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ATIVIDADE DISCURSIVA

Fundamentos do treinamento esportivo


A figura  abaixo mostra as médias das velocidades de sete voluntários durante  seis tiros de 35
metros intercalados com pausas de 2 minutos (Protocolo 1) e 10 segundos (Protocolo 2).

Figura 1. Velocidade média de sete voluntários durante  os seis tiros de 35 metros intercalados
com pausas de 2 minutos (Protocolo 1) e 10 segundos (Protocolo 2).

Fonte: O autor.

1. a) Quais as variáveis que foram manipuladas nos dois


protocolos e quais ficaram fixas?

O teste realizado com os sete voluntários exemplifica bem toda


diferença que faz o tempo de descanso em uma atividade física.
Como método avaliativo foram utilizadas variáveis controláveis.
Em ambos os protocolos as variáveis foram as mesmas com
exceção do tempo de descanso entre disparos e a intensidade do
treinamento que é o fator primordial para analisar os casos. As
variáveis fixas foram a distância (35 metros para ambos os
protocolos) e o volume total da sessão (6 tiros de repetições) que
ambos são caracterizados como a intensidade do treinamento. No
protocolo 1 poderíamos considerar o tempo como variável fixa,
isso porque ele se manteve em média constante, porém, se
analisado em relação ao protocolo 2 veremos que ela não foi
controlada porque o tempo da corrida em cada disparo decresceu.
Essa diferença tem haver com o intervalo de recuperação com
pausas completas no protocolo 1 e pausa incompleta no protocolo
2. No segundo caso (protocolo 2) a pausa é incompleta porque não
é suficiente para os atletas se recuperarem, dessa maneira, o
rendimento caiu consideravelmente. A justificativa dos resultados
encontrados podemos encontrar na unidade 3 do livro Fundamentos
do Treinamento Esportivo. O mesmo afirma que durante a
execução dos exercícios de alta intensidade, a ressíntese de ATP é
suprida predominantemente pelas vias metabólicas anaeróbicas
alática e lática, sendo que o predomínio de uma dessas vias nesse
processo depende da intensidade, volume e das pausas entre as
séries. Logo, podemos afirmar que o desempenho dos voluntários
ou de qualquer atleta está condicionado a como seu metabolismo
foi preparado para recuperação do ATP no organismo e, isso, é
obtido de como foi feito seu treinamento.
As variáveis que obrigatoriamente devem ser controladas no treinamento intervalado são:

- Tempo ou distância (extensão) do estímulo.


- Intensidade de trabalho (principalmente).
- Intervalo de recuperação (pausa completa/incompleta).
- Volume total da sessão de treino, obtido pelo número de séries e repetições (intervalos de trabalho e
recuperação) executadas

b) O que justificaria o comportamento dos resultados observados?

Pausa entre as séries

Durante a execução dos exercícios de alta intensidade, a ressíntese

de ATP é suprida predominantemente pelas vias metabólicas

anaeróbicas alática e lática, sendo que o predomínio de uma dessas

vias nesse processo depende da intensidade, volume e das pausas

entre as séries.

Se a pausa for completa (geralmente entre 2 e 8 minutos), a

creatina é refosforilada integralmente, segundo a reação: ATP +

creatina + H+ ® PCr + ADP. Note que a via de ressíntese de PCr,

catalisada pela enzima creatina quinase (CK), também constitui-se em


uma via de tamponamento de H+, auxiliando a célula no controle do

seu pH interno. No entanto, se a pausa for incompleta (geralmente

menor que 2 minutos), a PCr é ressintetizada parcialmente e, dessa

forma, os exercícios subsequentes produzirão fadiga.

Além do tempo da pausa, o modo com que ela é realizada

diminui em função do aumento do volume de


treino. Isso ocorre devido ao pouco tempo de de
cada estímulo, diminuindo assim a regeneração
PCr musculares, o que faz com que a participaç
anaeróbico aumente na produção de ATP. Nos d
completa ou incompleta), o lactato produzido se
tecidos oxidativos e transformado em glicose no

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