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Universidade Save

Faculdade de Ciências de Saúde e Desporto


Curso de licenciatura em Nutrição
Indicadores cardíacos (Fisiopatologia das doenças cardíacas)

Angélica Ernesto Cumbane


Domingos Victor
Sandra João Paninga

Docente: dr. Benedito Muatenlero

Maxixe
2024
1
Introdução
As doenças cardíacas representam um importante desafio de saúde pública em todo o
mundo, sendo responsáveis por um grande número de óbitos anualmente.

Nesse contexto, os indicadores cardíacos desempenham um papel fundamental, fornecendo


informações valiosas sobre a função do coração e auxiliando no monitoramento da
progressão das doenças cardíacas.

Esta apresentação tem como objectivo explorar a relação entre os indicadores cardíacos e a
fisiopatologia das doenças cardíacas, destacando a importância desses parâmetros na prática
clínica.

2
Objectivo
Objectivo geral:

Compreender a relação entre os indicadores cardíacos e a fisiopatologia das doenças


cardíacas, visando contribuir para uma melhor abordagem no diagnóstico e tratamento dessas
condições.

Objectivos específicos:

Identificar e descrever os principais indicadores cardíacos utilizados na prática clínica;

Descrever os mecanismos fisiopatológicos envolvidos no desenvolvimento e progressão das


doenças cardíacas;

Investigar a importância da monitorização dos indicadores cardíacos no acompanhamento de


3
pacientes com doenças cardíacas.
Metodologia de pesquisa
Para a elaboração deste trabalho, foi adoptada a metodologia de revisão bibliográfica, com
base em artigos científicos, livros e publicações relevantes sobre indicadores cardíacos e
fisiopatologia das doenças cardíacas.

A norma APA (American Psychological Association) foi seguida para a elaboração das
citações e referências bibliográficas ao longo do trabalho, seguindo a orientação da
UniSave.

Todas as fontes consultadas foram devidamente citadas e listadas no formato APA,


garantindo a precisão e a consistência das informações apresentadas e por ser um trabalho
científico, a linguagem usada é clara e objectiva para melhor compreensão.
4
Coração (definição)

O coração é um órgão muscular oco, grosseiramente cônico, formado por três


camadas: endocárdio, miocárdio e epicárdio.

O epicárdio ou pericárdio visceral é uma membrana serosa que recobre o


miocárdio e se reflete nas raízes dos grandes vasos da base, continuando com
o pericárdio parietal para formar a cavidade pericárdica.

O miocárdio, que constitui o músculo cardíaco, é responsável pela contração


do órgão. O endocárdio reveste internamente o miocárdio (endocárdio mural)
e forma as valvas cardíacas (endocárdio valvar) (Filho, 2011). 5
Anatomia fisiológica do músculo cardíaco

6
Função do coração

O coração humano é uma bomba muito eficiente, durável e confiável, que


distribui diariamente mais de 6.000 litros de sangue para todo o corpo e bate 30 a
40 milhões de vezes por ano, fornecendo nutrientes vitais aos tecidos e
facilitando a excreção de resíduos (Kumar, Abbas, & Aster, 2016).

Logo, a disfunção cardíaca pode ter consequências fisiológicas devastadoras.

Indicadores cardíacos
Os indicadores cardíacos são medidas que refletem a função do coração.
Eles podem ser usados para diagnosticar e monitorar doenças cardíacas.
Alguns indicadores cardíacos comuns incluem débito cardíaco, volume sistólico
e fração de ejeção (Libby, Gerszten, & Ridker, 2018). 7
Biomarcadores cardíacos
Biomarcador é uma medida laboratorial ou um sinal físico que é usado em
estudos clínicos como um substituto para um parâmetro com significado clínico,
que é uma medida direta da forma como o paciente sente, funciona ou sobrevive,
o qual se espera que prediga o efeito da terapia (Libby, Gerszten, & Ridker,
2018)
Por exemplo, como primeira abordagem, as troponinas cardíacas refletem lesão
do miocárdio, o peptídeo natriurético cerebral reflete estiramento de uma câmara
cardíaca, é liberado em resposta à distensão do músculo cardíaco, a proteína C-
reativa C (PCR) reflete inflamação e a taxa de filtração glomerular estimada
reflete a função renal (Libby, Gerszten, & Ridker, 2018)

8
Indicadores bioquimicos
COLESTEROL
Interpretação: O colesterol total é correlacionado ao risco de doenças cardiovasculares, mas
não é um bom indicador de HDL e LDL. Intervalo de referência: desejável: < 200 mg/dL
(< 5,2 umol/L); Limítrofe: 200 a 239 mg/dL (5,2 a 6,2 umol/L); Alto risco: > 240 mg/dL (>
6,2 umol/L) (Costa, 2015).
HDL COLESTEROL
Interpretação: O HDL é chamado colesterol bom por indicar que é um fator de risco
negativo. Intervalo de referência: Desejável: ≥ 35 mg/dL (0,9 umol/L).
LDL COLESTEROL
Interpretação: o LDL é chamado colesterol total para indicar que é um possível factor de
risco. Intervalo de referência: desejável: < 130 mg/dL (3,4 umol/L); Limítrofe: 130 a 159
mg/dL (3,4 a 4,1umol/L). Alto risco: ≥ 160 mg/dL (≥ 4,1 umol/L); Ou, segundo o Adult
Treatment Panel III, (ATP III) > 100 mg/dL. Alto risco acentuado: > 170 mg/dL. Alto risco
moderado: > 130 mg/dL (Costa, 2015).
9
Cont…
TRIGLICÉRIDES
Interpretação: a associação entre TG e CHD tem sido demonstrada; pode ser um factor de
risco mais importante em mulheres.
Intervalo de referência: < 160 mg/dL (< 1,8 mmol/L) ou < 150 mg/dL. Limitações e/ou
interações: é essencial uma amostra em jejum: a ingestão de álcool pode aumentar os
resultados. Alguns anticoagulantes também afectam os resultados .
MARCADORES BIOQUÍMICOS DE LESÃO CARDÍACA

10
Aplicações clínicas dos biomarcadores cardiovasculares
Diagnóstico: o uso de biomarcadores para o diagnóstico cardiovascular possui
a familiaridade diária para os médicos da medicina cardiovascular;

Estratificação do Risco: exemplos familiares de biomarcadores usados na


estratificação do risco na medicina cardiovascular incluem a pressão sistólica
sanguínea ou o colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL).

Estes biomarcadores predizem, com segurança, o risco futuro para eventos


cardiovasculares em uma base populacional;

11
Doenças cardíacas
 As doenças cardíacas são um grupo de condições que afetam o coração e os vasos sanguíneos.
 Elas são a principal causa de morte em todo o mundo. Existem vários tipos de doenças cardíacas,
incluindo doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e arritmias. (White, et al., 2017).
 Essas doenças estão inter-relacionadas e, muitas vezes, coexistem (Mahan, Escott-Stump, &
Raymond, 2012). O rompimento de qualquer elemento do coração, miocárdio, valvas, sistema de
condução e vasculatura coronariana, pode afetar adversamente a eficiência do bombeamento, levando
assim a morbidade e mortalidade (Kumar, Abbas, & Aster, 2016).
VISÃO GERAL DA FISIOPATOLOGIA CARDÍACA
Os principais eventos gerais que ocorrem na fisiopatologia cardiaca:
 Falência da bomba;
 Obstrução ao fluxo;
 Fluxo regurgitante;
 Fluxo colateral;
 Distúrbios da condução cardíaca;
12
 Ruptura do coração ou de um vaso principal (Kumar, Abbas, & Aster, 2016).
Factores predisponentes as doenças cardíacas
Factores genéticos, ambientais;

Algumas doenças (inflamação, a obesidade, o diabetes tipo 2 e a síndrome metabólica);

A doença arterial coronariana (DAC) costuma estar mais associada à disfunção da


microcirculação coronariana nas mulheres do que nos homens. (White, et al., 2017).

Sintomas cardíacos gerais

Alguns sintomas típicos incluem o desconforto torácico, a fadiga e aumento da pressão


intravascular a montante do ventrículo insuficiente levando a congestão pulmonar e dispneia.
(White, et al., 2017). Palpitação, dispneia, hipotensão, edema e síncope em geral ocorrem de
forma abrupta, podendo desaparecer tão rapidamente quanto surgiram (White, et al., 2017). Estes
sintomas também podem ocorrer em outras situações. 13
Insuficiência Cardíaca
A insuficiência cardíaca, frequentemente chamada de insuficiência cardíaca congestiva
(ICC), é uma condição geralmente progressiva e comum, com prognóstico ruim (Kumar,
Abbas, & Aster, 2016). Fisiopatologia
A ICC ocorre quando o coração é incapaz de bombear o sangue em uma proporção suficiente
para atender às demandas metabólicas dos tecidos, ou é capaz disso apenas na presença de
uma pressão de enchimento elevada. Ela é o estágio final comum de muitas formas de
cardiopatia crônica devido a sobrecarga crônica de trabalho (p. ex., na doença valvar ou
hipertensão) (Kumar, Abbas, & Aster, 2016).
Mecanismos adaptativos
Quando a carga de trabalho aumenta ou a função cardíaca está comprometida, vários
mecanismos fisiológicos mantêm a pressão arterial e perfusão dos órgãos (Kumar, Abbas, &
Aster, 2016):
Mecanismo de Frank-Starling, adaptações miocárdias, activação dos sistemas neuro-humorais,
liberação de noradrenalina (norepinefrina), activação do sistema renina-angiotensina-
aldosterona, liberação do peptídeo natriurético atrial. 14
Sintomas da insuficiência cardíaca
Os sintomas são vastos e podem variar, mas os sintomas típicos incluem:

Dispneia;

Alteração do debito cardíaco;

Tosse noturna é um sintoma muitas vezes subvalorizado de IC;

Aumento do perímetro abdominal,

Saciedade precoce e o estabelecimento de edema em determinados órgãos (extremidades ou


escroto) indicam congestão cardíaca direita, outro sintoma cardinal de IC é o cansaço (Libby,
Gerszten, & Ridker, 2018).

15
Fluxograma para avaliação dos pacientes com insuficiência
cardíaca.

16
Principais alterações bioquímicas e sua influência estrutural e funcional

As principais alterações bioquímicas na Insuficiência Cardíaca Congestiva

Elevação dos níveis de BNP (peptídeo natriurético B) no sangue, que é liberado em resposta à
distensão do músculo cardíaco, aumento dos níveis de troponina, indicando dano no músculo
cardíaco, elevação de marcadores de inflamação, como a proteína C reativa (PCR).

Possíveis influências estruturais e funcionais/sinais e sintomas

O aumento do BNP (peptídeo natriurético tipo B) está relacionado à sobrecarga de volume no


coração e à disfunção ventricular.

A elevação da troponina sugere lesão do miocárdio, como em casos de infarto do miocárdio.


As alterações bioquímicas podem levar a sintomas como dispneia, fadiga, edema, tosse
17
persistente e intolerância ao exercício.
Cardiopatia isquêmica
A cardiopatia isquêmica (CI) representa um grupo de síndromes fisiologicamente
relacionadas que resultam da isquemia miocárdica; um desequilíbrio entre o suprimento
miocárdico (perfusão) e a demanda cardíaca por sangue oxigenado (Kumar, Abbas, & Aster,
2016). A isquemia não só limita a oxigenação do tecido (e logo, a geração de ATP), como
também reduz a disponibilidade de nutrientes e a remoção de resíduos metabólicos. (Kumar,
Abbas, & Aster, 2016). A seguir imagem ilustrativa do processo isquêmico e desenvolvimento
de infarto.

18
Patogenia
A isquemia pode ser ocasionada por diversas causas como: trombose, aterosclerose,
arteriosclerose, embolias entre outros. O processo isquêmico portanto é decorrente do bloqueio
ao fluxo sanguíneo através de obstrução vascular (Teixeira, 2020). Na grande maioria dos casos,
isso é decorrente de um estreitamento aterosclerótico crônico e progressivo das artérias
coronárias epicárdicas, e de vários graus de alteração aguda da placa sobreposta, trombose e
vasospasmo (Kumar, Abbas, & Aster, 2016).
Na maioria dos casos, há um longo período (mais de décadas) de progressão silenciosa e lenta
das lesões coronarianas antes do início súbito dos sintomas.
Sinais e sintomas
A CI pode se apresentar com uma ou mais das seguintes síndromes clínicas: infarto do
miocárdio (IM), angina pectoris, CI crônica com insuficiência cardíaca, morte súbita cardíaca
(MSC);
Algumas condições apresentam vários efeitos prejudiciais. Assim, a taquicardia aumenta a
demanda por oxigênio, enquanto diminui o suprimento funcional (Kumar, Abbas, & Aster,
19
2016).
Para cardiopatia isquêmica (CI) as principais alterações bioquímicas são

Elevação de enzimas cardíacas como a troponina e a creatina quinase (CK-MB) em resposta à


lesão do músculo cardíaco, aumento dos níveis de marcadores inflamatórios, como a PCR.

Possíveis influências estruturais e funcionais/sinais e sintomas

A elevação da troponina e da CK-MB indica lesão do miocárdio devido à falta de oxigênio,


como em um infarto agudo do miocárdio.

As alterações bioquímicas podem resultar em dor no peito (angina), dispneia, palpitações,
fadiga e até mesmo insuficiência cardíaca.

Essas alterações bioquímicas e suas influências estruturais e funcionais são cruciais para o
diagnóstico e manejo adequado da ICC e da Cardiopatia Isquêmica (Ross, Caballero, Cousins,
20
Tucker, & Ziegler, 2016).
Diagnóstico de doenças cardíacas
Para um diagnóstico cardíaco completo os seguintes elementos devem ser sistematicamente
considerados:
A etiologia subjacente. A doença é de origem congênita, hipertensiva, isquêmica ou
inflamatória? As alterações anatômicas.
As alterações fisiológicas. Existe arritmia? Há evidências de insuficiência cardíaca
congestiva ou de isquemia miocárdica?
A incapacidade funcional. Qual o grau de actividade física necessária para desencadear
sintomas? (Kumar, Abbas, & Aster, 2016).
A definição de um diagnóstico cardiológico correcto e completo geralmente começa com a
anamnese e o exame físico.
De fato, o exame clínico permanece sendo a base para o diagnóstico de uma ampla variedade
de enfermidades.
21
Prevenção e tratamento da doença
A prevenção da doença cardíaca é uma das tarefas mais importantes dos profissionais de
saúde da atenção primária, assim como dos cardiologistas;

A prevenção inicia-se com a avaliação do risco, que deve ser seguida por atenção aos hábitos
de vida, com discussão sobre as metas de chegar ao peso ideal, abandonar o tabagismo;

Além de controlar de forma agressiva todos os níveis anormais de factores de risco, como
hipertensão arterial, hiperlipidemia e diabetes melito (White, et al., 2017);

Após ter-se estabelecido o diagnóstico completo nos pacientes sabidamente portadores de


cardiopatia, em geral há várias opções terapêuticas disponíveis. (White, et al., 2017).

22
Grupo de alimentos
A consumir A evitar
Peixes ricos em ômega 3 Carnes processadas
Frutas e vegetais Alimentos ricos em sódio
Grãos integrais Açúcares adicionados
 feijão Gorduras saturadas
Lentilhas Bebidas alcoólicas
Amêndoas

23
Conclusão
No contexto da nutrição clínica, a compreensão dos indicadores cardíacos e da fisiopatologia
das doenças cardíacas desempenha um papel crucial na promoção da saúde cardiovascular
dos pacientes.
A integração dos conhecimentos sobre os indicadores cardíacos e a fisiopatologia das
doenças cardíacas no contexto da nutrição clínica permite uma abordagem mais abrangente e
personalizada no tratamento e na prevenção dessas condições.
Estratégias nutricionais específicas podem ser desenvolvidas com base nos indicadores
cardíacos para otimizar a saúde cardiovascular dos pacientes, contribuindo para a redução do
risco de complicações e melhorando sua qualidade de vida.
Portanto, a atenção à relação entre indicadores cardíacos, fisiopatologia das doenças
cardíacas e nutrição clínica é essencial para um cuidado integral e eficaz dos pacientes com
problemas cardíacos.

24
Referências
1. Filho, G. B. (2011). Bogliolo, patologia (8 ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
2. Guyton, A. C., & Hall, J. E. (2011). Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier.
3. Kumar, V., Abbas, A. K., & Aster, J. C. (2016). Robbins & Cotran Patologia — Bases
Patológicas das Doenças (9 ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.
4. Libby, P., Gerszten, R. E., & Ridker, P. M. (2018). Biomarcadores, Proteômica,
Metabolômica e Medicina Personalizada. Em D. L. Mann, D. P. Zipes, P. Libby, R. O.
Bonow, & E. Braunwald, Braunwald – tratado de doenças cardiovasculares (pp. 281-302).
Rio de Janeiro: Elsevier.
5. Mahan, L. K., Escott-Stump, S., & Raymond, J. L. (2012). Krause : alimentos, nutrição e
dietoterapia. (A. Favano, C. Coana, D. Rodrigues, M. R. Ide, N. R. Pereira, & T. Robaina,
Trads.) Rio de Janeiro: Elsevier.
6. Ross, A. C., Caballero, B., Cousins, R. J., Tucker, K. L., & Ziegler, T. R. (2016). Nutrição
Moderna de Shils na Saúde e na Doença. Barueri , SP: Manole.
7. Teixeira, D. d. (2020). Patologia Geral. Teófilo Otoni: NICE.
8. White, C., Hoffbrand, V., Waxman, A. B., Ermel, A. C., Bernstein, A. S., Mahmoud, A. A., . .
. Marneros, A. (2017). Medicina Interna de Harrison (19 ed.). Porto Alegre: Artmed. 25
Caso clínico
 O Sr. Hélio de 60 anos de idade anos, aposentado, chega ao banco de socorro queixando-se de
dor no peito há cerca de uma hora. Ele descreve a dor como uma sensação de aperto no peito, que
irradia para o Braço esquerdo e pescoço. Ele também relata sudorese intensa, náuseas e falta de ar.
João tem um histórico medico significativo de hipertensão arterial e tabagismo.
Após a admissão do paciente, são realizados exames laboratoriais para avaliar os marcadores
cardíacos.
Os resultados mostram: Troponina I elevada: 2,5 ng/mL (valor de referência <0,04 ng/mL); CK-
MB aumentada: 50 U/L (valor de referência <24 U/L); PCR (proteína C reativa) levemente
elevada: 3 mg/L (valor de referência <1 mg/L).
Com base nos sintomas do paciente, nos achados clínicos e nos resultados dos exames
bioquímicos, o médico suspeita de um infarto agudo do miocárdio devido à Cardiopatia
Isquêmica.
O aumento dos níveis de troponina e CK-MB indica lesão do músculo cardíaco, enquanto a PCR
elevada sugere uma resposta inflamatória.
A monitorização contínua dos indicadores bioquímicos é essencial para avaliar a extensão do
dano cardíaco e a eficácia do tratamento. 26
Cont…
Objectivos de tratamento
Redução da inflamação;
Controle da pressão arterial e colesterol;
Redução de peso;
Estratégias nutricionais
Ao seguir essas estratégias nutricionais e objectivos, o paciente pode melhorar sua saúde
cardiovascular, reduzir o risco de complicações futuras e promover a recuperação após um
infarto agudo do miocárdio (Mahan, Escott-Stump, & Raymond, 2012):
Dieta rica em antioxidantes;
Ingestão adequada de ácidos graxos ômega-3;
Restrição de sódio;
Controle da glicemia;
Hidratação adequada. 27
Cont…
 Efetuar os cálculos necessários para a
 Dados Antropométricos: recomendação nutricional (PTR, NED...)
De acordo com Krause a percentagem de perda de
peso mensal e semestral deve ser de 5℅ a 10℅,
Peso Atual=86kg e Altura= 1,81m tendo em conta que o paciente para alem de um
Diagnóstico Nutricional: infarto do miocárdio, encontra-se com sobrepeso, o
grupo escolheu reduzir o peso da paciente a 10℅.

• = 26 Kg/ 86Kg─────────100℅
X───────────5℅
Diagnostico: paciente com X=4,3
86 ─ 4,3= 81.7Kg
sobrepeso.
Factor actividade= 30kcal pois a paciente é
sedentária 28
NED= P (Kg) X Fa
NED= 81,7 X 30
NED=2451Kcal
• Proteína= 2451X 0,2 ⁄ 4 = 122g
• Glícidos = 2451X 0,55 ⁄ 4 =
337g
• Lípidos = 2451 X 0,25⁄ 9= 68g

29
Distribuição das doses por grupos de alimentos
337 122 68 2451
Grupos de
Doses
Glícidos (g) Proteína (g) Lípidos (g) Energia (kcal)
Alimentos

Leite meio gordo 3 36 21 12 318


Vegetais B 6 30 12 0 180
Fruta 4 40 0 0 200
Subtotal 106 33 12 668

Suplementos A

Pão e equivalents 15 225 30 0 1050


Subtotal 225 30 0 1050

Carnes e equivalentes 8 0 56 24 440


Subtotal 56 24 440

=6

Gorduras e óleos 6 0 0 30 270


Total 331 119 66 2428
-6 -3 -2 -23
Margem de erro +/-0 +/-5 -4,6 +23 30
Distribuição dos alimentos por refeições

Sup. A
Horas Refeições Leite e eq. Vegetais B Fruta Pão e eq. Carne e eq. Gordura

7:30 Peq-Almo 1 2 1 1

Lanche da
10:30 1 1 1
manha

13:30 Almoço 1.5 + (1) 1 3.5+ (2) 2,5 + (1) 2+ (0.5)

16:30 L. tarde 1 1

3.5+ (2)
19:30 Jantar 1.5 + (1) 1 2,5 + (1) 2+ (0,5)

1
21:30 Ceia 1

15
Total 3 6 4 8 6

31
Descrição pormenorizada da quantidade e tipo de alimentos a incluir em cada refeição 4

Horas Refeição Número de doses Exemplo

Vegetais B- 1

Pao equival - 2

07:30 Carne e equiv - 1 Chá com erva-cidreira sem açúcar + salada de


Peq-
espinafre 50 g +1 colher de chá de azeite + ½ ovo
Almo Gordur e óleo - 1 pequeno cozido+ 2 fatias de pão de forma

Leite e eq- 1
L. da 240 ml de leite+ 8 bagos de uvas + 50 g de
10:30 Pao eq- 1
manha mandioca
Fruta - 1
32
Entrada: sopa- 50g de couve+ 20 g de massa+
25g de cenoura + 25g de cebola + 1 colher de
Veg B- 2,5 cha de azeite + 30 g de peixe desfiado + 80g de
batata rena
1 fruta
Prato principal: salada de vegetais cozidos a
13:30 Almoco 5 pao.eq
vapor : cenoura40g+ feijão verde 50g+
3.5 carne beterraba 50g + 10g de cebola + 3 batatas
pequenas cozidas+ 75g de frango fervido + 2
2,5 gordura colheres de cha de azeite

Sobremesa: 100 g de laranja


Lanche 1 fruta
16:30 250g de iogurte + pêssego 100g
da tarde 1 leite e eq

19:30 Jantar O mesmo que almoco O mesmo que almoço

1 leit eq

21:30 Ceia 1 pao eq 1 chav de leite + 2 bolachas agua e sal quadradas

33
Gratos pela atenção dispensada

34

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