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SEGEAM – SUSTENTABILIDADE, EMPREENDEDORISMO E

GESTÃO EM SAÚDE DO AMAZONAS

SEGEAM – SUSTENTABILIDADE, EMPREENDEDORISMO E GESTÃO EM


E DO AMAZONAS

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SEGEAM – SUSTENTABILIDADE, EMPREENDEDORISMO E GESTÃO EM
SAÚDE DO AMAZONAS

Setor: Gestão da Qualidade e Projetos Data da Elaboração: 16/09/2021


Versão: 01 Data da Revisão: 16/09/2022
Enf Heidy Mota
Ingrid Myrian Lira Benzecry
ELABORADO POR:

Secretária Executiva de Gestão de Pessoas


ADRIANA MACEDO

Núcleo de Segurança do Paciente – NSP


Anathuza Veiga Trindade

COMISSÃO BIOSSEGURANÇA

Heidy Mota – Enfermeira responsável


Amarilda Ribeiro – Enfermeira (HPS João Lúcio)
Bruno Pinto Metelis – Enfermeiro ( HPS 28 DE AGOSTO)
Valério Paes – Enfermeiro (Maternidade Nazira Daou)
Valeska Cunha – Enfermeira (HSP 28 de Agosto)
Jessica dos Santos da Silva – Cuidadora (SRT – Lar Rosa Blaya)
Paloma da Silva Costa – Técnica de Segurança do Trabalho (SESMT)
David Reis – Nutricionista (Pé Diabético)
Aline Padilha – Psicóloga (Pé Diabético)

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GLOSSÁRIO

Acidente: Evento ou sequência de eventos de ocorrência anormal, que


resulta em consequências indesejadas, ou algum tipo de perda, dano ou
prejuízo pessoal, ambiental ou patrimonial.
Aerossol: Conjunto de pequeninas massas líquidas ou sólidas que podem se
locomover pelo ar ou se tornar aéreas por força de um processo físico.
Partículas sólidas ou líquidas de tamanho microscópico dispersas em meio
gasoso.
AIDS: Síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) é a doença infecciosa
que mais mata no mundo. Compromete o funcionamento do sistema
imunológico, impedindo-o de executar sua tarefa de proteger o organismo
contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus e parasitas) e contra
células cancerígenas. Com o progressivo comprometimento do sistema
imunológico, o corpo humano se torna cada vez mais susceptível a tipos raros
de cânceres (sarcoma de Kaposi e o linfoma cerebral) e às doenças
oportunistas - dessas, a pneumonia provocada pelo protozoário Pneumocystis
carinii é a mais comum.
Biossegurança: É a condição de segurança alcançada por um conjunto de
ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às
atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal e o
meio ambiente. Conjunto de medidas voltadas para prevenção, minimização
ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem
comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
Descarte: Fase do manejo interno de resíduos que se destina a desprezar os
resíduos conforme a sua classificação em recipientes adequados a cada grupo
de resíduo.
Disposição final: Fase do manejo externo de resíduos que implica no
destino que se dá aos resíduos que não têm mais serventia. Normalmente é
o aterro sanitário ou vala séptica, com exceção da disposição final dos rejeitos
radioativos que deve ser feita em instalação especial.
EAS: Estabelecimento Assistencial de Saúde.

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EPC: Equipamento de Proteção Coletiva são equipamentos de uso coletivo,
utilizados para prevenir e/ou minimizar acidentes (extintores de incêndio,
lava-olhos, etc.)

EPI: Equipamento de Proteção Individual é todo dispositivo ou produto, de


uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
FMT-HVD: Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado,
considerada centro de referência nacional e mundial para o tratamento de
enfermidades tropicais.
Imunização: Processo de tornar imune. Divide-se em ativa e passiva. Na
imunização ativa o próprio hospedeiro adquire a resistência pela formação de
anticorpos; essa pode ser natural (caso de infecção acompanhada ou não de
sintomas) ou artificial (vacinação). Em geral é de duração mais longa que a
imunização passiva. Nessa, o indivíduo adquire imunidade pela administração
de anticorpos específicos formados no organismo de outro animal ou
pessoa. Pode também ser natural (anticorpos maternos) ou artificial (soros
hiper imunes, soro de convalescentes, gamaglobulina).
Material Biológico: Todo material que contenha informação genética e seja
capaz de autorreprodução ou de ser reproduzido em um sistema biológico.
Inclui os organismos cultiváveis e microrganismos (incluindo as bactérias,
fungos filamentosos, leveduras e protozoários); as células humanas, animais
e vegetais, as partes replicáveis destes organismos e células (bibliotecas
genômicas, plasmídeos, vírus e fragmentos de DNA clonado) e os organismos
ainda não cultivados, assim como os dados associados a estes organismos –
informações moleculares, fisiológicas e estruturais referentes ao material
biológico (In: Working Party on Biotechnology, da Organização da
Cooperação para o Desenvolvimento Econômico – OCDE – fevereiro de 2001).
Plano de Gerenciamento de Resíduos: É um documento que aponta e
descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, na geração,
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,
tratamento e disposição final, bem como ações de proteção à saúde pública e
ao ambiente.
Resíduo Comum: É aquele assemelhado ao resíduo sólido urbano,
compreendendo os resíduos sólidos comuns recicláveis e não recicláveis, que

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não mantiveram nenhum contato com contaminantes químicos, biológicos ou
radioativos.

Resíduo Infectante: Resíduo que pode causar uma infecção ou transmissão


de doenças.
Resíduo Perfurocortante: Aqueles resíduos que tem ponta e gume, que
perfura e corta ao mesmo tempo. Enquadram-se neste grupo: lâminas de
bisturi, de aparelho de barbear, agulhas, ampolas de vidro, vidrarias,
lancetas, escalpes e outros assemelhados; contaminados ou não por agentes
químicos e/ou biológicos e/ou radioativos.
Resíduo Químico: É aquele resíduo que apresenta risco à saúde humana,
animal e ao ambiente devido às suas características químicas, físicas e físico-
químicas. Enquadram- se neste grupo, dentre outros os fármacos vencidos,
contaminados, interditados, parcialmente utilizados e demais medicamentos
impróprios para consumo; mercúrio de amálgamas e outros resíduos de
metais pesados; saneantes e domissanitários; líquidos reveladores de filmes;
antimicrobianos e hormônios sintéticos; drogas quimioterápicas e materiais
descartáveis por elas contaminados; cosméticos; reagentes e kits, vencidos
e restos; materiais perfurocortantes contaminados por agentes químicos;
outros produtos químicos que apresentem risco à saúde humana, animal e
ao ambiente. Resíduos de Serviços de Saúdes (RSS): Resíduos resultantes
das atividades exercidas por estabelecimento gerador, classificado de acordo
com regulamento técnico da ANVISA sobre gerenciamento de resíduos de
serviços de saúde.
Resíduos Sólidos: Resíduos sólidos ou combinações destes. São aqueles
que por sua quantidade, concentração, estado físico, químico ou
características infecciosas, possam causar ou contribuir de forma significativa
para aumentar a mortalidade ou incrementar doenças incapacitantes ou
irreversíveis. Pode, ainda, apresentar risco potencial para a saúde humana
ou ambiente, quando impropriamente tratado, armazenado ou transportado.
Riscos de Acidentes: Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação
de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral.
Vacina: Preparação contendo micro-organismos vivos ou mortos ou suas
frações, possuidora de propriedades antigênicas. As empregadas para induzir
em um indivíduo a imunidade ativa e específica contra um micro-organismo.

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Sumário
1.INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 7
2.CONCEITOS ................................................................................................................................. 8
3. DIRETRIZES ............................................................................................................................... 9
4. PRINCIPAIS ATIVIDADES DO COMITÊ....................................................................... 10
5. FLUXO DE TRABALHO DO COMITÊ ................................................................................ 11
6. PRINCÍPIOS DA BIOSSEGURANÇA ............................................................................... 12
6.1.1 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ................................................................................................... 12
6.1.2 LAVAGEM DAS MÃOS, SEGUNDO MINISTÉRIO DA SAÚDE ..................................................... 13
6.2 USO CORRETO DOS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA. ............................................................. 14
6.2.1 LUVAS .................................................................................................................................. 14
6.2.2 MÁSCARAS ........................................................................................................................... 16
6.2.3 ÓCULOS DE SEGURANÇA ...................................................................................................... 17
6.2.4 JALECO ................................................................................................................................. 17
6.2.5 GORRO ................................................................................................................................. 18
6.2.6 CALÇADOS FECHADOS ......................................................................................................... 18
6.2.7 PRO PÉ ................................................................................................................................. 18
6.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA ................................................................................ 19
6.4 IMUNIZAÇÃO ............................................................................................................................ 20
7. PARAMENTAÇÃO E DESPARAMENTAÇÃO DE EPI ................................................... 22
7.1 PARAMENTAÇÃO E DESPARAMENTAÇÃO DE AVENTAL................................................................ 22
7.2 PARAMENTAÇÃO E ESPARAMENTAÇÃO DE GORRO .................................................................... 22
7.3 PARAMENTAÇÃO E DESPARAMENTAÇÃO DO ÓCULO E DO PROTETOR FACIAL ............................ 22
7.4 PARAMENTAÇÃO E DESPARAMENTAÇÃO DE MÁSCARA CIRURGICA ........................................... 23
7.5 PARAMENTAÇÃO E DESPARAMENTAÇÃO DA MÁSCARA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA ........... 23
7.6 PARAMENTAÇÃO E DESPARAMENTAÇÃO DA LUVA..................................................................... 24
8. IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS NOS LOCAIS DE TRABALHO ............................. 24
8.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCO PARA ACIDENTES COM MATERIAL PERFUROCORTANTE 24
8.2 PRIORIDADES PARA A PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES ........................ 26
8.3 REGISTRO E NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTE COM MATERIAL PERFURO CORTANTE. ..................... 26
8.4 MEDIDAS DE CONTROLE DE ENGENHARIA ................................................................................ 26
8.5 PROCEDIMENTOS PARA DIMINUIR O RISCO DE TRANSMISSÃO AÉREA ......................... 27
8.6 PROCEDIMENTOS PARA DIMINUIR O RISCO DE TRANSMISSÃO PORSANGUE E OUTROS
FLUIDOS ORGÂNICOS ...................................................................................................................... 27
8.7 PROCEDIMENTOS PARA DIMINUIR O RISCO DE TRANSMISSÃO PELO CONTATO DIRETO OU
INDIRETO COM O PACIENTE: ........................................................................................................... 27
8.8 CONDUTA PÓS EXPOSIÇÃO ...................................................................................................... 27
10.PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
(PGRSS– RDC Nº 222/2018) ................................................................................................ 29
11. SERVIÇO PÉ DIABÉTICO ................................................................................................. 34
11.1 DEFINIÇÃO FERIDAS ............................................................................................................. 34
11.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................ 34
11.3 FINALIDADE DO CURATIVO: .................................................................................................. 34
11.4 DE ACORDO COM A RESOLUÇÃO Nº0501/2015 COMPETE AO ENFERMEIRO GENERALISTA:
........................................................................................................................................................ 35
11.6 PADRÃO DE CURATIVOS ........................................................................................................ 37
REFERÊNCIAS............................................................................................................................... 43

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1.INTRODUÇÃO

O Manual de Biossegurança é parte integrante do Sistema de Gestão da


Qualidade implantado na Associação SEGEAM, como forma de agregar valor à
qualidade do Serviço Prestado, obter resultados confiáveis e garantir a segurança dos
funcionários, paciente e meio ambiente. Esse Manual contém as políticas e
procedimentos necessários para assegurar o cumprimento das Normas de
Biossegurança em toda abrangência Hospitalar e nas demais dependências que se
fizerem necessário.
Este manual tem como objetivo principal difundir os conhecimentos sobre
a biossegurança como parte da postura profissional de uma categoria que, além dos
riscos biológicos, estão expostos a riscos físicos, químicos e ergonômicos.
O conhecimento permite melhoria da qualidade do trabalho, maior
produtividade, menor custo e, sobretudo o exercício da cidadania, assumindo a
responsabilidade para com a sua integridade e com a do paciente.
Pretende-se oferecer subsídios para uma ação integrada entre
profissionais de saúde e, em segurança do trabalho visando reduzir riscos de
exposição a material biológico e aquisição de agravos infecciosos.

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2.CONCEITOS

A biossegurança, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância


Sanitária (ANVISA), é definida com a “condição de segurança alcançada por
um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar
riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana,
animal e o meio ambiente”.
Para que esse objetivo seja cumprido, Medidas de Controle do Risco
específicas para cada atividade são adotadas para que assim possam diminuir
a situação dos riscos ocupacionais iminentes. Tais riscos podem ser tanto
operacionais (riscos de acidente), comportamentais (químicos, físicos,
biológicos e ergonômicos).

BIOSSEGURANÇA

bio, do grego bios, que significa VIDA e SEGURANÇA que


se refere à qualidade de ser ou estar seguro, livre de danos.

SEGURANÇA DA VIDA

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3. DIRETRIZES

As Orientações gerais deste Plano de Biossegurança deverão ser adequadas


às especificidades de cada Unidade onde a Associação SEGEAM estiver prestando
serviço, considerando que sua execução é de responsabilidade individual e coletiva.
As Unidades Hospitalares e demais setores devem nomear sua Comissão Local
de Biossegurança, que deverá planejar na sua Unidade medidas quanto as
atividades.

A ASSOCIAÇÃO SEGEAM, juntamente com o Dirigente das Unidades, serão


responsáveis por:

 Adequar o Plano de Biossegurança para sua Unidade;


 Supervisionar o cumprimento das ações do Plano de Biossegurança;
 Implementar medidas que ampliem a confiança, a segurança biológica e minimizem
danos à saúde causados por agentes biológicos.
 Prover procedimentos seguros, tanto no que se refere aos serviços de saúde,
quanto prover a segurança aos profissionais e usuários expostos a estes agentes.

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4. PRINCIPAIS ATIVIDADES DO COMITÊ

I. Promover a conscientização na redução dos riscos e danos potenciais à saúde, seja


na proteção do meio-ambiente pela manipulação e descarte de resíduos químicos,
tóxicos e infectantes;
II. Promover ações voltadas à prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes
às atividades prestadas na instituição;
III. Monitoramento por meio de outras comissões que fiscalizam as atividades
laboratoriais e controle de risco (saúde humana e ambiente), como a Comissão de
Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde, Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, entre outras.

Para a realização dos trabalhos da comissão, os membros da Associação


SEGEAM deverão ser dispensados de suas atividades assistenciais por tempo a ser
definido pela Diretoria. O tempo mínimo de dedicação por membro será definido pela
Diretoria Técnica, de acordo com as necessidades e perfil da ASSOCIAÇÃO SEGEAM.
O mandato desta Comissão de Biossegurança será indeterminado, podendo
ser substituído a qualquer tempo quando a Superintendência achar conveniente, ou
por justificativa pertinente.
As atribuições da Comissão são de promover e desenvolver, de forma
articulada com todos os setores do hospital, ações coletivas que permitam a partir
da problematização do processo e da qualidade do trabalho, identificar as
necessidades de qualificação dos profissionais.
O Presidente, Vice-Presidente e o secretário serão escolhidos através de
votação simples dos membros da comissão.

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5. FLUXO DE TRABALHO DO COMITÊ

I. Analisar e emitir parecer sobre assuntos relativos a biossegurança que lhe forem
enviados;
II. Sugerir normas para melhorias na biossegurança na Associação Segeam;
III. Realizar visitas inspecionais nos setores no objetivo de identificar
situações/problemas;
IV. Normatizar e fiscalizar as ações de biossegurança na Associação Segeam;
V. Monitorar por meio de outras comissões que fiscalizam as atividades laboratoriais e
controle de risco (saúde humana e ambiente), como a Comissão de Gerenciamento
de Resíduos em Serviços de Saúde, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar,
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, entre outras;
VI. Criar instruções necessárias para melhorar a qualidade das informações sobre
biossegurança.
VII. Zelar pelo sigilo ético das informações;
VIII. Emitir parecer técnico ou relatório quando solicitado pelas demais comissões ou outro
serviço interessado;
IX. Assessorar a Direção Técnica ou Clínica da Instituição em assuntos de sua
competência;
X. Definir anualmente metas de melhorias e suas estratégias, sempre buscando a
qualidade com atuação de educação permanente;
XI. Desenvolver atividades de caráter técnico - científico com fins de subsidiar
conhecimentos relevantes à instituição.

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6. PRINCÍPIOS DA BIOSSEGURANÇA

6.1.1 Higienização das mãos

Lavar as mãos frequentemente é, isoladamente, a ação mais importante para


a prevenção do risco de transmissão de microrganismos para clientes, pacientes e
profissionais de saúde.
As mãos devem ser lavadas:
I. Antes e após atividades que eventualmente possam contaminá-las;
II. Ao início e término do turno de trabalho entre o atendimento a cada paciente;
III. Antes de calçar luvas e após a remoção das mesmas;
IV. Quando as mãos forem contaminadas (manipulação de material biológico e/ou
químico) em caso de acidente.

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6.1.2 Lavagem das mãos, segundo ministério da saúde

Fonte: Ministério da Saúde, 2013

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6.2 Uso correto dos equipamentos de segurança.

EPI – Equipamento de Proteção Individual: São elementos de contenção de


uso individual utilizados para proteger o profissional do contato com agentes
biológicos, químicos e físicos no ambiente de trabalho. Servem, também, para evitar
a contaminação do material em experimento ou em produção. Desta forma, a
utilização do equipamento de proteção individual torna-se obrigatória durante todo
atendimento/procedimento.

6.2.1 Luvas
As luvas devem ser utilizadas para prevenir a contaminação da pele, das mãos
e antebraços com material biológico, durante a prestação de cuidados e na
manipulação de instrumentos e superfícies. Deve ser usado um par de luvas exclusivo
por usuário, descartando-o após o uso. O uso das luvas não elimina a necessidade
de lavar as mãos. A higienização das mãos deve ser realizada antes e depois do uso
das luvas, uma vez que estas podem apresentar pequenos defeitos, não aparentes
ou serem rasgadas durante o uso, provocando contaminação das mãos durante a sua
remoção. Além disso, os micro-organismos multiplicam-se rapidamente em
ambientes úmidos.
I. Sempre verificar a integridade física das luvas antes de calçá-las;
II. Não lavar ou desinfetar luvas de procedimento ou cirúrgicas para reutilização.
O processo de lavagem pode ocasionar dilatação dos poros e aumentar a
permeabilidade da luva, além disso, agentes desinfetantes podem causar
deterioração;
III. As luvas não devem ser utilizadas fora do local de trabalho (clínicas,
consultórios, laboratórios e blocos cirúrgicos) a não ser para o transporte de
materiais biológicos, químicos, estéreis ou de resíduos;

IV. Nunca tocar objetos de uso comum ou que estão fora do campo de trabalho
(caneta, fichas dos usuários, maçanetas, telefones) quando estiver de luvas
e manuseando material biológico potencialmente contaminado ou substâncias
químicas.

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6.2.2 Máscaras
EPI indicado para a proteção das vias respiratórias e mucosa oral durante
a realização de procedimentos com produtos químicos e em que haja possibilidade
de respingos ou aspiração de agentes patógenos eventualmente presentes no sangue
e outros fluidos corpóreos. A máscara deve ser escolhida de modo a permitir proteção
adequada. Portanto, use apenas máscara de tripla proteção e quando do atendimento
de pacientes com infecção ativa, particularmente tuberculose, devem ser usadas
máscaras especiais, tipo N95 (refere-se à capacidade para filtrar partículas maiores
que 0,3μm com uma eficiência de 95%), N99 ou N100.

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6.2.3 Óculos de segurança
Devem ser usados em atividades que possam produzir respingos e/ou
aerossóis, projeção de estilhaços pela quebra de materiais, bem como em
procedimentos que utilizem fontes luminosas intensas e eletromagnéticas, que
envolvam risco químico, físico ou biológico. Após sua utilização, lavar com água e
sabão. No caso de trabalho com agentes biológicos, utilizar solução desinfetante -
hipoclorito a 0,1%. O uso de solução alcoólica pode danificar os óculos.

6.2.4 Jaleco

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6.2.5 Gorro

6.2.6 Calçados fechados

6.2.7 Pro pé

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6.3 Equipamentos de proteção coletiva

As medidas de proteção coletiva visam controlar os perigos, criando uma barreira


entre o trabalhador e a fonte de risco. Em sua maioria, são inerentes à própria
instalação ou processo de trabalho e abrangem o coletivo dos profissionais, usuários
e terceiros expostos à mesma condição (BRASIL, 2019).

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6.4 Imunização

As imunizações reduzem o risco de infecção e, por conseguinte, protegem,


não apenas a saúde dos componentes da equipe, mas também a de seus clientes e
familiares.
Todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
são fornecidas de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) (OPAS/OMS,
2020). A vacinação deve obedecer às recomendações específicas do Programa
Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde e deve ser registrada no
prontuário clínico individual do profissional (BRASIL, 2020-1).
Apesar da importância da imunização na proteção da saúde, não se pode
negligenciar os demais cuidados, uma vez que não existem vacinas para todos os
tipos de doenças infecciosas. Para os profissionais de saúde, de acordo com a
Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), são recomendadas as vacinas
no Quadro 21, as quais requerem um acompanhamento e controle rigoroso de
imunização (ANAMT, 2020).
Destaca-se que o esquema de vacinação deve iniciar o mais precocemente
possível, caso ainda esteja incompleto, a partir do ato da contratação.

TABELA – ESQUEMA VACINA

Fonte: CGPNI-MS / SESA-ES

NA CAMPANHA DE VACINAÇÃO DO SESI SAÚDE SÃO DESTINADAS VACINA GRIPE


(INFLUENZA) QUADRIVALENTE

INFLUVAC TETRA 0.5ML PFS VACCINE

Apresentação é monodose, ou seja, em seringas prontas com doses individuais, a


vacina não contém conservantes. Já a apresentação multidose, como acontece com
outras vacinas, contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.

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Podem conter traços de formaldeído e antibióticos (geralmente gentamicina ou
neomicina), utilizados durante a fabricação para prevenir contaminação por germes.
Também contém cloreto de sódio e água para injeção.

I. INDICAÇÃO
Para todas as pessoas a partir de 3 anos de vida, principalmente aquelas de maior
risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da
doença, também é seguro em todas as fases da gravidez e durante a amamentação.

II. CONTRAINDICAÇÃO:
Pessoas com alergia grave (anafilaxia), a algum componente da vacina ou a dose
anterior.

III. VIA DE APLICAÇÃO: Intramuscular.

IV. Cuidados antes, durante e após a vacinação:


 Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
 Pessoas com história de alergia grave ao ovo de galinha, com sinais de anafilaxia,
devem receber vacina em ambiente com condições de atendimento de reações
anafiláticas e permanecer em observação por pelo menos 30 minutos.
 No caso de história de síndrome de Guillain-Barré (SGB) até seis semanas após a
dose anterior da vacina, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o risco-
benefício antes de administrar nova dose.
 Excetuando os casos aqui citados, não são necessários cuidados especiais antes da
vacinação.
 Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos
pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
 Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao
serviço que a realizou.
 Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas
(dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

V. EFEITOS E EVENTOS ADVERSOS:


 Manifestações locais como dor, vermelhidão e endurecimento ocorrem em 15% a
20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48
horas.
Manifestações sistêmicas também são benignas e breves. Febre, mal-estar e dor
muscular acometem 1% a 2% dos vacinados. Têm início de seis a 12 horas após a
vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em
que tomam a vacina. Reaç raríssimas

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7. PARAMENTAÇÃO E DESPARAMENTAÇÃO DE EPI
7.1 paramentação e desparamentação de avental

7.2 paramentação e esparamentação de gorro

7.3 paramentação e desparamentação do óculo e do protetor facial

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7.4 Paramentação e desparamentação de máscara cirurgica

I. Utilize o clipe nasal como referência para identificar a parte superior;


II. Coloque a máscara em seu rosto e prenda as alças atrás da cabeça, mantendo-
as paralelas;
III. Aperte o clip nasal ou a borda rígida da máscara para que ela se adapte ao formato
do seu nariz;
IV. Puxe a parte inferior da máscara para que ela cubra sua boca e seu queixo;
V. Removo-a segurando as alças inferiores e depois as alças ou elásticos superiores;
VI. Descarte em uma lixeira;
VII. Higienize suas mãos.

7.5 Paramentação e desparamentação da máscara de proteção respiratória

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7.6 Paramentação e desparamentação da luva

8. IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS NOS LOCAIS DE TRABALHO

8.1 identificação das áreas de risco para acidentes com material perfurocortante

Conforme determina o Anexo III da NR 32, o Plano de Prevenção de Riscos


de Acidentes com Materiais Perfuro cortantes deve analisar as situações de risco
e acidentes com materiais perfuro cortantes que possuem maior probabilidade de
transmissão de agentes biológicos veiculados pelo sangue.
A NR 32 tem a importante missão de nortear e facilitar as ações de controle,
ajustes e monitoramento por parte dos gestores dos EAS, apontando os caminhos

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para se obter um trabalho centrado na segurança e nos cuidados com seus
colaboradores.
É a Norma que considera risco biológico à provável exposição a agentes biológicos.
Considera-se Risco Biológico a probabilidade da exposição ocupacional a agentes
biológicos.

As áreas de risco consideradas nas unidades Estas situações são consequentes de:
são todos os locais e postos de trabalho do Falta de atenção;
profissional de saúde.  Pressa;
As situações de maior ocorrência  de Movimento inesperado do paciente ou de outro
acidentes são: profissional que esteja auxiliando no procedimento;
 Descarte inadequado do material sem  Passagem incorreta do material durante o
equipamento de proteção individual (EPI); procedimento;
 Reencape de agulha;  Agulha desprotegida na mesa clínica e/ou cirúrgica;
 Limpeza e secagem do material;  Ausência do uso de EPI.
 Transporte inadequado do material;
 Recolhimento de material
perfurocortante em superfície fixa, piso e
bancadas.

Para amortização e redução dos riscos que vimos aqui, algumas medidas
Foram criadas sendo algumas com maior prioridade, outras com menor. Essa
lista de prioridades é conhecida por Hierarquia de Controle (HOC).
Existem três áreas nas quais as Medidas de Controle do Risco podem ser
aplicadas. São elas:
 Na origem do contaminante (Fonte)
 Ao longo do percurso entre a origem e o trabalhador (Ambiente)
 No receptor (Trabalhador).

Medidas de Biossegurança Genericamente – ações que contribuem para a


segurança da vida dia a dia no dia a dia das pessoas.

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8.2 Prioridades para a prevenção de acidentes com perfurocortantes

Medidas de Eliminação (Fonte): Essa medida prevê a eliminação da


condição perigosa que coloca em risco o trabalhador. Por exemplo,
substituir o uso de agulhas e outros perfurocortantes, usar agulhas de
sutura cegas/rombas, quando for tecnicamente possível;

Medidas de Substituição ou Minimização (Fonte): Substituir o agente de


risco perigoso por outro menos agressivo ou, ainda, adotar o uso de
material perfurocortante com dispositivo de segurança, quando existente,
disponível e tecnicamente possível;

Medidas de Controles (Ambiente): Mudança na estrutura do local de


trabalho do profissional e ainda, adotar controles de engenharia no
ambiente (por exemplo, coletores de descarte);

Medidas de Sinalização (Ambiente): Um exemplo para esta medida é a


mudança nas práticas de trabalho e, ainda, anunciar verbalmente ao passar
perfurocortantes, evitar a passagem de perfurocortantes de mão em mão
etc.;

Medidas Administrativas (Ambiente e Trabalhador): Aqui entram os


treinamentos e ensinamentos (educação continuada) para a execução do
trabalho. Também estão inclusas as estratégias e/ou alternativas para o
uso de EQUIPAMENTOS de SEGURANÇA - EPI’s.

8.3 Registro e notificação de acidente com material perfuro cortante.

Avaliação do acidente deve ocorrer imediatamente após o fato e, inicialmente,


basear-se em uma adequada anamnese, caracterização do paciente fonte, análise do
risco, notificação do acidente e orientação de manejo e medidas de cuidado com o
local exposto. A exposição ocupacional a material biológico deve ser avaliada quanto
ao potencial de transmissão de HIV, HBV e HCV com base nos seguintes critérios:

I. Tipo de exposição;
II. Tipo e quantidade de fluido e tecido;
III. Situação sorológica da fonte;
IV. Situação sorológica do acidentado;
V. Susceptibilidade do profissional exposto.

A monitoração dos acidentes está fundamentada nos indicadores do acidente


contidas no formulário da notificação do acidente:

I. tipo de material biológico;


II. tipo de exposição;
III. local de lesão;
IV. agente do acidente;
V. circunstâncias do acidente;
VI. fonte /origem do acidente;
VII. uso de EPI’s;
VIII. situação vacinal – status sorológico do acidentado.

8.4 Medidas de controle de engenharia

A proteção se faz presente tanto para preservar os profissionais quanto os pacientes.

26
Para tanto, normas e procedimentos precisam ser seguidos à risca, a fim de
prevenirmos doenças e acidentes no trabalho. Nesse sentido, tais medidas são
um esforço de equipe. Elas promovem a qualidade do atendimento, além de serem
imprescindíveis para a eficácia dos tratamentos. São exemplos importantes
de biossegurança na enfermagem: Uso Correto de EPI’s, Higienização das Mãos,
Manipulação Correta dos Materiais, Descarte adequado de EPI’s e demais Resíduos
Hospitalares e Imunização por meio de vacina

8.5 Procedimentos para diminuir o risco de transmissão aérea

I. Manter o ambiente ventilado;


II. Usar exaustores com filtro HEPA;
III. Usar máscaras de proteção respiratórias;
IV. Usar óculos de proteção;
V. Evitar contato dos profissionais suscetíveis com pacientes suspeitos de sarampo,
varicela, rubéola e tuberculose;

8.6 Procedimentos para diminuir o risco de transmissão por sangue e outros fluidos
orgânicos

I. Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos;


II. Não utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que
envolvam materiais perfurocortantes;
III. Não reencapar, entortar, quebrar ou retirar as agulhas das seringas com as mãos;
IV. Não utilizar agulhas para fixar papéis;
V. Desprezar todo material perfurocortante, mesmo que estéril em recipiente com
tampa e resistente a perfuração;
VI. Colocar os coletores específicos para descarte de material perfurocortante próximo
ao local onde é realizado o procedimento e não ultrapassar o limite de dois terços de
sua capacidade total;
VII. Usar EPI completo;
VIII. Seguir as orientações do PGRSS

8.7 Procedimentos para diminuir o risco de transmissão pelo contato direto ou


indireto com o paciente:

I. Usar EPI completo;


II. Higienizar as mãos;
III. Manter os cabelos presos e evitar adornos durante o atendimento clínico (brincos,
relógios, pulseiras);
IV. Promover adequadamente a desinfecção das superfícies e esterilização dos artigos
contaminados.

8.8 Conduta pós exposição

Mantenha a calma. As quimioprofilaxias contra HBV e HIV devem ser iniciadas


até duas horas após o acidente;
Lave exaustivamente com água e sabão o ferimento ou a pele exposta ao
sangue ou fluido orgânico. Lave as mucosas com soro fisiológico ou água em
abundância; não provoque maior sangramento do local ferido e não aumente a área
lesada, a fim de minimizar a exposição ao material infectante. O uso de antissépticos
tópicos ou álcool 70% pode ser adotado. Não é recomendada a utilização de agentes
irritantes (éter ou hipoclorito de sódio) ou injeção de antissépticos;
Realizar procedimentos de primeiros socorros básicos (se necessário);
Encaminha colaborador a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira
Dourado - FMT/HVD.

27
FLUXOGRAMA DE ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

28
10.PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
(PGRSS– RDC nº 222/2018)

O Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde deverá ser


realizado e implementado pelos servidores responsáveis pelo gerenciamento de cada
unidade de saúde da rede estadual. A Associação SEGEAM se enquadra como
geradora de resíduos comuns equiparados aos resíduos domiciliares. Sendo de
responsabilidade dos colaboradores da sede da Associação SEGEAM cumprirem o
disposto no Plano de Disposição de Resíduos da Sede, destacando-se a disposição
correta, conforme classificação do resíduo gerado.
Considerando a possibilidade e relevância da atuação do enfermeiro no âmbito
do gerenciamento de resíduos nos serviços de saúde, Qual é o papel do enfermeiro
no gerenciamento de resíduos nos serviços de saúde?
Esse manual se destaca dar visibilidade ao papel do enfermeiro no
Gerenciamento de Resíduos no Serviço de Saúde (RSS) e à importância deste. Sendo
assim, o conhecimento produzido pode contribuir para que profissionais sejam
sensibilizados a implementarem o gerenciamento de resíduos nos seus serviços, bem
como refletirem sobre a importância do processamento adequado do lixo no âmbito
as unidades de saúde e de que maneira o enfermeiro pode contribuir nesse processo.
O enfermeiro é o profissional mais habilitado para executar o programa de
gerenciamento, já que atua em situações de assistência, gerência e educação
permanente e continuada. Por conta disso, é necessário um olhar crítico para detectar
e solucionar problemas no sentido de alcançar a segurança do cliente.
O enfermeiro encontra-se mais habilitado para executar a tarefa de gerenciar
os resíduos, dentre todos os profissionais que compõem a equipe de saúde. Esse
profissional articula-se com os demais atuando, tanto em situações terapêuticas
quanto naquelas gerenciais, inclusive, participando das negociações das políticas
institucionais. É necessário que o enfermeiro tenha olhar crítico no seu ambiente de
trabalho detectando os problemas e solucionando-os, ganhando assim a credibilidade
de sua equipe de trabalho e dos clientes e alcançando seu objetivo que é a segurança
e proteção do cliente .
A elaboração, implementação e desenvolvimento do PGRSS deve englobar
todos os setores da instituição hospitalar, com observação nas características de cada
ambiente e, a partir daí, determinar as ações relacionadas ao plano. É necessário
considerar o grau de periculosidade que os resíduos apresentam. Esse grau se
relaciona com as propriedades físicas, químicas e infectocontagiosas que promove
risco à saúde e/ou ao meio ambiente

29
O PGRSS, quando elaborado levando em consideração a realidade do hospital, torna
possível gerenciar os resíduos determinando as etapas que eles devem seguir, desde
sua geração até sua destinação final. Sendo assim, os hospitais devem adaptar seus
processos para que as etapas ocorram de forma correta. Todos os grupos de resíduos
hospitalar podem causar alterações ao meio ambiente, sendo estas de complexidades
diferentes, conforme seu grupo .
Para elaborar um PGRSS, deve-se levar em consideração as características e
o volume dos resíduos gerados e determinar as fases do processo, ou seja,
segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento
intermediário, armazenamento temporário, tratamento, armazenamento externo,
coleta e transporte externo e destinação final .
A partir da implantação do PGRSS, os estabelecimentos têm o prazo de um
ano para se adaptarem às normas. Frente a esta situação, afirma que o papel do
enfermeiro se resume em quatro etapas, expostas e justificadas no quadro abaixo:

TABELA - PAPEL DO ENFERMEIRO NA ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PGRSS

ETAPAS JUSTIFICATIVAS

I - Verificar os setores geradores de Conhecer o trabalho realizado e


resíduos identificar os problemas de cada setor

Diminuir o custo dos materiais


utilizados na instituição e minimizar
contaminação entre funcionários e
II - Elaborar, executar e avaliar o Plano
clientes; prevenir os funcionários dos
de Gerenciamento de Resíduos de
riscos potenciais decorrentes do
Serviços de Saúde (PGRSS)
manuseio dos resíduos, com o pessoal
da coleta; proteger o trabalhador de
doenças ocupacionais.

III - Dimensionar a área física; prever e


Oferecer condições necessárias para a
promover os recursos e materiais
segurança do processo de manejo dos
necessários para garantia da qualidade
RSS.
do PGRSS.

IV - Promover educação continuada Fazer com que os funcionários


com os funcionários dos setores tenham sempre conhecimento da
geradores do RSS. importância da manipulação correta
dos RSS.

30
De acordo com a RDC ANVISA nº 222/18, é possível reconhecer
quatro tipos de resíduos frequentemente produzidos. São eles:

Fonte: BRASIL (2006) e ANVISA (2018)

31
DESCRIÇÃO DE ACONDICIONAMENTO E TRATAMENTO DOS RESÍDUOS

Fonte: Brasil (2006) e ANVISA (2018)

Por fim, o enfermeiro devidamente capacitado consegue desenvolver ações que


visem à prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde tanto a nível
individual quanto coletivo, além de administrar a assistência aos pacientes
preocupando-se com os resíduos geradores de suas atividades, objetivando
32
minimizar riscos de infecções cruzadas e ambientais à saúde de seus profissionais e
clientes .
Conhecer as etapas do manejo de resíduos dos serviços de saúde, desde a
sua geração até seu ordenamento final, faz com que os profissionais de enfermagem
atuem em busca de melhorias no processo de gerenciamento de RSS.
que visem à prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde tanto a nível
individual quanto coletivo, além de administrar a assistência aos pacientes
preocupando-se com os resíduos geradores de suas atividades, objetivando
minimizar riscos de infecções cruzadas e ambientais à saúde de seus profissionais e
clientes .
Conhecer as etapas do manejo de resíduos dos serviços de saúde, desde a
sua geração até seu ordenamento final, faz com que os profissionais de enfermagem
atuem em busca de melhorias no processo de gerenciamento de RSS.

33
11. SERVIÇO PÉ DIABÉTICO

O Programa Pé Diabético é desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde


do Amazonas (Ses) e executado pela Associação SEGEAM (Sustentabilidade,
Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas) em quatro policlínicas de
Manaus. Conta com um serviço ambulatorial de atendimento multidisciplinar em
saúde, com o objetivo de evitar hospitalização de pacientes com lesões provocadas
por complicações decorrentes de doença crônicas, como o diabetes, além de
estimular a melhoria da qualidade de vida.

11.1 Definição Feridas

Feridas são definidas como a perda da solução de continuidade do tegumento,


representadas não apenas pela ruptura da pele e do tecido celular subcutâneo, mas
também, em alguns casos músculos, tendões e ossos. Podem ser classificadas quanto
à etiologia, complexidade e tempo de evolução.
O tratamento das feridas cutâneas é dinâmico e depende, a cada momento,
da evolução das fases de cicatrização. O curativo é o tratamento clínico mais
frequentemente utilizado para o tratamento de feridas. A escolha do material
adequado para o curativo decorre do conhecimento fisiopatológico e bioquímico da
reparação tecidual.
Curativo é a proteção da lesão contra a ação de agentes externos físicos,
mecânicos ou biológicos. É um meio que consiste na limpeza e aplicação de uma
cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com a finalidade de promover a
rápida cicatrização e prevenir a contaminação e infecção. Se pensarmos no termo
ferida, veremos o quão abrangente ele é. Como parte de qualquer curativo seja bem
sucedido é preciso saber, em primeiro lugar, o que causou a lesão a ser tratada ou a
impede de cicatrizar.

11.2 Objetivos

I. Orientar a pratica da equipe de enfermagem nos cuidados com as feridas e


realização dos curativos;
II. Informar sobre as coberturas padronizadas e suas finalidades;
III. Auxiliar os profissionais de enfermagem na escolha da cobertura adequada para cada
tipo de ferida.

11.3 Finalidade do curativo:

I. Remover corpos estranhos;


II. Reaproximar bordas separadas;
III. Proteger a ferida contra contaminação e infecções;
IV. Promover hemostasia;
V. Fazer desbridamento mecânico, enzimático ou autolítico removendo tecido necrótico;
VI. Reduzir o edema, absorver exsudato e edema;
VII. Manter a umidade da superfície da lesão;
VIII. Fornecer isolamento térmico;
IX. Promover a cicatrização da lesão, limitar a movimentação dos tecidos em torno da
lesão;
X. Diminuir a intensidade da dor, além do conforto psicológico proporcionado, pois
impede o paciente do contato visual com a lesão;
XI. Preencher espaços mortos e evitar a formação de sero-hematomas;
XII. Favorecer a aplicação de medicação tópica.

34
Material a ser utilizado

I. EPI’s (jaleco, luva de procedimento/estéril, máscara, óculos);


II. Soro Fisiológico 0,9%;
III. Gaze estéril;
IV. Luva de procedimento;
V. Luva estéril;
VI. Micropore ou esparadrapo;
VII. Ataduras se indicado;
VIII. Tesoura ou lâmina de bisturi;
IX. Agulha 40 x 12 mm;
X. Cobertura adequada (produto indicado para o tipo de ferida);
XI. Régua de papel para mensurar;

Prontuário do paciente (fase final para o registro).

11.4 De acordo com a resolução nº0501/2015 compete ao Enfermeiro Generalista:

I. Realizar curativos, coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção


e cuidado às feridas;
II. Estabelecer prescrição de medicamentos/coberturas utilizados na prevenção e
cuidado às feridas, estabelecidas em Programas de Saúde ou Protocolos
Institucionais;
III. Estabelecer uma política de avaliação dos riscos potenciais, através de escalas
validadas para a prevenção de feridas, elaborando protocolo institucional (aplicação
da Escala de Braden);
IV. Desenvolver e implementar plano de intervenção quando um individuo é identificado
como estando em risco de desenvolver úlceras por pressão, assegurando-se de uma
avaliação completa e continua da pele;
V. Participar de programas de educação permanente para incorporação de novas
técnicas e tecnologias, tais como coberturas de ferida, laser de baixa intensidade,
terapia por pressão negativa (V. A.C), entre outros;
VI. Registrar todas as ações executadas e avaliadas no prontuário do paciente, quanto
ao cuidado com as feridas.

É de responsabilidade do profissional de enfermagem da Associação SEGEAM:

I. Organizar a sala;
II. Realizar limpeza concorrente (com água e sabão nas superfícies e após realizar
desinfecção com álcool a 70%) no início de cada plantão;
III. Solicitar a equipe da limpeza que realize diariamente limpeza concorrente e
semanalmente limpeza terminal;
IV. Trocar as almotolias semanalmente colocando novas soluções, previamente limpos
identificados e datados. As almotolias devem ser preenchidas 50% do volume;
V. Verificar a data de validade de materiais esterilizados;
VI. Repor materiais necessários, conforme a rotina da unidade;
VII. Realizar os curativos conforme prescrição médica e/ ou do enfermeiro;
VIII. Executar rotina de troca de curativo (conforme orientação do manual de normas
técnicas);
IX. Colocar o material utilizado em solução com água e sabão, encaminhando-o ao
expurgo ao término do plantão;
X. Após a realização de curativos contaminados solicitar ao zelador limpeza concorrente
e descontaminação se necessário;

35
XI. Desprezar o resíduo em recipiente adequado.

Cuidados com a armazenagem de produtos:

O armazenamento de produtos para curativo requer atenção especial em


qualquer ambulatório.
Este tipo de material demanda cuidados específicos, e qualquer erro, por
menor que possa parecer, pode acarretar em perda do material ou de sua utilidade.
Os órgãos fiscalizadores como a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) estabeleceram maneiras corretas sobre o manuseio, a distribuição e
também sobre o armazenamento desses materiais utilizados na área da saúde. Além
de atender a estas condições, é imprescindível estar atento às formas de trabalhar,
garantindo que no dia-a-dia da organização não ocorram acidentes e perdas, e assim
contribuindo para um aproveitamento melhor.

Estocagem. Considerações gerais:

I. Toda e qualquer área destinada à estocagem de materiais de curativos deve


ter condições que permitam preservar suas condições de uso.
II. Nenhum material poderá ser estocado antes de ser oficialmente recebido e nem
liberado para entrega sem a devida permissão do enfermeiro (a) do setor.
III. O estoque devem ser inventariados periodicamente e qualquer
discrepância devidamente esclarecida.
IV. O estoque devem ser inspecionados com frequência para verificar-se
qualquer degradação visível, especialmente se os materiais ainda estiverem sob
garantia de seus prazos de validade.
V. Materiais com prazos de validade vencidos, devem ser baixados do estoque e
devolvidos para o almoxarifado, com documento justificado por escrito pelo
enfermeiro responsável, obedecendo o disposto na legislação vigente.
VI. A estocagem, quer em estantes, armários, prateleiras, deve permitir a fácil
visualização para a perfeita identificação dos materiais , quanto ao nome do produto,
seu número de lote e seu prazo de validade.
VII. A estocagem nunca deve ser efetuada diretamente em contato direto com o solo e
nem em lugar que receba luz solar direta.
VIII. As áreas para estocagem devem ser livres de pó, lixo, roedores, aves, insetos
e quaisquer animais.
IX. Para facilitar a limpeza e a circulação de pessoas, os materiais devem ser estocados
à distância mínima de 1 (um) metro das paredes.
X. A movimentação de pessoas, nas áreas de estocagem deve ser cuidadosa para evitar
avarias e comprometimento e/ou perda de materiais.
XI. Embalagens parcialmente utilizadas devem ser fechadas e etiquetadas com dia de
abertura daquele material, para prevenir perdas e/ou contaminações, indicando a
eventual quantidade faltante no lado externo da embalagem.
XII. O armazenamento de materiais deve obedecer a ordem cronológica de seus lotes de
fabricação, ou seja, expedição dos lotes mais antigos antes dos mais novos.
XIII. A presença de pessoas estranhas nas sala de curativo deve ser
terminantemente proibida nas áreas de estocagem.

36
11.6 Padrão de curativos
PRECAUÇÕES E FREQUÊNCIA CONSIDERA
COBERTURA BENEFICIOS INDICAÇÃO / CONTRAINDICAÇ / TROCA
USO
ÇÕES
ÒES
Alginato -Absorve -Feridas Não utilizar -Feridas Havendo aumento
de Cálcio grande exudativas em feridas infectadas: no do intervalo de
Apresentaçã quantidade moderadas secas ou máximo a trocas, devido à
o em placa de exudato; a altas; com pouco cada 24 h. diminuição do
ou fita. -Auxilia no -Feridas com exudato; -Feridas exudato deve-se
Pode estar desbridamen ou sem - limpas com suspender o uso
associado to autolítico; sangramentos Prevenção sangramento: dessa cobertura
ao sódio -Promove ; Áreas de LP; a cada 48h para evitar o
e/ou à prata hemostasia doadoras de - ou quando ressecamento do
em lesões enxerto; Grandes saturado; leito da ferida.
Composição: sangrantes. -Feridas queimad -Em outras
constituídos cavitárias os. situações a
por fibras em geral; - Não utilizar frequência das
extraídas de -Desbridamento sobre ossos trocas deverá
algas de pequenas e tendões. ser
marinhas áreas de necrose estabelecida
marrons, de liquefação. de acordo com
compostas a avaliação do
pelos Ácidos profissional
Gulurônico e que
Manurônico, acompanha o
apresentando cuidado.
íons cálcio e -Considerar
sódio saturação do
incorporados. curativo
secundário e
aderência da
cobertura no
leito da ferida.

37
Bota de Unna -Exerce força Úlceras venosas -Úlceras -Troca a cada -A Bota de
Terapia de de perna; artérias 7 dias. Unna não
compressiva- contensão -Edema linfático. e mistas -Em caso de pode ser
Bandagem no membro (arterial+ve desconforto, cortada e
inelástica não acometido. nosa vazamento de aplicada
estéril -Aumenta o ); -Em casos exsudato, sinais sobre a
impregnada fluxo venoso de celulite clínicos de infecção, lesão.
com pasta de nos membros (inchaço e dormência e -Para
óxido de zinco inferiores. eritema na latejamento dos controle do
NECESSÁRIO -Promove área da dedos ou em caso exsudato
AVALIAÇÂO fibrinólise ferida) e de quaisquer sugere-se a
DO ITB e aumenta processo outras irritações realização de
a pressão inflamatório locais deve-se curativo
intersticial intenso, pois retirar a secundário e
local. a compressão bandagem uso da placa
- Mantém o aumentará a imediatament e. de carvão
meio úmido dor no local; ativado.
necessário à -Pacientes IMPORTAN
cicatrização. com T E:
diabetes -Aplicar a
mellitus, bandagem
pois há risco ao longo da
de perna,
diminuição iniciando no
da perfusão pé e
sanguínea terminando
no membro na altura do
acometido. joelho.
-Pacientes -Orientar
com elevação do
hipersensibil membro e
ida de á repouso
algum (principalme
componente nte antes da
da fórmula. aplicação)
durante o
dia,
movimentaç
ão de
inclinação do
pé (frente e
para trás),
retirada da
bota caso
apareça
efeitos
adversos.

38
Carvão Absorção -Feridas -Feridas -A saturação -Havendo
Ativado -Controla infectadas limpas; do tecido de aumento do
Pode estar o odor com ou sem - carvão ativado intervalo de
associado - Reduz flora odor; Queimaduras acontece, em trocas, devido
à prata bacteriana -Feridas ; média, em 3 a 4 à diminuição
pela ação da profundas com -Feridas pouco dias, podendo do exsudato,
Composição: prata. exsudação exsudativas, ficar no leito deve- se
Uma camada moderadas à hemorrágicas até 7 dias. suspender o
de tecido de abundante. ou com -Estabelecer uso dessa
carvão ativado necrose de necessidade de cobertura
impregnado coagulação/es troca do para evitar o
com prata ca ra. curativo ressecament
inserido em Secundário o do leito da
um envoltório conforme ferida.
de não tecido avaliação do CURIOSIDA
com borda profissional que D E:
selada em toda acompanha o Existem
sua extensão. cuidado. hoje, no
mercado,
curativos a
base
de carvão
ativado
que
podem ser
recortados
de acordo
com o
tamanho
da
lesão.
Creme -Confere -Prevenção de -Resiste de 3 -Não é
barreira proteção assaduras; a4 necessária a
Creme única e -Prevenção procedimento s sua
hidrofóbico duração de de higiene. reaplicação
composto prolongada dermatites. -Não é absorvido a cada troca
de água, contra - Prevenção pela fralda ou de fralda;
parafina fluídos de lesões. lençóis.
líquida, corporais; Uso em pele seca APLICAR
petrolato, -Hidrata e ou irritada. 1X/DIA
cera condiciona PARA
microcristal a pele; PREVENÇÃO
ina, oleato -
de glicerol, Rapidament APLICAR 3X
álcool de e absorvido OU MAIS DE
lanolina, pela pele; ACORDO COM
ácido -Não FREQUÊNCIA
cítrico, precisa ser DA
citrato de removido; ELEIMINAÇÃ O.
magnésio, -É
ciclometicone, hipoalergên
glicerina, ic o;
metilparabeno, -Recupera o
propilparabeno pH natural da
e pele;
propilenoglicol.

39
Filme -Forma uma -Prevenção de -Pacientes Trocar no -Reduz o
Transparent camada LPP; com máximo a cada 7 atrito,
e protetora -Proteção sudorese dias e/ou quando porém a
Ou semi- da pele; de pele aumenta necessário. pressão
impermeável -Age como íntegra e das; permanece
barreira à escoriações. -Feridas a mesma.
contaminação - Curativo de com muito
da ferida; acessos exsudato; -Quando
-É vasculares (ver -Feridas paciente
impermeável POP); infectad acamado, mas
a água e - Curativo de FO as; com
outros não complicada - Em casos de mobilidade,
agentes; (ver POP de hipersensibilid essa cobertura
-Adapta-se Curativo de FO) a de. pode descolar
aos e se enrolar,
contornos causando
do corpo; outras lesões.
-Permite
visualização
direta da
ferida.
Filme -Forma uma -Prevenção de -Pacientes Trocar no -Reduz o
Transparent camada LPP; com máximo a cada 7 atrito,
e protetora -Proteção sudorese dias e/ou quando porém a
Ou semi- da pele; de pele aumenta necessário. pressão
impermeável -Age como íntegra e das; permanece
barreira à escoriações. -Feridas a mesma.
contaminação - Curativo de com muito
da ferida; acessos exsudato; -Quando
-É vasculares (ver -Feridas paciente
impermeável POP); infectad acamado, mas
a água e - Curativo de FO as; com
outros não complicada - Em casos de mobilidade,
agentes; (ver POP de hipersensibilid essa cobertura
-Adapta-se Curativo de FO) a de. pode descolar
aos e se enrolar,
contornos causando
do corpo; outras lesões.
-Permite
visualização
direta da
ferida.
Hidrocolóide - Mantém o -Prevenção ou -Feridas Trocar no -Pode causar
Apresentação meio úmido; tratamento muito máximo a cada 7 maceração
em placa -Promove de LPP não exsudativas; dias, sempre que da área
desbridamen infectadas; -Feridas houver saturação perilesional
to autolítico; -Feridas infectad da cobertura ou o quando
- Reduz o abertas e as; curativo descolar. ultrapassar
risco de planas com - o prazo de
infecção, pouca a Feridas troca(a
pois moderada cavitári cobertura
atua como exsudação; as; tem baixa
barreira -Feridas -Região absorção).
térmica, cirúrgicas sacra em
microbiana e limpas; caso de -Fixar 1 a 2
mecânica; - -Barreira incontinência cm da borda,
Reduz atrito. protetora de área fecal e diminuindo
perilesional e urinária; assim a área
para efluentes de -Indivíduos de
estomas. sensíveis aos

40
componentes extravasament
do produto. o de exsudato.

Hidrogel -Mantém o -Feridas secas -Feridas com -Troca em até Macera as


Pode estar meio úmido; ou exsudato em 48 horas. bordas da lesãoe a
associado à -Promove o pouco média ou grande -Feridas infectadas: no pele adjacente.
Alginato desbridamento exsudativas; quantidade; máximo a cada 24
Composição: autolítico. -Tecidos -Pele íntegra; horas.
desvitalizado -Queimaduras
gel constituído
s em feridas de terceiro
por água
grau;
purificada, abertas;
- Sensibilidade
propilenoglicol, -Áreas
aos componentes
carbômero doadoras de
doproduto
940, pele;
trietanolamina, -Queimaduras
alginato de de 1º e 2º
cálcio e sódio, graus;
conservantes e - Desbridamento
carboximetilcel leve de necrose
ulose de liquefação
(esfacelo) e de
necrose de
coagulação
(escara).
PHMB Antimicrobia -Indicado para -Aplicação -Mantém sua -Solução de
Polihexametile n o; limpeza, em atividade em irrigação de
noBiguan ida -Não é descontaminaçã cartilagem ambiente úmido feridas – deve
- Composição: tóxico aos oe hialina. por até 72 horas ficar no leito
0,1% de tecidos umidificação da ferida em
undecilaminopr vivos; do leito das - pausa de 10 a
opilbetaí na, -Fácil e feridas agudas Queimadu 15 min.
0,1% de simples de ou crônicas. ras grau
polihexanida e usar - - Feridas III e IV
99.8% de água Aplicação colonizadas,
purificada prática; criticamente - Instilação
-Princípio colonizadas e em cavidades
ativo com infectadas·- que não tenha
baixo Queimaduras visualização
potencial de grau I e II. da
alergênico; -Remove profundidade
-Pode ser biofilmes,
aquecido até prepara o leito
a da ferida para
temperatura receber
corporal; curativo.
-Permanece -Feridas: úlceras
aberto por por pressão de
até 08 estágio I a IV,
semanas; úlceras arteriais,

41
-Não há venosas e
risco de mistas, úlceras
nova pós- cirúrgicas,
s áreas doadoras
contaminaçõ de enxerto,
e s das úlceras
feridas; infectadas ou
-Absorve não.
odores
ferida;
-Compatível
com curativos
comumente
usados;
Polytube - Redução da -Úlceras -Troca quando -Funções:
Membrana manipulaçã (diabéticas, ocorrer 80%da limpeza,
polimérica o venosas ou saturação do absorção,
recoberta por recorrente por pressão); produto. hidratação e
um filme da ferida ou -Desordens - Tempo máximo preenchimento
semipermeável estoma; dermatológicas de permanência é de cavidade.
. É uma matriz -Pode ; de 7 dias.
de poliuretano absorver -Queimaduras
de alta até 20x o de 1º e 2º grau;
densidade seu peso. Aplicação em
composta por - Pode estomas
3copolímeros: ser (traqueostomia,
agente de recortad gastrostomia) e
limpeza o; drenos;
(surfactante -Acelera o -Feridas
F68)+ agente processo exsudativas;
umectante de -Feridas
(glicerina) + cicatrizaçã cavitárias;
goma super o; -Lesões agudas;
absorvente -Aumenta o -Deiscência
(prata conforto do cirúrgicas;
inorgânica). paciente -Locais de doação
e enxerto.

42
REFERÊNCIAS

I. Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego/Gabinete do Ministro.


Portaria n.485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma
Regulamentadora n. 32 sobre a Segurança e Saúde no Trabalho
em Estabelecimentos de Saúde. Brasília. DOU de 16/11/05.

II. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).


Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e
desinfecção de superfícies. Brasília: 2010. 116p.

III. Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego/Gabinete do Ministro.


Portaria n.1.748, de 30 de agosto de 2011. Aprova o Anexo III da
Norma Regulamentadora n.32 sobre o Plano de Prevenção de
Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes. Brasília.
DOU 31/08/2011.

IV. Manual de implementação do Programa de prevenção de


acidentes com materiais perfurocortantes em serviços de saúde
– Ministério do Trabalho e Emprego – FUNDACENTRO – 2010

V. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes


Terapêuticas para Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de Risco à
Infecção pelo HIV, IST e Hepatites Virais. Brasília: Ministério da
Saúde, 2018.

VI. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1377 de 9 de julho de


2013. Aprova os protocolos de segurança do paciente. Diário
Oficial da União, 10 jul 2013.

VII. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_05.pdf.

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