Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INFARTO
São Paulo - SP
2023
1
Resumo
Este trabalho aborda o tema infarto, também conhecido como ataque cardíaco. Que ocorre
devido à formação de coágulos que bloqueiam o fluxo sanguíneo no coração. Nele citamos os
principais tipos de infarto, os fatores de risco, como diabetes, hipertensão, tabagismo, obesidade e
sedentarismo, que podem contribuir para o infarto. Os sintomas podem variar de pessoa para
pessoa, mas tendem a ter desconforto no peito, dificuldade respiratória, enjoo e vômitos, dentre
outros. Como é feito o diagnóstico dos exames envolvidos.
O texto também menciona a reabilitação após um infarto, dividida em três fases, que envolve
repouso, exercícios monitorados e progressivos. Além disso, aborda pesquisas e avanços na área
da saúde relacionados ao infarto e suas complicações potenciais.
2
Sumário
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………4
2. DESENVOLVIMENTO…………………………………………………….. 5
2.1 O que é um infarto e quais são os tipos?…………………………. 5
2.2 Fatores de risco para o infarto…………………………………….5-6
2.3 Sintomas comuns de um infarto……………………………………..6
2.4 Diagnóstico e exames para identificar um infarto……………….6-7
2.5 Tratamento e intervenções médicas……………………………...7-8
2.6 Prevenção no infarto: estilo de vida saudável e estratégias…...8-9
2.7 Infarto em diferentes grupos demográficos……………………….10
2.8 Recuperação após um IAM e mudanças no estilo de vida…..10-11
2.9 Infarto e suas complicações potenciais………………………...11-13
2.10 Pesq. e avanços na área da saúde relacionados ao infarto..13-15
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ………………………………………………16
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ……………………………………..17
3
1. JUSTIFICATIVA
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma doença cardiovascular grave, ou seja, é uma
Síndrome Isquêmica Miocárdica Instável (SIMI) e sua principal causa é o acúmulo de placa
aterosclerótica, ocasionando oclusão na parede do vaso, dificultando a passagem do sangue para
órgãos, células e tecidos. É um desafio para os profissionais de saúde detectar precocemente a
placa antes dos sintomas clínicos (MERTINS et al., 2016).
Nos últimos anos, estudos epidemiológicos mostraram um crescimento de doenças
cardiovasculares, dos quais o IAM está em destaque devido a sua maior magnitude e severidade.
Em 2011, cerca de 20 milhões de pessoas apresentaram doenças do aparelho cardiovascular em
todo o mundo, dos quais cerca de 12 milhões foram vítimas fatais do IAM. Sendo que, as doenças
cardiovasculares consistem na principal causa de morte no Brasil, tendo sido responsável por cerca
de 29% dos óbitos em 2009 (HUGUENIN et al., 2016).
4
2. DESENVOLVIMENTO
Tipo 1: É o mais conhecido, desencadeado pela obstrução da passagem do sangue por uma
artéria.
Tipo 2: Ocasiona a diminuição da irrigação sanguínea no músculo cardíaco por causa de
eventos graves. Um deles é a crise hipertensiva, que eleva a demanda por oxigênio de modo
abrupto. Já espasmos das artérias, pressão baixa e arritmias reduzem a oferta de oxigênio ao órgão.
Tipo 3 ou infarto fulminante: É o mais temido, pois leva à morte súbita. Geralmente, a falta de
oxigênio e nutrientes mata a maioria das células cardíacas. Outro motivo são lesões que
comprometem a frequência cardíaca normal, gerando arritmias graves.
Tipo 4: Reúne os casos de infarto pós angioplastia das artérias coronárias, procedimento que
serve para desobstruir esses vasos sanguíneos através da inserção de um fino tubo para aumentar
o espaço de passagem do sangue. O infarto pode ocorrer logo depois desse tratamento ou em
decorrência de nova obstrução.
Tipo 5: Identificado quando existe relação entre o infarto e a revascularização cardíaca.
Popularmente chamado de ponte de safena, o procedimento consiste em uma ligação artificial entre
a artéria coronária e a aorta, eliminando a necessidade de que o sangue passe pelo trecho obstruído
por outro evento cardiovascular.
Existem vários fatores de riscos que podem ocasionar o Infarto agudo no miocárdio que são:
Diabetes Mellitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Tabagismo, Obesidade,
Sedentarismo, estresse e consumo de álcool excessivo. Todos esses fatores facilitam o
desenvolvimento das doenças cardiovasculares. No entanto, o conhecimento e o controle desses
fatores são primordiais para a prevenção das doenças cardiovasculares, se adequando a prática de
exercícios físicos, alimentação saudável, controle da HAS e do DM, não fumar, podendo minimizar o
risco do IAM.
5
Os diabéticos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto. Pacientes com
familiares próximos (pais ou irmãos) com histórico de infarto também tem mais chance de
desenvolver a doença.
O Diagnóstico e exames para identificar um infarto podem ser por meio de:
•Avaliação dos sintomas: Seu médico inicialmente perguntará sobre os sintomas que você está
vivenciando, como dor no peito, falta de ar, sudorese e náusea.
•Eletrocardiograma (ECG): Um eletrocardiograma registra a atividade elétrica do coração e
pode revelar mudanças características de um ataque cardíaco. Este é um exame rápido e crucial.
•Exames sanguíneos: Quando ocorre lesão no músculo cardíaco, os níveis de certas enzimas
cardíacas, como troponina e creatina quinase-MB, aumentam. Portanto, os testes sanguíneos são
essenciais para o diagnóstico.
Radiografia do tórax: Isso pode auxiliar na detecção de problemas cardíacos ou pulmonares
que podem estar causando os sintomas.
•Exames de imagem: A angiografia coronária por tomografia computadorizada (TC) ou
ressonância magnética cardíaca podem fornecer imagens detalhadas do coração e dos vasos
sanguíneos.
6
•Ecocardiograma: Um ecocardiograma utiliza ondas de ultrassom para criar imagens do
coração em tempo real, permitindo aos médicos avaliar a função cardíaca e identificar regiões
danificadas.
•Teste de estresse: Em determinados casos, o seu médico pode requisitar um teste de
estresse, como uma cintilografia miocárdica ou um teste ergométrico, para avaliar a resposta do
coração ao exercício
O protocolo para tratamento de infarto é muito amplo e possui diversas formas de tratar o
paciente afetado.
Tratamento imediato
Consiste em medidas como oxigênio, aspirina, nitratos e morfina e entre outros procedimentos
e terapias.
Oxigênio age limitando a lesão miocárdica isquêmica e ajuda a reduzir a intensidade de
elevação do ST junto ao monitoramento contínuo de ECG
Aspirina ou ácido acetilsalicílico é um antiagregante plaquetário, age inibindo a COX e a
produção da TXA-A2 que impede a agregação plaquetária.
Os nitratos e nitroglicerinas são usados como vasodilatadores para reduzir a dor isquêmica que
está associada a isquemia coronária porém não substitui outras medicações.
Morfina causa a diminuição da resistência vascular sistêmica, tem efeito analgésico sobre o
SNC que por consequência reduz a ansiedade.
Betabloqueadores são os mais escolhidos para o tratamento pois é capaz de reduzir as
chances de um novo infarto, bloqueia o estímulo simpático sobre a FC, reduz a pós carga ventricular
e a isquemia pós-infarto.
● Terapia de reperfusão
Esse tratamento ocorre nas primeiras 12 horas de evolução tem como objetivo a recanalização
coronariana e a interrupção do dano ao miocárdio, esse processo pode ser feito através da
angioplastia transluminal coronariana percutânea primária ou por agentes trombolíticos.
● Terapia antitrombótica
Essa terapia é utilizada juntamente com a terapia fibrinolítica, porém nesse caso o
anticoagulante que vai inibir indiretamente a trombina. As medicações usadas geralmente são
prasugrel, ticagrelor, cangrelor e elinogrel .
Quando uma ou mais artérias do coração ficam bloqueadas, o fluxo sanguíneo é interrompido,
levando a um infarto.
Embora qualquer pessoa possa experimentar essa condição, certos fatores podem aumentar a
probabilidade de sua ocorrência. Estes incluem obesidade, hipertensão e diabetes, bem como
estresse emocional, falta de atividade física, tabagismo e dieta insuficiente.
8
Um estilo de vida saudável e estratégias para a prevenção do infarto inclui:
1. Alimentação balanceada: Consuma uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais,
proteínas magras e gorduras saudáveis. Reduza o consumo de alimentos processados, gorduras
saturadas e açúcares refinados.
3. Controle do peso: Mantenha um peso saudável para reduzir a pressão arterial e o risco de
doenças cardíacas.
6. Limite o consumo de álcool: Se optar por beber, faça-o com moderação, respeitando as
diretrizes de saúde.
7. Controle da pressão arterial: Mantenha a pressão arterial sob controle com monitoramento
regular e, se necessário, medicação prescrita pelo médico.
9. Exames médicos regulares: Faça check-ups regulares com seu médico para avaliar sua
saúde cardiovascular e receber orientações personalizadas.
10. Conscientização: Esteja ciente dos fatores de risco pessoais e familiares para doenças
cardíacas e tome medidas preventivas.
A consulta a um médico é essencial para obter orientações específicas com base na saúde
individual.
9
2.7 Infarto em diferentes grupos demográficos
O infarto agudo do miocárdio (IAM) persiste como uma das principais causas globais de
morbidade e mortalidade, com dados cruciais fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
delineando padrões notáveis nas incidências de IAM entre grupos demográficos específicos.
Em relação aos homens, a OMS revela que eles enfrentam IAM em idades mais jovens do que
as mulheres, principalmente devido a fatores de risco predominantes como tabagismo e hipertensão
arterial. Esses elementos contribuem para uma maior prevalência de IAM nesse grupo.
Contrastando com essa tendência, a IAM em mulheres ocorre em idades mais avançadas, mas com
uma taxa de mortalidade significativamente maior.
A subestimação dos riscos cardiovasculares em mulheres, juntamente com sintomas atípicos,
leva a diagnósticos tardios e intervenções menos eficazes, exacerbando a gravidade das
ocorrências. Entre os idosos, o IAM torna-se mais frequente à medida que envelhecem. Fatores
como diabetes, colesterol elevado e estilo de vida sedentário desempenham papéis significativos,
aumentando a vulnerabilidade dessa população ao IAM. De maneira alarmante, os jovens também
emergem como um grupo vulnerável, contradizendo percepções comuns.
A OMS relata um aumento preocupante nas incidências de IAM nesse grupo demográfico,
impulsionado por estilos de vida pouco saudáveis, incluindo dieta inadequada e falta de exercício. A
detecção precoce e a conscientização são cruciais para mitigar essa tendência alarmante.
Os dados da OMS indicam que o IAM está ocorrendo em idades mais precoces, impactando
indivíduos durante períodos de construção familiar e desempenho ideal no trabalho.
A análise das faixas etárias revela picos notáveis em ocorrências, como 50 a 59 anos para
homens e 60 a 69 anos para mulheres. A queda dos níveis de estrógenos após o climatério pode
explicar a equiparação na ocorrência de IAM entre os gêneros após os 79 anos. Compreender essas
disparidades é imperativo para orientar políticas de saúde pública.
A implementação de estratégias preventivas, programas educacionais e intervenções
específicas adaptadas a cada grupo demográfico é essencial. A conscientização precoce e a
educação pública são fundamentais para mitigar a carga global do IAM e melhorar a saúde
cardiovascular em todo o mundo.
O processo de reabilitação após um IAM (Infarto Agudo do Miocárdio) leva algum tempo,
principalmente para as pessoas com uma idade já avançada.
Podemos considerar como inicio do processo de recuperação o repouso; Partindo do principio
que o descanso facilitaria todo o processo para o miocárdio cicatrizar. Após isso, podemos
10
considerar como continuação do processo, as atividades físicas (seguindo instruções e
acompanhamento de um médico especialista).
• Fase II da reabilitação: Nesta fase acontece uma evolução baseada na fase I onde é
evoluída a mobilização para pequenos exercícios físicos que são baseados na capacidade funcional
do paciente. O limite Maximo de freqüência cardíaca nas atividades e nos exercícios físicos será
aquele valor ao atingir a capacidade funcional útil. O aumento gradativo da intensidade dos
exercícios é extremamente importante para evitar lesões, esforços altos não permitidos; que podem
afetar de forma negativa o processo de reabilitação;
• Fase III da reabilitação: Os níveis mais intensos de atividades físicas são atingidos nesta
etapa da reabilitação, é necessário o monitoramento do eletrocardiográfico caso o paciente
apresente arritmia desencadeada ou agravada pelo excesso de esforço físico. Esses exercícios mais
intensos só podem e devem ser aplicadas aos pacientes que não apresentam sinais de disfunção
ventricular.
Não basta somente seguir as indicações acima, devemos somar a essas informações uma
dieta equilibrada. Ela deve ser elaborada por um nutricionista para que seja rica em alimentos
saudáveis e não contenha alimentos que possam ser prejudiciais ao coração.
Sugestão de exercícios leves: Bocha, pesca esportiva, golfe e entre outros.
15
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
16
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
● https://bvsms.saude.gov.br/ataque-cardiaco-infarto/
● https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/download/39209/pdf/9829
0
● http://publicacoes.cardiol.br/consenso/1995/6403/64030023.pdf
● https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5&q=sintomas+do+infarto
&oq=sintomas+do+infa#d=gs_qabs&t=1696350091668&u=%23p%3DXFtd3tRxbg8J
● https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021/dezembro/cada-segundo-impor
ta-ministerio-da-saude-lanca-linha-de-cuidado-do-infarto-agudo-do-miocardio
● https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8386960/https://www.saudedireta.com.
br/docsupload/1332514086protocoloiam.pdf
● https://www.saude.ce.gov.br/2021/04/19/prevencao-sintomas-e-tratamento-do-infarto-
agudo-do-miocardio-o-que-voce-precisa-saber/#:~:text=“Controlar%20a%20pressão%
20e%20diabetes,do%20Infarto%20Agudo%20do%20Miocárdiohttps://www.msdmanu
als.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronari
ana/infarto-agudo-do-mioc%C3%A1rdio-iam
● https://telemedicinamorsch.com.br/blog/o-que-e-infarto
● Piegas LS, Feitosa G, Mattos LA, Nicolau JC, Rossi Neto JM, et al. Sociedade Brasileira
de Cardiologia. Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do
Infarto agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST. Arq Bras
Cardiol.2009;93(6 supl.2):e179-e264
● STEFÂNYA PEREIRA DA SILVA, M. et al. FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. Revista interdisciplinar em saúde, v. 6, n. 1, p.
29–43, 12 jun. 2019.
● Vista do PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS POR
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM HOSPITAL DE GOIÁS
● Vista do PERFIL DEMOGRÁFICO DE PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA
17