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Conceituar o infarto;
Estudar a epidemiologia e etiologia do infarto;
Compreender a fisiopatologia do infarto (mc, d, ex.c, t);
Explicar como é realizado o ECG;
Relacionar o ECG com o IAM;
Identificar os fármacos que alteram o traçado do ECG (supra de ST);
Conceito
O IAM, também chamado de “ataque cardíaco”, é a morte do músculo cardíaco devido
à isquemia prolongada. A principal causa subjacente de DIC (doença isquêmica do
coração) é a aterosclerose;
o termo infarto agudo do miocárdio (IAM) deve ser utilizado quando houver evidência
de necrose miocárdica com elevação de marcadores de necrose miocárdica
(preferencialmente troponina) acima do percentual 99 do limite máximo de referência e,
pelo menos, um dos seguintes parâmetros: sintomas sugestivos de isquemia;
desenvolvimento de novas ondas Q no ECG; alterações novas ou presumivelmente
novas e significativas do segmento ST, da onda T ou presença de BRE novo; evidência,
em exame de imagem, de perda de miocárdio viável ou de nova alteração segmentar de
contratilidade ventricular; identificação de trombo intracoronariano por angiografia ou
necropsia.
Epidemiologia
O Infarto Agudo do Miocárdio é a maior causa de mortes no país.
Doença cardiovascular que mais leva a óbito nas primeiras horas após o início
dos sintomas, onde 65% das mortes ocorrem na primeira hora e 80% nas
primeiras 24h após a manifestação dos sintomas.
No Brasil ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto e que a cada 5 a
7 casos, ocorra um óbito.
Para diminuir o risco de morte, o atendimento de urgência e emergência, nos
primeiros minutos, é fundamental para salvar uma vida.
10% dos IAMs ocorrem em pessoas com menos de 40 anos e 45% em pessoas
com menos de 65. No entanto, a frequência se eleva progressivamente com o
aumento da idade e com o aumento dos fatores de risco ateroscleróticos.
Na meia-idade, o gênero masculino aumenta o risco relativo de IAM;
As mulheres costumam ser protegidas contra IAM durante seus anos
reprodutivos.
Entretanto, o declínio pós-menopausa na produção de estrogênio está associado,
em geral, a DAC acelerada, e a DIC é a causa mais comum de morte em
mulheres mais velha.
Etiologia
O infarto do miocárdio está intimamente associado à doença arterial coronariana. Os
seguintes fatores de risco modificáveis para doença arterial coronariana:
Fisiopatologia
A oclusão aguda de uma ou múltiplas grandes artérias coronárias epicárdicas por mais
de 20 a 40 minutos pode levar ao infarto agudo do miocárdio. A oclusão geralmente é
trombótica e decorrente do rompimento de uma placa formada nas artérias coronárias. A
oclusão leva à falta de oxigênio no miocárdio, o que resulta na ruptura do sarcolema e
no relaxamento das miofibrilas. Essas alterações são uma das primeiras alterações
ultraestruturais no processo do IM, que são seguidas por alterações mitocondriais. A
isquemia prolongada resulta em necrose liquefativa do tecido miocárdico. A necrose se
espalha do subendocárdio para o subepicárdio. Acredita-se que o subepicárdio tenha
aumento da circulação colateral, o que retarda sua morte. Dependendo do território
acometido pelo infarto, a função cardíaca fica comprometida. Devido à capacidade de
regeneração insignificante do miocárdio, a área infartada cicatriza pela formação de
cicatrizes e, muitas vezes, o coração é remodelado, caracterizado por dilatação,
hipertrofia segmentar do tecido viável remanescente e disfunção cardíaca.
Anamnese
Exame físico
Exames laboratoriais
Metodos de imagem
Eletro
Tratamento
As terapias iniciais recomendadas para infarto agudo do miocárdio são prescritas com
base nas características fisiopatológicas discutidas anteriormente e incluem as seguintes:
•Suplementação de oxigênio, para melhorar a saturação desse elemento no sangue para
pacientes com hipoxia ou desconforto respiratório
•Nitratos, para induzir a vasodilatação e reverter o vasospasmo
•Agentes antiplaquetários, como ácido acetilsalicílico, inibidores do receptor de ADP e
inibidores de GPIIb/IIIa
•Terapia anticoagulante com heparina não fracionada, heparina de baixo peso
molecular, inibidores diretos da trombina e/ou inibidores do fator Xa, para prevenir a
propagação do trombo na artéria coronária
•Betabloqueadores, para diminuir a demanda de oxigênio do miocárdio e reduzir o risco
de arritmias, a menos que contraindicado, como na insuficiência cardíaca
•Reperfusão imediata, para resgatar o miocárdio, por medicamentos fibrinolíticos ou
intervenções com cateterismo das coronárias
•Melhorar a relação do suprimento de oxigênio do miocárdio diante da demanda por
meio do manejo de outros fatores, como ansiedade, dor isquêmica, hemodinâmica
anormal, anemia e distúrbios respiratórios
•Monitoramento precoce e manejo de arritmia.
Nosso coração apresenta uma atividade elétrica que é dada pela variação de íons de
sódio. Essa tal variação ou diferença elétrica é captada, no exame de eletrocardiograma,
por meio de eletrodos muito sensíveis que são distribuídos em pontos específicos do
corpo pelo técnico ou médico responsável pela realização do exame. Geralmente, os
sensores são colocados no peito, abdômen ou nos pulsos.
Além desses eletrodos, há também o aparelho em que eles estão ligados por meio de
fios e que registra as informações captadas, o eletrocardiógrafo – quase como um
pequeno computador. O eletrocardiógrafo irá traçar um gráfico da atividade do coração,
que depois será analisado pelo médico especialista.