Você está na página 1de 32

Instituto Superior de Ciências Biológicas, Médicas e da Saúde

Disciplina: Fisioterapia Preventiva e Primeiros Socorros

Prof. Me. João Alfredo P. Neto


jneto@prof.unipar.br
HIPERTENSÃO
ARTERIAL
conceito, diagnóstico, prevenção e tto.
“A pressão alta sem tratamento
adequado pode causar lesões no
coração, cérebro, rins, vasos
sanguíneos e a morte prematura.”

Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 2021.


Epidemiologia

No Brasil o perfil de maior prevalência está entre


mulheres e pessoas adultas com 65 anos ou
mais, chegando a acometer 59,3% dos adultos.

(VIGITEL, 2019)
O Coração

● O coração trabalha como uma bomba que projeta o sangue para


frente quando se contrai (sístole ou máxima), esvaziando-o e
levando ao enchimento das artérias através da aorta.

● Em outro momento, o sangue volta através das veias cavas para


o coração, enchendo-o novamente e fazendo-o relaxar (diástole
ou mínima).
O Coração
Na fase sistólica o coração contrai e a pressão sanguínea aumenta,
enquanto na fase diastólica o coração relaxa e a pressão sanguínea diminui.

Sístole ou Diástole ou
Contração Relaxamento

Fonte: https://www.diferenca.com/sistole-e-diastole/
O Coração

https://medium.com/rapaduratech.
Critérios Diagnósticos

De acordo com a 8ª Diretriz Brasileira de HAS (2020), pessoas


saudáveis com PA ótima (<120/80 mmHg) ou com PA normal
(120-129 / 80-84 mmHg) devem ter PA medida anualmente e nas
consultas médicas. Pacientes com pré-hipertensão (130-139 / 85-89
mmHg) devem ter a PA medida anualmente ou antes de completar
um ano.
Critérios Diagnósticos

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2020.


Critérios Diagnósticos
Fatores de Risco (FR)

Segundo a Sociedade Brasileira de


Cardiologia (2020), os principais
fatores de risco são:
Estratificação de Risco

A estratificação tem como objetivo estimar o risco de cada


indivíduo sofrer uma doença cardiovascular nos próximos dez
anos. Essa estimativa se baseia na presença de múltiplos
fatores de risco e na classificação inicial através da história
clínica, exames físicos e exames complementares.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014)
Prevenção:

A HAS é uma doença de causas genéticas, sociais e ambientais. As


principais formas de prevenção, segundo Vital (2019) são:

● Prática de exercícios físicos na rotina;


● Evitar consumir muito sal, carnes vermelhas, gorduras, alimentos
processados, doces e embutidos;
● Hábitos alimentares saudáveis;
● Aferir a pressão arterial sempre que possível;
● Utilizar medicamentos apenas quando houver indicação médica;
● Buscar formas de relaxamento no dia a dia;
● Controle de peso.
Terapia Não Medicamentosa
O tratamento não medicamentoso (TNM) da HAS tem como principal objetivo a
redução da mortalidade e morbidade cardiovasculares por meio da mudança do
estilo de vida (MEV), que envolve:

(LOPES; MORAES, 2012) (SBC, 2017)


Terapia Medicamentosa
O tratamento medicamentoso para a hipertensão arterial é realizado com
monoterapia (apenas um fármaco) ou com combinação de fármacos, que é a
estratégia terapêutica preferencial para a maioria dos casos.
Acidente Vascular Encefálico
O Acidente vascular encefálico (AVE) pode ser isquêmico
(AVEI) ou hemorrágico (AVEH). Estas são as
manifestações mais comuns da lesão vascular causada
pela HAS, sendo a principal causa de mortes e
incapacidade nesses pacientes.
Infarto Agudo do Miocárdio
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma síndrome clínica cardiovascular, as
alterações provocadas pela doença hipertensiva facilitam a formação de
aterosclerose nas artérias coronárias, elevando a predisposição do paciente
hipertenso ao IAM. (ANDRADE, et al, 2013)
Doença Renal Crônica
A Doença Renal Crônica (DRC) possui muitos fatores associados, porém, a
hipertensão arterial é uma das mais comuns. Quando associado hipertensão, as
complicações cardiovasculares aumentam de forma significativa, já que são as
principais causas de internações e morte nos indivíduos (ALMEIDA, et.al, 2018)
Doença Arterial Periférica

A doença arterial periférica (DAP) é


classicamente definida como uma condição
que afeta artérias não cardíacas e não
cranianas, principalmente devido à
aterosclerose, levando à obstrução parcial
de artérias periféricas, reduzindo a
perfusão para os tecidos irrigados por
essas artérias. (ALVIM, et al, 2018)
Qual o papel da Fisioterapia ?
Referências
● ALMEIDA, F. A. et. al. Agregação familiar da doença renal crônica secundária à hipertensão arterial ou
diabetes mellitus: estudo caso-controle.
● ANDRADE, Jadelson Pinheiro de et al . Programa nacional de qualificação de médicos na prevenção e
atenção integral às doenças cardiovasculares. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 100, n. 3, p. 203-211,
Mar. 2013.
● BARROSO et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras Cardiol. 2021.
● JESUS, R. Cartilha Educativa aos Portadores de Hipertensão e/ou Diabetes Para o Enfrentamento de
Fatores de Risco Modificáveis: Um Projeto de Intervenção. Florianópolis (SC), 2014.
● MINISTÉRIO DA SAÚDE. Hipertensão Arterial: reduzir o consumo de sal auxilia na prevenção da
doença.
● MOURA, S. O.; ARAÚJO, K. L. R. da C. Intervenção Educativa Em Pacientes Hipertensos Com Difícil
Controle Dos Níveis De Pressão Arterial Sistêmica. 2020.
● SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Pocket Book Light. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão
Arterial. Arq. Bras. Cardiol, 2017.
● SOUSA, L. et.al. Caracterização sociodemográfica e clínica dos pacientes hipertensos não controlados
atendidos em uma unidade de pronto atendimento. Revista Nursing, 2019.
● VIGITEL. Brasil 2019: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito
telefônico, estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção
para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019. Brasília:
Ministério da Saúde, 2020.

Você também pode gostar