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Maxixe
2024
1
Introdução
As doenças cardíacas representam um importante desafio de saúde pública em todo o
mundo, sendo responsáveis por um grande número de óbitos anualmente.
Esta apresentação tem como objectivo explorar a relação entre os indicadores cardíacos e a
fisiopatologia das doenças cardíacas, destacando a importância desses parâmetros na prática
clínica.
2
Objectivo
Objectivo geral:
Objectivos específicos:
A norma APA (American Psychological Association) foi seguida para a elaboração das
citações e referências bibliográficas ao longo do trabalho, seguindo a orientação da
UniSave.
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Função do coração
Indicadores cardíacos
Os indicadores cardíacos são medidas que refletem a função do coração.
Eles podem ser usados para diagnosticar e monitorar doenças cardíacas.
Alguns indicadores cardíacos comuns incluem débito cardíaco, volume sistólico
e fração de ejeção (Libby, Gerszten, & Ridker, 2018). 7
Biomarcadores cardíacos
Biomarcador é uma medida laboratorial ou um sinal físico que é usado em
estudos clínicos como um substituto para um parâmetro com significado clínico,
que é uma medida direta da forma como o paciente sente, funciona ou sobrevive,
o qual se espera que prediga o efeito da terapia (Libby, Gerszten, & Ridker,
2018)
Por exemplo, como primeira abordagem, as troponinas cardíacas refletem lesão
do miocárdio, o peptídeo natriurético cerebral reflete estiramento de uma câmara
cardíaca, é liberado em resposta à distensão do músculo cardíaco, a proteína C-
reativa C (PCR) reflete inflamação e a taxa de filtração glomerular estimada
reflete a função renal (Libby, Gerszten, & Ridker, 2018)
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Indicadores bioquimicos
COLESTEROL
Interpretação: O colesterol total é correlacionado ao risco de doenças cardiovasculares, mas
não é um bom indicador de HDL e LDL. Intervalo de referência: desejável: < 200 mg/dL
(< 5,2 umol/L); Limítrofe: 200 a 239 mg/dL (5,2 a 6,2 umol/L); Alto risco: > 240 mg/dL (>
6,2 umol/L) (Costa, 2015).
HDL COLESTEROL
Interpretação: O HDL é chamado colesterol bom por indicar que é um fator de risco
negativo. Intervalo de referência: Desejável: ≥ 35 mg/dL (0,9 umol/L).
LDL COLESTEROL
Interpretação: o LDL é chamado colesterol total para indicar que é um possível factor de
risco. Intervalo de referência: desejável: < 130 mg/dL (3,4 umol/L); Limítrofe: 130 a 159
mg/dL (3,4 a 4,1umol/L). Alto risco: ≥ 160 mg/dL (≥ 4,1 umol/L); Ou, segundo o Adult
Treatment Panel III, (ATP III) > 100 mg/dL. Alto risco acentuado: > 170 mg/dL. Alto risco
moderado: > 130 mg/dL (Costa, 2015).
9
Cont…
TRIGLICÉRIDES
Interpretação: a associação entre TG e CHD tem sido demonstrada; pode ser um factor de
risco mais importante em mulheres.
Intervalo de referência: < 160 mg/dL (< 1,8 mmol/L) ou < 150 mg/dL. Limitações e/ou
interações: é essencial uma amostra em jejum: a ingestão de álcool pode aumentar os
resultados. Alguns anticoagulantes também afectam os resultados .
MARCADORES BIOQUÍMICOS DE LESÃO CARDÍACA
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Aplicações clínicas dos biomarcadores cardiovasculares
Diagnóstico: o uso de biomarcadores para o diagnóstico cardiovascular possui
a familiaridade diária para os médicos da medicina cardiovascular;
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Doenças cardíacas
As doenças cardíacas são um grupo de condições que afetam o coração e os vasos sanguíneos.
Elas são a principal causa de morte em todo o mundo. Existem vários tipos de doenças cardíacas,
incluindo doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e arritmias. (White, et al., 2017).
Essas doenças estão inter-relacionadas e, muitas vezes, coexistem (Mahan, Escott-Stump, &
Raymond, 2012). O rompimento de qualquer elemento do coração, miocárdio, valvas, sistema de
condução e vasculatura coronariana, pode afetar adversamente a eficiência do bombeamento, levando
assim a morbidade e mortalidade (Kumar, Abbas, & Aster, 2016).
VISÃO GERAL DA FISIOPATOLOGIA CARDÍACA
Os principais eventos gerais que ocorrem na fisiopatologia cardiaca:
Falência da bomba;
Obstrução ao fluxo;
Fluxo regurgitante;
Fluxo colateral;
Distúrbios da condução cardíaca;
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Ruptura do coração ou de um vaso principal (Kumar, Abbas, & Aster, 2016).
Factores predisponentes as doenças cardíacas
Factores genéticos, ambientais;
Dispneia;
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Fluxograma para avaliação dos pacientes com insuficiência
cardíaca.
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Principais alterações bioquímicas e sua influência estrutural e funcional
Elevação dos níveis de BNP (peptídeo natriurético B) no sangue, que é liberado em resposta à
distensão do músculo cardíaco, aumento dos níveis de troponina, indicando dano no músculo
cardíaco, elevação de marcadores de inflamação, como a proteína C reativa (PCR).
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Patogenia
A isquemia pode ser ocasionada por diversas causas como: trombose, aterosclerose,
arteriosclerose, embolias entre outros. O processo isquêmico portanto é decorrente do bloqueio
ao fluxo sanguíneo através de obstrução vascular (Teixeira, 2020). Na grande maioria dos casos,
isso é decorrente de um estreitamento aterosclerótico crônico e progressivo das artérias
coronárias epicárdicas, e de vários graus de alteração aguda da placa sobreposta, trombose e
vasospasmo (Kumar, Abbas, & Aster, 2016).
Na maioria dos casos, há um longo período (mais de décadas) de progressão silenciosa e lenta
das lesões coronarianas antes do início súbito dos sintomas.
Sinais e sintomas
A CI pode se apresentar com uma ou mais das seguintes síndromes clínicas: infarto do
miocárdio (IM), angina pectoris, CI crônica com insuficiência cardíaca, morte súbita cardíaca
(MSC);
Algumas condições apresentam vários efeitos prejudiciais. Assim, a taquicardia aumenta a
demanda por oxigênio, enquanto diminui o suprimento funcional (Kumar, Abbas, & Aster,
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2016).
Para cardiopatia isquêmica (CI) as principais alterações bioquímicas são
As alterações bioquímicas podem resultar em dor no peito (angina), dispneia, palpitações,
fadiga e até mesmo insuficiência cardíaca.
Essas alterações bioquímicas e suas influências estruturais e funcionais são cruciais para o
diagnóstico e manejo adequado da ICC e da Cardiopatia Isquêmica (Ross, Caballero, Cousins,
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Tucker, & Ziegler, 2016).
Diagnóstico de doenças cardíacas
Para um diagnóstico cardíaco completo os seguintes elementos devem ser sistematicamente
considerados:
A etiologia subjacente. A doença é de origem congênita, hipertensiva, isquêmica ou
inflamatória? As alterações anatômicas.
As alterações fisiológicas. Existe arritmia? Há evidências de insuficiência cardíaca
congestiva ou de isquemia miocárdica?
A incapacidade funcional. Qual o grau de actividade física necessária para desencadear
sintomas? (Kumar, Abbas, & Aster, 2016).
A definição de um diagnóstico cardiológico correcto e completo geralmente começa com a
anamnese e o exame físico.
De fato, o exame clínico permanece sendo a base para o diagnóstico de uma ampla variedade
de enfermidades.
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Prevenção e tratamento da doença
A prevenção da doença cardíaca é uma das tarefas mais importantes dos profissionais de
saúde da atenção primária, assim como dos cardiologistas;
A prevenção inicia-se com a avaliação do risco, que deve ser seguida por atenção aos hábitos
de vida, com discussão sobre as metas de chegar ao peso ideal, abandonar o tabagismo;
Além de controlar de forma agressiva todos os níveis anormais de factores de risco, como
hipertensão arterial, hiperlipidemia e diabetes melito (White, et al., 2017);
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Grupo de alimentos
A consumir A evitar
Peixes ricos em ômega 3 Carnes processadas
Frutas e vegetais Alimentos ricos em sódio
Grãos integrais Açúcares adicionados
feijão Gorduras saturadas
Lentilhas Bebidas alcoólicas
Amêndoas
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Conclusão
No contexto da nutrição clínica, a compreensão dos indicadores cardíacos e da fisiopatologia
das doenças cardíacas desempenha um papel crucial na promoção da saúde cardiovascular
dos pacientes.
A integração dos conhecimentos sobre os indicadores cardíacos e a fisiopatologia das
doenças cardíacas no contexto da nutrição clínica permite uma abordagem mais abrangente e
personalizada no tratamento e na prevenção dessas condições.
Estratégias nutricionais específicas podem ser desenvolvidas com base nos indicadores
cardíacos para otimizar a saúde cardiovascular dos pacientes, contribuindo para a redução do
risco de complicações e melhorando sua qualidade de vida.
Portanto, a atenção à relação entre indicadores cardíacos, fisiopatologia das doenças
cardíacas e nutrição clínica é essencial para um cuidado integral e eficaz dos pacientes com
problemas cardíacos.
24
Referências
1. Filho, G. B. (2011). Bogliolo, patologia (8 ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
2. Guyton, A. C., & Hall, J. E. (2011). Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier.
3. Kumar, V., Abbas, A. K., & Aster, J. C. (2016). Robbins & Cotran Patologia — Bases
Patológicas das Doenças (9 ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.
4. Libby, P., Gerszten, R. E., & Ridker, P. M. (2018). Biomarcadores, Proteômica,
Metabolômica e Medicina Personalizada. Em D. L. Mann, D. P. Zipes, P. Libby, R. O.
Bonow, & E. Braunwald, Braunwald – tratado de doenças cardiovasculares (pp. 281-302).
Rio de Janeiro: Elsevier.
5. Mahan, L. K., Escott-Stump, S., & Raymond, J. L. (2012). Krause : alimentos, nutrição e
dietoterapia. (A. Favano, C. Coana, D. Rodrigues, M. R. Ide, N. R. Pereira, & T. Robaina,
Trads.) Rio de Janeiro: Elsevier.
6. Ross, A. C., Caballero, B., Cousins, R. J., Tucker, K. L., & Ziegler, T. R. (2016). Nutrição
Moderna de Shils na Saúde e na Doença. Barueri , SP: Manole.
7. Teixeira, D. d. (2020). Patologia Geral. Teófilo Otoni: NICE.
8. White, C., Hoffbrand, V., Waxman, A. B., Ermel, A. C., Bernstein, A. S., Mahmoud, A. A., . .
. Marneros, A. (2017). Medicina Interna de Harrison (19 ed.). Porto Alegre: Artmed. 25
Caso clínico
O Sr. Hélio de 60 anos de idade anos, aposentado, chega ao banco de socorro queixando-se de
dor no peito há cerca de uma hora. Ele descreve a dor como uma sensação de aperto no peito, que
irradia para o Braço esquerdo e pescoço. Ele também relata sudorese intensa, náuseas e falta de ar.
João tem um histórico medico significativo de hipertensão arterial e tabagismo.
Após a admissão do paciente, são realizados exames laboratoriais para avaliar os marcadores
cardíacos.
Os resultados mostram: Troponina I elevada: 2,5 ng/mL (valor de referência <0,04 ng/mL); CK-
MB aumentada: 50 U/L (valor de referência <24 U/L); PCR (proteína C reativa) levemente
elevada: 3 mg/L (valor de referência <1 mg/L).
Com base nos sintomas do paciente, nos achados clínicos e nos resultados dos exames
bioquímicos, o médico suspeita de um infarto agudo do miocárdio devido à Cardiopatia
Isquêmica.
O aumento dos níveis de troponina e CK-MB indica lesão do músculo cardíaco, enquanto a PCR
elevada sugere uma resposta inflamatória.
A monitorização contínua dos indicadores bioquímicos é essencial para avaliar a extensão do
dano cardíaco e a eficácia do tratamento. 26
Cont…
Objectivos de tratamento
Redução da inflamação;
Controle da pressão arterial e colesterol;
Redução de peso;
Estratégias nutricionais
Ao seguir essas estratégias nutricionais e objectivos, o paciente pode melhorar sua saúde
cardiovascular, reduzir o risco de complicações futuras e promover a recuperação após um
infarto agudo do miocárdio (Mahan, Escott-Stump, & Raymond, 2012):
Dieta rica em antioxidantes;
Ingestão adequada de ácidos graxos ômega-3;
Restrição de sódio;
Controle da glicemia;
Hidratação adequada. 27
Cont…
Efetuar os cálculos necessários para a
Dados Antropométricos: recomendação nutricional (PTR, NED...)
De acordo com Krause a percentagem de perda de
peso mensal e semestral deve ser de 5℅ a 10℅,
Peso Atual=86kg e Altura= 1,81m tendo em conta que o paciente para alem de um
Diagnóstico Nutricional: infarto do miocárdio, encontra-se com sobrepeso, o
grupo escolheu reduzir o peso da paciente a 10℅.
•
• = 26 Kg/ 86Kg─────────100℅
X───────────5℅
Diagnostico: paciente com X=4,3
86 ─ 4,3= 81.7Kg
sobrepeso.
Factor actividade= 30kcal pois a paciente é
sedentária 28
NED= P (Kg) X Fa
NED= 81,7 X 30
NED=2451Kcal
• Proteína= 2451X 0,2 ⁄ 4 = 122g
• Glícidos = 2451X 0,55 ⁄ 4 =
337g
• Lípidos = 2451 X 0,25⁄ 9= 68g
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Distribuição das doses por grupos de alimentos
337 122 68 2451
Grupos de
Doses
Glícidos (g) Proteína (g) Lípidos (g) Energia (kcal)
Alimentos
Suplementos A
=6
Sup. A
Horas Refeições Leite e eq. Vegetais B Fruta Pão e eq. Carne e eq. Gordura
7:30 Peq-Almo 1 2 1 1
Lanche da
10:30 1 1 1
manha
16:30 L. tarde 1 1
3.5+ (2)
19:30 Jantar 1.5 + (1) 1 2,5 + (1) 2+ (0,5)
1
21:30 Ceia 1
15
Total 3 6 4 8 6
31
Descrição pormenorizada da quantidade e tipo de alimentos a incluir em cada refeição 4
Vegetais B- 1
Pao equival - 2
Leite e eq- 1
L. da 240 ml de leite+ 8 bagos de uvas + 50 g de
10:30 Pao eq- 1
manha mandioca
Fruta - 1
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Entrada: sopa- 50g de couve+ 20 g de massa+
25g de cenoura + 25g de cebola + 1 colher de
Veg B- 2,5 cha de azeite + 30 g de peixe desfiado + 80g de
batata rena
1 fruta
Prato principal: salada de vegetais cozidos a
13:30 Almoco 5 pao.eq
vapor : cenoura40g+ feijão verde 50g+
3.5 carne beterraba 50g + 10g de cebola + 3 batatas
pequenas cozidas+ 75g de frango fervido + 2
2,5 gordura colheres de cha de azeite
1 leit eq
33
Gratos pela atenção dispensada
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