das ilhotas pancreáticas (gastrina, VIP, insulina, glucagon)
Adenomas de pituitária (funcionante ou não funcionante)
2A Carcinoma medular de tireoide (CMT)
(proto-onc RET) Feocromocitoma (~50%)
Hiperplasia da paratireoide → hipercalcemia (15-20%)
2B Carcinoma medular de tireoide (CMT)
(proto-onc RET) Feocromocitoma (~50%)
Neuromas de mucosa e gastrointestinal
Duração?
Aguda (dias) Crônica (semanas-meses)
*Contagem de leucócitos do líquido aspirado na bursite séptica frequentemente < que na artrite séptica.
• VHS: medida indireta da inflamação (↑ agregação de hemácias devido a proteínas de fase aguda);
sobe lentamente; ↑ c/ idade, gestação, anemia, obesidade
• PCR: medida direta da inflamação (proteína produzida pelo fígado, parte do sistema imune inato);
tipicamente sobe e cai antes de VHS c/ tratamento/resolução do processo
Teste de autoanticorpos
• FAN: teste de varredura para Acs dirigidos contra antígenos nucleares extraíveis (ENAs)
encontrados em condições autoimunes, mais útil para testar doenças do tecido conjuntivo
• ENAs: proteínas precipitadas a partir de extrato de baço; os alvos são geralmente de origem
nuclear
• Pedir FAN apenas quando tiver suspeita clínica da doença porque é inespecífico: 1:40 (baixo ⊕,
25-30% das pessoas saudáveis); 1:80 (baixo ⊕, 10-15% das pessoas saudáveis); ≥1:160 (⊕, 5%
dos saudáveis). Pode ser ⊕ em pcts antes da manifestação clínica (NEJM 2003; 349:1526; Arthritis Res Ther
2011; 13:1).
• Não correlaciona bem c/ atividade da doença, \ não tem valor clínico em teste em série
• Anticorpos anti-dsDNA e ENA (Ro/La/Sm/RNP) são muito específicos para várias DTCs e podem
ser usados como investigação ⊕ FAN no estabelecimento da suspeita clínica
• FR e anti-CCP podem ser vistos em DTCs, mas não são específicos
friamento. ü TP e TTPa.
infecção: ü culturas de sangue durante resfriamento
hiperglicemia durante resfriamento, hipoglicemia c/ reaquecimento; parar insulina se glc <200 mg/dL
hipocalemia durante resfriamento, hipercalemia c/ reaquecimento; manter K 4-5 mEq/L
Avaliação contínua
• Exame neuro: foco diário no exame de coma. Nenhum resultado de exame é confiável <24 h ou
em sedação. Pcts devem estar sem sedação por tempo adequado para avaliação (depende da
dose usada, duração do tto, processos metabólicos no pct individual).
• Labs: HG diário, TP/TTPA, eletrólitos. Enolase neurônio-específica no soro (ENE) nos dias 1-3
• Imagem: TC s/ contraste 24 h após parada; se não esclarecedor, considerar RM por volta dos dias
3-5
• EEG: considerar em todos para excluir convulsão ou mioclonia; maior risco durante
reaquecimento
• Potenciais evocados somatossensoriais (PESS): útil para prever resultado ruim se respostas
corticais estiverem ausentes bilateralmente; realizar 48 h após parada (72 h se resfriado)
Prognóstico (Neuro 2006; 67:203; NEJM 2009; 361:605)
• Antes da era do resfriamento, prognóstico uniformemente ruim às 72 h apenas em pcts que tinham
ausência de reflexos pupilar e corneano e nenhuma resposta motora a dor; ou com PESS ausentes
às 48 h. Com resfriamento, está menos claro se as medidas anteriores são tão confiáveis.
• Caso contrário, o prognóstico requer abordagem multifatorial considerando exame, idade,
comorbidade de doenças, dados complementares (ENE, EEG, PESS; imagem é menos confiável
para resultado ruim)
• Quando em dúvida, pender para o lado de dar mais tempo (esp em pcts mais jovens e em pcts c/
hipotermia induzida)
biliar
esplênica
hepática
gastroenterite
obstrução intestinal
isquemia/infarto intestinal
Avaliação inicial
• Histórico: início da dor, localização, fatores que exacerbam/aliviam
• Sx associados: febre/calafrios, N/V, Δ hábitos intestinais (diarreia/constipação, diâmetro ou cor das
fezes, hematoquésia, melena), icterícia, Δ na cor da urina, Δ de peso, hx menstrual em mulheres
• APs: incisões ou cirurgias abdominais anteriores; antecedentes GO
• Exame: SVs; postural geral do pct; exame abdominal completo procurando especificamente sinais
de peritonite, que incluem dor a descompressão brusca e defesa involuntária, rigidez da parede
abdominal, dor c/ percussão/palpação mínima; presença de hérnias; retal/pélvico
• Labs: HG, eletrólitos, THs, amilase/lipase, teste de gestação
• Imagem: depende da etiologia suspeita, pode incluir US QSD para doença biliar/hepática, rx abd
para obstrução intestinal, TC para pancreatite ou doença intestinal. Não retardar ressuscitação
ou consulta c/ cirurgião em pct doente, enquanto espera imagem
Abdômen Agudo
Definição
• Dor abdominal de início agudo que indica necessidade de cirurgia urgente
Etiologias
• Víscera perfurada → peritonite (úlcera perfurada, diverticulite complicada, trauma)
• Sangramento intraperitoneal
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